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ATOS PROCESSUAIS CÓDIGO DE PROCESSO PENA

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ATOS PROCESSUAIS CÓDIGO DE PROCESSO PENAL... 
ATOS PROCESSUAIS 
1.1. CONCEITO 
O ato jurídico é uma declaração humana que se traduz numa declaração de vontade destinada a provocar uma conseqüência jurídica. 
O ato processual é o ato jurídico praticado por algum dos sujeitos da relação processual, no curso do processo. 
Assim, ato processual é toda conduta dos sujeitos processuais que tenha por efeito a criação, modificação ou extinção de situações jurídicas processuais. 
1.2. ATOS DAS PARTES E ATOS DO JUIZ 
Os atos processuais são condutas praticadas pelos juízes e auxiliares justiça e pelas partes para dar andamento ao processo (a este conjunto de atos processuais (ou ao somatório destes atos em determinada sequência) dá-se o nome de procedimento). 
1.1. CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS DAS PARTES E DO JUIZ: 
a) ATOS DAS PARTES 
Costumam os autores distinguir, nos atos das partes, os postulatórios, os instrutórios, os reais e os dispositivos. 
a.1. Postulatórios – são os que visam a “obter do juiz um pronunciamento sobre o mérito da causa (quando referirem-se ao mérito) ou uma resolução de mero conteúdo processual (quando se postular um pronunciamento sobre o processo)” 
Materializam-se nas petições (denúncia ou queixa, defesa prévia) e nos requerimentos (solicitação de substituição de uma testemunha), etc.); 
a.2. Instrutórios – são aqueles que “se destinam a convencer o juiz da verdade ou da afirmação de um fato” (atos probatórios e alegações). 
Os Atos Probatórios consistem na proposição e produção de provas, como p. Ex., a juntada de documentos, reperguntas às testemunhas, etc. 
Já as Alegações são exposições circunstanciadas, feitas pelas partes, visando à demonstração de suas pretensões procurando, assim, convencer o juiz quanto ao acerto da tese suscitada. 
a.3. Reais – são aqueles que se apresentam pelo fato, pela coisa, pelo objeto, e não pela palavra (exibição de coisa apreendida, prestação de fiança, apresentação à prisão, etc). 
a.4. Dispositivos – os atos dispositivos referem-se ao direito material em litígio, consistindo na declaração de vontade destinada a dispor da tutela jurisdicional, dando-lhe existência ou modificando-lhe as condições. 
São exemplos a desistência, a transação, a submissão, etc. 
b) ATOS DO JUIZ 
Os atos praticados pelos órgãos jurisdicional classificam-se em: decisórios, instrutórios e de documentação. 
b.1. Decisórios – apresentam a dicotomia 1) Decisões e 2) despachos de expediente. 
As decisões decidem o mérito da causa. Já através dos despachos o juiz provê a respeito da marcha do processo. 
b.2. Instrutórios – são atos que se realizam ou se realizou no curso do processo, como a ouvir a vítima e as testemunhas, proceder a uma acareação, realizar um reconhecimento, etc. 
São verdadeiros atos processuais que, por não traduzirem-se por meio de despachos ou decisões, são chamados pela doutrina de instrutórios. 
b.3. Atos de Documentação – às vezes a ação do juiz consiste, simplesmente, em participar da documentação dos autos. (subscrever o termo de audiência, rubricar as folhas dos autos, etc). São atos de documentação. 
1.2. ATOS DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA 
a.1. Atos de movimentação – promover o desenvolvimento do processo (conclusão, abertura de vista às partes, etc.); 
a.2. Atos de execução – cumprimento das determinações do juiz (citação do réu, notificação de testemunhas, intimação das partes, etc.); 
a.3. Atos de documentação – em que dão fé dos atos que foram executados por determinação do juiz (certidão de intimação, de notificação, de afixação de editais, etc.). 
1.3. ESPÉCIES DE ATOS PROCESSUAIS – os atos processuais podem ser: SIMPLES, COMPLEXOS E COMPOSTOS. 
a.1. Atos simples – são os resultam da manifestação de vontade de uma só pessoa, de um só órgão monocrático ou colegiado (denúncia, sentença, acórdão, etc.); 
a.2. Atos complexos – são aqueles em que observa uma série de atos entrelaçados (audiências, sessões, etc.); 
Observação: 1) Audiências – no processo penal, nada mais é senão “o momento processual de determinados procedimentos”; 
2) Sessões – são as reuniões dos órgãos jurisdicionais colegiados (há sessões em todos os Tribunais, inclusive no tribunal do júri). 
a.3. Atos compostos - é o que resulta da manifestação de vontade de uma só pessoa, dependendo contudo, para ter eficácia, da verificação e aceitação feita por outro (perdão do ofendido, que depende da aceitação do querelado, etc). 
1.4. TERMO – Um termo é a documentação de um ato levado a efeito por funcionário ou serventuário da justiça no exercício de suas atribuições. 
a) CLASSIFICAÇÃO: 
a.1. Termo de autuação – o escrivão atesta que foi iniciado o processo e que lhe foram apresentados a denúncia ou a queixa, e os autos do inquérito, ou peças de informação, que a instruíram; 
a.2. Termo de juntada – Atesta foi anexado aos autos documento ou coisa; 
a.3. Termo de conclusão - remetem os autos ao juiz; 
a.4. Termo de vista – declara que os autos estão à disposição de uma das partes; 
a.5. Termo de recebimento – o escrivão certifica que os autos retornam ao cartório, após sua saída regular; 
a.6. Termo de apensamento – o escrivão afirma terem sido apensados outros autos, ou peças de informação, aos autos principais; 
a.7. Termo de desentranhamento – o escrivão atesta que foi separado, por ordem do juiz, documento ou peça dos autos. 
1.5. LIMITES DE LUGAR, FORMA E TEMPO 
1.5.1. LIMITES DE LUGAR – Os atos processuais, as audiências e as sessões devem ser realizados em lugar estabelecido como adequado e próprio para tal fim, e esse lugar é o edifício onde o órgão jurisdicional tenha sua sede. (art. 792, CPP) 
Código de Processo Penal - Art. 792. As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra, públicos e se realizarão nas sedes dos juízos e tribunais, com assistência dos escrivães, do secretário, do oficial de justiça que servir de porteiro, em dia e hora certos, ou previamente designados. 
EXCEÇÕES: Existem exceções à regra acima descrita, à saber: 
a) ato processual realizado fora do território jurisdicional onde a causa está tramitando. P. Ex: Testemunha que reside fora da comarca do juízo processante e que será ouvida por precatória (art. 222 CPP). 
Código de Processo Penal - Art. 222. A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimadas as partes. 
b) em caso de necessidade, os atos processuais poderão ser realizados na residência do Juiz, ou em outra casa por ele especialmente designada (art. 792, § 2º, CPP): 
Código de Processo Penal - Art. 792, § 2º - As audiências, as sessões e os atos processuais, em caso de necessidade, poderão realizar-se na residência do juiz, ou em outra casa por ele especialmente designada. 
1.5.2. LIMITES DE FORMA – é pela forma que o ato processual se manifesta, é a exteriorização do ato, é o aspecto que os atos devem apresentar. 
O processo tem que seguir uma forma preestabelecida na lei, ou seja, deve ser conduzido dentro da moldura da lei. 
Desse modo, pode o legislador, considerando a natureza da causa, fixar procedimentos diversos, à saber: 
As formas procedimentais dividem-se em: 
a) Procedimento de foro pela prerrogativa de função – Utilizado nos casos de infração de competência originária do STF, STJ, TRE´s, TRF´s ou Tribunais de Justiça, sendo o seu procedimento traçado na lei 8.038/90; 
b) Procedimento de foro sem prerrogativa de função – segundo o código de processo penal, a forma procedimental, neste caso, deve ser procurada em função da sanção penal cominada à infração penal, podendo o procedimento ser comum ou especial, conforme se observa no artigo 394 CPP: 
Código de Processo Penal - Art. 394. O procedimento será comum ou especial. 
§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: 
§ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial.: 
§ 3o Nos processos de competênciado Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código. 
§ 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. 
§ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário. 
b.1) PROCEDIMENTO COMUM - O comum pode ser ORDINÁRIO, SUMÁRIO OU SUMARÍSSIMO (art. 394), e a regra para se identificar quando o crime vai ser submetido a qualquer destes procedimentos consta dos incisos do parágrafo primeiro: 
• INCISO I – “Ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade”; – PROCEDIMENTO ORDINÁRIO (art. 395 a 405 CPP); 
• INCISO II – “Sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade” – PROCEDIMENTO SUMÁRIO (art. 531 CPP); 
• INCISO II – “sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei” – PROCEDIMENTO SUMÁRÍSSIMO (art. 77 a 81 da Lei 9.099/95); 
b.1) PROCEDIMENTO ESPECIAIS - existem processos especiais previstos no próprio código de processo penal e em outras leis, conforme o § 2º do art. 394. 
b.1.1 – Procedimentos especiais do CPP: 
• Crimes da competência do tribunal do júri (art. 406 a 497 CPP); 
• Crimes de responsabilidade de funcionários públicos, da competência do juiz singular, desde que afiançáveis (art. 513 a 518 CPP); 
• Crimes contra a honra (art. 519 a 523 CPP); 
• Crimes contra a propriedade imaterial (art. 524 a 530 CPP). 
b.1.2 – Procedimentos especiais previsto em leis extravagantes: 
• Crimes falimentares (lei 11.101/05); 
• Crimes eleitorais (lei 4.737/65 - Código Eleitoral); 
• Tráfico de entorpecentes (lei 11.343/06); 
• Crimes contra a economia popular (lei 1.521/51); 
• Abuso de autoridade (lei 4.898/65), etc. 
REQUISITOS DOS ATOS PROCESSUAIS 
a) idioma – que diz que os atos processuais penais devem ser realizados em língua portuguesa, e; 
b) escrita – que diz que os atos processuais devem revestir-se da forma escrita, decorrendo daí o princípio: “o que não está nos autos não está no mundo”, temos ainda, quanto à forma, a 
c) publicidade, ou seja, todos os atos processuais, inclusive as audiências e sessões, serão públicos, o que significa que qualquer pessoa pode a ele assistir. O princípio da publicidade vem consagrado no art. 792 do CPP: “As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra, públicos e se realizarão nas sedes dos juízos e tribunais, com assistência dos escrivães, do secretário, do oficial de justiça que servir de porteiro, em dia e hora certos, ou previamente designados”. Por fim, temos a: 
d) assinatura – quando se exige a assinatura de um ato ou documento, basta a escritura de próprio punho, ao final do ato, do prenome e do nome de quem deve firmá-lo, ou, quando a lei o permitir, a própria rubrica. 
Observação: 1) Mesmo os atos que podem ser realizados oralmente no processo, (v. G. Quando o promotor de justiça acusa, em plenário do júri, e o realiza oralmente), é necessária a consignação por parte do escrivão, a cargo de quem fica a lavratura da ata; 
1.5.3. LIMITES DE TEMPO – Se o processo nada mais é do que o desenvolvimento de uma atividade que objetiva a solução da lide, é obvio que essa atividade deve, necessariamente, desenvolver-se dentro de um lapso temporal. Daí os limites de tempo para a realização dos atos processuais. 
1.6. PRAZOS – CONTAGEM E ESPÉCIES 
Prazo é o limite de tempo concedido a um sujeito para o cumprimento de um ato processual. 
1.6.1. PRINCÍPIOS - Os prazos são regidos por dois princípios importantíssimos, o da igualdade de tratamento e o da brevidade.: 
a) Princípio da igualdade de tratamento – as partes não podem ser tratadas desigualmente. Para atos idênticos, os prazos não podem ser diferentes. 
b) Princípio da brevidade – os prazos processuais não podem ser muito dilatados, pois as demandas não podem eternizar-se. 
1.6.2. CARACTERÍSTICAS DOS PRAZOS – os prazos são contínuos e peremptórios: 
 Contínuos – não serão interrompidos na sua duração (exceções - art. 798, § 4º, CPP); 
 Peremptórios – são improrrogáveis (exceções - art. 798, § 3º, CPP e a Súmula 310 STF). 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL - Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. 
§ 3º O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato. 
STF – Súmula 310: “Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata, salvo se não houver expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir”; 
1.6.2. PRECLUSÃO – é a perda, extinção ou consumação de uma faculdade. Trata-se de fato processual impeditivo, que se verifica quando a parte perde determinada faculdade, podendo a preclusão ser: a) temporal; b) Lógica e; c) consumativa 
a) preclusão temporal – a faculdade se perde pelo seu não-exercício no prazo legal. 
b) preclusão lógica - Às vezes a preclusão ocorre por ter sido cumprida uma faculdade incompatível com o exercício de outra. Ex: argui-se a exceção de litispendência e depois a de suspeição. 
c) preclusão consumativa - A decisão irrevogável transforma-se em fato impeditivo, gerando uma preclusão denominada consumativa, que não permite que a questão que foi objeto da sentença seja renovada em uma nova ação. 
1.6.3. ESPÉCIES DE PRAZO – Os prazos podem ser: 
a) comuns – são aqueles que correm para ambas as partes, ao mesmo tempo; 
b) particulares – Correm apenas para uma das partes. (Ver CPP, art. 46 – Prazo para oferecimento da denúncia). 
c) próprios – São aqueles prazos dentro dos quais a parte deve realizar o ato processual e, se não observados, haverá tão só a consequência de natureza processual (ver art. 396-A e 406, § 2º, CPP, no que se refere ao arrolamento de testemunhas). 
d) impróprios – São os impostos aos juízes e seus auxiliares e que, descumpridos, trarão conseqüências disciplinares, e não processuais (ver art. 799, 800, § 2º e 801, CPP). 
e) legais – é o prazo estabelecido em lei e; 
f) judiciais – o fixado pelo juiz 
Código de Processo Penal - art. 93, § 1º CPP: “O juiz marcará o prazo da suspensão, que poderá ser razoavelmente prorrogado, se a demora não for imputável à parte. Expirado o prazo, sem que o juiz cível tenha proferido decisão, o juiz criminal fará prosseguir o processo, retomando sua competência para resolver, de fato e de direito, toda a matéria da acusação ou da defesa”). 
1.6.4. CONTAGEM DOS PRAZOS – No processo penal, os prazos são fixados em minutos, horas, dias, meses e até mesmo anos. (não existem prazos semanais). 
CPP CP REGRA 
Art. 749. Indeferida a reabilitação, o condenado não poderá renovar o pedido senão após o decurso de dois anos, salvo se o indeferimento tiver resultado de falta ou insuficiência de documentos. Art. 94. A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado. 
Código Penal - Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum 
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia Art. 103. Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do diaem que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 1º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia. Código de Processo Penal - Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. 
§ 1º Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento. 
§ 2º A terminação dos prazos será certificada nos autos pelo escrivão; será, porém, considerado findo o prazo, ainda que omitida aquela formalidade, se feita a prova do dia em que começou a correr. 
§ 3º O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato. 
§ 4º Não correrão os prazos, se houver impedimento do juiz, força maior, ou obstáculo judicial oposto pela parte contrária. 
§ 5º Salvo os casos expressos, os prazos correrão: 
a) da intimação; 
b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver presente a parte; 
c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou despacho. 
a) Prazo fixado em ano, mês ou dias 
a.1) se houver correspondência no Código Penal, a contagem se faz de acordo com o art. 10 do CP, ou seja, computa-se o dia inicial, e exclui-se o dia do final. (Vide arts. 749 e 38 do CPP, e seus correspondentes 94 e 103 do CPP): 
a.2) Não havendo correspondência, o prazo é contado de acordo com o artigo 798, § 1º, do CPP (não se computa o dia inicial e inclui-se o dia do final). 
b) Prazo for fixado em horas ou em minutos, conta-se de minuto a minuto, aplicando-se a regra do art. 132, § 4º, do Código Civil. 
Código Civil - Art. 132: “Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento” 
§ 4o - Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto 
c) Demais casos - aplicam-se as regras do art. 798, §§ 1º, 3º e 4º CPP. 
1.6.5. FIXAÇÃO DO “dies a quo” (dia do início da contagem)– ver art. 798, § 5º CPP: “ 
Código de Processo Penal - Art. 798.... 
§ 5º Salvo os casos expressos, os prazos correrão: 
a) da intimação; 
b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver presente a parte; 
c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou despacho. 
Sobre o fato, dispõe a Súmula 710 do STF: “No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de Ordem” 
  
Em extrema síntese, para prazos estritamente processuais (conclusão do inquérito policial, denúncia pelo Ministério Público, conclusão da ação penal, recursos etc), artigo 798 do Código de Processo Penal:
Início da contagem:
Primeiro dia útil seguinte ao seu marco inicial (considera-se dia útil aquele que o expediente forense é normal);
Exemplo: prazo de 5 dias com marco inicial na sexta-feira, dia 1 de janeiro do ano X, inicia-se a contagem no dia 4, segunda-feira, encerrando-se no dia 8, sexta-feira seguinte;
Final do prazo:
Dia do marco final. No exemplo anterior, sexta-feira, dia 8 de janeiro do ano X.
Porém, se a data do marco final for feriado ou por outro motivo não houver expediente forense, prorroga-se ao primeiro dia útil seguinte.
Dica: Se na sexta-feira, dia 8 do exemplo, o fórum em que corre o processo encerrar o expediente mais cedo (ainda que 10 minutos mais cedo) prorroga-se o prazo até o primeiro dia útil seguinte, no caso, segunda-feira, dia 11 de janeiro do ano X, considerando que não seja feriado e o expediente forense se dê de maneira normal…caso contrário, prorroga-se mais uma vez…
Art. 798 (CPP).  Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado.
§ 1o  Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.
§ 2o  A terminação dos prazos será certificada nos autos pelo escrivão; será, porém, considerado findo o prazo, ainda que omitida aquela formalidade, se feita a prova do dia em que começou a correr.
§ 3o  O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato.
§ 4o  Não correrão os prazos, se houver impedimento do juiz, força maior, ou obstáculo judicial oposto pela parte contrária.
§ 5o  Salvo os casos expressos, os prazos correrão:
a) da intimação;
b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver presente a parte;
c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou despacho.
Já para as questões de direito material penal (prescrição, decadência, sursis e livramento condicional) art. 10 do CP:
Contam-se incluindo o dia em que os fatos ocorreram, independente se dia útil ou não, assim como se esvaem no exato dia de seu marco final, da mesma forma, desconsiderando se dia útil ou não.
Art. 10 (Código Penal) – O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.
Questões divergentes (Doutrina/Jurisprudência):
Contagem de prazo para a conclusão do inquérito policial quando acusado preso, aplica-se a regra do 798, §1° do CPP ou do art. 10 do CP?
Ou seja, deve ser incluído na contagem o dia do início ou não para a conclusão do inquérito policial quando o acusado estiver preso (entendemos em flagrante)?
A posição majoritária defende a aplicação da regra de direito material penal, ou seja, artigo 10 do CP, posto que a liberdade do indivíduo deve ser tratada como regra material;
(Neste sentido: Guilherme de Souza Nucci (Código de Processo Penal Comentado, 2002, p. 77); Rômulo Moreira (Artigo: Inquérito policial. Comentários acerca do Projeto de Lei nº 4.209/01. Jus Navigandi, jul. 2002); Tourinho Filho (Processo Penal, v. 1, 1998, p. 272); Luiz Flavio Gomes (O direito de apelar em liberdade, 1996, p. 76)).
DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941.
DAS CITAÇÕES
        Art. 351.  A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado.
        Art. 352.  O mandado de citação indicará: 
        I - o nome do juiz; 
        II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; 
        III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos; 
        IV - a residência do réu, se for conhecida; 
        V - o fim para que é feita a citação; 
        VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; 
        VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz.
        Art. 353.  Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será citado mediante precatória.
        Art. 354.  A precatória indicará:
        I - o juiz deprecado e o juiz deprecante;
        II - a sede da jurisdição de um e de outro;
        Ill - o fim para que é feita a citação, com todas as especificações;
        IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer.
        Art. 355.  A precatória será devolvida ao juiz deprecante, independentemente de traslado, depois de lançado o "cumpra-se" e de feita a citação por mandado do juiz deprecado.
        § 1o  Verificado que o réu se encontra em território sujeito à jurisdição de outro juiz, a este remeterá o juiz deprecado os autos para efetivação da diligência, desde que haja tempo para fazer-se a citação.
        § 2o  Certificado pelo oficial de justiça que o réu se oculta para não ser citado, a precatória será imediatamente devolvida, para o fim previsto no art. 362.
        Art. 356.  Se houver urgência, a precatória, que conterá em resumo os requisitos enumerados no art. 354, poderá ser expedida por via telegráfica, depois de reconhecida a firma do juiz, o que a estação expedidora mencionará.
        Art. 357.  São requisitos da citação por mandado:
        I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da citação;
        II - declaração do oficial, na certidão,da entrega da contrafé, e sua aceitação ou recusa.
        Art. 358.  A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço.
        Art. 359.  O dia designado para funcionário público comparecer em juízo, como acusado, será notificado assim a ele como ao chefe de sua repartição.
        Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
        Art. 361.  Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 362.  Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.  (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        Parágrafo único.  Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        Art. 363.  O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        II - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 1o  Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 2o  (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 3o  (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 4o  Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquer tempo, o processo observará o disposto nos arts. 394 e seguintes deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        Art. 364.  No caso do artigo anterior, no I, o prazo será fixado pelo juiz entre 15 (quinze) e 90 (noventa) dias, de acordo com as circunstâncias, e, no caso de no II, o prazo será de trinta dias.
        Art. 365.  O edital de citação indicará:
        I - o nome do juiz que a determinar;
        II - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos, bem como sua residência e profissão, se constarem do processo;
        III - o fim para que é feita a citação;
        IV - o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá comparecer;
        V - o prazo, que será contado do dia da publicação do edital na imprensa, se houver, ou da sua afixação.
        Parágrafo único.  O edital será afixado à porta do edifício onde funcionar o juízo e será publicado pela imprensa, onde houver, devendo a afixação ser certificada pelo oficial que a tiver feito e a publicação provada por exemplar do jornal ou certidão do escrivão, da qual conste a página do jornal com a data da publicação.
        Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.  (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) 
        Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
        Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
         Art. 369. As citações que houverem de ser feitas em legações estrangeiras serão efetuadas mediante carta rogatória.  (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
CAPÍTULO II
DAS INTIMAÇÕES
        Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
        § 1o  A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. (Incluído Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
        § 2o  Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
        § 3o  A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que alude o § 1o.  (Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
        § 4o  A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal.  (Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
        Art. 371.  Será admissível a intimação por despacho na petição em que for requerida, observado o disposto no art. 357.
        Art. 372.  Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará desde logo, na presença das partes e testemunhas, dia e hora para seu prosseguimento, do que se lavrará termo nos autos.
PROCESSO PENAL – DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 
1 – Generalidades
Os três institutos têm como finalidade principal garantir a eficácia dos direitos fundamentais do contraditório e da ampla defesa. É, em síntese, o direito de ser informado.
A citação é tratada no arts. 351 a 369, CPP; a intimação é tratada nos arts. 370 a 372, CPP; e a notificação?? O legislador não cuidou da notificação por entender não haver interesse prático na distinção.
Embora o Código não tenha feito a distinção, doutrinariamente ela existe.
2 – Intimação
É a ciência que se dá a alguém de um ato já praticado, seja um despacho, uma sentença. Intima-se o réu, pessoalmente ou na pessoa de seu advogado, dependendo do ato.
Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
        § 1o  A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. (Incluído Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
        § 2o  Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
        § 3o  A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que alude o § 1o.  (Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
        § 4o  A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal.  (Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
        Art. 371.  Será admissível a intimação por despacho na petição em que for requerida, observado o disposto no art. 357.
        Art. 372.  Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará desde logo, na presença das partes e testemunhas, dia e hora para seu prosseguimento, do que se lavrará termo nos autos.
3 – Notificação
É a cientificação que se faz a alguém (réu, partes, testemunhas, peritos, etc.) de um despacho ou decisão que ordena fazer ou deixar de fazer alguma coisa, sob certa cominação. Assim a testemunha é notificada a fim de comparecer em juízo em dia e hora designados, sob as cominações legais, Se não comparecer estará sujeita às sanções a que se referem os arts. 218 e 219 do CPP (note que tais artigos de lei, falam em intimação, embora doutrinariamente fosse correto dizer notificação).
4 – Citação
É o ato processual pelo qual se leva ao conhecimento do acusado a notícia de que contra ele foi recebida denúncia ou queixa, para que possa defender-se.
É o ato processual que tema finalidade de dar conhecimento ao réu da existência da ação penal, do teor da acusação, bem como cientificá-lo do prazo para a apresentação da resposta escrita (art. 396, CPP).
Com o recebimento da denúncia inicia-se o processo; com a citação do réu estará completada a relação processual – juiz, acusação e defesa (art. 363, caput, CPP).
A falta de citação gera nulidade absoluta do processo (art. 564, III, e, CPP) – citação circunduta (circundutar = julgar nula).
A citação pode ser real (ou pessoal), ficta ou com hora certa.
4.1 – Citação real ou pessoal
Feita por oficial de justiça na pessoa do réu. Exceções admitidas pela jurisprudência: citando é declarado mentalmente incapaz em incidente de insanidade mental realizado, por exemplo, na fase do inquérito policial (citação através de curador ou representante legal); pessoa jurídica (citação na pessoa de seu representante legal ou procurador expressamente autorizado).      
*Efetuada a citação passa a correr o prazo de 10 dias para apresentação da defesa escrita (art. 396, CPP); Quando começa a correr esse prazo? Do cumprimento do mandado ou da juntada aos autos do mandado cumprido (Inciso II, art. 241, CPC) – Súmula 710, STF.
Pode ser realizada por diversas formas:
a) por mandado: arts. 352 e 357, CPP.
*A citação pode ser feita durante fins de semana e feriado? Pode ser feita durante a madrugada?  Aplica-se, por analogia, o art. 217, CPC? 
*Se o oficial não encontrar o acusado nos endereços constantes dos autos? Certidão declarando que o réu encontra-se em local incerto e não sabido (art. 361, CPP);
* Se o réu estiver preso? (art. 360, CPP); Se o réu estiver preso em outra comarca?
*Citação do militar: art. 358, CPP; *Citação do func. Público: art. 359, CPP.  
 b) por carta precatória: arts. 353 e 354, CPP – também por mandado a ser expedido pelo juiz deprecado e cumprido pelo oficial de justiça.
* Réu em férias em outra comarca? Expede-se precatória? O oficial certifica e retorna em data posterior.
*Carta precatória itinerante: §1º, art. 355, CPP. 
c) por carta rogatória: art. 368, CPP – suspensão do prazo prescricional (causa não contida no rol do art. 116, CP).
*Aplicação: i) réu no estrangeiro; e ii) em local sabido. Qual o tempo da suspensão? Se nunca for citado, o crime pode tornar-se imprescritível? (art. 5º, XLII e XLIV, CF) (aplicação do art. 109 ou 114, CP).
* Réu no estrangeiro em local desconhecido: citação por edital.
* Réu em legação estrangeira (embaixadas ou consulados): art. 369, CPP.
* Forma de cumprimento da carta rogatória no estrangeiro ou em legação estrangeira: art. 783, CPP.
d) por carta de ordem: quando o réu goza de foro por prerrogativa de função. O Tribunal a quem incumbe o julgamento em grau originário emite carta de ordem determinando que o juízo da comarca onde reside o réu providencie a citação (§1º, art. 9º, Lei nº 8.038/90).
4.2 – Citação com hora certa
* art. 362, CPP. – Forma: arts. 227 a 229 do CPC.
* Completada a citação com hora certa e o acusado não apresenta resposta em 10 dias? §1º, art. 362, CPP – não suspende o prazo prescricional – segue o processo – réu considerado revel (art. 367, CPP).
* Intimação dos atos processuais: dispensa-se a intimação do réu, mas, em obediência ao princípio do contraditório e da ampla defesa, intima-se seu defensor.
4.3 – Citação ficta
* Citação por edital; citação presumida – arts. 361 e 365, CPP. 
* Hipóteses: i) se o réu não for encontrado (e não for situação de citação com hora certa); ii) quando inacessível, em virtude de epidemia, de guerra ou por outro motivo de força maior, o lugar em que estiver o réu (a redação do art. 363, I, CPP anterior à mini reforma de 2008, trazia expressa essa situação, porém, para a doutrina, ainda continua eficaz, até porque, nessas situações haverá impossibilidade de o réu ser encontrado); iii) quando incerta a pessoa que tiver de ser citada (hipótese em que o Promotor, à míngua de outros dados, qualifica o réu pelos esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, tal como permitido pelo art. 41, CPP); iv) citando no estrangeiro, em lugar não sabido.
* Réu não foi encontrado em seus endereços conhecidos na fase do inquérito policial: dispensa-se a tentativa de encontrá-lo pelo oficial de justiça?   
* Efeitos da citação ficta: suspende-se o processo e o prazo prescricional (art. 366, CPP).
DAS CITAÇÕES
        Art. 351.  A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado.
        Art. 352.  O mandado de citação indicará: 
        I - o nome do juiz; 
        II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; 
        III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos; 
        IV - a residência do réu, se for conhecida; 
        V - o fim para que é feita a citação; 
        VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; 
        VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz.
        Art. 353.  Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será citado mediante precatória.
        Art. 354.  A precatória indicará:
        I - o juiz deprecado e o juiz deprecante;
        II - a sede da jurisdição de um e de outro;
        Ill - o fim para que é feita a citação, com todas as especificações;
        IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer.
        Art. 355.  A precatória será devolvida ao juiz deprecante, independentemente de traslado, depois de lançado o "cumpra-se" e de feita a citação por mandado do juiz deprecado.
        § 1o  Verificado que o réu se encontra em território sujeito à jurisdição de outro juiz, a este remeterá o juiz deprecado os autos para efetivação da diligência, desde que haja tempo para fazer-se a citação.
        § 2o  Certificado pelo oficial de justiça que o réu se oculta para não ser citado, a precatória será imediatamente devolvida, para o fim previsto no art. 362.
        Art. 356.  Se houver urgência, a precatória, que conterá em resumo os requisitos enumerados no art. 354, poderá ser expedida por via telegráfica, depois de reconhecida a firma do juiz, o que a estação expedidora mencionará.
        Art. 357.  São requisitos da citação por mandado:
        I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da citação;
        II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação ou recusa.
        Art. 358.  A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço.
        Art. 359.  O dia designado para funcionário público comparecer em juízo, como acusado, será notificado assim a ele como ao chefe de sua repartição.
        Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
        Art. 361.  Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 362.  Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.  (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        Parágrafo único.  Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        Art. 363.  O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        II - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 1o  Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 2o  (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 3o  (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 4o  Comparecendoo acusado citado por edital, em qualquer tempo, o processo observará o disposto nos arts. 394 e seguintes deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        Art. 364.  No caso do artigo anterior, no I, o prazo será fixado pelo juiz entre 15 (quinze) e 90 (noventa) dias, de acordo com as circunstâncias, e, no caso de no II, o prazo será de trinta dias.
        Art. 365.  O edital de citação indicará:
        I - o nome do juiz que a determinar;
        II - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos, bem como sua residência e profissão, se constarem do processo;
        III - o fim para que é feita a citação;
        IV - o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá comparecer;
        V - o prazo, que será contado do dia da publicação do edital na imprensa, se houver, ou da sua afixação.
        Parágrafo único.  O edital será afixado à porta do edifício onde funcionar o juízo e será publicado pela imprensa, onde houver, devendo a afixação ser certificada pelo oficial que a tiver feito e a publicação provada por exemplar do jornal ou certidão do escrivão, da qual conste a página do jornal com a data da publicação.
        Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.  (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) 
        Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
        Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
         Art. 369. As citações que houverem de ser feitas em legações estrangeiras serão efetuadas mediante carta rogatória.  (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
Suspensão do processo e revelia
        Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.  (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) 
Art. 312.  A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único.  A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

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