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Resumo de Linguística

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Referências Bibliográficas: Silva, Adelaide Hercília Pescatori. /Língua Portuguesa I: fonética e fonologia. /Adelaide Hercília Pescatori Silva. – Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.
Diferentemente da disciplina Linguística, fonética, a fonologia não estuda os sons da fala humana em seus aspectos físicos, articulatórios e auditivos, mas os fonemas como unidades discretas, distintas e funcionais. Essa distinção foi consolidada no “Primeiro Congresso Internacional de Linguistas” em 1928, a partir do trabalho de três linguistas russos: Roman Jakobson, Nicolai Trubetzkoy e Serge Karcevsky. Eles sentiram a necessidade de estabelecer a diferença entre uma ciência que se ocupasse da fala e outra da ligada aos sons da língua. Sabe-se, porém, que não foram eles os pioneiros a estabelecer que a linguagem humana compreendesse dois aspectos fundamentais e sim o grande Ferdinand Saussure. E após a consagração de Trubetzkoy as duas ciências foram distinguidas ficando designado que o estudo do som ligado ao ato da fala é a Fonética e o estudo relacionado com o sistema da língua é Fonologia. Assim, a Fonologia estuda as diferenças de significado. Ex: (j] ato/m]ato). Também a maneira como os sons se organizam dentro de uma determinada língua, tendo função comunicativa. Ex: Na língua portuguesa pode-se afirmar que /p/ tem função comunicativa porque o fato dessa consoante ser oclusiva bilabial desvozeada a distingue de /d/ que também é oclusiva, porém alveolar vozeada, isso faz com que a palavra “pata” transmita uma mensagem diferente de “data”. Diante desse exemplo fica mais difícil entender a visão de muitos linguistas que vê Fonética e Fonologia não só como disciplinas distintas, mas independentes, porque de certa forma há uma necessidade de se conhecer as bases da Fonética para compreender melhor a Fonologia. OHALA, Catharine Browman e Louis Goldstein (linguistas) defendem justamente o fato de que se as duas disciplinas fossem estudadas como uma só levaria a uma análise mais adequada do nível sonoro da linguagem. O que em certos casos é respeitado por não haver saída como, por exemplo: “Pretender descrever a fonologia de uma língua indígena falada no Brasil sem considerar o aspecto fonético seria absurdo”. Essa união poderia gerar ou não algumas confusões, pois a Fonética trata do abstrato da sonoridade e a Fonologia do concreto. As unidades de análise fonológica são responsáveis pelo isolamento das unidades com função comunicativa na cadeia da fala, no qual se adota os fonemas como primitivos para análise e também os traços distintivos.O traço distintivo como o nome sugere é um aspecto que diferencia. Ex: “bill” e “pill” palavras de significação diferentes, mas com estrutura diferenciada apenas em um traço, pois ambas as consoantes p e b são oclusivas bilabiais, portanto o critério que as difere é a sonoridade. Cabendo assim ao indivíduo escolher entre as qualidades “surdo” ou “sonoro”. Os fonemas, por sua vez não tem definição única, podendo ser concebido como um feixe de traços distintivos, mas também pode ser concebido como uma espécie de unidade “invariante” que reúne em si diversas variações possíveis e aparentadas de um mesmo som. Através de uma bateria de testes é feita a identificação desses fonemas, os mais comuns são: relacionando-se com critérios de oposição, distribuição complementar, semelhança fonética e variação livre.Em oposição são analisados dois fones, se ao substituir um pelo outro exultar numa diferença lexical, ou seja, de significação na palavra, esses fones podem ser considerados fonemas e para que esse teste tenha resultado é preciso um par mínimo, ou seja, itens lexicais idênticos que apenas se diferenciam num elemento da sequência. Ex: [f] ala “fala” e [v] ala “vala”. A distribuição complementar fundamenta-se no princípio de que “os sons tendem a ser afetados por seus contextos linguísticos” (Pike, 1947). E estabelece que se dois fones ocorrerem em ambientes mutualmente exclusivos, eles podem ser considerados eventualmente como alofones (diferentes realizações de um fonema) de um mesmo fonema. A semelhança fonética é um critério recorrido para se agrupar os fones como alofones de um fonema. Alofones de um mesmo fonema devem apresentar semelhanças fonéticas. No momento de, agrupar os fones o ponto de articulação exerce um papel importante possibilitando o uso do princípio da homogeneidade fonética, no qual se diz que quanto mais longe o ponto de articulação esteja de dois sons haverá menos possibilidade de que eles sejam alofones de um mesmo fonema, no entanto, a semelhança fonética pode ser determinada também pelo efeito acústico das articulações. Há também o princípio da homogeneidade acústica, no qual dois sons serão tanto mais homogêneos quanto mais semelhantes sejam seus efeitos acústicos. Os fones agrupados como semelhantes, que potencialmente poderiam ser alofones de um mesmo fonema são conhecidos como pares suspeitos, ou seja, pares de sons foneticamente similares que, eventualmente, seriam alofones de um mesmo fonema. Um falante pode usar dois ou mais alofones no mesmo contexto sem destruir a identidade dos itens lexicais em questão. Quando isso ocorre, fala-se que os fones são variantes livres de um mesmo fonema. Esses itens podem ser emitidos pelos falantes Shanenawás ora com [f] ora com [v], [fu’ruɿ] =[vu’ru], sem afetar o significado dessas palavras. Ou seja, os fones [f] e [v] estão em variação livre. Constituem-se auxiliares da análise fonológica, os pares análogos, ou seja, pares que diferem em mais de um som.
O objetivo da análise fonêmica é possibilitar e fornecer um sistema de escrita a línguas ágrafas (que não possui escrita). E os métodos utilizados para esta análise é exposta por Pike num livro chamado Phonemics: a technique for reducing languagens to Writing. Os fonemas do português brasileiro são constituídos por consoantes e vogais e suas variações. O quadro dos fonemas consonantais é o mesmo da tabela do Alfabeto Fonético Internacional. Nos fonemas consonantais, existem os oclusivos /p, b, t,d ,k, g/. Assemelham-se às oclusivas – quanto à produção- os fonemas nasais, porque requerem também a obstrução total à passagem do ar em algum lugar do ar em algum lugar do trato vocal. São /m, n, ɲ/.Os fricativos são /f, v, s, z, ᶴ,ᴣ/ e espelham-se a dos oclusivos em posição final de sílaba. Ex: Afta.Os vários sons de /r/ constituem os taps e vibrantes. Quanto às laterais- sons de /l/- há dois fonemas na língua portuguesa, a lateral alveolar /l/ e a lateral palatal /ᶋ/.Já os aproximantes são dois no português brasileiro, o fonema aproximante palatal /ȷ/ e o lábio-velar /w/.Percebe-se ao decorrer desse texto que os fonemas estão entre barras inclinadas, sendo estas, não meros detalhes de transcrição, mas uma diferença teórica, relativa ao estatuto dos sons de uma língua.Na transcrição fonológica ou fonêmica anotam- se apenas fonemas de uma língua e não quaisquer sons da língua. Estudar fonética e fonologia didaticamente e teoricamente é interessante e mais ainda é saber colocar em prática os conhecimentos adquiridos com tal disciplina linguística. Esta que pode ser usada para se desenvolver ortografias que representem a escrita de uma língua. E muitos são os linguistas que fazem isso, estudam línguas não tradicionais, desconhecidas, e propõem sistemas ortográficos para esta língua. Mas a teoria fonológica não se restringe a elaboração de ortografias para línguas que carecem dela, colabora também no reconhecimento do sistema fonológico da língua materna, sendo possível relacionar os fonemas da língua com os símbolos gráficos. PaLra os professores, a disciplina pode contribuir bastante. Pois quando um aluno apresenta defasagem entre fala e a sua representação gráfica, ele com certeza apresentará por consequência problemas ortográficos na escrita. Facilitaria a explicação do professor, nesse caso, se ele obtivesse conhecimento sobre o sistema fonológico da língua. Dentre outras mais contribuições, a Fonologia disseca categoricamente os sons tornando possível estuda-la e entender,estabelecendo intertextualidade com diálogos que corriqueiramente se ouve, o próprio sotaque, modo de falar, e línguas estrangeiras.
Palavras- chave: FONOLOGIA-LÍNGUA-FUNÇÃO COMUNICATIVO-FONEMA-SONS-TRAÇOS DISTINTIVOS.
 
Jequié-Ba, 8 de Janeiro de 2014.

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