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MODULO – B FASE 2 – G.P.I. (Gestão da Produção Industrial) Matéria: Gestão de custos industriais. (uta projetos e produção de produtos – B 2016 – Fase 2 [91480]) Resumo aula teórica 1: Tema 1 – Definição etimológica. A palavra “gestão” vem do latim e, basicamente, significa ter a responsabilidade sobre algo, já “estratégia”, vem do grego e tem sua origem na comunicação militar, representando uma posição de planejamento para atingir um objetivo, ou seja, vencer um obstáculo ou conquistar determinada posição. Sendo assim, gestão estratégica é assumir uma posição de responsabilidade quanto à elaboração, execução e controle de um plano para alcançar uma meta, que, no nosso caso específico, envolve o “custo industrial”. A expressão “custo” pode ser defendida tanto como tendo raízes no latim como no grego, mas o que importa para nós é que seu uso em ambos os casos significa uma ação de sacrifício em trocas realizadas. A lógica é a seguinte, uma troca implica em uma ação de entregar alguma coisa para podermos adquirir outra. Na indústria, isso significa dizer que custo é todo sacrifício que incorremos para produzir produtos mediante um processo de transformação dos fatores produtivos. Resumindo, de forma lúdica, podemos dizer que a “Gestão Estratégica de Custo” é uma batalha executada pelos que assumem a responsabilidade de elaborar e/ou executar um plano para mitigar os dispêndios de um processo produtivo. Tema 2 – Sistema contábil. Entender o processo de geração de lucro significa compreender o comportamento de inúmeras variáveis relacionadas ao comportamento da receita e dos dispêndios, por exemplo, as curvas de receita e de custo total da escola econômica neoclássica. A gestão estratégica de custo exige uma visão sistêmica da empresa para que as decisões sejam tomadas analisando todas as consequências possíveis no lucro. Uma empresa pode ser vista como sendo um conjunto de recursos (bens tangíveis e intangíveis) que são disponibilizados para serem utilizados por uma sociedade organizada (diretores, gerentes, supervisores, encarregados etc.) para atingir um determinado objetivo. Na contabilidade financeira existe uma maior padronização nos procedimentos utilizados, uma vez que os leitores de seus relatórios não estão inseridos na rotina da empresa. Com relação à contabilidade gerencial, tem-se que nesta, por se destinar aos tomadores de decisões estratégicas da empresa, o processo de sua construção é mais flexível (podendo variar de empresa para empresa). Na contabilidade financeira o registro de valores do estoque se dá pelo valor de entrada (isto é, mediante o documento fiscal de transferência de propriedade), já na gerencial este valor pode ser mais subjetivo, por exemplo, por meio de um processo de projeção do valor de reposição do estoque. Tudo depende da importância da informação para o gestor no seu processo de decisão. Seja para fins internos ou externos, para que um procedimento de contabilização possa ser chamado de Contabilidade, ele precisa ser guiado pelos fundamentos contábeis geralmente aceitos (de forma mais rígida pela financeira e mais flexível na gerencial), os quais, sinteticamente, seguem apresentados: Postulados: diretrizes que são o pilar da construção contábil, sendo estes: entidade (a empresa e donos são pessoas distintas entre si) e continuidade (a empresa deve continuar a existir, no mínimo, por um tempo suficiente para honrar seus compromissos e realizar seus direitos). Convenções: elementos estabelecidos pela prática contábil que estabelecem limites ao processo de contabilização, para que a essência dos princípios não seja violada. Por exemplo, pela convenção da materialidade tem-se, resumidamente, que o esforço da contabilização não deve superar o benefício da informação gerada. Princípios: preceitos que estabelecem a forma que as contabilizações precisam ocorrer de modo que a informação gerada possa refletir com maior segurança a realidade das operações e do patrimônio da empresa. Por exemplo, podemos citar que, segundo o princípio da oportunidade, a informação contábil precisa ser íntegra (deve conter todos os detalhes importantes) e tempestiva (deve chegar ao usuário em tempo para ser utilizada no processo decisório). Características qualitativas: sinteticamente, podemos identificar estes itens como os preceitos mínimos que o procedimento contábil deve seguir para assegurar que haja uma adequada serventia dos dados apurados. Por exemplo, umas das características qualitativas é a “compreensão”, (o texto precisa ser objetivo e claro). Tema 3 – Relatórios contábeis. Balanço Patrimonial (BP) O Balanço Patrimonial é o relatório contábil que apresenta informações sobre a situação patrimonial da empresa. Ele informa a situação da entidade com relação ao volume monetário que se faz presente na estrutura, quanto aos seus bens/direitos (ativo), deveres/obrigações (passivo) e condição patrimonial líquida (PL). Demonstrativo de Resultados (DR) O Demonstrativo de resultados é um relatório contábil que nos traz informações sintéticas e dinâmicas sobre o resultado econômico de um período. Ele informa se a empresa teve lucro ou prejuízo em um dado intervalo de tempo. O Custo do Produto Vendido (CPV) é o termo utilizado para indicar que a empresa é do setor industrial, pois, caso ela fosse comercial, o termo seria Custo da Mercadoria Vendida e, no caso de prestadora de serviço, teríamos Custo do Serviço Prestado. O valor do CPV representa quanto nos custou o consumo dos recursos utilizados para gerar os produtos que foram vendidos. Numa questão prática (ou seja, além dos limites contábeis), a “gestão estratégica do custo industrial” deve se estender para uma visão sistêmica sobre toda a empresa. De tal forma que, caso esse gestor não venha a ter autoridade sobre as despesas da empresa, que ele, pelo menos, tenha influência nos encontros com aqueles que detêm tal poder.
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