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MODULO – B FASE 2 – G.P.I. (Gestão da Produção Industrial) Matéria: Gestão de custos industriais. (uta projetos e produção de produtos – B 2016 – Fase 2 [91480]) Resumo aula teórica 3: Tema1: Custeio por absorção – Conceitos básicos. Para entendermos a relevância do custeio por absorção, antes de tudo, é preciso ser dito que ele é um dos mais antigos e, provavelmente, um dos mais utilizados do sistema contábil. O motivo? Simplesmente, porque ele deriva da aplicação de um dos princípios fundamentais da contabilidade, o da “confrontação das despesas com as receitas”. Isso significa dizer que ele atende de forma adequada ao contexto da apropriação de todos os custos incorridos em um determinado período para a elaboração dos produtos finais da empresa, os quais serão vendidos auferindo receita A lógica que se faz presente no custeio por absorção é mais ou menos a seguinte: primeiro, os gastos da empresa são separados em custos e despesas, conforme os critérios explicados na Aula 02. Depois, os gastos que foram classificados como custos são identificados como sendo diretos ou indiretos. Os custos diretos são apropriados aos produtos de forma, logicamente, direta, isto é, sem que haja a necessidade de uma ação intermediária. Já os gastos indiretos são reunidos em centros de custos e, mediantes critérios de rateios, são alocados aos produtos fabricados. Ou seja, nos custos indiretos a alocação aos produtos ocorre de forma “indireta”, segundo os critérios arbitrados/estimados pelos agentes envolvidos. Os produtos finais agora ativados, enquanto presentes no estoque, representam todos os sacrifícios que foram necessários para produzi-los (custos diretos + custos indiretos). Quando, por fim, vendidos, estes se convertem em uma parte das despesas que se fazem presentes no demonstrativo de resultado (DR). Sendo assim, temos aqui uma aproximação da jornada do “custo do produto vendido”, segundo os ditames do custeio por absorção, a qual segue ilustrada na Figura 01. Figura 01: Diagramação básica do custeio por absorção parcial: Existem outras formas possíveis para esse tipo de custeio, sendo elas também: Custeio por absorção modificado e Custeio por absorção pleno. Tema2 – Custeio por absorção – classificações possíveis. Três variações possíveis se destacam dentro desse conceito: a absorção parcial (chamada apenas absorção) a absorção modificada (intermediária entre absorção e variável) a absorção plena (conhecida como RKW). Sobre o Custeio por absorção modificado, o qual podemos interpretá-lo como sendo uma etapa intermediária entre o custeio variável e o custeio parcial. Seu procedimento, como demonstra a Figura 02, é o seguinte: (i) separamos os gastos em custos e despesas; (ii) classificamos os custos em variáveis e fixos; (iv) apropriamos os custos variáveis aos produtos e dividimos os custos fixos em operacionais e estruturais; (v) os custos operacionais são alocados aos produtos por critérios de rateio e os custos estruturais são reconhecidos como gastos do período junto com as despesas. Um custo fixo estrutural é aquele cuja existência se dá pela necessidade da manutenção da estrutura da atividade produtiva, por exemplo, a limpeza da fábrica, a manutenção das instalações e, inclusive, o custo do direito de uso do espaço (o aluguel). Já o custo fixo operacional trata dos gastos incorridos para a realização das operações propriamente ditas. Ou seja, aqueles gastos fixos necessários para operar a estrutura produtiva, por exemplo, custo com a mão de obra indireta (encarregados, supervisores etc.). E a mão de obra direta, ela é variável ou fixa? Vamos tentar entender, a mão de obra direta (MOD) é considerada pela contabilidade como sendo um custo variável, uma vez que seu uso se altera na medida em que se produz um bem/serviço. Já a folha de salário dos colaboradores que representam a MOD, esta é um custo fixo, no curto prazo, pois ela não se altera com a produção. Assim, se a empresa trabalha normalmente, essa folha se converte em MOD – portanto, em custo variável – e, sendo assim, ela é totalmente apropriada ao custo do produto. Todavia, se ocorrer apenas um uso parcial da folha, temos que como MOD será considerada apenas esta parte utilizada, já a parte não utilizada deverá ser reconhecida como custo fixo (ou indireto), devendo assim ser rateado. E nos casos extremos de paradas, como uma greve, o custo dessa folha deverá ser lançado como perda. Pelo menos, é assim que deveria ser. No Custeio por absorção plena incorporamos aos produtos todos os custos de produção e todas as despesas da empresa, como demonstra a Figura 03, ou seja, no custeio pleno as despesas também são alocadas aos produtos finais. Tema 3 – Custeio variável – conceitos e aplicações básicas. O Custeio variável é a nossa próxima possibilidade de mensuração dos custos, nele temos uma abordagem contábil distinta da preocupação do rateio de gastos indiretos. Nesse novo procedimento, os dispêndios passam a ser abordados como elementos fixos ou variáveis em relação ao volume movimentado de produtos. Onde, como visto na aula 01, os gastos Fixos (recorrentes ou não recorrentes) seriam aqueles dispêndios que não sofrem alterações em seus valores na medida em que varia o volume dos produtos. Por sua vez, os dispêndios Variáveis seriam aqueles gastos que sofrem variações no valor agregado conforme vão ocorrendo alterações na quantidade dos produtos. Como demonstra a Figura 05, mediante essa reestruturação do DR, tem-se uma nova condição de compreensão sobre quanto nos sobra da receita auferida na medida em que os gastos são abatidos conforme a natureza que apresentam. Por exemplo, caso o valor da “margem de contribuição bruta” esteja em um patamar muito próximo ou até mesmo menor que a despesa, tem-se o elemento que deve ser o foco de nossa estratégia. Da mesma forma, se o valor do “custo fixo” exaurir toda a margem de contribuição líquida, nos será possível visualizar em qual ponto do processo ocorreu o problema, pois temos detalhado o comportamento da receita, do custo variável, da despesa variável, dos custos fixos e despesas fixas. Com relação ao valor informacional que o custeio variável nos fornece, podemos citar a forma instrumental do Custo/Volume/Lucro (C/V/L). Ou seja, procedimento analítico que nos permite considerar o impacto que o custo tem no lucro da empresa conforme volume movimentado, por meio de diferentes cálculos gerenciais, dentre outros: (i) margem de contribuição, (ii) ponto de equilíbrio, (iii) margem de segurança e (iv) grau de comprometimento da receita. Vamos ver rapidamente cada um desses cálculos citados com relação à sua fórmula e função. Pela Equação 01 é possível perceber que a Margem de Contribuição nada mais é do que o valor monetário (por unidade de produto) que nos resta após o abatimento do custo variável e da despesa variável. Sendo assim, ele representa quanto cada unidade do produto vendido irá contribuir para liquidar o custo fixo (em um primeiro momento) e para gerar lucro (em um segundo momento). O ponto de equilíbrio, como demonstra a Equação 02, representa a razão entre o “Gasto fixo” e a “Margem de contribuição”. Como o gasto fixo é considerado em relação ao “período” e a margem de contribuição em relação a “uma unidade de produto”, temos, portanto, que PE é a quantidade de produtos que devemos vender dentro desse período considerado para equilibrar o valor da receita e do gasto. Aula 8 – aula prática 2: Algumas questões: O que é custeio de absorção? R.: É uma forma de apropriação dos custos, que obedece os princípios fundamentais da contabilidade; que é o confronto entre os custos incorridos e as receitas geradas. Separa os gastos entre os custose despesas; e o que é custos, apropria ao produto por meio de rateio. Por que o custeio por absorção é o método mais utilizado nas empresas Brasileiras? R.: A lei não diz o tipo de custeio que deve ser usado; mas, dá indícios de que princípios ela quer que atenda; e com isso, o custeio por absorção é o que mais atende a esses princípios legais. Quais as três formas de custeio por absorção pode ser apresentado em processo de contabilização e gestão de custos? R.: Absorção parcial Absorção modificado e Absorção pleno. Quais as diferenças entre essas três formas de custeio por absorção? (parcial, modificado e pleno). R.: Custeio por absorção parcial: Separa custos e despesas, e apropria ao produto custos diretos e indiretos. Custeio por absorção modificado: Separa custos e despesas; os custos em variáveis e fixos; e os fixos divide se em: operacionais e estruturais. Custo fixo estrutural; lança no período. (igual às despesas). Custo fixo operacional; rateará e colocará no produto. Custeio por absorção pleno: Além de apropriar os custos ao produto, apropriará as despesas também.
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