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MODULO – C FASE 1 – G.P.I. (Gestão da Produção Industrial) Matéria: Gestão da qualidade (91554). (uta medição e qualidade – C 2016 – Fase 1) Resumo aula teórica 2: Tema 1 – Conceitos de processos (6 Ms) e problemas. Conceito de processo Um processo, para Davenport (1994), seria uma ordenação específica das atividades de trabalho no tempo e no espaço, com um começo, um fim, inputs e outputs claramente identificados, enfim, uma estrutura para ação. Já Harrington (1993) o define como sendo um grupo de tarefas interligadas logicamente, que utilizam os recursos da Organização para gerar os resultados definidos, de forma a apoiar os seus objetivos. Para Johansson et al. (1995), processo é o conjunto de atividades ligadas que tomam um insumo (input) e o transformam para criar um resultado (output). Teoricamente, a transformação que nele ocorre deve adicionar valor e criar um resultado que seja mais útil e eficaz ao recebedor acima ou abaixo da cadeia produtiva. Rebouças (2007) aponta que o principal problema que a administração de processos apresenta é sua consolidação como um instrumento administrativo com alta qualidade, mas por muitas vezes faltam metodologias estruturadas em sua operacionalização nas organizações. Ele indica uma metodologia dividida em quatro fases para o desenvolvimento e implementação dos processos nas organizações. Fase 1 – o comprometimento: a finalidade dessa fase é a apresentação, o debate, a estruturação geral e o atendimento. Fase 2 – estruturação: identificar todos os aspectos a serem adequados para o desenvolvimento e implementação dos processos. Estruturar as fases, etapas e atividades a serem realizadas. Fase 3 – análise: nesta fase, alguns pontos devem ser observados: 1.Qual o sistema que agrega o processo principal? 2.Quais os principais processos, atividades e passos que são partes integrantes dos sistemas que se relacionam? 3.Como as atividades, tarefas e procedimentos são realizados? 4.Quais ações e estratégias melhorariam os negócios? 5.Quais os processos que trariam resultados para os negócios? 6.Quais são os pontos fortes e fracos de cada processo da organização? 7.Como as empresas do mesmo setor atuam? 8.Quais os objetivos, desafios, metas de aperfeiçoamento para os processos atuais? 9.Qual a proposta de futuro da organização – visão? Fase 4 – desenvolvimento: consolidação da gestão de processos na organização. Questões a serem observadas nesta fase: 1.Quais os recursos necessários para otimizar os processos? 2.Quem são as pessoas que estarão envolvidas, direta e indiretamente? Como serão treinadas? 3.Quais são as oportunidades que foram identificadas e como serão usufruídas? 4.Quais são as prioridades e competências a serem desenvolvidas? 5.Quais serão as medidas de desempenho utilizadas? 6.Como será a distribuição de autoridade e responsabilidade? 7.Como serão tratadas as resistências a mudanças? 8.Como a empresa será idealizada e planejada para esta mudança? Outra forma de entender processo Definimos o termo processo como sequência de acontecimentos interligados que estão relacionados entre si, que em cada etapa consumem recursos vários para converter uma ou mais matérias-primas em um elemento final. Sintetizando, podemos definir processo como a organização lógica e detalhada de pessoas (mão de obra), máquinas, materiais, procedimentos e energia em uma série de atividades de trabalho e funções, de forma a produzir um trabalho final específico; conjunto de atividades planejadas e inter-relacionadas, realizadas com o objetivo de gerar produtos ou serviços que atendam as necessidades de clientes, tanto internos quanto externos. Conceito de processo a partir de Ishikawa Podemos definir processo a partir de Ishikawa, como sendo: Um conjunto de seis causas que tem por objetivo produzir um determinado efeito, o qual denominamos de produto do processo. Devemos considerar o conceito de processo interno, onde o processo anterior é o fornecedor e o processo subsequente é o cliente do processo. Podemos definir processo a partir de Ishikawa, como sendo: É um resultado (EFEITO) indesejado de um processo, podendo acontecer em qualquer um dos “Emes” do processo. Ou então, é a diferença entre seu resultado atual e um valor desejado (META) esperada. Para tanto, existe a divisão dos 6 M’s, que enumeram onde os problemas de um processo podem estar localizados: Mão de obra: quando um colaborador realiza um procedimento inadequado, faz o seu trabalho com pressa, é imprudente etc. Material: quando o material não está em conformidade com as exigências para a realização do trabalho. Meio ambiente: quando o problema está relacionado ao meio externo, como poluição, calor, poeira etc., ou mesmo, ao ambiente interno, como falta de espaço, dimensionamento inadequado dos equipamentos etc. Método: quando o efeito indesejado é consequência da metodologia de trabalho escolhido. Máquina: quando o defeito está na máquina usada no processo. Medida: quando o efeito é causado por uma medida tomada anteriormente para modificar processo. A partir de então, é preciso que os envolvidos comecem a avaliar quais as causas do problema, levando em consideração os 6 M’s. Conceito de processo e problema na visão do prof. Vicente Falconi: Processo é um conjunto de causas (máquinas, matérias-primas etc.) que provoca um ou mais efeitos (produtos). O processo é controlado através dos seus efeitos. Os itens de controle de um processo são índices numéricos estabelecidos sobre os efeitos de cada processo para medir a sua qualidade total. Um “problema” é o resultado indesejável de um processo. Portanto, problema é um item de controle com o qual não estamos satisfeitos. Para conduzir um bom gerenciamento, temos que, numa primeira instância, aprender a localizar os problemas e então aprendemos a resolver esses problemas. Tema 2 – Matriz GUT. A Matriz GUT O que é: é uma ferramenta de auxílio na priorização de resolução de problemas. A matriz serve para classificar cada problema que você julga pertinente para a sua empresa pela ótica da gravidade (do problema), da urgência (de resolução dele) e pela tendência (dele piorar com rapidez ou de forma lenta). Por quê fazer e o que usar: com uma matriz GUT, você pode ter auxílio em estratégias, planejamento estratégico ou mesmo na aplicação em conjunto com ferramentas como a análise SWOT, Diagrama de Pareto, Diagrama de Ishikawa ou Ciclo PDCA-MASP. Nós indicamos o uso de uma planilha de Priorização de Problemas (Matriz GUT), pois dessa forma você consegue ter seus resultados automatizados. Essa ferramenta responde racionalmente as questões: 1.O que devemos fazer primeiro? 2.Por quê? 3.Por onde devemos começar? Etapas a serem seguidas: 1.Listar os problemas, as causas ou as soluções ou outros pontos de análise a serem priorizados; 2.Pontuar cada tópico; 3.Classificar os problemas, causas ou soluções a serem priorizadas; 4.Elaborar um plano de ação para solucionar a ação priorizada. Primeiro passo O primeiro passo para montar a Matriz GUT é listar todos os problemas (causas, soluções) relacionados às atividades que você terá que realizar em seu departamento, sua empresa ou até mesmo suas tarefas em casa, por exemplo. Montando uma matriz simples, contemplando os aspectos GUT e os problemas a serem analisados. Segundo passo Em seguida, você precisa atribuir uma nota para cada problema listado, dentro dos três aspectos principais que serão analisados: Gravidade, Urgência e Tendência. Gravidade =Impacto Representa o impacto do problema analisado caso ele venha a acontecer. Analisa-se sempre seus efeitos a médio e longo prazo, caso o problema em questão não seja resolvido. Qual o impacto que este problema gerará para as pessoas, processos daempresa, resultados a curto e longo prazo etc.? Urgência = Tempo Representa o prazo, o tempo disponível ou necessário para resolver um determinado problema analisado. Quanto maior a urgência, menor será o tempo disponível para resolver esse problema. Qual o tempo que você precisa para resolver este problema e o tempo que você tem para resolvê-lo? Tendência = Desenvolvimento do Problema Representa o potencial de crescimento do problema, a probabilidade do problema se tornar maior com o passar do tempo. É a avaliação da tendência de crescimento, redução ou desaparecimento do problema. Como este problema pode aumentar, quais suas chances de crescer (muito ou pouco) e será que ele pode acabar por si só? A filosofia da Matriz GUT é atribuir valores numéricos (pesos) de 1 a 5 para cada uma das variáveis “G”, “U” e “T”. As variáveis, por sua vez, são aplicadas a cada uma das ações listadas ou a um determinado problema Como montar a matriz GUT 1.Listar todos os problemas (causas ou soluções) relacionadas às atividades que você terá que realizar, montando uma matriz simples contemplando os aspectos GUT; 2.Em seguida você precisa atribuir uma nota para cada problema listado, dentro dos três aspectos principais que serão analisados: Gravidade, Urgência e Tendência; 3.A pontuação deve seguir a escala crescente: 5 para os problemas de maiores valores e 1 para os de menores valores (tabela anterior); 4.O cálculo feito após a atribuição de notas para os respectivos problemas é da seguinte maneira: G x U x T Tema 3 – Ciclo PDCA/MASP Ciclo PDCA O conceito PDCA é atualmente aplicado na melhoria contínua de processos de qualidade e de gestão. Ele foi criado na década de 20 por Walter A. Shewhart e mais tarde foi disseminado por William Edward Deming. O PDCA é um ciclo que envolve quatro etapas: Plan, Do, Check e Act. O conceito de PDCA fica fácil de entender quando olhamos para o significado da sua sigla em inglês: P (plan: planejar); D (do: fazer); C (check: acompanhar); A (act: corrigir). O que o ciclo PDCA sugere é que, qualquer atividade de gestão, de planejamento estratégico ou de qualidade, que seja executada na empresa, seja conduzida seguindo essas quatro fases. Método de Análise e Solução de Problemas (MASP) O método de análise e solução de problemas, também conhecido pela sigla MASP, é uma metodologia usada para aumentar, manter e controlar a qualidade de processos, dos serviços e dos produtos. Composto por ferramentas para o auxílio do aumento da qualidade, ele é um método utilizado em empresas que recebe bastante influência do ciclo PDCA e que possui influência também da metodologia científica. Ele é aplicado em problemas crônicos, sistêmicos e/ou complexos. ETAPAS DO MASP: 1.Problema: identificar o problema; 2.Observação: apreciar as características do problema; 3.Análise: determinar as causas principais; 4.Plano de ação: conceber um plano para eliminar as causas; 5.Ação: agir para eliminar as causas; 6.Verificação: confirmar a eficácia da ação; 7.Padronização: eliminar definitivamente as causas; 8.Conclusão: recapturar as atividades desenvolvidas e planejar para o futuro. Tema 4 – Plano de ação 5W2H Plano de ação 5W2H O que é um plano de ação? É o planejamento de todas as ações necessárias para atingir um resultado desejado. O principal, sem dúvida, é saber o que fazer: identificar e relacionar as atividades. Para “problemas simples”, uma regra prática: relacione tudo, do fim para o começo. Para “problemas complexos” existem várias técnicas e métodos. O Plano de Ação 5W2H é um deles e bastante usado. Porque fazer planos de ação O plano de ação é acima de tudo um conceito que ajuda na tomada de decisões rápidas e eficazes. Há ocasiões em que um plano de ação muito simples é viável, porém em outros casos é necessária a criação de um documento para fins de arquivamento, reflexão e principalmente comunicação eficiente e visual com outras pessoas envolvidas. O que é o 5W2H A planilha 5W2H é uma ferramenta administrativa que pode ser utilizada em qualquer empresa a fim de registrar de maneira organizada e planejada como serão efetuadas as ações, assim como por quem, quando, onde, por que, como e quanto irá custar para a empresa. 5W2H é uma ferramenta para elaboração de planos de ação que, por sua simplicidade, objetividade e orientação à ação, tem sido muito utilizada em Gestão de Projetos, Análise de Negócios, Elaboração de Planos de Negócio, Planejamento Estratégico e outras disciplinas de gestão. Essa ferramenta baseia-se na elaboração de um questionário formado por sete perguntas. Por que 5W2H? O nome desta ferramenta foi assim estabelecido por juntar as primeiras letras dos nomes (em inglês) das diretrizes utilizadas neste processo. Abaixo você pode ver cada uma delas e o que elas representam: Há ainda outros 2 tipos de nomenclatura para esta ferramenta, o 5W1H (no qual exclui-se o “H” referente ao “How much”) e o mais recente 5W3H (no qual inclui-se o “H” referente ao “How many”, ou Quantos). Todas elas podem ser utilizadas perfeitamente dependendo da necessidade do gestor, respeitando sempre as características individuais. Conceito de processo a partir de Ishikawa Conceito de processo e problema na visão do prof. Vicente Falconi: Plano de ação 5W2H Por que 5W2H?
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