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Resenha Teoria Burocrática Max Weber

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Walison Alexandre Cordeiro da Costa
TEORIA BUROCRATICA DE MAX WEBER
Belém/PA 
2017
Walison Alexandre Cordeiro da Costa
teoria burocratica
Resenha apresentada para a disciplina Fundamentos da administração, no curso de Gestão Logística, da Universidade Paulista – Belém/PA.
Prof. Alzyr Luis da Costa Quaresma
Belém/PA 
2017
RESENHA
Taylor, em seus estudos, procurava métodos para que o trabalho fosse realizado de forma rotineira nas organizações, Fayol estudava as funções administrativas da direção, enquanto Weber preocupava-se com as características da burocracia organizacional. Analisando os três em suas visões, suas investigações apresentam características distintas, no entanto, todos três estavam preocupados com os componentes estruturais nas organizações. Mesmo tendo citado idéias de outras escolas anteriores aos estudos da burocracia, esta resenha focará apenas os componentes desta teoria. De uma forma geral, a teoria da burocracia busca uma doutrina aplicável a todos os modelos de organizações, não somente para as organizações fabris, analisando o crescimento do tamanho e da complexidade das empresas. Tem como pressupostos, a racionalidade, adequação dos meios aos fins, além de buscar a máxima eficiência.
Esta teoria demonstra um modelo de organização sólida e abrangente e que serve como orientação para o trabalho do administrador. Mas, porque ter atenção pela teoria da burocracia? Primeiramente pode-se considerar a fragilidade e parcialidade da teoria clássica e das relações humanas, depois pelo crescimento acelerado no tamanho e complexidade das organizações, pela necessidade de um modelo de organização racional e pelo ressurgimento da sociologia da burocracia de Max Weber. Segundo Ramos (1983, p. 192) “Max weber fundou uma tradição de estudos sociológicos sobre burocracia e burocratização que até o presente se pode reconhecer, entre outros, em trabalhos de Talcott Parsons, Reinhard Bendix, peter Blau, Seymour Lipset, Alvin Gouldner, Amitai Etzioni, Fred Riggs, S. N. Eisenstadt. Todos esses autores perfilham um conceito positivo de burocracia, de inspiração weberiana”.
Weber descreveu as organizações burocráticas de uma perspectiva dimensional, enumerando uma série de atributos organizacionais que, reunidos, constituem a forma burocrática da organização. Essas dimensões são: divisão do trabalho, hierarquia de autoridade, normas extensivas, separação entre administração e propriedade e salário e promoção baseados na competência técnica. 
Em seu modelo teórico, Weber apresenta três tipos de autoridade e de sociedade, que são: a) tradicional; b) carismática e c) legal, racional ou burocrática. O autor ainda trabalha várias questões como a racionalidade das ações como divisão do trabalho, impessoalidade das relações, rotinas e procedimentos padronizados e bem definidos, normas e regulamentos, formalidade das comunicações, competência técnica e meritocracia, separação da administração da propriedade, sistemas de previsão no funcionamento, especialização profissional dos trabalhadores e hierarquia de autoridade. Além destes pontos, Weber (1982) apresenta vantagens técnicas da organização burocrática. Para o autor, categoricamente, a razão para o progresso da organização burocrática foi sempre a “superioridade puramente técnica sobre qualquer outro modelo de organização. A precisão, velocidade, clareza, conhecimento dos arquivos, continuidade, discrição, unidade, subordinação rigorosa, redução do atrito e dos custos de material e pessoal, são levados ao ponto ótimo na administração rigorosamente burocrática” (WEBER, 1982, p. 249).
Dentro dos princípios da burocracia, encontram-se os processos administrativos. Estes processos são decisórios, pois “consistem no isolamento de certos elementos nas decisões dos membros da organização”. “Se a tarefa do grupo consiste em construir um barco, começa-se pela preparação do desenho, o qual uma vez aprovado pela organização, passa a limitar e guiar as atividades das pessoas que efetivamente o constroem” (SIMON, 1965, p. 8). Para Simon (1965, p. 9), “as decisões que a organização toma pelo indivíduo consistem na especificação de suas funções, na distribuição da autoridade e no estabelecimento de tantos limites à sua faculdade de agir quantos sejam necessários para coordenar as atividades de numerosos indivíduos nas organizações”. 
Críticas sobre a burocracia também vieram à tona. Geralmente as críticas eram porque considerava o modelo excessivamente racional e conservador, mecanicista, impessoal, com sistema fechado que busca certeza, procurando sempre uma abordagem descritiva e explicativa para descrever, analisar e explicar a maneira de trabalho mais adequada para as organizações, dificuldade de atendimento aos clientes e conflitos com o público, dentre outros. Neste contexto, apresenta-se Selznick com seu modelo de burocracia. No seu modelo, a burocracia não é rígida nem estática, mas adaptativa e dinâmica, interagindo com o meio. Tem que ser útil até o ponto em que traz eficiência e nem sempre à eficiência compensa a rigidez com que ela está associada. Estas críticas emergem das disfunções da burocracia.
Embora suas disfunções (resistência à mudança, excesso de formalismo, regras, apego aos procedimentos, rotinas de trabalho e outras) tenham contribuído para as críticas relacionadas aos seus princípios, além de considerações como “quanto mais organização existir, menos liberdade o homem terá”, observa-se que a burocracia contribuiu para o desenvolvimento de teorias organizacionais e ainda hoje faz parte do contexto de todos os tipos de organizações.
Vantagens e desvantagens da burocracia no ambiente de trabalho de uma empresa:
  –  Vantagens:
 1° Na definição de cargos;
 2° Na rapidez no processo de decisão;
 3° Na Padronização de operações;
 4° Na confiabilidade dos procedimentos;
  –  Desvantagens:
 1° Maior importância nas normas do que nos objetivos;
 2° Perda da atenção ao crescimento pessoal;
 3° Total descaso com a organização informal;
 4° não assimila as inovações tecnológicas com a rapidez.
Referências bibliográficas
SIMON, H. Comportamento administrativo. Rio de Janeiro: FGV, 1965.
WEBER, M. Ensaios de sociologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1982.

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