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04 Inflamação crônica

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24/11/2016
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Inflamação
crônica
Tecidos II - Patologia
Tecidos II - Patologia
Inflamação
AGUDA
Resolução Inflamação
CRÔNICA
Mediadores inflamatórios
Vasodilatação
Recrutamento 
de leucócitos
Remoção do 
estímulo
Resposta anti-inflamatória
Mediadores inflamatórios
Vasodilatação
Recrutamento 
de leucócitos
*Persistência
do estímulo
Def.
Inflamação prolongada (> 6 meses), onde a inflamação
ativa, a destruição tecidual e a tentativa de reparação
acontecem simultaneamente.
1) Persistência do recrutamento de células inflamatórias
mononucleares;
2) Lesão tecidual devido o processo inflamatório prolongado;
3) Tentativa desordenada de recuperação tecidual –
substituição por tecido conjuntivo / angiogênese.
A inflamação crônica pode ser:
1) Continuação de uma inflamação aguda;
2) Processo inflamatório pouco intenso, geralmente
assintomático. Ex – artrite reumatóide, aterosclerose,
tuberculose…
Estímulos: processos infecciosos, auto-imunes e câncer.
Causas
• Infecções persistentes por microorganismos pouco
virulentos. Mycobacterium tuberculosis, Treponema pallidum…
• Exposição prolongada à agentes tóxicos exógeos ou
endógeos. Ex: tabagismo+pulmão, lípideos oxidados+aterosclerose…
• Auto-imunidade. Deposição de complexo antígeno-anticorpo nos
tecidos, levando a uma resposta inflamatória persistente. Ex: Lúpus,
artrite reumatóide.
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Infiltração de células mononucleares na
inflamação crônica
• Célula predominante: macrófago
Medula óssea Sangue Tecidos
Macrófago ativado
c. tronco monoblasto monócito macrófago
Recrutamento Divisão Imobilização
Acúmulo de 
macrófagos
Etapas
Quimiocinas produzidas por
macrófagos, linfócitos e outras
células ativadas; C5a, TGF-α,
fragmentos da degradação de
colágeno e fibronectina…
• Produtos derivados dos macrófagos ativados Lesão tecidual
EROS
Proteases
Estímulo lesivo  Manutenção da resposta inflamatória 
 Inflamação crônica.
Outras células que participam da
inflamação crônica
• Linfócitos
- As citocinas e quimiocinas produzidas pelos macrófagos
ativados promovem o recrutamento linfocitário;
- Como produtoras de anticorpos, possuem papel importante
na neutralização de antígenos no sítio inflamatório;
- Sustentação da RI crônica.
Interação Linfócito T e macrófago na
inflamação crônica
• Eosinófilos
- Reações imunológicas mediadas pela IgE e infecções
parasitárias;
- Principal quimiocina: eotaxina;
- Grânulos com proteína básica principal, eficiente contra
parasitas.
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• Mastócitos
- Participam da reação inflamatória aguda e crônica;
- Expressam receptores para IgE degranulação;
- Produção de citocinas que contribuem para a fibrose.
Inflamação crônica granulomatosa
Modificações nas células do exsudato, que se 
organizam e formam agregados circunscritos
denominados GRANULOMAS.
Célula principal: Macrófago
Rubin, 2007.
Inflamação granulomatosa
Fagocitose
Remoção 
do agente 
agressor
Fagocitose
Falha na digestão e 
eliminação do agente 
agressor
Morte do 
neutrófilo
Liberação do 
conteúdo não 
digerido
Re-fagocitose
(macrófagos)
Resposta 
inflamatória 
crônica 
Modificações das células 
do exsudato, com 
formação de células 
gigantes
X
Partículas insolúveis ou 
pouco imunogênicas
Def.
• Conjunto organizado de células inflamatórias, composto
principalmente por macrófagos ativados;
• Resposta protetora contra inflamação crônica persistentes ou
contra presença de materiais estranhos:
-Isolamento do estímulo agressor;
-Restrição da RI;
- agressão tecidual.
• Ocorre em poucas situações (tuberculose,
paracoccidioidomicose, sífilis, esquistossomose, sarcoidose,
doenças auto-imunes);
• Células gigantes: Fusão de macrófagos através de pregas
interdigitantes. Sem capacidade fagocítica.
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• Granuloma de corpo estranho: causado por partículas
insolúveis inertes, cujo tamanho impede a fagocitose por um
único macrófago. Reação inflamatória pouco intensa.
Fibrose pouco intensa
Tipos de granuloma
*Predomínio de células gigantes do tipo corpo estranho:
Células gigantes sem reorganização do citoesqueleto (núcleos
aleatórios).
• Granuloma imune: causado por partículas insolúveis
(microorganismos), capazes de induzir uma resposta
imunológica celular, porém não uma RI aguda. Reação
inflamatória importante. C/ fibrose
*Predomínio de células gigantes do tipo Langhans: Células gigantes
organizadas em paliçada. Reorganização do citoesqueleto, com núcleos na
periferia das células gigantes.
• Produção de citocinas que estimulam a síntese de MEC e 
fibras elásticas (Bulbo de cebola);
• Evolui para fibrose:
- Reabsorção e cura;
- Encapsulamento.
Ramakrishnan, 2012
Granuloma da tuberculose
Granuloma da tuberculose
Necrose caseosa
Células gigantes
Macrófagos 
epitelióides
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GRANULOMA DA TUBERCULOSE
Célula gigante de 
Langhans
Célula gigante
de corpo estranho
Células epitelióides
linfócito
Evolução dos granulomas imunes
• Th1:  n células gigantes epitelióides, fibrose concêntrica e 
cura;
• Th2:  n células gigantes epitelióides, necrose acentuada, 
granuloma progressivo.
Outros granulomas imunes
1) Esquistossomose
- Presença de eosinófilos, macrófagos e linfócitos;
- OVOS → Acúmulo de macrófago e a formação de granuloma 
mediada por TNF e células T helper 1 e 2;
- RI Th2: responsável pela eosinofilia, mastocitose e ↑níveis de 
IgE sérica, pois secretam:
• IL-4 – síntese de IgE
• IL-3 e IL- 4 – Mastocitose
• IL-5 – Fator de crescimento para eosinófilo
- É comum que tenham um halo linfocitário e fibroblastos na
periferia, em arranjo concêntrico, formando uma cápsula;
- É freqüente nos granulomas o encontro de cascas de ovo
fagocitadas por células epitelióides;
- Os vermes e ovos provocam reação de hipersensibilidade do
tipo I (anafilática), o que atrai eosinófilos.
Granuloma
Fibroblastos Linfócitos
Granuloma da esquistossomose
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2) Paracoccidioidomicose
- Fungo Paracoccidioides brasiliensis;
- Infecção: inalação de esporos;
- Zonas rurais do Brasil e de outros países da América do Sul;
- Afeta principalmente os agricultores que trabalham a terra
que contém os seus esporos (produzidos pela forma sexual
livre).
Células gigantes de 
Langhans
Fungo jovem
Fungos adultos
Granuloma da Paracoccidioidomicose
3) Sarcoidose
- Doença granulomatosa sistêmica, autolimitada (12-36 m);
- Etiologia indefinida*;
- Faixa etária 25 – 40 anos;
- Negros: evolução grave e aguda ( doença extratorácica 
[pele]);
EUA: 15 negros: 1 branco 
 Uveíte, gl. lacrimal
Lupus pérnio
- Principais tecidos afetados: *Pulmões, linfonodos, olhos e 
pele;
- Diagnóstico diferencial para TB e PC;
- Granuloma rico em células gigantes e macrófagos epitelióides;
-  infiltrado peri-linfocitário;
- Padrão Th1: 10 LTCD4+ : 1 LTCD8+
 *Mudança para Th2 progressão  Fibrose pulmonar.
Presença de corpúsculos asteróides e corpos de Schaumann*
Pele
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Pulmão
• Sarcoidose aguda: Remissão espontânea em 24 meses; boa 
resposta a esteroides;
• Sarcoidose crônica: Alto risco de doença progressiva.
Evolução clínica:
Remissão permanente em 60% dos pacientes com fibrose 
pulmonar;
Menor probabilidade de remissão em pacientes idosos e com 
lesões extratorácicas;
20% apresentam disfunção pulmonar ou visual permanente.
• Resolução do granuloma : Cura por fibrose
- Produção de citocinas que induzem a síntese de proteínas da 
MEC;
- Avanço concêntrico da fibrose, fazendo com que as células 
epitelióides sofram apoptose;
- Reabsorção incompleta do agente inflamatório e da necrose: 
encapsulamento.
Granulomaencapsulado

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