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APOSTILA 1 COISA JULGADA PROCESSO CIVIL IV 1. Coisa Julgada Coisa Julgada: direito e garantia fundamental, artigo 5º. XXXVI CF Função : Imutabilidade = Segurança Jurídica = Assegurar que os efeitos decorrentes das decisões judiciais não possam ser modificados Ter uma decisão que não será alterada, que definitivamente solucionou o conflito Coisa Julgada e Efeitos da Sentença Coisa Julgada: NÃO É EFEITO DA SENTENÇA é QUALIDADE dos efeitos da sentença Imutabilidade Indiscutibilidade Ex1: Sentença é apta a produzir efeitos mesmo antes fazer coisa julgada, quando há recurso recebido sem efeito suspensivo Ex2: Sentença que jamais fará coisa julgada, como a sentença penal condenatória, sempre passível de revisão Espécies? Formas de Manifestação Não se trata de 2 espécies/tipos de coisa julgada É fenômeno único que se manifesta de 2 formas: Formal: imutabilidade dos efeitos da sentença no próprio processo em que foi proferida *Talamini: imutabilidade do comando da sentença Efeitos não ficam imutáveis (Ex: credor perdoa a dívida depois da condenação; casal divorciado que casa; devedor que paga dívida declarada inexistente; réu vencedor da investigação de paternidade que reconhece autor como filho) Material: imutabilidade dos efeitos da decisão de mérito em qualquer outro processo *Talamini: imutabilidade do comando da decisão de mérito Coisa Julgada Formal Manifestação da Coisa Julgada no próprio processo em que foi proferido. Limita-se a encerrar o processo Todos os tipos de sentença Ficam sujeitas à coisa julgada formal (Quando não couber mais recursos) SENTENÇA ACÓRDÃO RESOLVEM O MÉRITO (487) EXTINGUE O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO (485 CPC) Coisa Julgada Material Projeção EXTERNA dos seus efeitos da SENTENÇA que IMPEDE que a mesma AÇÃO, já decidida em caráter DEFINITIVO, volte a ser discutida em OUTRO PROCESSO Pressupõe DECISÃO DE MÉRITO (que discuta o mérito, apreciando o pedido colocado em juízo) Coisa Julgada Material Artigo 502 Qualidade (imutável e indiscutível) de que se reveste o pronunciamento de mérito transitado em julgado Quando não cabe mais recurso Sentenças Acórdãos Decisão interlocutória Art. 356 CPC Recursos não foram interpostos Não há mais recursos a serem interpostos Não há coisa julgada material Não há coisa julgada material nas decisões que apreciam tutelas provisórias Não há coisa julgada material na sentença que encerra o processo de execução, porque ela não é de mérito, apenas irá dar por terminado o processo. *TALAMINI : Comando que põe fim à fase de execução faz COISA JULGADA FORMAL Limites Objetivos da Coisa Julgada Coisa Julgada vigora nos limites do PEDIDO e da CAUSA DE PEDIR Modificando qualquer destes elementos, é possível nova ação Ex: 1 Pedido = resolução de contrato Causa de pedir = inadimplemento do réu Pedido = Cumprimento do Contrato Causa de pedir = inadimplemento do réu Improcedência Coisa Julgada A) OBJETO DO PROCESSO Limites Objetivos da Coisa Julgada Ex: B é condenado a pagar 500,oo a A por empréstimo Pedido = condenar pagamento Causa de pedir = empréstimo não pago Sentença faz coisa julgada B promove contra A, ação declaratória de inexistência de dívida alegando que jamais emprestou $ de A Pedido = declarar inexistência a dívida Causa de pedir = ausência de empréstimo B) OBJETO IDÊNTICO OU INCOMPATÍVEL Limites Objetivos da Coisa Julgada Há coisa julgada quando: a) OBJETO (causa de pedir e pedido) for idêntico b) se propõe na segunda ação OBJETO que seria CONTRADITÓRIO com o objeto da ação anterior. Objeto que fica excluído pelo resultado da ação anterior. OBJETO IDÊNTICO OU INCOMPATÍVEL Limitação ao Dispositivo A COISA JULGADA atinge apenas o DISPOSITIVO NÃO FAZ COISA JULGADA Artigo 504 CPC MOTIVAÇÃO SENTENCIAL Argumentos do juiz VERDADE DOS FATOS, ESTABELECIDA COMO FUNDAMENTO DA SENTENÇA Verdade dos fatos reputada correta pelo juiz SENTENÇA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA Questões prejudiciais e coisa julgada Prejudiciais são as questões atinentes à Existência Inexistência Que embora sem constituir o objeto da pretensão formulada (mérito da causa) São relevantes para a solução do mérito de uma Relação Jurídica Questões Prejudiciais Repercutem sobre o mérito da causa Ex: Relação de Filiação na Ação de Alimentos Ex: Relação de Filiação na Petição de Herança Decisão do Juiz acerca da questão prejudicial declarando a filiação poderá ser levado a registro no Cartório Competente, por fazer COISA JULGADA Questões Prejudiciais A coisa julgada incide sobre a resolução de questão prejudicial, observados os PRESSUPOSTOS: ARTIGO 503 (Marcus Vinícius) § 1º questão prejudicial decidida expressa e incidentemente I – dessa resolução depender o mérito II – contraditório prévio (debate) e efetivo (ficar claro para as partes a vinculação com o mérito), não se aplicando no caso de revelia III – competência em razão da matéria e da pessoa (ab) § 2º não se opera a coisa julgada nos casos de decisões com base em cognição superficial (Ex: alimentos provisórios) Questões Prejudiciais Faz coisa julgada porque se trata de um comando sentencial Novidade CPC 2015 Questão Prejudicial NÃO CARECE de Ação Declaratória Incidental para que o JUIZ possa proferir COMANDO, acobertado pela coisa julgada CPC 2015 Ação Declaratória Incidental permanece apenas para Declaração de Falsidade de Documento Autoridade de SENTENÇA (coisa julgada) Produz todos os efeitos da SENTENÇA Relações Jurídicas Continuadas (505) Relação Continuativa ou de trato continuado é aquela cuja hipótese de incidência concerne a fatos ou situações jurídicas que perduram no tempo. Artigo 505, I = autoriza que tornem a ser decididas questões já decididas relativas à mesma lide, se a relação jurídica for continuada, e se sobrevir alteração no estado de fato das partes Faz coisa julgada, mas se houver alteração no panorama fático ou jurídico, tem-se uma nova causa de pedir Ex: Revisional de Alimentos Eficácia Preclusiva da Coisa Julgada Artigo 508 Transitada em julgado a decisão de mérito, Considerar-se-ão deduzidas e repelidas Todas as alegações e as defesas Que a parte poderia opor Tanto ao acolhimento quanto à rejeição do pedido Eficácia Preclusiva da Coisa Julgada Regra NÃO consagra o JULGAMENTO IMPLÍCITO Significa que É vedado à parte invocar alegações, que poderiam ter sido feitas e não fez, para desconsiderar a coisa julgada Coisa Julgada veta a apresentação tardia de argumentos, que teriam sido relevantes se apresentados Ex: réu em Ação de Cobrança . Dívida já paga. Não apresenta documento. Condenação. Trânsito em Julgado Omissão do documento não faz quebrar a Coisa Julgada Limites Subjetivos da Coisa Julgada Artigo 506. A coisa julgada só vincula as partes do processo em que ela se fez, não PREJUDICANDO terceiros Sujeito torna-se PARTE quando propõe a demanda ou é citado para o processo No caso de Intervenção de terceiros, só serão atingidos pela coisa julgada, os que assumirem a condição de parte (assistência litisconsorcial, denunciação da lide e desconsideração da personalidade jurídica) A coisa julgada e a legitimação extraordinária Bem pertence a A, B e C A pode entrar com Ação Reivindicatória em nome de todos. A é SUBTITUTO B e C são SUBSTITUÍDOS Coisa Julgada se estende a todos (tanto para o Substituto quanto para o Substituído) Se a ação for improcedente B e C (substituídos), não poderão propor nova Ação Reivindicatória Eficácia da Coisa Julgada NEGATIVA: Consiste na Proibição de que qualquer órgão jurisdicional torne a apreciar o mérito de um processo sobre o qual recai COISA JULGADA POSITIVA: Decisium (resultado) sobre o qual recai a coisa julgada terá de ser seguido por qualquer juiz, ao julgar processo correlato Ex: Resultado Ação de Investigação de Paternidade Deve ser considerado na Ação de Alimentos Relativização da Coisa Julgada É possível que em casos excepcionais afastar o dogma da coisa julgada VALOR da SEGURANÇA JURÍDICA NÃO PODE implicar desprezo à: DIGNIDADE HUMANA VALORES CONSTITUCIONAIS superiores à segurança jurídica Ex: Ação de Investigação de Paternidade com posterior exame definindo a não paternidade Direito à Paternidade > Direito à Segurança Jurídica
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