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Matéria Dto. Empresarial Karin Borio

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Direito Empresarial - 1o bim (2).docx
Direito Empresarial
Karin Bório
kcbm@terra.com.br
Fabio Ulhoa Coelho. Curso de Direito Comercial. Vol I.
Glaston Mamede. Direito Empresarial Brasileiro Vol I.
Provas: 09/03 - quinta
	06/04 - quinta - bimestral
	04/05 - parcial
	08/06 - bimestral
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15/02/17
Tema 1. Breve introdução
Contexto histórico
1 - EVOLUÇÃO: 3 etapas
	1ª fase - Idade Média
FEUDALISMO - descentralização política.
	- cada feudo era responsável pela sua normatização.
	- e se baseavam muito em usos e costumes.
Corporações de ofício - tribunais de jurisdição por atividade.
	- Elas catalogavam pessoas pelo que ela exercia e entrava em uma corporação.
	- Critério de classificar um comerciante por exemplo era um critério subjetivo. Tinha que perguntar QUEM ERA e aí aplicava a normatização.
	2ª fase - Monarquias Absolutistas 
	- CENTRALIZAÇÃO de poder - agora é uma lei para todos.
	
	- Fase das codificações. 1807 código comercial e código civil francês (Napoleão)
	- Surge a TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO - uma lei com um rol de atividades "comerciais"- era o critério para definir o que cairia no Código Comercial (ex: pecuária / compra e venda de bens móveis / circo / artesãos / etc).
O critério era definido pelo rei (quais eram as atividades que eram comerciais).
Essas eram pessoas que desenvolviam a "mercancia".
- O critério passa a ser objetivo - O QUE VOCÊ FAZ - e não quem você é.
	3ª fase - Código Civil Italiano (1942) 
 
	- Muda a sistemática mundial, unificando o direito privado.
	- Toda a matéria de direito comercial entra no Código Civil.
	- Vem um conceito novo de EMPRESA e passa a se chamar direito EMPRESARIAL.
********* Empresa é uma ATIVIDADE que o empresário desenvolve.
	- O critério passa a ser FUNCIONAL. Quem exerce uma atividade X exerce empresa.
empresa = atividade
empresário = sujeito de direito
estabelecimento empresarial = "local"
		1ª fase
Feudalismo
Descrentralização
		2ª fase
Monarquia 
Centralização
		3ª fase
poder pode ser de diversas formas, mas com divisão (Executivo, Leg, Jud)
		
uso/costume
		
codificações
		
codificação / unificado com privado
		
corporações de ofício
critério subjetivo
		
teoria dos atos comerciais *********
critério objetivo
		
empresa *********
critério funcional
Conceito de EMPRESA: 
	Empresa é uma atividade econômica organizada para um fim proposto para a produção ou circulação de bens ou serviços.
atividade econômica - atrelado à ideia de LUCRO.
organizada - reúne os fatores de produção (capital, matéria-prima, mão-de-obra, know-how)
- a regra é que para se caracterizar como empresário, precisa de mão-de-obra contratada (não precisa ser CLT) - pode ser colaboradores parceiros, terceirizados, etc. 
EXCEÇÃO é o microempreendedor individual - que tem lei própria.
	também precisa de HABITUALIDADE no exercício de empresa.
	empresário é o que exerce empresa.
	empresário regular é o que exerce empresa e está inscrito perante os órgão competentes (Junta Comercial).
	
	também precisa da LEGALIDADE. O camelô não é legal - pode ser um empresário, mas não um empresário regular.
produção - as vezes ele produz bens, mas pode ser serviços (montadora de carros/Itaú produz serviços bancários)
circulação - loja de shopping // CVC circula serviços que não são dela - aviação, transporte, hotéis.
bens - 
serviços - 
circular bens - loja
circular serviços - CVC (pacote de viagem)
	ADVOGADO NÃO É EMPRESÁRIO porque é regido pela OAB - o contrato é na OAB e não na junta.
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16/02/17
	No Brasil, essa evolução legislativa funcionou da seguinte forma:
- Não teve a 1ª fase.
- Começamos na 2ª, das monarquias. Com as ordenações do Reino.
***** - Código Comercial de 1850 (antes do Código Civil de 16) - adotou a teoria dos atos de comércio. 
	Resolução 737/1850 - trazia o rol das atividades que eram "comerciais".
******	- Isso ficou assim até o CC/02, que teve como base o italiano. Ou seja, também fez a UNIFICAÇÃO PARCIAL E FORMAL DO DIREITO PRIVADO no Brasil.
	Parcial - porque o Código Comercial continua em vigor, na parte de direito marítimo.
	Formal - apenas formalmente o direito civil e o comercial estão juntos. materialmente possuem princípios diferentes e são matérias diferentes.
art. 966 cc 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
empresário é aquele que exerce profissionalmente empresa.
- quem não é empresário?
	a) quem não está no 966
	b) §único - quem exerce profissão intelectual - ainda que com auxílio de colaboradores.
			Ex: engenheiros e office boy, médicos e enfermeira.
	SALVO SE o exercício da profissão constituir elemento de empresa - ex: dois veterinários montam um consultório (o pessoal vai atrás deles). Elas contratam colaboradores, mas ainda não é empresa.
		MAS então elas montam um petshop na frente da loja. Aí sim vira uma empresa. A atividade intelectual deixa de ser o carro chefe e agrega-se outros fatores.
	Um hospital veterinário, por exemplo, pode oferecer leitos, etc, etc.
c) cooperativas não são empresas. São sociedades civis simples. 
*** d) Produtor Rural - a inscrição na Junta é facultativa. vira empresário se quiser. 
	Neste caso a declaração na Junta não é declaratória como para os outros, mas é constitutiva de sua qualidade de empresário.
art. 971 cc
*** Para ASQUINI - a empresa é uma figura poliédrica.
	Quais as facetas dessa figura poliédrica e o que contém cada uma?
22/02/17
	Empresa é uma atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
	Asquini - o conceito de empresa tem 4 facetas: subjetivo, objetivo, funcional e corporativo.
a) subjetiva - empresário
b) objetiva - conjunto de bens
c) funcional - a atividade econômica 
d) corporativa - conjunto de pessoas institucionalizado
	** Crítica: o conceito dele confunde objeto, sujeito e atividade. Empresa não é o empresário. Empresa não é estabelecimento empresarial. E a corporativa não tem similar no nosso direito. São coisas distintas, que não fazem parte do conceito atual de empresa.
	
	Apenas a faceta FUNCIONAL representaria a empresa de hoje.
	A visão não está adequada ao nosso Código Civil. Cada instituto é distinto e não são facetas da mesma coisa.
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2. Princípios do Direito Empresarial
1. art. 170 CF
	Princípios da Ordem Econômica - que são maiores do que os do D.Emp.
2. Classificação
	- Quanto a hierarquia - constitucional / legal (infra)
	- Quanto a abrangência - geral (aplicados para todo o D.E.) / especial (ex: princípios só do direito falimentar)
	- Quanto à manifestação/positivação - explícitos ou implícitos (não estão em um artigo mas pode ser deduzido)
Ex: princípio da boa-fé objetiva (é o fair play jurídico - agir da maneira que gostaria que agissem com você) - é um princípio GERAL.
3. Princípios
a) princípio da livre iniciativa - inerente ao modo de produção capitalista, este princípio baseia-se na ideia de que os bens ou serviços de que precisam as pessoas são fornecidos quase que exclusivamente pelas empresas privadas.
		Ou seja, o Estado deve ter a função apenas de permitir que essa atividade seja exercida, coibindo abusos e normatizando a atividade.
	
		Mas há um nicho em que o Estado não permite a livre iniciativa - art. 173, CF: "a exploração direta da atividade econômica pelo Estado só será permitida quando for necessário aos imperativos da segurança nacional ou relevante interesse econômico."
ex: controle aéreo, administração dos presídios.
	Classificação: ordem Constitucional, de ordem geral e explícito (art 170).
	b) Princípio da livre concorrência
	O que se almeja é a concorrência lícita.
	Com a concorrência os preços abaixam e a qualidade sobe.
	
Espécies de Concorrência ILÍCITA:
****** Concorrência DESLEAL - entre particulares concorrentes diretos que usam de meios desleais.
****** Concorrência perpetrada com ABUSO DE PODER - meu movimento não atinge meu concorrente direto mas acabo prejudicando um mercado como um todo - ex: paralelismo de conduta (cartel) / monopolização que dita preços e qualidade
	Classificação: ordem Constitucional, de ordem geral e explícito (art 170, IV).
*****	**	c) Princípio da função social da empresa
Implícito - decorre do princípio da função social da propriedade (art 5º, XXIII e art. 170, III). 
	O conceito de que a empresa é um ente feito para criar lucro e atender ao particular é ULTRAPASSADO.
 
	Hoje entende-se a empresa como um organismo muito maior, com função muito maior.
	Preservar os interesses metaindividuais - diminuir desigualdade social e regional, respeitar o consumidor e o meio ambiente, recolher tributos adequadamente.
	Por isso há Recuperação Judicial das empresas - porque a falência de uma empresa afeta muita gente.
	Este princípio significa que a propriedade dos bens de produção deve cumprir uma função social, no sentido de não concentrarem na figura do empresário a sua importância, mas sim nos interesses metaindividuais que o circundam.
Classificação: ordem Constitucional, de ordem geral e implícito.
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FALTA UMA AULA
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02/03/17
a) 966 - gênero do empresário
	- Pessoa Natural
	- Pessoa Jurídica
		- sociedade
		- EIRELI
b) empresário individual como pessoa natural
	****** - ausência de separação patrimonial - o patrimônio responde por todas as obrigações
	- precisa de dois requisitos	
		- capacidade - art 5º CC (18 anos, capaz, sem necessidade de assistência ou representação)
		- não pode ter um impedimento - (preso, juiz, promotor)
	*** - Mas com esse impedimento ou incapacidade, não pode ser empresário INDIVIDUAL, mas pode ser sócio de uma sociedade (porque o empresário é a sociedade e não o sócio).
	- Ele NÃO PODE ser o sócio-administrador de uma sociedade.
	- O menor pode ser sócio MAS (art. 974, §3º):	
		- capital totalmente integralizado
		- precisa ser assistido ou representado
		- não pode ser administrador
		- ele pode CONTINUAR a empresa mas não iniciar
		
	- no caso de menor EMANCIPADO:
		- ele é considerado CAPAZ, então pode tudo como maior.
		- os requisitos do 974, §3 não valem para o emancipado, conforme art. 5, §único CC (CESSA A INCAPACIDADE com a emancipação).
	O fato do Empresário Individual ser CASADO, muda alguma coisa?
******** - Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.
**** outro artigo diz que nem toda pessoa casada pode ser SÓCIO - os em comunhão universal não podem ser sócios entre si; e os de separação obrigatória de bens (dada por lei por ex: mais de certa idade).
	CUB / SOB não podem ser sócios entre si (art. 977). Não podem ser SÓCIOS, mas nada a ver com alienar os bens o EMPRESÁRIO INDIVIDUAL.
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.
Tema 3 - A figura do empresário - o empresário individual
Empresarial I.docx
TEMA 5 – EIRELI
Empresa Individual de Responsabilidade Ltda. (Correto é EMPRESÁRIO = Unipessoal)
Foi introduzida no CC pela Lei 12.441/2011;
Inseriu o inciso VI no art. 44, CC e o art. 980-A, CC;
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
§ 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
§ 4º ( VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional.(Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
É uma PJ, pode ser art. 966,CC (empresária). Não é uma sociedade (não tem sócios), tem um único titular da integralidade do capital social.
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
O titular da EIRELI pode ser uma PJ? Segundo a maioria dos autores NÃO, pois embora o caput do art. 980-A,CC, fale só em “pessoa” o §2º expressamente refere-se à pessoal natural.
Capital social não pode ser subscrito;
Constituição: 
*Originária: nasce EIRELI; 
*Derivada: tornou-se EIRELI, antes era outros do art. 966,CC;
Nome: 
*Firma: a partir do nome do titular... EIRELI
*Denominação Social: qualquer um, pode ser sigla, etc ... EIRELI
TEMA 6 – Órgãos de registro da atividade empresarial. Antigo DNDC, novo DREI e Juntas Comerciais
Registro e Procedimento
**Obrigações
Registrar-se na Junta Comercial antes de dar início à exploração de sua atividade;
Manter a escrituração regular de seus negócios;
Levantar demonstrações contábeis periódicas;
- Quando não cumpre uma das obrigações (o irregular) não consegue:
i) entabular ou desenvolver negócios
com regulares;
ii) vender para a Adm Pública;
iii) Contrair empréstimos bancários;
iv) recuperação judicial (tratamento recuperacional).
- O irregular recebe falência, no entanto é um ônus.
**Registro do Empresário Individual e da Sociedade
Imposta a TODOS, antes de iniciar. Art. 967, CC.
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
O registro NÃO é requisito para caracterização do empresário. Enunciado 198 do CJF.
Enunciado 198 do CJF – Art. 967: A inscrição do empresário na Junta Comercial não é requisito para a sua caracterização, admitindo-se o exercício da empresa sem tal providência. O empresário irregular reúne os requisitos do art. 966, sujeitando-se às normas do Código Civil e da legislação comercial, salvo naquilo em que forem incompatíveis com a sua condição ou diante de expressa disposição em contrário.
É declaratório em regra, e constitutivo para o produtor rural.
**Formalidades
Registro Público realizado na Junta Comercial;
Para o Empresário Individual art. 968,CC.
Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha:
I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens;
II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa;
II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá ser substituída pela assinatura autenticada com certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, ressalvado o disposto no inciso I do § 1o do art. 4o da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006;          (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
III - o capital;
IV - o objeto e a sede da empresa.
§ 1o Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será tomada por termo no livro próprio do Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os empresários inscritos.
§ 2o À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes.
§ 3º Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código.       (Incluído pela Lei Complementar nº 128, de 2008)
§ 4o  O processo de abertura, registro, alteração e baixa do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, bem como qualquer exigência para o início de seu funcionamento deverão ter trâmite especial e simplificado, preferentemente eletrônico, opcional para o empreendedor, na forma a ser disciplinada pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - CGSIM, de que trata o inciso III do art. 2º da mesma Lei.       (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011)
§ 5o  Para fins do disposto no § 4o, poderão ser dispensados o uso da firma, com a respectiva assinatura autógrafa, o capital, requerimentos, demais assinaturas, informações relativas à nacionalidade, estado civil e regime de bens, bem como remessa de documentos, na forma estabelecida pelo CGSIM.       (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011)
Sucursal, filial ou agência: avisa a Junta originária e abre na Junta diversa – Art.969,cc.
Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.
Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.
Sociedade: contrato social ou estatuto;
Empresário Rural e Pequeno Empresário sujeitam-se a regime próprio e simplificado – Art. 970, CC. O registro na JC é facultativo – Art. 971,CC.
Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
O advogado DEVE vistar os documentos de empresários individuais ou sociedades empresárias. Lei 8906/94 art. 1º §2º - SINREM – Lei dos Registros de Empresas;
SINREM é integrado pelo DREI e pelas Juntas Comerciais. Departamento de Registros Empresarial e Integração;
LC 123/2006, art. 68. – Estatuto da Microempresa
LC 123/2006 - Art. 68. Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação do disposto nos arts. 970 e 1.179 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), o empresário individual caracterizado como microempresa na forma desta Lei Complementar que aufira receita bruta anual até o limite previsto no § 1o do art. 18-A.
Pequeno Empresário é o Empresário Individual, caracterizado como microempresa que aufira (receba) uma receita bruta de até o limite previsto no parag. 1ª do art. 18-A.
Art. 18-A.  O Microempreendedor Individual - MEI poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma prevista neste artigo.
§ 1º.  Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002(Código Civil), que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo. 
A diferença é que o MEI é o Pequeno Empresário, entretanto, possui mais a característica de obrigatoriamente ser optante do Simples Nacional;
** Atos de Registro de Empresas
 São atribuições praticadas pelas Juntas Comerciais:
- Matrícula: diz respeito aos auxiliares do comércio. LRE 8934/94 art 32, I. A JC funciona como órgão profissional dessas categorias, inclusive como código de ética. Funciona como órgão de classe fazendo o controle.
- Arquivamento: constituição, alteração, dissolução e extinção de informações da empresa. LRE 8934/94 art 32, II.
- Autenticação: ato de registro que se refere aos instrumentos de escrituração contábil. É um requisito extrínseco de regularidade na escrituração, não se analisa o mérito do que está sendo protocolado;
*A autenticação da escrituração contábil perante a junta confere a elas regularidade forma porque a JC não analisa o mérito da contabilidade.
Art. 32. O registro compreende:
I - a matrícula e seu cancelamento: dos leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns-gerais;
II - O arquivamento:
a) dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e cooperativas;
b) dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade de que trata a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;
c) dos atos concernentes a empresas mercantis estrangeiras autorizadas a funcionar no Brasil;
d) das declarações de microempresa;
e) de atos ou documentos que, por determinação legal, sejam atribuídos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins ou daqueles que possam interessar ao empresário e às empresas mercantis;
III - a autenticação dos instrumentos de escrituração das empresas mercantis registradas e dos agentes auxiliares do comércio, na forma de lei própria.
Consequências da
falta de registro: Sociedade Empresária Irregular (se não cumprir qualquer uma das três obrigações)
- Inatividade de empresa: é quando uma empresa deixa de arquivar documentos junto à JC há mais de uma década. Deixa de prestar/solicitar arquivamento de qualquer documento.
- Registro na JC
- Do dever de escrituração (Art. 1194, CC): segunda obrigação do empresário, o primeiro é registrar-se na JC. 
Art. 1.194. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados.
- Manter/realizar periodicamente Balanço Patrimonial e Balanço de Resultado Econômico.
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo.
Parágrafo único. Lei especial disporá sobre as informações que acompanharão o balanço patrimonial, em caso de sociedades coligadas.
Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei especial.
- Manter/realizar periodicamente Balanço Patrimonial e Balanço de Resultado Econômico
- Balanço Patrimonial: ativo e passivo;
- Balanço de Resultado Econômico: perdas e ganhos (lucro/ pró labore)
*Feitos anualmente, em regra. Existem atividades que exigem que sejam feitos semestralmente.
TEMA 7 – Estabelecimento Empresarial
Conjunto de bens corpóreos e incorpóreos que permitem o empresário realizar e empresa. Art. 1142,CC.
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.
Incorpóreo – direitos da propriedade individual. (marca, patente, ponto comercial/empresarial)
**Outros “elementos”:
- Clientela: conjunto de clientes/consumidores que habitualmente freqüentam. Não faz parte do estabelecimento comercial. É uma característica.
- Aviamento: plus valia que se atribui ao estabelecimento empresarial pela capacidade do empresário fazer lucro. Não é elemento, é ATRIBUTO.
**Natureza Jurídica: 
- Universalidade de fato: Art. 90,CC (ex. biblioteca);
- Universalidade de direito: Art. 91,CC (ex. espólio).
Estabelecimento Empresarial – universalidade de fato.
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa 
universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.
**Estabelecimento
Uno, pode ser objeto de cessão. Art.1143,CC.
Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.
Quando o EE passa o estabelecimento para terceiro, a operação é chamada de TRESPASSE.
TRESPASSE = é o contrato pelo qual o empresário transfere a titularidade do estabelecimento empresarial a terceira pessoa. Por sua natureza é um contrato oneroso. Arts. 1144 e 1145, CC.
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.
Sucessão Empresarial – Art. 1146,CC
*Cláusula de não concorrência.
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.
TEMA 8 – Ponto Empresarial
É um elemento incorpóreo do estabelecimento empresarial.
É o local em que o empresário se encontra, nele estabelecendo sua atividade empresarial. É a consolidação de determinado empreendimento (negócio) em um local, e decorre da execução de uma atividade empresarial de forma contínua e constante. *Atividade já está sedimentada.
Realidade = locação;
Mecanismo = “segurança” de permanecer no imóvel a revelia da vontade do dono. Lei 8245/91 – Lei das Locações (LL);
Art. 51,LL – hipóteses de renovação compulsória. Estipula os requisitos necessários (Direito de Inerência).
São requisitos cumulativos;
Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente:
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado; (FORMAL)
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; (TEMPORAL)
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos. (MATERIAL)
§ 1º O direito assegurado neste artigo poderá ser exercido pelos cessionários ou sucessores da locação; no caso de sublocação total do imóvel, o direito a renovação somente poderá ser exercido pelo sublocatário.
§ 2º Quando o contrato autorizar que o locatário utilize o imóvel para as atividades de sociedade de que faça parte e que a esta passe a pertencer o fundo de comércio, o direito a renovação poderá ser exercido pelo locatário ou pela sociedade.
§ 3º Dissolvida a sociedade comercial por morte de um dos sócios, o sócio sobrevivente fica sub - rogado no direito a renovação, desde que continue no mesmo ramo.
§ 4º O direito a renovação do contrato estende - se às locações celebradas por indústrias e sociedades civis com fim lucrativo, regularmente constituídas, desde que ocorrentes os pressupostos previstos neste artigo.
§ 5º Do direito a renovação decai aquele que não propuser a ação no interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor.
* Ação Renovatória: exerço o direito de inerência. 
Prazo: art. 51, §5º, LL (não é requisito)
Decadência: 1 ano no máximo, até 6 meses no mínimo, anteriores à data da finalização do contrato.
- STF entende que o mínimo é o prazo do último contrato e o máximo 5 anos.
Requisitos – Art. 71,CC.
Art. 71. Além dos demais requisitos exigidos no art. 282 do Código de Processo Civil, a petição inicial da ação renovatória deverá ser instruída com:
I - prova do preenchimento dos requisitos dos incisos I, II e III do art. 51;
II - prova do exato cumprimento do contrato em curso;
III - prova da quitação dos impostos e taxas que incidiram sobre o imóvel e cujo pagamento lhe incumbia;
IV - indicação clara e precisa das condições oferecidas para a renovação da locação;
V – indicação do fiador
quando houver no contrato a renovar e, quando não for o mesmo, com indicação do nome ou denominação completa, número de sua inscrição no Ministério da Fazenda, endereço e, tratando-se de pessoa natural, a nacionalidade, o estado civil, a profissão e o número da carteira de identidade, comprovando, desde logo, mesmo que não haja alteração do fiador, a atual idoneidade financeira;  (Redação dada pela Lei nº 12.112, de 2009)
VI - prova de que o fiador do contrato ou o que o substituir na renovação aceita os encargos da fiança, autorizado por seu cônjuge, se casado for;
VII - prova, quando for o caso, de ser cessionário ou sucessor, em virtude de título oponível ao proprietário.
Parágrafo único. Proposta a ação pelo sublocatário do imóvel ou de parte dele, serão citados o sublocador e o locador, como litisconsortes, salvo se, em virtude de locação originária ou renovada, o sublocador dispuser de prazo que admita renovar a sublocação; na primeira hipótese, procedente a ação, o proprietário ficará diretamente obrigado à renovação.
* Exceção da Retomada: Hipóteses que mesmo estando os requisitos do art. 51,LL, o locador não será obrigado a renovar. Arts. 52 e 72, LL;
1) Art. 72, II, LL – argüir que a proposta feita pelo locatário não atende o valor locativo real do imóvel. Valor locativo “provisório” deve ser indicado claramente na petição inicial;
2) Art. 72, III, LL – apresentar proposta de terceiro com melhores condições;
3) Art. 52, I, LL (1ª parte) – locador por determinação do Poder Público deve realizar obras que resultem em radical transformação.
4) Art. 52, I, LL (2ª parte) – locador por vontade própria irá realizar obras que aumentem o valor do negócio ou da propriedade.
5) Art. 52, II, LL (1ª parte) – imóvel será utilizado pelo próprio locador.
6) Art. 52, II, LL (2ª parte) – quando o locador deseja transferir negócio/ponto para aquele local.
*Ressalvas:
- Art. 52, §1º, LL: o locador NÃO pode desejar fazer concorrência para o locatário;
- Art. 52, II, LL: não se aplica para shopping centers.
Cabe indenização pela perda do ponto? Art. 52, §3º, LL.
- proposta de terceiro em melhores condições;
- locador no prazo de 3 meses não der destino alegado;
- no mesmo prazo não realizar obras (impostas ou voluntárias).
Danos: mudança, eventuais despesas para encerrar as atividades, aluguel do novo imóvel, instalações...
Lucros: clientela...
*Shopping Center – regime especial, prevalecem as condições livremente pactuadas entre as partes. Art. 54, LL. Cabível a ação renovatória.
Art. 52. O locador não estará obrigado a renovar o contrato se:
I - por determinação do Poder Público, tiver que realizar no imóvel obras que importarem na sua radical transformação; ou para fazer modificações de tal natureza que aumente o valor do negócio ou da propriedade;
II - o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de fundo de comércio existente há mais de um ano, sendo detentor da maioria do capital o locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente.
1º Na hipótese do inciso II, o imóvel não poderá ser destinado ao uso do mesmo ramo do locatário, salvo se a locação também envolvia o fundo de comércio, com as instalações e pertences.
2º Nas locações de espaço em shopping centers , o locador não poderá recusar a renovação do contrato com fundamento no inciso II deste artigo.
3º O locatário terá direito a indenização para ressarcimento dos prejuízos e dos lucros cessantes que tiver que arcar com mudança, perda do lugar e desvalorização do fundo de comércio, se a renovação não ocorrer em razão de proposta de terceiro, em melhores condições, ou se o locador, no prazo de três meses da entrega do imóvel, não der o destino alegado ou não iniciar as obras determinadas pelo Poder Público ou que declarou pretender realizar.
Art. 72. A contestação do locador, além da defesa de direito que possa caber, ficará adstrita, quanto à matéria de fato, ao      seguinte:
I - não preencher o autor os requisitos estabelecidos nesta lei;
II - não atender, a proposta do locatário, o valor locativo real do imóvel na época da renovação, excluída a valorização trazida por aquele ao ponto ou lugar;
III - ter proposta de terceiro para a locação, em condições melhores;
IV - não estar obrigado a renovar a locação (incisos I e II do art. 52).
1° No caso do inciso II, o locador deverá apresentar, em contraproposta, as condições de locação que repute compatíveis com o valor locativo real e atual do imóvel.
2° No caso do inciso III, o locador deverá juntar prova documental da proposta do terceiro, subscrita por este e por duas     testemunhas, com clara indicação do ramo a ser explorado, que não poderá ser o mesmo do locatário. Nessa hipótese, o locatário poderá, em réplica, aceitar tais condições para obter a renovação pretendida.
3° No caso do inciso I do art. 52, a contestação deverá trazer prova da determinação do Poder Público ou relatório pormenorizado das obras a serem realizadas e da estimativa de valorização que sofrerá o imóvel, assinado por engenheiro devidamente habilitado.
4° Na contestação, o locador, ou sublocador, poderá pedir, ainda, a fixação de aluguel provisório, para vigorar a partir do primeiro mês do prazo do contrato a ser renovado, não excedente a oitenta por cento do pedido, desde que apresentados elementos hábeis para aferição do justo valor do aluguel.
5° Se pedido pelo locador, ou sublocador, a sentença poderá estabelecer periodicidade de reajustamento do aluguel diversa daquela prevista no contrato renovando, bem como adotar outro indexador para reajustamento do aluguel.
TEMA 9 – Propriedade Industrial – patente
Direito Industrial - Art. 5º, XXIX, CF - (Lei 9.279/96) 
Privilégio temporário X Interesse social e desenvolvimento tecnológico e econômico.
Enquanto outorgado o direito de exclusividade pode-se usar, gozar, aproveitar-se.
*Origem: Natureza Constitutiva. É concedido com exclusividade ao titular que primeiro pedir a concessão do registro ao INPI. Decorre de um ato administrativo do INPI. 
*Extensão da Tutela Jurídica: Protege a forma exterior e a própria idéia inventiva. Contrafação = exploração irregular de propriedade industrial alheia.
Ex: pomada (produto) e idéia (fórmula)
Direito Autoral - Art. 5º, XXVII, CF - (Lei 9.610/98)
Direito dos autores.
 
*Origem: Natureza Declaratória. A exclusividade é daquele que primeiro cria e não decorre de ato administrativo. Titular será quem criou.
*Extensão da Tutela Jurídica: Protege somente a forma exterior. Plágio = apropriação irregular de obra autoral alheia, tal como ela se apresenta externamente.
*Proteção: é registrado no INPI.
Prazo: 50 anos contados a partir de janeiro do ano subseqüente à sua publicação, ou, na ausência desta, da sua criação.
Criador e titularidade: Criação = Somente PF
Diretos: morais e patrimoniais
- Patente de Invenção;
- Patente de Modelo de Utilidade;
- Registro de Desenho Industrial;
- Registro de Marca.
*PATENTE = é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade... garantia/privilégio de exclusividade.
*INVENÇÃO = é produto da inteligência humana que objetiva criar bens até então desconhecidos, para aplicação industrial. (LPI, art. 10)
- Difere da descoberta porque está significa a revelação de algo que já existe na natureza, enquanto aquela diz respeito à criação de algo até então inexistente.
*MODELO DE UTILIDADE = instrumento, utensílio ou objeto destinado ao aperfeiçoamento ou melhoria de uma invenção pré-existente.
-Aperfeiçoamento é quando ocorre uma melhora funcional relacionada à praticidade, comodidade e/ou eficiência.
-Desenho Industrial é apenas um visual diferente, é REGISTRO e não patente como Propriedade Industrial e Modelo de Utilidade.
Requisitos:
- Novidade (estado
da técnica – art. 11, LPI);
- Atividade Inventiva (originalidade);
- Industrialidade (possibilidade de produção em larga escala);
- Licitude ou desimpedimento.
*Técnicas cirúrgicas não pode ser patenteadas, tampouco seres vivos, à exceção dos transgênicos.
EmpresarialI.docx
18/02 - Karin
Bibliografia
**Fábio Ulhoa Coelho - Curso de Direito Empresarial - branco.
Direito Comercial - Rubens Requião
Márcia Carla Ribeiro - Direito Comercial
Evolução histórica
Referente ao Direito Empresarial
Idade antiga: institutos que lembram o direito empresarial. 
1a etapa: Idade Média
Cada feudo tinha sua estrutura normativa. Era um direito de cunho privatista (feito por particulares para particulares - pulverizado) porque não tinha um ditador que legalmente e estatalmente fazia regras. Existiam corporações de ofícios, cada ofício tinha sua corporação e ela era responsável para fazer o julgamento do empresário (um comerciante).
Nesta época o direito empresarial tinha uma característica subjetiva, o que importava era quem era o comerciante (seu ofício).
2a etapa: Monarquias
Agora a estrutura normativa já não é mais particularizada/privatista. O direito passa a ser concentrado, tem um monarca que manda em tudo, é ele quem cria códigos e leis - que trazem um rol de atividades que serão consideradas atos de comércio. Portanto começam a surgir as codifiações.
Código Civil de 1804 e Código Comercial de 1807.
Característica objetiva - não importa quem faz e sim o que faz.
O que era considerado ato de comércio tinha aplicação do código comercial, o que estava fora desse rol de atos comerciais tinha aplicação do código civil - bipartição do direito privado.
Surge a **teoria dos atos de comércio**.
3a etapa: Código Civil Italiano (1942) - muda a perspectiva mundial de direito empresarial porque trouxe a reunião (unificação) do direito privado.
O Código Civil passou a tratar de ambas as matérias (civil e comercial).
Essa unificação era formal porque materialmente cada disciplina continuava separada.
Surge o conceito de empresa para se referir ao comerciante - teoria da empresa.
Empresa: é a atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços.
Empresa é a atividade, empresário é o sujeito de direito. Um empresário exerce empresa em um estabelecimento empresarial ( Um conjunto de coisas que abrange tanto os bens materiais quanto imateriais).
Característica empresarial - também chamado de critério funcional.
		1a fase
		2a fase
		3a fase
		estrutura de direito privado pulverizada
corporações de ofício 
feudos
critério subjetivo
		codificação (CC e Comercial)
monarquias
estado
teoria de atos de comércio 
critério objetivo
		CC Italiano
unificação do direito privado - formal
empresa
critério empresarial
No Brasil - não havia legislação própria então utilizavam-se as leis do direito português.
O primeiro Código foi o comercial em 1850.
O primeiro código civil veio em 1916.
O Código Comercial adotou a teoria dos atos comerciais
O código comercial de 1850 inspirou-se no código comercial de Napoleão, adotando a teoria dos atos de comércio. A regulamentação da teoria foi dada pelo regulamento 737 que trouxe o rol de atividades todas como comerciais.
O CC de 2002 inspirou-se na ideologia italiana e unificou o direito privado, então hoje em dia o direito comercial é regido pelo código civil.
19/02
Assim como o CC italiano que trouxe a unificação, o CC de 2002 operou a chamada unificação do direito privado. Foi uma unificação parcial e formal. 
Formal: materialmente direito civil e direito empresarial continuam sendo disciplinas diferentes. Materialmente e ideologicamente a matéria continua separada. 
Parcial: o antigo código comercial ainda continua em vigor, está apenas parcialmente revogado pelo CC de 2002, continua em vigor na parte do direito marítimo. 
Não se fala mais de direito comercial e sim de direito empresarial. 
O CC trouxe um livro especial que trata de Empresas. O primeiro artigo é o 966 do CC e seguintes.
Artigo 966 - início do livro das empresas
“Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços”.
Traz o objeto de aplicabilidade do código empresarial
não basta exercer atividade econômica, tem que ser profissionalmente, não pode ser eventual. Tem característica de habitualidade. 
Atividade econômica necessariamente pressupõe a ideia de lucro (exclui ONG, fundação…). 
Tem que ser organizada por organizar os fatores de produção: 
Capital
**Mao de obra** - é contratada.
Não se forma um empresário sem o contrato de mão de obra, essa é a regra.
Exceção: microempreendedor individual (MEI) não necessariamente precisa de contratados e é considerado empresário por lei.
Matéria prima 
Know How
Nem sempre o empresário só vai produzir bens, ele pode também produzir serviços. Ou até mesmo fazer a circulação de bens ou serviços (trazer de uma ponta da cadeia para chegar ao consumidor - ponte empresarial).
Produção de bens - Ford.
Produção de serviços - Banco Itaú.
Circulação de bens - lojista no shopping.
Circulação de serviços - Agência de turismo.
O que não se enquadra no 966 é Direito Civil e não empresarial.
Princípios do Direito Empresarial
Princípios da ordem econômica - art. 170 do CF. Nem todos os princípios estão elencados nesse artigo, ele é o ponto de partida.
Os princípios podem ser 
Constitucionais - elencados na CF.
Infra-constitucionais - estão fora da constituição.
Geral - o direito empresarial é seguimentado, fatiado em várias subclassificações que diferenciam a principiologia. Existem princípios que só são aplicáveis a parte de títulos de créditos, uns exclusivos de recuperação judicial, outros de direito societário. Quando se diz que o princípio é geral, ele se aplica a todas as esferas do direito empresarial.
Especial - a aplicabilidade só se dá em um dos ramos do direito empresarial.
Explícitos - está em um artigo. 
Implícitos - decorrem de outros mas não tem um artigo de lei especificamente sobre isso.
Princípio da liberdade da iniciativa privada - estrutura capitalista que busca o lucro, influencia o particular a sair na frente, exercendo atividades, e o poder público apenas zela para que as atividades econômicas sejam corretamente exercidas. Art. 170, caput, da CF e art. 173 da CF (o 173 é uma trava de segurança que elege algumas atividades que não são abertas ao particular - segurança nacional ou relevante interesse coletivo, ex: presídios). Princípio constitucional, geral e explícito. 
Princípio da livre concorrência - fazer o empresário achar que quanto mais concorrência no mesmo setor melhor, maior a qualidade e menor o preço, muito inserido no sistema capitalista também.
Permite somente a concorrência saudável (mesmos mecanismos e condições para os partícipes, se destaca quem é melhor dentro da condição de igualdade)
Concorrência ilícita:
Concorrência desleal
Concorrência perpetrada com abuso de poder
Prevista I artigo 170, IV da CF, é um princípio constitucional, geral e explícito.
**Princípio da função social da empresa** - muita aplicabilidade no direito civil e empresarial, entende a empresa não como importante para o empresário e sim para a sociedade. Um problema de caixa em uma empresa afeta inúmeros setores, ela deixa de pagar tributos, de pagar seus funcionários, etc. Importante saber que a empresa não é soberana a coletividade, a empresa se curva aos mega interesses metaindividuais (ambiental, consumidor, arrecadação de tributos). A empresa cumpre sua função social quando atende aos interesses metaindividuais. 
A empresa cumpre a sua função social ao proteger interesses metaindividuais como empregos, tributos e riquezas são fomentados, atingindo um desenvolvimento
econômico pleno. 
É um princípio constitucional, geral e implícito. Decorre do princípio da função social da sociedade.
Princípio da preservação da empresa - ter uma empresa que está atuando é interessante não só para o dono da empresa que faz lucro mas para toda a sociedade. A sua preservação, portanto, é de interesse de todo o poder público, porque vai gerar empregos, tributos e riquezas. Às vezes o poder público faz com que as empresas tenham privilégios que o particular não tem, de modo que continue a ficar ativa. Ex: Recuperação judicial (benefício concedido a empresas regulares que estão com dificuldades financeiras mas que não estão falidas, são dados prazos maiores e condições melhores para que essas empresas paguem suas dívidas). Princípio de ordem legal, fundamentos diversos em lei, é geral e implícito.
25/02
Princípio da livre associação
CF, art. 5o, XVII e XX.
É um princípio emprestado, porque tinha uma função política na época da ditadura.
A sociedade é completamente livre.
O dissociar é cheio de regras, é regulamentado dependendo do tipo de associação. 
Princípio constitucional, especial porque só se aplica ao direito societário e explícito.
Definição e Conteúdo do Conceito de Empresário
Código civil traz o conceito de empresário, e empresa é a atividade que ele exerce. Mas o conceito de empresa não é definido no CC.
Art. 966 - empresário como gênero, do qual são espécies:
pessoa natural - empresário individual.
pessoa jurídica, que pode ser:
Sociedade
EIRELI (empresa individual de responsabilidade limitada): é uma pessoa jurídica mas não é uma sociedade. Art. 980-A, do CC.
Empresário individual:
Geralmente é quem tem um negócio menor, tem uma série de tratamentos mais benéficos no CC, não tem tanta rigidez para organizar os livros contáveis da empresa, é taxado com menos impostos que os demais tipos empresariais.
A lei tenta ajudar porque ele sai com uma grande desvantagem de não ser PJ (se não é PJ, não há separação patrimonial, as dívidas atingem o patrimônio individual).
O empresário individual responde pelas obrigações empresariais, o risco é muito grande.
Sociedade:
É uma PJ, portanto quem se responsabiliza pelas obrigações empresariais é a PJ, o sócio não responde com o seu patrimônio pessoal, via de regra.
**O sócio não é empresário** - quem é empresário é a sociedade, segundo Paulo Ulhoa Coelho.
Existem diversos tipos societários, como a sociedade limitada, anônima, etc.
EIRELI - empresa individual de responsabilidade limitada
Um único titular que é responsável pela EIRELI, esse não é sócio. É a facilidade da PJ sem a necessidade de sócio.
A responsabilidade é limitada porque não atinge o patrimônio do particular, só o patrimônio da EIRELI.
É algo entre empresário individual e a sociedade.
Não pode ter um patrimônio menor que 100x o maior salário mínimo vigente (adota-se o SM nacional).
Art. 966 do CC traz o conceito de empresário.
Quem não é empresário e exerce atividade civil:
Quem não se enquadra nas atividades do 966.
Quem está no pp único do Art. 966 do CC:
Profissão intelectual, seja de natureza científica, literária ou artística (músicos, advogados, engenheiros, médicos, etc), ainda que com concursos de auxiliares ou colaboradores.
**Salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa** - quando vira muito mais do que a atividade intelectual com auxílio e colaboradores, a atividade intelectual passa a ser um dentre vários elementos que compõem o todo. Excepcionalmente a profissão intelectual poderá se tornar um elemento de empresa quando a atividade deixa de ser o foco principal e passa a dividir com outras a composição do lucro dos seus titulares.
Ex: clínica veterinária com 2 veterinários, uma moça pra servir o café é uma para limpeza - não é empresa. Mas se dá certo e eles abrem no mesmo lugar um hotel para cachorros, um café e um pet shop, a atividade intelectual passa a ser apenas uma parte da composição do lucro total, passa a ter o elemento de empresa.
26/02
Trabalho: figura poliedrica de várias facetas da empresa segundo Asquini. Entender quais são essas facetas e tentar localizar em uma notícia uma dessas facetas do poliedro empresarial, citar a fonte da pesquisa - site, autor, etc. Atividade para mostrar no caderno quinta-feira. 
Sexta - trabalho em sala valendo ponto bônus.
Produtor rural - pode escolher se quer ou não ser empresário. Se quiser ser empresário ele precisa se registrar perante a Junta Comercial.
***Ser empresário é facultativo e não tem requisitos.***
Art. 971 do CC
Art. 982, pp único do CC: cooperativas
Toda e qualquer cooperativa sempre será atividade civil.
**Independente do objeto.**
O que significa dizer que a cooperativa sempre será uma sociedade simples.
A sociedade anônima sempre será empresarial, independente do objeto. É o contrário da cooperativa. 
Empresário individual 
Não há separação patrimonial entre o patrimônio do empresário e o patrimônio da pessoa natural.
Art. 972, CC.
2 Requisitos:
Tem que ter capacidade - capacidade plena de mais de 18 anos para praticar o ato, civilmente capaz.
Não ser impedido - o impedido é aquele que é capaz, mas tem uma condição especial que o torna impedido, essa condição pode ser o seu cargo, o seu estado. Ex: juiz, promotor de justiça, militar, preso… O impedido pode ser sócio, só não pode ser administador da atividade. 
Registro na junta não dá a característica de empresário. O registro só torna o empresário regular. Quando o empresário é regular ele tem uma série de garantias e regalias que o não registrado não tem. 
Se o impedido exercer a atividade empresarial irregularmente ele vai se responsabilizar pelas obrigações contraídas perante terceiros. Fica com o ônus de ser empresário e sem o bônus. Art. 973 do CC. 
A regra é que o incapaz não pode ser empresário individual. Mas há uma exceção que prevê uma hipótese que o empresário individual pode ser completamente ou relativamente incapaz, desde que devidamente assistido é que seja uma atividade continuada. É a incapacidade superveniente. O incapaz não pode começar uma atividade de empresário individual como incapaz, apenas se começou a atividade e se tornou incapaz posteriormente.
Outra hipótese é quando o incapaz herda a atividade exercida, ele pode continuar o negócio nesse caso.
Emancipação: Art. 5o, pp único, V, do CC - a emancipação torna o incapaz emancipado, ou seja, capaz. O que herda a atividade empresarial não se torna capaz.
O incapaz não pode administrar
O capital social deve estar totalmente integralizado
Assistência ou representação 
Trabalho: empresa como figura poliédrica.
As quatros facetas da empresa são:
aspecto subjetivo: empresa é a pessoa que exerce a atividade empresarial, podendo ser pessoa natural ou jurídica.
Aspecto objetivo: empresa consiste nas coisas utilizadas pela pessoa que exerce a atividade, os bens, que podem ser corpóreos ou incorpóreos, o estabelecimento empresarial.
Aspecto funcional: empresa consiste nos atos que compõem a vida empresarial, a atividade de empresa em seu cotidiano.
Aspecto corporativo ou institucional: empresa consiste nos empregados e empresário, que trabalham juntos buscando um mesmo fim.
Fonte: professor Ricardo Negrão, segundo notícias do site lfg.jusbrasil.com.br.
Notícia:
“Empresa ajuda profissionais a conseguir trabalho em tecnologia no exterior, por Juliana Américo em 02/03/2016
Conseguir um emprego na Apple, Google, Microsoft e outras empresas de tecnologia é o sonho de muitos profissionais. O grande problema é que muitas dessas empresas estão nos Estados Unidos ou em países da Europa ocidental, enquanto talentos estão sendo desperdiçados em outros locais do mundo.
Pensando nisso, foi criada a Jobbatical, uma startup com o objetivo de ajudar as pessoas que querem trabalhar no setor de tecnologia. O
nome da empresa vem da mistura das palavras "job" (emprego, trabalho) e "sabbatical" (de período sabático), porque a proposta não é oferecer empregos fixos, mas sim "freelas" temporários, para que pessoas possam ter a experiência de trabalhar em outro país
A empresa combina as habilidades e aspirações de profissionais de todo o mundo que estão começando a carreira com companhias que estão em busca de novos talentos. A plataforma permite que grandes empresas listem suas vagas de emprego, onde as pessoas que estão dispostas a se mudarem para perto da companhia podem se candidatar. 
“O Vale do Silício e outros grandes centros tecnológicos se desenvolveram graças ao fluxo constante de indivíduos altamente qualificados que eles atraem”, explica Karoli Hindriks, co-fundadora da startup. “Nosso objetivo é ajudar a construir a próxima geração do Vale do Silício através de suas habilidades, sem usar a localização do candidato como decisão de contratação”.
Recentemente, a Jobbatical, que foi fundada em 2014, recebeu um investimento de US$ 2 milhões durante uma rodada de financiamento da LocalGlobe, um fundo de venture que já apoiou o Twitter, SoundCloud e Funding Circle.
A plataforma já conta com 30 mil pessoas em busca de emprego, além de 1.200 empresas cadastradas no seu primeiro ano de funcionamento. Nesse período, foram registrados 7 mil vagas e mais de 300 pessoas que saíram do seu país para ocupar um cargo.
A startup informou que vai usar o financiamento para desenvolver ainda mais o seu produto e melhorar a experiência geral do usuário, além de aumentar a equipe.”
Empresa, neste caso, está desempenhando um papel com perfil funcional, pois se trata das atividades empresariais que serão exercidas pela Jobbatical.
03/02 - falta
04/02 - falta
10/03 
EIRELI
Empresa individual de responsabilidade limitada, introduzida por uma lei de 2011 que trouxe artigos pro CC. É composta por um titular que detém a integralidade do capital social, o titular não pode ser pessoa jurídica. A EIRELI pode ser concebida de maneira originária ou derivada (a partir de Empresário Individual ou sociedade). Pode ser chamada de firma (nome pessoal - tem que colocar o nome e não o ramo) ou de denominação social (ramo).
Nome da EIRELI: não devia se chamar empresa, e sim empresário. A responsabilidade limitada é para deixar claro que haveria uma responsabilidade patrimonial limitada, mesmo tendo um titular, há a separação dos bens. É limitada ao capital social, art. 980 A, pp 6o do CC. Aplica-se subsidiariamente à EIRELI as regras da sociedade limitada.
Órgãos de registro da atividade empresarial, antigo DNRC, novo DREI
Obrigações gerais dos empresários
Registrar-se na Junta Comercial antes de dar início a exploração de sua atividade: obrigação de toda e qualquer 966, não uma obrigação só de sociedades. Art. 967, CC.
O registro não é caracterização de empresário. É o exercício do 966 que caracteriza o empresário. Apenas o produtor rural vai ter a caracterização por registro, é facultativo ser empresário ou não, só ganha a característica de empresário quando ele se registra perante a junta. 
Na junta comercial é onde a empresa recebe o NIRE (número de identificação do registro de empresas). Quem dá o cnpj é a receita federal, alvará de funcionamento é a prefeitura e a inscrição estadual é a secretaria estadual da fazenda.
Formalidades:
Se for empresário individual, para fazer a sua inscrição no Registro Publico de Empresas Mercantis, deverá observar o disposto no art. 968, CC.
A mesma providência deverá ser observada se resolver abrir sucursal, filial ou agência em lugar diverso, sujeito a jurisdição de outra junta comercial - art. 969, CC.
Tratando-se de sociedade empresária, deve-se levar a registro o ato constitutivo (contrato social ou estatuto social), que conterá todas as informações necessárias.
O empresário rural e o pequeno empresário sujeitam-se a regime registral próprio e simplificado - art. 970, CC. Lembre-se que o registro dos empresários rurais da junta comercial é facultativo - art. 971,CC.
Somente serão arquivados os atos constitutivos de empresas individuais ou sociedade empresária se os documentos respectivos estiverem visados por um advogado - Lei 8.906/94, art. 1, pp 2o.
O serviço do registro público de empresas mercantis e atividade afins é exercido em todo o território nacional pelo sistema nacional de registro de empresas mercantis (SINREM).
A disciplina dos órgãos que compõem o SINREM, bem como do sistema registral, é dada pela lei 8.934/94, que é a lei do registro de empresas (LRE). Antes havia um outro órgão que cuidava do SINREM, chamado DNRC, ele era o órgão máximo desse sistema. Era o departamento nacional de registro de comércio e foi substituído pelo DREI - departamento de registro empresarial e integracao. O DNRC não existe mais. 
O SINREM é integrado pelo DREI e pelas juntas comerciais, órgãos locais responsáveis pelo registro dos empresários individuais e sociedades empresárias. 
O DREI é um órgão federal integrante da secretaria da micro e pequena empresa. 
A junta se estrutura de acordo com a legislação estadual respectiva. Na maioria das unidades federais, tem-se preferido revesti-la da natureza de autarquia, com autonomia administrativa e financeira. É órgão da administração direta, normalmente integrante da secretaria da justiça. Lembra a estrutura de um tribunal.
Atos de registro de empresa: atos praticados pela Junta comercial, não confundir com o as obrigações gerais do empresário - matrícula, arquivamento e autenticação.
Matrícula: diz respeito aos auxiliares do comércio, como leiloeiros, tradutores públicos, intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns-gerais. Neste caso, a Junta funciona como órgão profissional dessas categorias, estabelecendo, inclusive, códigos de ética e exercendo o controle do exercício destas profissões. Funciona como um órgão de classe, como a OAB.
Arquivamento: responde pela grande generalidade dos atos levados ao registro de empresas. Assim, os de constituição, alteração, dissolução e extinção das sociedades empresárias são arquivados na Junta Comercial. Também serão objeto de arquivamento a firma individual (com que o empresário - pessoa física - explora sua empresa), atos relativos a consórcio e grupos de sociedade… Tudo o que se faz nas empresas praticamente tem que ser arquivado, art. 32 da 8934/94 - LRE.
Autenticação: último tipo de ato que a juta comercial faz, tem a ver com os livros empresariais. É o ato de registro que se refere aos instrumentos de escrituração contábil do empresário (livros empresariais) e dos agentes auxiliares do comércio. A autenticação é um requisito extrínseco de regularidade da escrituração. **a junta não vai avaliar o mérito das contas, se você roubou ou tem conta fora, esse protocolo é requisito extrínseco, ou seja, confere regularidade formal. A autenticação da escrituração contábil do empresário perante a junta confere a elas regularidade formal, porque a junta não analisa o mérito da contabilidade.
17/03 
Manter a escrituração regular de seus negócios: art. 1194 do CC, é o segundo dever do empresário, ele deve escriturar os livros, que deverão ser devidamente conservados juntamente com a correspondência e demais papeis concernentes a atividade empresária. De acordo com o art. 1179 do CC, o empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base em escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectivos, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o resultado econômico. Ou seja, se o juiz pede os documentos que fundamentaram os livros, eles têm que ser encontrados. De nada adianta só os livros sem a correspondência com a documentação.
**Livros comerciais podem ser
Obrigatórios:
Comuns a todos os empresários
**Diário (ou fichas de balancetes diários e balanços). Único
livro obrigatório para todos os empresários. Pode levar à prisão do empresário.
Especiais a alguns empresários (exemplos)
Registro de duplicatas - compra e venda mercantil.
Entradas e saídas de mercadorias de armazém geral - só para o empresário que tem esse armazém-geral.
Registro de ações nominativas - só para sociedades anônimas que tem ações nominativas (ações que vão o nome de quem tem a ação).
Facultativos
Caixa - fluxo.
Estoque - o que a empresa tem no seu ativo.
Razão - aquele livro que traz a razão pela qual aquela entrada se fez, ex: razão pela qual incluiu no livro é porque vendeu o bem.
Borrador - livro de borrão, serve para fazer uma prévia do livro diário.
Conta-corrente - créditos e débitos.
18/03
Levantar demonstrações contábeis periódicas
Balanço patrimonial: serve para o empresário ter uma noção da dimensão e da qualidade do seu patrimônio. O que ele tem de ativos e passivos no seu patrimônio. Previsto no art. 1188 do CC.
Balanço de resultado econômico: análise das perdas e ganhos, verificação do lucro (13o).
A regra é fazer esses dois balanços anualmente. Algumas atividades exigem que seja a cada 6 meses, ex: sociedade anônima, Bancos…
O empresário que não cumpre suas obrigações gerais - o empresário irregular - não consegue entabular ou desenvolver negócios com empresários regulares, vender para a Administração Pública, contrair empréstimos bancários, requerer a recuperação judicial, etc.
Recuperação judicial não é um instituto aplicado para o empresário irregular, é um bônus e quem não é regular não tem esse direito. A falência é um ônus, pode ser decretada tanto do empresário regular tanto quanto do irregular.
Consequências da falta de registro: sociedade empresária irregular - a principal sanção imposta a sociedade empresária explora irregularmente sua atividade econômica e a responsabilidade ILIMITADA dos sócios pelas obrigações da sociedade. Os sócios poderão vir a responder com o seu próprio patrimônio por todas as obrigações da sociedade caso não seja registrado e cumpra com o registro, mantenha a escrituração ou levante as demonstrações. 
Inatividade da empresa: quando a empresa deixa de dar notícias de sua vida para a junta durante o prazo de mais de 10 anos. A junta instaura um procedimento para cancelamento do registro, a inativação não é automática. Se a sociedade, a despeito da decretação de sua inatividade, continuar a funcionar, será considerada irregular.
Ponto bônus: Quem é o pequeno empresário? Pesquisar conectado com república ou planalto. Esse pequeno empresário é a mesma coisa que o MEI?
Prova: 
Tema 1 - teoria dos atos de comércio (adotada pelo código comercial) e teoria da empresa (adotada pelo CC/2002). O código comercial não está completamente revogado, o direito marítimo ainda vale.
Tema 2 - principio da livre iniciativa, da livre concorrência, princípio da função social da empresa (cumpre quando age de acordo com os interesses metaindividual - princípio implícito).
Tema 3 - 966, atividades civis, o que não é 966 (pp único).
Tema 4 - empresario individual, precisa de capacidade e não ser impedido. Exceção do incapaz, quando ele pode continuar a atividade empresarial. Ver quando o menor pode ser sócio - capital integralizado, assistência e não pode administrar. Empresário casado, CUB e SOB.
Tema 5 - principais características da eireli: composta por um titular, capital integralizado, 100x SM, nome…
Ponto bônus:
Pequeno empresário: o empresário individual é caracterizado como microempresa que aufira receita bruta anual até o limite de R$ 60.000,00, segundo o art. 68 da Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm
MEI x Pequeno empresário: apesar de serem muito parecidos, o MEI e o pequeno empresário se diferenciam porque o pequeno empresário deve cumprir os requisitos do art. 966 do código civil, enquanto o MEI segue regime próprio.
Correção: o art. 970 do CC trouxe a primeira noção de pequeno empresário. Depois veio a Lei Complementar 123/2006 - lei da microempresa, que fundamenta o pequeno empresário no art. 68.
Ou seja, pequeno empresário é o empresário individual (não pode ser sociedade nem EIRELI, portanto) caracterizado como microempresa que aufira uma receita bruta de até o limite previsto no pp 1o do art. 18-A (R$ 60.000,00).
Art. 18-A: considera-se MEI o empresário individual que tenha auferido receita bruta de se R$ 60.000,000 e seja optante pelo simples nacional (regime tributário mais facilitado é mais benéfico) e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista.
Ou seja, a diferença entre os dois é que o pequeno empresário não precisa optar pelo simples nacional. O MEI é o pequeno empresário que opta pelo simples nacional e não seja impedido.
18/03
Estabelecimento empresarial
Noção de conjunto de bens
Corpóreos 
Que permitem ao empresário regularizar a empresa.
Incorpóreos
Direito de propriedade industrial - marca, patente.
Ponto comercial, não é o imóvel em si, mas a estrutura organizada, o imóvel onde está instalado algo com as devidas características do negócio (ex: petshop, se vende o ponto, vende já o imóvel adaptado pro negócio). É muito mais fácil começar com um ponto já estabelecido do que montar um do zero. É uma ideia que vai além da materialidade - art. 1142 do CC (o artigo deixa de lado a eireli, mas ela entra no artigo também).
Outros “elementos”: 
Clientela - conjunto de clientes/consumidores que frequentam o estabelecimento. É uma característica do estabelecimento empresarial e não um elemento dele.
Aviamento - é um valor a mais que se atribui ao estabelecimento empresarial pela capacidade do empresário em fazer lucro. É um atributo do estabelecimento empresarial, e não um elemento. Muda o valor do estabelecimento, a somatória do valor é o imóvel mais os móveis e mais o Aviamento. 
**Não fazem parte do estabelecimento empresarial.
Natureza jurídica:
Universalidade de fato ou de direito? Art. 90 e 91 do CC.
Universalidade de fato: bens destinados a um fim único pela vontade do seu titular - ex: biblioteca.
Universalidade de direito: universalidade imposta por lei, ex: espólio.
O estabelecimento empresarial é uma universalidade de fato, o empresário que escolhe destinar esses bens para a finalidade empresarial.
O estabelecimento empresarial, por ser uma universalidade pode ser vendido, passado a terceiros, como um todo. Pode ser objeto de cessão como um todo, art. 1143 do CC.
Trespasse: É o contrato pelo qual um empresário transfere a titularidade do estabelecimento empresarial a terceira pessoa, por sua natureza é um contrato oneroso. Quando um empresário vende esse estabelecimento empresarial como um todo a uma outra pessoa (natural ou jurídica), é uma cessão de direitos. Não é a venda da sociedade, é a venda do estabelecimento e a marca, os contratos com os quais o estabelecimento se relaciona.
Ex: uma sociedade que tem um estabelecimento que vende carros, e trespassa para outra sociedade. A sociedade não foi vendida, o que foi vendido é o lugar, a marca, as cadeiras, móveis do lugar, etc. É quando colocam “sob nova direção”.
19/03
Trespasse: é a transferência onerosa da titularidade do estabelecimento empresarial. É um movimento que tem uma série de cautelas legais justamente para não atingir direitos de terceiros. Tem uma série de requisitos e uma consequencia:
Art. 1144 - requisito de **eficácia** e não de validade, perante 3os: averbação da transferência perante a junta comercial **E** tem que ser publicado na imprensa oficial.
Art. 1145 -**requisito de eficácia** 
1a possibilidade: empresário tem que ter dinheiro o suficiente para quitar todos os débitos do estabelecimento perante terceiros. Só pode vender se quitar, mas isso é impossível na nossa realidade hoje. É utópico, não acontece.
2a possibilidade: se não
tiver dinheiro para quitar todas as dívidas antes da venda, tem que ter o consentimento dos credores, que não precisa ser de modo expresso, **pode ser tácito** - em 30 dias da notificação, mas tem que notificar! Se o alienante não notifica, não é uma venda eficaz. E o credor pode não concordar com o trespasse, e dai vai ter que ser pago antes do trespasse.
Art. 1146 - ***CONSEQUÊNCIA*** do trespasse: o comprador assume as dívidas contabilizadas (só as regularmente previstas nos livros) e eventualmente os créditos também. Mas pelo prazo de um ano, o vendedor continua sendo solidariamente responsável por essas dívidas anteriores ao trespasse. Esse um ano pode começar a contar de duas formas:
A partir da publicação do trespasse - quando as dívidas são previamente constituídas e vencidas, ex: cheque que já venceu, a partir da publicação pode cobrar tanto do vendedor quanto do comprador (pode escolher entre qualquer um dos dois, sendo que se cobrar do vendedor ele pode posteriormente cobrar do comprador).
Se a dívida não venceu ainda, pode cobrar por um ano dos dois a partir da data do vencimento. Ex: cheque que vai vencer depois de um mês do trespasse, a partir desse vencimento é que começa o prazo de um ano da responsabilidade do vendedor. Portanto, dizer que o prazo máximo de responsabilidade dele é de um ano é falso, pode ficar sendo responsável solidário por muito mais tempo, a depender da data de vencimento das dívidas.
Art. 1147, cláusula de “quarentena” - cláusula de não concorrência: o vendedor não pode representar concorrência ao comprador do estabelecimento pelo prazo de 5 anos. **É uma cláusula implícita, não precisa estar prevista no contrato**. Na falta de previsão contratual, a quarentena é cinco anos, mas pode prever menos, pode prever que não tenha prazo nenhum, mas na prática o prazo razoável é estabelecido como dois anos. É uma cláusula implícita porque só vai ser cinco anos se não houver nenhuma previsão no contrato quanto a isso, mas os contratantes podem colocar explicitamente o prazo que bem entenderem.
Essas regras valem para as dívidas empresariais e civis, não vale para as dívidas tributárias nem trabalhistas. Não precisa ver isso, só saber.
Dívidas tributárias: art. 133 do CTN.
Dívidas trabalhistas: art. 448 da CLT.
O novo titular recebe tanto as dívidas quanto os créditos do estabelecimento empresarial - art. 1149.
Trespasse não se confunde com cessão de quotas. O trespasse acontece quando muda a sociedade que é dona do estabelecimento. A cessão de quotas não muda a sociedade, é a mesma sociedade, o que muda é as quotas, pode vender quotas dentro da própria sociedade ou vender suas quotas para um terceiro, não há uma mudança de sociedade. Ou seja, no trespasse há a mudança de titularidade do estabelecimento empresarial, na cessão de quotas há apenas um movimento interno dentro da mesma sociedade, não muda a titularidade.
Mandar para o Bruno: brunobaracat92@gmail.com
24/03
Ponto empresarial
Noção: é um elemento incorpóreo do estabelecimento empresarial. Ponto é o local em que o empresário se encontra, nele estabelecendo sua atividade empresarial. É a consolidação de determinado empreendimento (no sentido de negócio) em um local, e decorre da execução de uma atividade empresarial de forma contínua e constante.
Realidade: o ponto empresarial hoje decorre quase sempre de uma locação. Para ter uma segurança em relação ao imóvel, o legislador trouxe um mecanismo específico.
O mecanismo que traz “segurança” para que o locatário permaneça no imóvel, a revelia da vontade do dono, foi trazido pela Lei de Locações 8.245/91. No artigo 51 estão os requisitos da renovação compulsória, que, se reunidos, dão ao locatário o direito de inerência:
O contrato de locação tem que necessariamente ser escrito e ter prazo determinado - ordem formal.
O contrato a renovar deve ter prazo mínimo de 5 anos - ordem temporal.
O locatário que deseja utilizar o direito de inerência deve explorar o seu comércio no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de 3 anos - critério de ordem material.
Esses requisitos são cumulativos.
Por intermédio da ação renovatória que se exerce o direito de inerência.
Prazo em que a ação renovatória deve ser proposta: art. 51, pp 5o da LL: 1 ano, no máximo, até 6 meses anteriores à data de finalização do contrato. É um prazo decadencial, por exemplo: 5 anos de contrato, pode entrar com a ação a partir do 4o ano e até no máximo 4 anos e 6 meses, a partir dessa data o direito decai. O prazo não é requisito da ação renovatória. A ação normalmente se renova pelo tempo do contrato anterior, mas pelo prazo máximo de 5 anos.
A petição inicial da ação renovatória deve seguir os requisitos normais de petição inicial e os do artigo 71 da LL:
Provar que preencheu os requisitos do artigo 51, LL.
Prova do exato cumprimento do contrato em curso.
Prova da quitação dos impostos/taxas que incidam sobre o imóvel e que estejam nas obrigações do locatário.
**Indicar clara e precisamente as condições oferecidas para a renovação do contrato**. Indicar qual que se entende ser o valor do locativo. 
Indicar o fiador que figurará no contrato a renovar, que pode ser o mesmo do contrato anterior ou outro.
Prova de que o fiador aceita o encargo - normalmente feita por uma carta de anuência.
Prova da cessão ou da sucessão, se for o caso.
25/03 - feriado.
31/03
A contestação pode seguir duas linhas de defesa:
Não estão presentes os requisitos do artigo 51 da LL.
Mesmo estando presentes os requisitos do artigo 51, pode alegar a exceção da retomada. É a hipótese de defesa do locador, mesmo reconhecendo o direito de inerência do locatário.
Exceção da retomada: mesmo estando os requisitos completos do art. 51, o locador não será obrigado a retomar. Hipóteses que retiram do locador a obrigatoriedade de renovar, artigos 52 e 72 da LL. Não são todos os incisos, especialmente do artigo 72, que caracterizam exceção da retomada. Não basta alegar essas hipóteses, tem que provar.
Art. 72, II, LL: arguir que a proposta feita pelo locatário não atende o valor locativo real do imóvel.
O valor locativo provisório tem que ser indicado na própria petição inicial - art. 71, IV. Se o locador e locatário não encontrarem um valor em comum, só a prova pericial pode determinar o valor correto do locativo. Nessa hipótese, abre espaço pro locatário concordar com o novo valor.
Art. 72, III, LL: ter proposta de terceiro para a locação em melhores condições. 
O terceiro será chamado a se manifestar nos autos, pode gerar responsabilidade pelo dano processual. O locatário vai ser informado e pode cobrir a proposta.
Art. 52, I, 1a parte, LL: se o locador prova que, por determinação do poder público (local ou estadual), terá a obrigação de realizar no imóvel obras que importem em radical transformação.
Art. 52, I, 2a parte, LL: se o locador fizer obras que aumentem o valor do negócio ou da propriedade, obra volitiva. 
Art. 52, II, 1a parte, LL: se o imóvel vier a ser utilizado pelo próprio locador.
Art. 52, II, 2a parte, LL: quando o locador deseja transferir seu negócio/ponto para aquele local.
Essas duas ultimas possibilidades tem uma ressalva: art. 52, pp 1o - a regra é que o locador não pode desejar fazer concorrência para o locatário, não pode explorar o mesmo ramo de atividade que o locatário.
A exceção é se o local só possibilitar aquele tipo de atividade.
Shopping center: art. 52, pp 2o - o inciso II desse artigo não se aplica a lojas shopping center porque não tem outra função de loja de shopping a não ser loja de shopping, o ramo sempre será o mesmo, não pode utilizar esse inciso para alegar exceção da retomada.
Cabe indenização pela perda do ponto? O locatário perde o ponto, a ação renovatória foi julgada improcedente.
Art. 52, pp 3o, LL: não indeniza em todos os casos, indeniza se:
Saiu por causa de proposta de 3os em melhores condições.
O locador, no

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