Buscar

teoria-tec-sanguineo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Objetivos teóricos de Histologia 
 
Sangue 
 
1. Definir sangue e citar suas funções. 
O sangue é a massa líquida contida num compartimento fechado, o aparelho 
circulatório. Apresenta função principal de meio transporte, como por exemplo, 
transportando leucócitos para uma área atingida por uma infecção, ou transportando 
oxigênio e gás carbônico. Também transporta nutrientes e metabólitos dos locais de 
absorção ou síntese, distribuindo-os pelo organismo. O sangue, sendo o veículo de 
distribuição dos hormônios, permite a troca de mensagens químicas entre órgãos 
distantes. Tem ainda papel regulador na distribuição de calor, do equilíbrio ácido-
básico e do equilíbrio osmótico. 
 
2. Citar e definir as fases do sangue. 
O sangue é formado por duas fases: os glóbulos sanguíneos (fase sólida) e o plasma 
(fase líquida). A fase sólida do sangue é aquela composta pelos glóbulos 
sanguíneos, que são os eritrócitos ou hemácias, as plaquetas e diversos tipos de 
leucócitos. O plasma é a fase líquida na qual os glóbulos sanguíneos estão 
suspensos; e é composto por 90% de água e de componentes como: proteínas 
plasmáticas – principalmente albuminas, alfa-globulina, beta-globulina, 
gamaglobulinas e fibrinogênio (7%); sais inorgânicos (0,9%); sendo o restante 
formado por compostos orgânicos diversos, tais como aminoácidos, vitaminas, 
hormônios, lipoproteínas e glicose. 
 
3. Descrever a preparação de esfregaço sanguíneo. 
Primeiramente, coloca-se uma gota de sangue sobre uma lâmina. Em seguida, 
movimenta-se na direção da gota uma segunda lâmina em ângulo de 
aproximadamente 45º sobre a primeira. Quando a borda da lâmina toca o sangue, 
este se espalha ao longo da mesma. Em seguida, movimenta-se a lâmina oblíqua 
sobre a horizontal, espalhando-se o sangue em camada fina. A coloração de rotina 
dos esfregaços de sangue é feita com corantes especiais, baseados na mistura de 
Romanowsky, que contém corantes ácidos e básicos. 
 
4. Definir corante hematológico e citar seus componentes. 
Os corantes hematológicos são misturas de compostos ácidos e básicos que 
permitem a coloração de estruturas citoplasmáticas e nucleares das células. Os 
corantes hematológicos, em geral, baseiam-se na mistura de Romanowsky: azul de 
metileno (corante básico) e eosina (corante ácido), permitindo a coloração 
simultânea do núcleo e citoplasma das células. 
 
5. O que são reticulócitos? 
Ao penetrarem na corrente sanguínea, vindo da medula óssea vermelha, onde são 
formados, os glóbulos vermelhos contêm ainda certa quantidade de ribossomos. 
Quando corados, estes corpúsculos apresentam uma cor azulada, devido à basofilia 
do RNA. Estes corpúsculos são chamados de reticulócitos e sua concentração no 
sangue normal é de cerca de 1% do número total de hemácias. Resumindo, 
reticulócitos são eritrócitos “jovens”. Como as hemácias, os reticulócitos não 
apresentam núcleo e são chamados assim por causa da malha reticular de RNA 
ribossômico, que se torna visível à microscopia quando corada. 
rafael.urquisa@hotmail.com 
 
6. Descrever a estrutura do eritrócito, seus valores e tempo de vida. 
Os eritrócitos ou hemácias dos mamíferos são glóbulos anucleados e, em seres 
humanos, têm forma de disco bicôncavo. A concentração normal de eritrócitos no 
sangue é de aproximadamente 4,5 e 5,5 milhões por mm
3
, na mulher e no homem, 
respectivamente. Durante a maturação na medula óssea, estas células perdem o 
núcleo e as outras organelas, não tendo, portanto, a possibilidade de renovar suas 
moléculas. Sendo assim, apresenta um tempo de vida de aproximadamente 120 dias, 
sendo então digerida pelos macrófagos, principalmente no baço. 
 
7. Definir normócito, macrócito e micrócito. 
As hemácias apresentam 7,5 µm de diâmetro, 2,6 µm de espessura próximo à borda 
e 0,8 µm de espessura no centro. Nestas dimensões, pode-se dizer que se encontram 
normais (normócitos). As células com mais de 8 µm e menos de 6 µm de diâmetro 
são denominadas de macrócitos e micrócitos, respectivamente. 
 
8. Definir anemia, eritrocitose, anisocitose e poiquilocitose. 
Anemia é uma doença caracterizada pela baixa concentração de hemoglobina no 
sangue. Muitas vezes pode surgir como conseqüência de uma diminuição do número 
de eritrócitos. No entanto, o número de eritrócitos pode permanecer normal, mas 
cada um deles pode conter pouca hemoglobina. Neste caso, os eritrócitos se coram 
mal; é o caso da anemia hipocrômica. Podem ser causadas por: hemorragias; 
produção insuficiente (ou anômala) de eritrócitos pela medula óssea; produção de 
eritrócitos com hemoglobina insuficiente, geralmente por deficiência de ferro na 
alimentação; e destruição acelerada dos eritrócitos. Eritrocitose é a presença de um 
grande número de eritrócitos no sangue, superior à quantidade normal. Anisocitose é 
a presença de muitas hemácias com dimensões anormais (em tamanho) no sangue. 
Poiquilocitose é a presença de muitas hemácias com formas anormais (distorcidas). 
 
9. Descrever a reação do eritrócito frente às soluções. 
Quando colocadas em meio hipotônico, as hemácias sofrem tumefação, tornam-se 
esféricas e a hemoglobina se dissolve no meio (hemólise). Ao contrário, quando 
colocadas em meio hipertônico, as hemácias se encolhem irregularmente, sofrem 
crenação, deixando protuberâncias na superfície, e recebem o nome de hemácias 
crenadas. 
 
10. Definir plaquetas, citar seu número, funções e descrever sua estrutura. 
As plaquetas são corpúsculos anucleados, com a forma de disco, medindo cerca de 
2-4 µm de diâmetro, e constituídos de fragmentos do citoplasma de células gigantes 
da medula óssea, os megacariócitos. As plaquetas promovem a coagulação do 
sangue, auxiliando a reparação da parede dos vasos sanguíneos e evitando a 
hemorragia. Normalmente, existem de 200.000 a 400.000 plaquetas por mm
3
 de 
sangue. Esses corpúsculos vivem aproximadamente 10 dias. 
 
11. Falar sobre os leucócitos e citar seu número. 
Os leucócitos são células especializadas na defesa do organismo. São incolores, de 
forma esférica quando em suspensão no sangue, implicados nas defesas celulares e 
imunocelulares do organismo. Constantemente os leucócitos deixam os capilares 
por diapedese, passando entre as células endoteliais, para penetrar no tecido 
conjuntivo. Todavia, quando os tecidos são invadidos por microrganismos, os 
leucócitos são atraídos por quimiotaxia, isto é, substâncias originadas dos tecidos, 
do plasma sanguíneo e dos microrganismos provocam nos leucócitos uma resposta 
migratória, dirigindo-se estas células para os locais onde existe maior concentração 
dos agentes quimiotáticos. O número de leucócitos por mm
3
 de sangue no adulto 
normal é de 6.000 a 10.000. Leucocitose é o aumento do número de leucócitos no 
sangue; e leucopenia é a diminuição. 
 
12. Classificar os leucócitos, descrever suas estruturas e citar suas funções. 
Os leucócitos fazem parte dos glóbulos sanguíneos e são classificados em dois 
grupos: os granulócitos ou polimorfonucleares e os agranulócitos. Os granulócitos 
têm o núcleo de forma irregular e mostram no citoplasma grânulos específicos. 
Distinguem-se três tipos de granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Estes 
vivem apenas alguns dias e morrem por apoptose no tecido conjuntivo. Estão 
envolvidos no processo de infecção (no caso dos neutrófilos, envolvendo a 
fagocitose) e processos alérgicos e inflamatórios. Os agranulócitos têm forma mais 
regular e o citoplasma não possui granulações especificas, podendo, porém, 
apresentar grânulos azurófilos inespecíficos, presentes também em outros tipos 
celulares. Há dois tipos de agranulócitos: os linfócitos e os monócitos. Apresentam 
função de reconhecimentodo antígeno, produção de anticorpos e fagocitose. 
 
13. Fale sobre os neutrófilos. 
Os neutrófilos têm núcleos formados por dois a cinco lóbulos ligados entre si por 
finas pontes de cromatina. A célula muito jovem apresenta o núcleo não-segmentado 
em lóbulos, sendo chamada de neutrófilo com núcleo em bastonete. Nos neutrófilos 
das pessoas do sexo feminino, aparece freqüentemente um pequeno apêndice, muito 
menor do que um lóbulo nuclear, com a forma de uma raquete, esta estrutura contém 
a cromatina sexual. O seu citoplasma apresenta granulações: grânulos específicos e 
grânulos azurófilos. Os grânulos azurófilos são lisossomos, contendo fosfatase 
ácida, e diversas outras hidrolases. Os grânulos específicos são menores do que os 
anteriores; e sua composição química os diferencia dos lisossomos. Eles contêm 
fosfatase alcalina, colagenase, lactoferrina, lisozima e outros tipos de moléculas 
dotadas de poder bactericida ou bacteriostático (que impede a multiplicação das 
bactérias). Os neutrófilos constituem importante defesa celular contra a invasão de 
microrganismos. No sangue, são esféricos e não fagocitam, mas se tornam 
amebóides e fagocitários tão logo toquem um substrato sólido sobre o qual possam 
emitir seus pseudópodos. A bactéria invasora é circundada pelo neutrófilo e ocupará 
um vacúolo (fagossomo) dentro da célula. Os grânulos específicos situados nas 
proximidades fundem suas membranas com a dos fagossomos e esvaziam seu 
conteúdo no interior destes. Em seguida, os grânulos azurófilos (lisossomos) lançam 
suas enzimas no fagossomo, onde tem lugar a morte e a digestão dos 
microrganismos. Como nem todas as bactérias são digeridas e nem todos os 
neutrófilos sobrevivem à ação bacteriana, pode aparecer um líquido viscoso, 
geralmente amarelado, contendo bactérias, neutrófilos mortos, material semidigerido 
e líquido extracelular, chamado pus. 
 
14. Fale sobre os eosinófilos. 
Os eosinófilos são muito menos numerosos do que os neutrófilos, constituindo 
apenas 2-3% do total de leucócitos. Seu núcleo, em geral, é bilobulado. A principal 
característica para a identificação do eosinófilo é a presença de granulações ovóides 
que se coram pela eosina (granulações acidófilas). Essas granulações são maiores do 
que as dos neutrófilos. Os grânulos específicos dos eosinófilos são lisossomos, 
contendo fosfatase ácida, peroxidase, beta-glicuronidase, aril sulfatase, ribonuclease 
e desoxirribonuclease. Estes granulócitos são atraídos para áreas de inflamação 
alérgica pela histamina. Não são células especializadas para a fagocitose exclusiva 
de microrganismos. Sua atividade defensiva é realizada pela liberação do conteúdo 
de seus grânulos para o meio extracelular e pela fagocitose de complexos antígeno-
anticorpo. 
 
15. Fale sobre os basófilos. 
O basófilo tem núcleo volumoso, com forma retorcida e irregular, geralmente com o 
aspecto da letra S. O citoplasma é carregado de grânulos maiores do que os dos 
outros granulócitos, os quais muitas vezes obscurecem o núcleo. Constituem menos 
de 1% dos leucócitos no sangue, e, por isso são difíceis de encontrar nos esfregaços. 
Seus grânulos contêm histamina, fatores quimiotáticos para eosinófilos e 
neutrófilos. 
 
16. Fale sobre os linfócitos. 
Os linfócitos constituem uma família de células esféricas, com diâmetro variável 
ente 6 e 8 µm. Linfócitos com estas dimensões são conhecidos como linfócitos 
pequenos (mais abundante no sangue, com núcleo esférico, às vezes com uma 
chanfradura). O sangue circulante ocorre ainda uma pequena percentagem de 
linfócitos maiores, que podem atingir 18 µm de diâmetro. O citoplasma do linfócito 
pequeno é muito escasso, aparecendo nos esfregaços como um anel delgado em 
volta do núcleo. Pode conter grânulos azurófilos, que não são exclusivos dos 
linfócitos. O tempo de sobrevivência é muito variado, alguns vivem apenas alguns 
dias, enquanto outros vivem durante muitos anos. Embora tenham morfologia 
semelhante, dependendo das moléculas localizadas em sua superfície, podem ser 
separados em dois tipos principais: linfócitos B e T, com diversos subtipos. Ao 
contrário dos outros leucócitos que não retornam ao sangue depois de migrarem para 
os tecidos, linfócitos voltam dos tecidos para o sangue, recirculando novamente. 
 
17. Quais os tipos de linfócitos e suas funções? 
Linfócitos B: apresenta imunoglobulina na superfície. Quando ativado por antígeno 
especifico prolifera por mitoses e se diferencia em plasmócitos que secretam grande 
quantidade de anticorpos. Algumas das células ativadas originam os linfócitos B da 
memória imunológica. Linfócitos T: sua superfície contém receptores T, que não 
são imunoglobulinas. É especializado em reconhecer antígenos ligados à superfície 
de outras células. Há quatro variedades principais: T citotóxico, T helper, T 
supressor e T da memória imunológica. Linfócito T citotóxico: destrói células 
transplantadas, células cancerosas, bem como células invadidas por vírus. Secreta 
proteínas que abrem orifícios nas membranas, através dos quais passa o conteúdo 
citoplasmático. Linfócito T helper: secreta fatores que estimulam os linfócitos B e T 
em suas respostas aos antígenos. Linfócito T supressor: diminui a resposta aos 
antígenos estranhos e desempenha papel fundamental na supressão da resposta aos 
antígenos do próprio indivíduo. 
 
18. Fale sobre os monócitos. 
Os monócitos têm o núcleo ovóide, em forma de rim ou de ferradura, geralmente 
excêntrico. A cromatina aparece em arranjo mais frouxo e delicado do que nos 
linfócitos, sendo esta uma das características mais constantes do monócito. Devido 
ao arranjo pouco denso de sua cromatina, o núcleo dos monócitos é mais claro do 
que o dos linfócitos. O núcleo do monócito contém dois ou três nucléolos, que 
algumas vezes podem ser visto nos esfregaços comuns. O citoplasma do monócito 
contém grânulos azurófilos (lisossomos). A superfície celular mostra muitas 
microvilosidades e vesículas de pinocitose. Os monócitos no sangue representam 
uma fase na maturação da célula mononuclear fagocitária originada na medula 
óssea. Esta célula passa para o sangue, onde permanece apenas alguns dias, e, 
atravessando a parece dos capilares e vênulas, penetra em alguns órgãos, 
transformando-se em macrófagos, que constituem uma fase mais avançada na vida 
da célula mononuclear fagocitária. Assim, o monócito faz parte do sistema 
mononuclear fagocitário ou sistema histiocitário. Depois de saírem do sangue por 
diapedese, os monócitos se transformam em macrófagos. 
 
19. Citar os valores dos leucócitos. 
Leucócitos: 6.000-10.000 /µL. Neutrófilos: 60-70%. Eosinófilos: 2-4%. Basófilos: 
0-1%. Linfócito: 20-30%. Monócitos: 3-8%. 
 
20. Definir eosinofilia, basofilia, azurofilia e neutrofilia. 
A coloração do sangue para estudos microscópicos se baseia na mistura de 
Romanowsky (eosina, azul de metileno e azures-de-metileno). Existem métodos 
novos para se fazer essa coloração, entre eles os de Leishman, Giemsa e Wright, 
porém todos baseados na mistura de Romanowsky. Com essa coloração, as células 
do sangue poderão exercer quatro comportamentos: basofilia, corando-se pelo azul-
de-metileno e tornando-se azulada; acidofilia, corando-se pela eosina e tornando-se 
rosa-amareladas; azurofilia, corando-se pelos azures e tornando-se púrpura; 
neutrofilia, corando-se por uma mistura complexa e tornando-se salmão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia: 
JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa; CARNEIRO, José. Histologia Básica. 9ª edição. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 1999.

Continue navegando