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Da Extinção do Contrato Arts. 472 à 480 CC Do distrato Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. __________________ O distrato é um negócio jurídico que rompe o vínculo contratual, mediante declaração de vontade de ambos os contraentes de pôr fim ao contrato que firmaram. Forma do distrato O distrato ou resilição bilateral submete-se às formas relativas aos contratos. Exemplo: Se o contrato que se pretende resolver foi constituído por escritura pública por exigência legal, o distrato para ter validade, deverá respeitar essa forma. Ausência de exigência legal O contrato consensual, assim como a locação, poderá até ser distratado verbalmente ou pela simples entrega da coisa alugada (RT, 180:297). Resilição unilateral Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos. Efeito “ex nunc” Exemplos: contratos de comodato, mandato e depósito. Quando não mais interessar, mediante denúncia notificada à outra parte. Não opera retroativamente, não havendo portanto, direito a restituição das prestações cumpridas. Da Cláusula Resolutiva Arts. 474 e 475 do CC Cláusula resolutiva expressa Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial. Aplicação Os contratantes podem ajustar cláusula resolutiva, expressamente, para reforçar o efeito da condição, de tal forma que a inexecução da prestação por qualquer um deles importe na rescisão do contrato de pleno direito, sujeito o faltoso a perdas e danos, sem necessidade de interpelação judicial. Cláusula resolutiva tácita A condição resolutiva tácita está subentendida em todos os contratos bilaterais ou sinalagmáticos (art. 476). A condição resolutiva tácita, alegada pelo lesado, deverá ser apurada judicialmente, de modo que o magistrado só decretará a rescisão do contrato se provado o seu descumprimento pelo devedor. Conseqüências Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos. Da exceção de Contrato não cumprido Arts. 476 e 477 do CC Exceptio non adimpleti contractus Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. Contrato bilateral No contrato bilateral cada um dos contratantes é simultânea e reciprocamente credor e devedor do outro, pois produz direitos e obrigações para ambos. Exceptio non rite adimpleti contractus Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la. Inadimplemento Refere-se a hipótese de descumprimento parcial da prestação; Quem a invocar (Exceptio non rite adimpleti contractus) deverá prová-la, uma vez que há presunção de ter sido regular o pagamento aceito; Da Resolução por Onerosidade Excessiva Arts. 478 e 480 do CC Contratos de execução continuada Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. Manutenção do contrato Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato. Obrigação unilateral Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva. Formas de extinção dos contratos: . I. Normal: o cumprimento (solutio) é o fim natural de todo contrato. II. Fatos anteriores; III. Fatos posteriores; I - Extinção normal do contrato . Quando o devedor procede à execução das obrigações estipuladas, acaba por extinguir o contrato. Vale lembrar que o cumprimento da obrigação, em regra, é comprovado pela quitação, materializada pelo recibo. Assim como é obrigação do devedor cumprir a prestação, o fornecimento da quitação é uma obrigação do credor. II – Extinção por fatos anteriores. a) lnvalidade contratual: caracterizada quando presente no contrato algum defeito na sua formação (elementos essenciais), o que pode levar à nulidade do mesmo. . (arts. 166 e 167 CC) b) Cláusula de arrependimento; c) Cláusula resolutiva expressa. III – Extinção fatos posteriores . A) Resolução: extinção do contrato pelo seu não cumprimento; B) Resilição: pode ser bilateral (quando houver interesse de ambos os contratantes) ou unilateral (quando o contrato não interessa mais ao mandante ou ao mandatário). IV - Extinção por morte . Cessação - Ocorre somente nos contratos personalíssimos (intuitu personae).
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