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AULA 07: TÉCNICAS DE ENSINO E ESTRATÉGIAS PARA AUMENTO DA 
INTENSIDADE NA HIDROGINÁSTICA 
Metodologia da hidroginástica 
METODOLOGIA DA HIDROGINÁSTICA 
Aula 07: Técnicas de ensino e estratégias para 
aumento da intensidade na hidroginástica 
AULA 07: TÉCNICAS DE ENSINO E ESTRATÉGIAS PARA AUMENTO DA 
INTENSIDADE NA HIDROGINÁSTICA 
Metodologia da hidroginástica 
Temas desta aula 
1. Posições corporais; 
2. Tempos de execução dos movimentos; 
3. Estratégias para aumento da intensidade: resistência frontal, 
posições de mão, velocidade, turbulência, Leis de Newton, 
alavancas. 
AULA 07: TÉCNICAS DE ENSINO E ESTRATÉGIAS PARA AUMENTO DA 
INTENSIDADE NA HIDROGINÁSTICA 
Metodologia da hidroginástica 
Introdução 
O professor de hidroginástica deve compreender os efeitos das propriedades físicas durante a 
imersão, bem como conhecer estratégias que podem aumentar a intensidade das suas aulas e 
técnicas que possibilitam uma grande variação nos movimentos. 
Como geralmente as turmas de hidroginástica são heterogêneas, ou seja, os alunos têm níveis 
diferentes de aptidão física, é fundamental dominar técnicas que permitam individualizar ao 
máximo os estímulos aplicados. Dessa maneira, um aluno menos condicionado pode usar uma 
posição de mão que representa menor intensidade do que aquele já de nível intermediário ou 
avançado. 
Há muitas possibilidades de variação nas aulas de hidroginástica que devem ser usadas pelos 
professores não apenas para o estabelecimento de intensidades diferentes, mas também para 
evitarmos a monotonia com a repetição de movimentos e posições corporais. 
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INTENSIDADE NA HIDROGINÁSTICA 
Metodologia da hidroginástica 
Posições corporais 
Seguiremos a nomenclatura proposta pela AEA (2014) para as posições que o corpo pode assumir ao executar 
exercícios na piscina rasa (shallow water). Primeiramente, vamos entender os níveis de impacto na água: I, II e III. 
Quando o aluno tem o nível da água entre a cintura e a axila, estando ereto, encontra-se no nível I de impacto, 
também denominado de posição “rebote regular”. Para maior intensidade, os alunos devem empurrar o fundo da 
piscina impulsionando seus corpos para cima e para fora da água. 
Os movimentos executados com a água na linha dos ombros são do nível II ou posição “neutra”. Os alunos flexionam 
os quadris e joelhos para que essa postura possa ser mantida. Mesmo havendo contato com o fundo, o impacto é 
eliminado. Apesar de parecer uma posição que representa menor intensidade, pode-se aumentar o esforço usando 
a “força horizontal”: ao afastar as pernas, por exemplo, o aluno pode trazer os joelhos junto ao peito antes do 
afastamento e no retorno do movimento (quando unirá novamente membros inferiores). 
No nível III (posição “suspensa”), os pés não tocam o fundo da piscina e a região do tronco é bastante solicitada para 
estabilização, alinhamento adequado e manutenção da flutuação corporal. A AEA recomenda que, nessa posição, 
também seja feita força contra a resistência horizontal da água que os movimentos sejam de grande amplitude para 
maior intensidade. 
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INTENSIDADE NA HIDROGINÁSTICA 
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Posições corporais 
• Na figura, há a representação da posição de nível I, ou 
“rebote regular”; 
• Essa é a posição corporal mais frequente nas aulas de 
hidroginástica; 
• É uma boa posição para o trabalho cardiorrespiratória, que 
deve dominar a sessão de hidroginástica; 
• Como é um desenho, observe que há movimentos de 
braços acima da linha da água em 2 bonecas, o que NÃO é 
indicado pela AEA. 
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INTENSIDADE NA HIDROGINÁSTICA 
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Posições corporais 
Posição “ancorada” ou movimento com apoio no chão também traz menor impacto durante a 
execução dos exercícios. Um dos pés ou ambos devem estar o tempo todo em contato com o 
fundo da piscina para caracterizar essa posição. 
A AEA (2014) considera essa posição bastante fácil para demonstração pelo professor a partir da 
borda da piscina. É importante usar adequadamente as forças de arrasto para que a intensidade da 
sessão atinja um limite mínimo de estímulo para o sistema cardiovascular. 
Outra possibilidade de variação nas posições corporais é o “movimento impulsionado e elevado”, 
inspirado na pliometria (treino em saltos). Além de, na água, o impacto ser menor e haver 
resistência em todas as direções, esse tipo de treinamento também tem menor risco de lesão e de 
incidência de dor muscular de início tardio (AEA, 2014). 
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INTENSIDADE NA HIDROGINÁSTICA 
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Métodos de movimento: tempos de execução 
Outra variável que pode ser explorada pelo professor de hidroginástica são os compassos usados nos movimentos. Usando 
músicas entre 125 a 150 batidas por minuto para a parte aeróbica, o professor pode variar os exercícios através do “tempo 
de água”, “meio tempo de água” e “tempo de terra”. 
O tempo de terra traz como desvantagem a redução da amplitude de movimentos, e a AEA recomenda que seja usado por 
não mais do que 10% a 15% do total do aula e em movimentos sem deslocamento, observando sempre o alinhamento e a 
integridade articular. Nesse compasso, o aluno vai realizar os movimentos na velocidade usada em atividades fora da água. 
Ao usar um metrônomo ajustado entre 62 a 75 bpm, temos o ritmo equivalente a “tempo de água”, que permite a 
amplitude total de movimento e transições de um exercício para o outro com segurança. Para a AEA, juntamente com o 
“meio tempo de água”, a maior parte dos exercícios de uma sessão de hidroginástica deve ser executada nesse compasso. 
O “meio tempo de água” se caracteriza por balanceios ou insistências durante a execução de um exercício em tempo de 
água. Como exemplo, pense no polichinelo: em tempo de água, o aluno afasta e une os membros inferiores seguidamente, 
enquanto no tempo de água, fará um “balanço” (insistência) ao afastar MMII e outro ao uni-los. 
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INTENSIDADE NA HIDROGINÁSTICA 
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Estratégias para aumento da intensidade: resistência frontal 
A resistência frontal da água é causada pela sua viscosidade e é facilmente percebida quando nos 
deslocamos pela piscina. 
Para melhor aproveitamento da resistência frontal, devemos aumentar o tamanho da área frontal 
de superfície de um objeto (que pode ser uma parte do nosso corpo ou um equipamento) que é 
apresentado contra ela. Como exemplo, podemos comparar a área frontal de uma pessoa 
caminhando na piscina com os braços estendidos para os lados (abdução dos ombros) e com os 
braços ao lado do corpo: há maior resistência na primeira situação do que na segunda. 
É importante que sejam programados deslocamentos contra a resistência frontal da água, pois se 
os exercícios forem feitos no mesmo lugar, não há interferência dessa variável na intensidade. De 
acordo com a AEA (2014, p. 102), “o tamanho da área de superfície dos membros e das mãos se 
movendo contra a resistência da água em movimentos estacionários influencia a intensidade”. 
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INTENSIDADE NA HIDROGINÁSTICA 
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Estratégias para aumento da intensidade: posições de mão 
A posição da mão que é direcionada contra a água é mais uma estratégia para tornar os exercícios 
mais ou menos intensos, pois seu tamanho e forma determinam quanta água será puxada por ela 
e, dessa maneira, quanta intensidade será gerada. 
Quando a área de superfície criada pela posição da mão é maior, há mais intensidade. Isso 
acontececom as mãos posicionadas “em concha”, como em uma forma de xícara com os dedos 
relaxados e ligeiramente afastados. 
Quando a área de superfície da mão em relação à água é reduzida, também é menor a 
intensidade, o que pode ser usado com iniciantes ou com alunos que apresentem problemas nos 
membros superiores (articulares ou musculares). A “mão em faca”, caracterizada por direcionar 
contra a água a menor superfície (bordas laterais das mãos ou pontas dos dedos) é a posição que 
resultará em menor intensidade. 
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Estratégias para aumento da intensidade: velocidade e turbulência 
Velocidade 
Exercícios executados com mais rapidez ou velocidade geram maior resistência da água. Como vimos, 
nesta aula, o tempo de terra é uma estratégia associada à execução de movimentos rápidos. 
Para a AEA (2014), essa estratégia pode ser prejudicial à manutenção de uma boa postura e à 
amplitude total do movimento, além de ser difícil vencer a resistência da água em todas as direções de 
movimento. 
Turbulência 
Um fluxo turbulento é caracterizado pelo choque aleatório das moléculas de água entre si gerando 
redemoinhos e, dessa maneira, aumentando a resistência aos movimentos. Para gerar mais fluxo 
turbulento, recomenda-se aumentar a resistência frontal, mudar a posição das mãos (mão em concha), 
aplicar as Leis de Newton e alterar o comprimento de alavanca ou do membro (veremos a seguir). 
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INTENSIDADE NA HIDROGINÁSTICA 
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Estratégias para aumento da intensidade: Leis de Newton 
Lei da inércia 
De acordo com essa lei, um objeto permanece em repouso ou em movimento com velocidade constante a não ser que 
receba a influência de uma força externa. Na água, o movimento de todo o corpo, o movimento da água e o movimento 
dos membros são afetado pela lei da inércia, de acordo com a AEA (2014). 
Quando o professor usa deslocamentos na sua aula, é preciso aplicar mais força tanto para começar a se deslocar como 
para parar o movimento. Se for solicitado que o aluno corra 8 tempos da música para a frente e depois 8 tempos para trás, 
haverá a aplicação da “inércia corporal total”. 
As mudanças de direção, nos deslocamentos, possibilitam que a “inércia da água” aumente a intensidade. Quando nos 
deslocamos para uma determinada direção, a água tende a se mover conosco; ao virarmos, teremos uma massa de água 
contrária à nova direção que intencionamos seguir, aumentando assim a intensidade do esforço. 
Nossos membros, ao se movimentarem na água, encontram no arrasto sua principal resistência. Sempre que iniciamos e 
mudamos um movimento, precisamos de energia adicional, o que representa mais intensidade e se relaciona ao que a AEA 
denomina “inércia de membro”. 
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INTENSIDADE NA HIDROGINÁSTICA 
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Estratégias para aumento da intensidade: Leis de Newton 
Lei da aceleração 
Um objeto altera sua velocidade ou direção quando há aplicação de uma força sobre ele e a aceleração descreve esse fenômeno 
(AEA, 2014). 
Na hidroginástica, é possível aumentarmos a intensidade do exercício usando a aceleração ao pedirmos que os alunos façam mais 
força contra a resistência da água ao movimentarem seus membros para que ganhem velocidade e também para que apliquem mais 
força contra o fundo da piscina, impulsionando mais seus corpos para cima ou para frente (dependendo do exercício selecionado). 
A AEA (2014) ressalta que os professores não devem confundir aceleração com o simples fato de aumentar a velocidade em um 
movimento, pois a aplicação mais adequada dessa lei é quando se usa mais força para movimentação do corpo usando uma grande 
amplitude de movimento sem alterar o ritmo de execução ao longo das repetições de determinado exercício. 
Quando menos força é usada contra a água ou para o fundo da piscina há redução da intensidade; dessa maneira, quando há alunos 
iniciantes em uma turma, estes devem ser orientados a realizar os movimentos sem aplicar os princípios relacionados à aceleração. 
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INTENSIDADE NA HIDROGINÁSTICA 
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Aceleração 
• Quando o aluno salta para frente com pernas grupadas, 
trazendo os joelhos próximos ao peito, há maior 
intensidade; 
• Ao saltar empurrando com mais força o fundo da 
piscina, a aceleração também está sendo usada para 
aumentar o esforço ; 
• O uso adequado desta lei permite variabilidade nas 
aulas e estímulos diferenciados de acordo com o nível 
de aptidão física de cada aluno. 
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Estratégias para aumento da intensidade: Leis de Newton 
Lei da ação e reação 
A AEA (2014, p. 106) descreve essa lei citando que “para cada ação há uma reação equivalente e oposta” e a cita como algo facilmente 
percebido na água graças a sua viscosidade. Como exemplo, lembrando do que foi dito sobre aceleração, à medida que aplicamos Mais 
força contra o fundo da piscina, mais nosso corpo é impulsionado para cima (fazemos força para baixo que resulta em impulsão 
aumentada para cima). 
Se o professor pretende aumentar a intensidade baseando-se nessa Lei, sempre deve ter em mente que as ações geram reações 
opostas: em um deslocamento para frente, empurrando a água para a frente com os braços e flexionando os quadris (levando os 
joelhos alternados à frente do corpo) haverá mais dificuldade do que se os alunos forem instruídos a flexionarem seus joelhos em 
direção aos quadris e empurrarem a água com os braços sendo direcionados para trás. 
Ainda, a oposição entre membros superiores e inferiores quanto à direção do movimento pode ser usada: ao chutar as pernas para 
frente, os braços devem ser direcionados para trás, o que aumentará a turbulência e a resistência. Por outro lado, com iniciantes é 
preferível que os membros superiores sejam usados como auxiliares dos membros inferiores, aumentando a segurança e o correto 
alinhamento corporal. 
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INTENSIDADE NA HIDROGINÁSTICA 
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Ação e reação 
• Quando empurramos as mãos para a frente, na aula de 
hidroginástica, nosso corpo é movido para trás; 
• A ação e reação podem ser usadas para dificultar ou 
para facilitar a execução de um exercício; 
• Sua aplicação é facilmente notada em atividades que 
envolvem deslocamentos dentro da piscina. 
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Referências 
AQUATIC EXERCISE ASSOCIATION. Fitness aquático: um 
guia completo para profissionais. Barueri: Manole, 2014. 
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INTENSIDADE NA HIDROGINÁSTICA 
Metodologia da hidroginástica 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Equipamentos; 
 
Métodos de treinamento aplicados na 
hidroginástica. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.