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Vias de administração x Formas farmacêuticas Plano de aula Introdução Características da Absorção Vias enterais Vias parenterais Introdução Para o fármaco exercer seu efeito biológico, ele deve ser transportado pelos fluidos, atravessar as barreiras biológicas, escapar da distribuição disseminada para outros locais não desejados, resistir ao ataque metabólico, penetrar em concentrações adequadas nos sítios de ação e interagir de modo específico, causando uma alteração na função celular. Adm. Oral Inj. Intravenosa Inj. Intramuscular Inj. Subcutânea TGI Sist. Circulatório Tecidos Sítios metabólicos Ex cr e çã o Fármaco Fármaco Fármaco metabólitos Fonte: Adaptado de Allen Jr. et al, 2007 Introdução A absorção, a distribuição, a metabolização e eliminação (ADME) de um fármaco são processos dinâmicos que ocorrem desde a ingestão do medicamento até a sua completa eliminação. A velocidade com que esses processos ocorrem afetam o início, a intensidade e a duração de ação. As características físicas e químicas da substância ativa – particularmente sua biodisponibilidade nos lipídeos, no grau de ionização e no tamanho molecular – determinam, em grande parte, sua capacidade de produzir atividade biológica. Características da Absorção Maioria dos fármacos: Ácidos ou Bases FRACAS A absorção é determinada pelo grau de ionização no momento em que a substância é apresentada às barreiras membranares Metade da concentração do fármaco se encontra IONIZADA quando o pH é IGUAL ao pKa Membrana celular é + PERMEÁVEL às formas NÃO-IONIZADAS Para ser absorvido, o fármaco tem que estar dissolvido no fluido do sítio de absorção. Fatores que afetam na biodisponibilidade – uso oral Propriedades Físico-químicas Tamanho da partícula Forma do sal Hidratação Solubilidade lipídica ou aquosa pH ou pKa Adjuvantes farmacotécnicos Diluentes Aglutinantes Materiais de revestimento Desintegrantes Lubrificantes Conservantes Fonte: Adaptado de Allen Jr. et al, 2007 Fatores que afetam na biodisponibilidade – uso oral Características da forma farmacêutica Velocidade de desintegração (comprimidos) Tempo de dissolução do fármaco na FF Idade do produto e condições de armazenamento Fatores biológicos e características do paciente Tempo de esvaziamento gástrico Tempo de trânsito intestinal Condições gastrintestinais anormais ou patológicas Conteúdo gástrico Outros fármacos Alimentos Fluidos pH do TGI Metabolismo do fármaco Fonte: Adaptado de Allen Jr. et al, 2007 Vias de administração x Formas farmacêuticas Para o delineamento de formas farmacêuticas é necessário relacionar o tipo de feito que o fármaco exercerá: local: com aplicação direta no local de ação desejado sistêmico: com a entrada do fármaco na circulação sistêmica e o seu transporte para o sítio de ação desejado. Fonte: Adaptado de Allen Jr. et al, 2007 Vias de administração e principais formas farmacêuticas Oral Comprimidos Cápsulas Soluções Xaropes Elixires Suspensões Magmas Géis Pós Sublingual Comprimidos Pastilhas Gotas (soluções) Retal Soluções Pomadas Supositórios Fonte: Adaptado de Allen Jr. et al, 2007 Vias de administração e principais formas farmacêuticas Parenteral Soluções Suspensões Percutânea, transdérmica Pomadas Cremes Pastas Emplastros Pós Aerossóis Loções Adesivos transdérmicos, discos Nasal Soluções Sprays Inalantes Pomadas Pulmonar Aerossóis Fonte: Adaptado de Allen Jr. et al, 2007 Vias de administração e principais formas farmacêuticas Ocular/auricular Soluções Suspensões Conjutival Inserts, lentes de contato Pomadas Vaginal Soluções Pomadas Espumas Géis Comprimidos Supositórios, esponjas, inserts Uretral Soluções Supositórios Bucal Sublingual Oral Retal DIRETA: Intravenosa Subcutânea Intramuscular Intradérmica INDIRETA: Cutânea Respiratória Ocular Intratecal... VIA ENTERAL VIA PARENTERAL Via de uso mais frequente. Segura, natural, descomplicada e conveniente. Promove efeito sistêmico, através da absorção no TGI (poucos são os fármacos orais de ação local, ex. antiácidos). Via oral Via oral Desvantagens: Resposta terapêutica lenta Variações na absorção Dependente das características do indivíduo e do esvaziamento gástrico Destruição do fármaco por conta da acidez ou da ação de enzimas do TGI Via oral – Formas farmacêuticas Comprimidos Cápsulas Suspensões Soluções: Elixir Xarope Solução Via oral Sublingual: Rápida absorção Não sofre metabolismo de primeira passagem Pequenas doses Via oral Estomacal Depende do esvaziamento gástrico Pode exigir complexação do fármaco para ele ter retardo na sua liberação. Ácidos fracos são bem absorvidos – não-ionizados Via oral Intestinal Intestino delgado: pH adequado (6,5) e grande área de superfície Via retal Efeito local ou sistêmico Em caso de emese e insconsciência 50% do fármaco passa pelo fígado Soluções, supositórios ou pomadas Via retal Desvantagens: Modo inconveniente de administração Absorção irregular Via parenteral Injetado por agulha, diferentes locais e diferentes profundidades: Subcutânea Intramuscular Intravenosa Intracardíaca Intraespinal/tecal Para fármacos destruídos pelo TGI ou pouco absorvidos Absorção rápida/emergencial Baixa perda de dose Para pacientes difíceis, inconscientes e intolerantes Via parenteral Desvantagens: Não tem como retroceder a dose administrada Exigência de esterilidade Mais cara Exige pessoal treinado para administração Formas farmacêuticas: Soluções e suspensões estéreis em água ou óleo vegetal Via parenteral Intravenosa: Solução aquosa . Único volume ou infusão controlada. Fármaco deve permanecer em solução após injeção, e não precipitar (para evitar embolia). Subcutânea (hipodérmica) Volumes > 2 mL (insulina). Permeia por difusão para capilares sanguíneos. Administrado com adição de vasoconstritor, para diminuis a absorção (anestésicos locais com epinefrina). Via parenteral Intramuscular: Administrada no músculo esquelético (glúteo, região lombar) Usada para fármacos irritantes da via SC Volume de 2 a 5 mL Soluções aquosas, oleaginosas e suspensões Intradérmica: No interior da pele Volume: 0,1 mL Para fins de diagnóstico Ação local ou sistêmica Absorção maior: Fármacos em solução Coeficiente de partição O/A favorável Sem eletrólitos Absorção pelos poros, glândulas sudoríparas e outras estruturas anatômicas Via cutânea Via cutânea Liberação transdérmica: adesivos e patchs Pomadas Cremes Pastas Emulsões Pós medicinais Loções Via nasal São mais absorvidas, podem exercer efeito sistêmico Soluções ou suspensões (gotas ou aerossol) Via auricular Efeito mais local Formasfarmacêuticas mais viscosas Para amolecer cera, aliviar dor e combater infecção local Via ocular Efeito mais local Soluções e suspensões estéreis Pomadas livres de partículas sólidas Diferentes formas: ocurset e lentes de contato Via respiratória Pulmão: ótima superfície para administração de gases e aerossóis Alvéolos: Grande área de superfície (25 m²) Rápida absorção Efeito terapêutico comparado a I.V. Tamanho da partícula influencia na ação local ou sistêmica Vias vaginal e uretral Efeito local, pode ocorrer sistêmico Comprimidos, pomadas, supositórios/óvulos, espumas, gel, solução
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