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* * * TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * 1. DEFINIÇÃO: Infecção aguda causada pela salmonella typhi ou paratyphi, transmitida via fecal-oral que cursa com febre e acometimento sistêmico. A doença também é denominada de febre entérica 2. INTRODUÇÃO: Enfermidade cosmopolita S. Typhi e paratyphi A, B e C – não diferenciam-se clinicamente TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * Salmonella typhi Bacilo gram-negativo, não esporulado, móvel, flagelado, intracelular Família Enterobacteriacea Viabilidade: água, gelo, leite e derivados pasteurizados, esgotos Alta infectividade, virulência e multiplicação, Antígenos: somático (O), flagelar (H) e de superfície (Vi) TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * TÃNIA SILVIA FRÖDE Defesas do organismo contra a salmonelose Fatores genéticos: acidez gástrica, motilidade intestinal, flora intestinal normal Fatores intestinais muco, anticorpos secretórios, resistência genética a invasão bacterinana Fatôres não específicos: Nutrição, latoferrina, células reticulointestinais do intestino, lisozimas * * * FATORES DE SUSCEPTIBILIDADE A SALMONELOSE ESTÔMAGO: acloridria, cirurgias gástricas INTESTINO: antibioticoterapia, cirurgias gastro-intestinais, doença inflamatória óssea idiopática ANEMIAS HEMOLÍTICAS, HEMOGLOBINOPATIAS IMUNIDADE SISTEMICA: carcinomas, leucemias, linfomas, diabetes mellitus, uso de imunossupressores, AIDS * * * * * * TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * 3. INFECÇÃO: Principal foco: indivíduo doente (fezes, vômito, urina) 4. TRANSMISSÃO: direta (inter-humano, sexual) ou indireta (contaminação de depósitos hídricos e alimentos) Porta de entrada – ap. digestivo, penetra no epitélio intestinal, multiplicação nos tecidos linfóides, septicemia Processo inflamatório: hepato-esplenomegalia, enterocolite, peritonite, choque séptico. 5. EPIDEMIOLOGIA: Problema de saúde pública no Brasil e em nível mundial Doença de notificação compulsória Portador assintomático de infecção inaparente ou após doença clínica por um ano ou excretar a bactéria por toda a vida. TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * EPIDEMIOLOGIA TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * EPIDEMIOLOGIA TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * EPIDEMIOLOGIA TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * EPIDEMIOLOGIA TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * 6. DIAGÓSTICO CLÍNICO: Incubação: 1 a 4 semanas Instalação insidiosa com evolução dentro de 4 semanas Primeira semana: febre, calafrios, cefaléia, anorexia, Segunda semana: erupção cutânea, dor abdominal, diarréia ou constipação, delírio, afonia, prostação, coma Terceira semana: sangramento intestinal, perfuração intestinal, choque Quarta semana: perda de peso, resolução dos sintomas Outras complicações: pneumonia, miocardite, colescistite aguda, meningite aguda. TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * OUTROS DADOS CLÍNICOS Roséola tífica são manchas cutâneas rosa-claras, planas ou pequenos relevos que aparecem no fim da primeira semana localizadas no abdome e tórax, desaparecendo sob pressão Manifestações raras: convulsão, déficit auditivo, piúria, proteinúria, insuficiência renal aguda, anemia. TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Depende das infecções que são endêmicas na área onde contraiu a doença Países em desenvolvimento: hepatite, malária, shigelose, leptospirose, brucelose Países desenvolvidos: mononucleose infecciosa, febre reumática, endocardite bacteriana, infecção urinária, pneumonia. TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * 7. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL TÃNIA SILVIA FRÖDE HEMOCULTURA Antibiótico positividade Primeira semana 80-90% Terceira semana 30-50% COPROCULTURA Semana positividade Segunda semana 80% Terceira semana 30% A partir da sétima semana negativo * * * DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO REAÇÃO DE WIDAL REAÇÃO IMUNOENZIMÁTICA EXAMES COMPLEMENTARES Hemograma, provas bioquímicas de função hepática, VHS TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * REAÇÃO DE WIDAL MÉTODO: Reação de Aglutinação Lenta em tubos AMOSTRA: 1,0 mL de soro não inativado – jejum obrigatório – 8 h Pesquisa-se o Anticorpo contra os antígenos somático “O” e flagelar “H” da Salmonella typhi e Salmonella paratyphi (A, B); quase sempre patógenos exclusivos do ser humano. Principais antígenos da Salmonella: Ag "O" ou somático (corpo da bactéria) que é grupo específico comum a todas as Salmonellas. A aglutinação “O” ou somática forma finos grumos à 37oC entre 18 e 24 horas. É uma aglutinação firme que agitando fortemente não se desmancha. Ag "H" ou flagelar (flagelo da bactéria) que é tipo específico diferenciando as Salmonellas porque existe um Ag H diferente para cada uma delas. A aglutinação “H” ou flagelar forma grandes flocos ou grumos à 37oC de 30 minutos a duas horas que facilmente se desmancha. TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * EVOLUÇÃO DAS AGLUTININAS ANTI-O, ANTI-H E ANTI-Vi NO DECURSO DA FEBRE TIFÓIDE NÃO TRATADA * * * Antígeno “O”: TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * Antígeno “H” TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * PREPARAÇÃO DO ANTÍGENO O antígeno deve ser diluído 1/20 para uso: 1mL de Ag está em 20 mL de solução. Se quero preparar 10mL: 1mL de antígeno ...................... 20mL de solução X ................................ 10mL de solução X = 0,5 mL de antígeno em 9,5 mL de salina formalizada para conservação do antígeno. TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * EMISSÃO DO RESULTADO Reação de Widal Método: Aglutinação lenta em tubos Resultado: Antígeno “O” - soro reagente até diluição 1/80. Antígeno “H” - soro reagente até diluição 1/320. Valor de Referência: S. Paratyphi A – 1/40 S. Parathyphi B – 1/80 S. Typhi O – 1/80 S. Typhi H – 1/160 TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * INTERPRETAÇÃO O primeiro antígeno a elevar-se é o “O” com pico na segunda semana e caindo ao longo de 12 meses ou com o tratamento. O antígeno “H” eleva-se mais lentamente, na 2ª semana, podendo ficar elevado por muitos anos. Em pacientes vacinados o antígeno “H” está elevado. O antígeno “Vi” pode encobrir o antígeno “O”, mascarando sua aglutinação. Para a clínica não importa identificar qual o tipo de Salmonella, pois o tratamento é o mesmo para todas. TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * CONDUTA TERAPÊUTICA Cloranfenicol Ampicilina se as cepas forem resistentes ao cloranfenicol Alternativas: Sulfametoxazol, trimetoprim, amoxacilina, cefalosporinas de terceira geração, quinolonas, ciprofloxacina Recidivas, normalmente são mais brandas e respondem ao mesmo antimicrobiano Erradicação do estado de portador crônico com utilização de esquemas antimicrobianos: amoxacilina 100 mg/kg/dia – 4 a 6 semanas. TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * CONDUTA TERAPÊUTICA INESPECÍFICA Repouso e hidratação Controle: diurese, etado de conciência, aspecto das fezes Antidiarreicos podem conduzir à peritonite TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * TÃNIA SILVIA FRÖDE * * * Bibliografia BUTLER, T. Febre Tifóide. In: Cecil tratado de medicina interna, Benett E Plum (eds), Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, Brasil, p. 1813-1815, 1996. FRANCO, S. Imunologia, In: Manual de bancada Laboratório Sérgio Franco, FAULHABER, M. H. W. e CRUZ, M. C. P. (eds), Rio de Janeiro, Brasil, p. 195-247, 1996. KAMOUN, P. Manual de exames de laboratório: 500 exames. Livraria Atheneu, p. 148-149,1989. Pardini, H. In: Manual de exames. Pardini, H (ed). Minas Gerais, Brasil, 2000. – http:www.labhpardini.com.br REICHE, E.M.V., MORIMOTO, H.K., INOUYE, M.M.Z., PONTELLO, R. Manual de exames imunológicos. In: Procedimentos técnicos e interpretação laboratorial. Reiche, E.M.V., Morimoto, H.K., Inouye, M.M.Z., Pontello, R. (eds). Londrina, Paraná, Brasil, p. 1-143, 1998. TÃNIA SILVIA FRÖDE
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