Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Propriedades Mecânicas dos Metais Introdução • Materiais – Sujeitos a forças e cargas • Liga de Al da asa de um avião Introdução • Materiais -> Sempre estarão sujeitos a ação de forças e cargas Ex: Aço do eixo de um automóvel • Carga -> deformação (não deve ser excessiva / fratura) • Comportamento mecânico -> resposta ou deformação a uma carga aplicada Introdução • O comportamento mecânico de um material reflete a relação entre uma carga ou força que esteja sendo aplicada e sua resposta ou deformação ao esforço aplicado; • Tensão -> Medida de uma carga ou força mecânica aplicada, normalizada em função da seção reta do material sob a qual a carga é aplicada; • Deformação -> Intensidade da variação dimensional induzida pela tensão; Introdução • Propriedades importantes -> resistência, dureza, ductilidade, rigidez • Propriedades avaliadas através de experimentos de laboratório (ensaios) padronizadas pela ASTM de acordo com: Natureza da carga aplicada Tração Compressão Cisalhamento Duração da aplicação Condições ambientais Introdução Determinação as Propriedades Mecânicas • Através de ensaios mecânicos; • Utiliza-se normalmente corpos de prova; • Utilização de normas técnicas para o procedimento das medidas e confecção do corpo de prova. Ensaios Mecânicos • Tipos de Solicitação: • Força lenta (estática) (ensaio de tração); • Força rápida (impacto); • Força variável (vibração); • Presença de trincas, entalhes ou defeitos de fabricação; • Altas temperaturas (oxidação, modificação nas propriedades). Ensaio Mecânico Estático • Se uma carga estática ou que se altera lentamente e aplicada sobre uma seção reta ou superfície o comportamento mecânico verificado num simples ensaio de tensão-deformação. Ensaio de Tração • As medidas de tensão são feitas por meio de uma célula de carga; • As medidas de deformação são feitas por meio de um extensômetro ou diretamente sobre o corpo de prova; • Os corpos de prova usados nos ensaios de tração podem ter diferentes formas e dimensões; • Na deformação por tração normalmente ocorre: Alongamento ao longo do eixo de aplicação da força Contração ao longo dos dois outros eixos Ensaio de Tração Tensão e Deformação • Para minimizar os fatores geométricos, tensão e deformação são normalizadas: • A tensão nominal, ou tensão de engenharia, é determinada pela divisão da carga aplicada F pela área original da seção transversal do corpo de prova, A0; Tensão e Deformação • A deformação nominal, ou deformação de engenharia, é determinada pela divisão da variação ∆l no comprimento de referência do corpo de prova, pelo comprimento de referência original do corpo de prova, l0; Tensão-Deformação Real e de Engenharia Ensaio de Tração Ensaio de Compressão • Semelhante ao ensaio de tração, porém a força medida é compressiva e o corpo de prova se contrai ao longo da direção de tensão; • Compressão -> Forças compressivas são consideradas negativas; • Ensaios de tração são mais comuns • Para tensões compressivas não há amplificação de tensões com a presença de defeitos; • Assim, as cerâmicas apresentam valores de tensão máxima em ensaios de compressão superiores aos obtidos em ensaios de tração. Ensaio de Cisalhamento/Torção • Forças Puramente cisalhantes: • Torção é uma variação do cisalhamento puro • eixos de máquinas de acionamento • brocas helicoidais • ensaios em eixos sólidos cilíndricos ou tubos. Considerações Geométricas a Respeito do Estado de Tensões • O estado de tensão é uma função das orientações dos planos sobre os quais as tensões atuam; • Considere um corpo de prova cilíndrico que está sujeito a uma tensão de tração aplicada paralelamente ao seu eixo; • Considere também o plano p-p' que está orientado segundo algum ângulo arbitrário θ em relação ao plano da face na extremidade do corpo de prova; Considerações Geométricas a Respeito do Estado de Tensões • O estado de tensão é uma função das orientações dos planos sobre os quais as tensões atuam; 𝜎′ = 𝜎. 𝑐𝑜𝑠2𝜃 = 𝜎( 1 + cos 2𝜃 2 ) 𝜏′ = 𝜎. 𝑠𝑒𝑛𝜃. 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 𝜎( 𝑠𝑒𝑛 2𝜃 2 ) Considerações Geométricas a Respeito do Estado de Tensões • Sobre este plano p-p', a tensão aplicada não é puramente de tração; • Tem-se um estado de tensão mais complexo, que consiste em uma tensão de tração (ou normal) σ', que atua em uma direção normal ao plano p-p‘; • Adicionalmente tem-se uma tensão de cisalhamento τ', que atua paralelamente a esse plano; Lei de Hooke • O grau com que uma estrutura se deforma ou se esforça depende da magnitude da tensão imposta; • A Lei de Hooke define a relação linear entre a tensão e a deformação dentro da região elástica; • E -> Módulo de Elasticidade (Módulo de Young); • “E” pode ser usado somente se o material tiver relação linear– elástica; Tipo de Deformação • Deformação Elástica: Precede à deformação plástica; É reversível; Desaparece quando a tensão é removida; É praticamente proporcional à tensão aplicada (obedece a lei de Hooke). Tipo de Deformação • Deformação Plástica: É provocada por tensões que ultrapassam o limite de elasticidade; É irreversível porque é resultado do deslocamento permanente dos átomos e portanto não desaparece quando a tensão é removida. Deformação Elástica • O Módulo de Elasticidade E pode ser considerado como sendo uma medida da rigidez, ou uma resistência do material à deformação elástica; • Quanto maior o E menor a deformação que resultará da aplicação da tensão; Deformação Elástica • Deformação não permanente; • Pequena alteração no espaçamento interatômico e na extensão de ligações interatômicas; • E das CERÂMICAS > E dos METAIS > E dos POLÍMEROS • Aumento da temperatura -> Redução do E; Deformação Elástica • Variação do Módulo de Elasticidade E em função da Temperatura T: Deformação Elástica • Tensões de compressão e cisalhamento também induzem comportamento elástico: Anelasticidade • ANELASTICIDADE -> necessidade de tempo para recuperação completa, ou seja, retornar ao estado inicial sem deformação; • Esse tempo se deve aos processos microscópicos e atômicos dependentes do tempo que acompanham o processo de deformação; • Maioria dos materiais de Engenharia -> componente da deformação elástica dependente do tempo; • Metais e Cerâmicas -> componente anelástica pequena e geralmente desprezada; • Polímeros -> magnitude significativa (comportamento viscoelástico). Propriedades Mecânicas dos Metais • Alongamento axial (z) (deformação positiva); • Contrações laterais (x e y) em resposta à imposição de uma tensão de tração. Propriedades Mecânicas dos Metais • Constrição nas direções laterais (x e y) perpendiculares a direção de tensão aplicada; • Contrações -> deformações compressivas εx e εy determinadas. • Se o material for isotrópico e a tensão uniaxial -> εx = εy • Coeficiente de Poison ν -> razão entre as deformações lateral e axial. • Metais e ligas -> ν varia entre 0,25 ~ 0,35 Propriedades Mecânicas dos Metais • Para materiais isotrópicos: • Para maioria dos materiais -> G = 0,4.E Comportamento Elástico • A tensão é proporcional à deformação; • O material é linearmente elástico; • Comportamento linear entre tensão e deformação; • O limite superior da tensão para essa relação linear é denominado LIMITE DE PROPORCIONALIDADE, • Se a tensão ultrapassar ligeiramente o limite de proporcionalidade, o material ainda pode responder de maneira elástica, porém a reta tende a encurvar-se; Comportamento Elástico • A capacidade de recuperar toda a deformação elástica continua até a tensão atingiro LIMITE DE ELASTICIDADE; • Ao atingir esse ponto, se a carga for removida, o corpo de prova ainda voltará à sua forma original; • O limite de elasticidade raramente é determinado experimentalmente, visto que está muito próximo do limite de proporcionalidade; Comportamento Elástico • Estabeleceu-se uma linha reta construída paralelamente à porção elástica da curva tensão-deformação, a partir de uma pré-deformação específica (0,2%); • A tensão que corresponde à interseção desta linha com a curva tensão-deformação, à medida que esta última se inclina em direção à região plástica, é definida como sendo a TENSÃO LIMITE DE ESCOAMENTO; • A tensão limite de escoamento representa uma medida da sua resistência à deformação plástica; Comportamento Elástico Módulo de Resiliência • Capacidade de um material absorver energia quando ele é deformado elasticamente e, depois, com o descarregamento, ter sua energia recuperada. • Ur representa a energia de deformação por unidade de volume exigida para tensionar um material desde um estado de ausência de carga até a sua tensão limite de escoamento. Módulo de Resiliência • Materiais altamente resilientes: elevado limite de escoamento; módulo de elasticidade pequeno; • Ex: Uma mola • Representação de como o módulo de Resiliência (que corresponde à área sombreada) é determinado a partir do comportamento tensão- deformação em tração do material. Módulo de Resiliência
Compartilhar