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CONSTITUCIONAL I

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CLÁUSULAS PÉTREAS – art. 60º§4º, CF.
FORMA FEDERATIVA DE ESTADO:
Refere-se ao poder político mais especificamente ao poder político exercido descentralizado em unidades autônomas chamadas de entes federativos. A Federação Brasileira é composta pela União, Estados, Distrito Federal e Distritos, nos termos do art. 18º, CF. A proteção constitucional não se refere apenas a alteração direta da forma federativa, mas também as alterações relativas à autonomia dos entes federativos.
Autonomia: Capacidade de auto-organização, autogoverno e auto administração.
O presidencialismo não está protegido pelo art. 60§4º, CF. Já quanto à forma republicana a doutrina entende tratar-se de uma limitação implícita ao poder de reforma à Constituição.
VOTO DIRETO, SECRETO, UNIVERSAL E PERIÓDICO:
Voto direto: O voto direto não é cláusula pétrea, é norma constitucional; É o voto sem intermediários. Exceção: Se os cargos de presidente e vice-presidente ficarem vagos, nos 2 últimos anos de mandato, o novo presidente será escolhido, em 30 dias, pelo Congresso Nacional.
Voto secreto: Voto sigiloso.
Voto Universal: É aquele que é para todos, sem qualquer tipo de distinção e com valor igual para todos (ricos e pobres). As mulheres passaram a votar com a Constituição de 1934 e os analfabetos com a C/88 de forma federativa.
Voto Periódico: É o voto que concorre de tempos em tempos. No nosso caso, a eleição se dá de 4 em 4 anos. 
O voto no Brasil é obrigatório para maiores de 18 anos, mas essa obrigatoriedade não é Cláusula Pétrea, podendo ser alterada por ECs (art.14§1°,I, CF).
SEPARAÇÃO DE PODERES
Nos termos do art. 2º, CF, os Poderes são independentes e harmônicos. A garantia da independência e harmonia se dá através do Sistema de Freios e Contrapesos, em que o poder é controlado pelo próprio poder.
Exceção: Art. 62º, CF (Medidas Provisórias, a serem editadas pelo Presidente da República).
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS
Título – Dos Direitos e Garantias Individuais
Cap. 1 – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Cap. 2 – Dos Direitos Sociais
Cap. 3 – Da Nacionalidade
Cap. 4 – Direitos Políticos
Cap. 5 – Dos Partidos Políticos
De acordo com o STF os Direitos Individuais não estão previstos apenas no art. 5º da CF. Eles estão por toda Constituição.
Há grandes controvérsias na doutrina para saber se os direitos sociais estariam abrangidos pelas Cláusulas Pétreas.
Parte da Doutrina entende que não, pois os direitos sociais demandam do Estado constantes políticas públicas, não sendo viável o engessamento desses direitos.
O STF e a maioria da Doutrina entendem, porém, que os Direitos Sociais são sim Cláusulas Pétreas.
A maioridade penal é Cláusula Pétrea?
Sim e Não!
Parte da Doutrina entende que Cláusulas Pétreas é apenas o tratamento diferenciado que se deve dar ao inimputável, podendo a idade ser alterada para baixo por Emenda Constitucional. Outra parte da Doutrina, porém, entende que não pode haver alteração para baixo da maioridade penal, pois a idade também está abrangida pela Cláusula Pétrea.
NOVOS DIREITOS INDIVIDUAIS
Essa questão é muito controvérsia e divide a doutrina. Uma parte entende que novos direitos individuais não serão Cláusulas Pétreas, porque o Poder Constituinte Originário Reformador não pode limitar sua própria atuação. Para outra parte da doutrina, esses novos direitos individuais estarão sim protegidos por Cláusulas Pétreas uma vez que o rol de direitos individuais não é taxativo. A exemplo no contido no par. 2° do art. 5º da CF.
Karl Loeweinstein entende que não faz sentido a diferenciação entre o Poder Constituinte Originário e Reformador, de modo que a doutrina sobre as Cláusulas Pétreas não teriam fundamento. Todos concordam, porém, que se o “novo” direito individual for mero desdobramento de um direito individual criado pelo Poder Originário, então esse “novo” direito teria status de Cláusulas Pétreas.
EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Validade (vigência em sentido lato): Refere-se ao fato da norma ser elaborada de acordo com a norma que lhe é imediata e hierarquicamente superior. Miguel Reale ensina que a validade de uma norma nunca pode ser considerada de forma singular destacada do sistema, mas será sempre da norma no sistema. Maria Helena Diniz diz que a validade equivale à vigência em sentido lato (amplo). 
Vigência: Vigência em sentido estrito é o lapso de tempo que a marca a validade da norma.
Aplicabilidade: É a realizabilidade. É a incidência à executoriedade da Constituição. É, de acordo com Flávia Piovisan, possibilidade de aplicação.
Eficácia: É potencialidade. É a qualidade da norma que possui capacidade para produzir efeitos. Michel Temer distingue entre Eficácia Jurídica e Eficácia Social.
Eficácia Jurídica: Também chamada de Eficácia Normativa. Trata-se da aptidão da norma para produzir efeitos. A simples edição da norma (publicação) já lhe confere Eficácia Jurídica.
Eficácia Social (Efetividade): É a capacidade da norma de irradiar efeitos aos fatos da vida concreta. “É a norma que pega” e é aplicada pela sociedade.
Todas as normas constitucionais possuem eficácia ainda que mínima. Mas há graus diferentes de eficácia.
O estudo da Eficácia e Aplicabilidade das normas busca justamente analisar os diferentes graus de eficácia das NCs.
A primeira classificação de Eficácia das NCs foi elaborada pelo norte americano Cooley.
Self Executing Provisions: São autoexecutáveis, ou seja, produzem todos os seus efeitos sem necessitar de complemento legislativo.
Not Self Executing Provisions: Não possuem autoexecutoriedade e necessitam de complemento legislativo para que produzam seus efeitos essenciais.
Essa doutrina foi trazida para o Brasil por Rui Barbosa e traduzida por Pontes de Miranda por “Normas Bastantes em Si e Normas Não Bastantes em Si”.
No Brasil, apenas em 1970, José Afonso da Silva elabora uma doutrina autônoma que é inclusiva adotada ainda hoje pelo STF:
NC de Eficácia Plena e Aplicabilidade Direta, Imediata e Integral
NC de Eficácia Contida e Aplicabilidade Direta, Imediata e Possivelmente Não Integral
NC de Eficácia Limitada e Aplicabilidade Indireta, Mediata e Não Integral
Eficácia Plena: São aquelas que desde a entrada em vigor da Constituição produzem ou podem produzir todos os seus efeitos essenciais, porque o legislador constituinte criou ua normatividade suficiente a essa produção do efeito. Ex.: art. 2º, art. 5ºV, art. 5ºX, art. 12ºI, art. 17§4°, art. 18§1°, art. 230§2°.
Eficácia Contida (com restrição): A princípio possuem Eficácia Plena, mas o próprio legislador constituinte autoriza que lei infraconstitucional reduza a eficácia da NC. Ex.: art. 5º VII, XIII, XV, LVIII; art. 37,I – 1ª parte.
De acordo com o STF o legislador infraconstitucional não pode atuar de forma restritiva a ponto de atingir o núcleo essencial da NC. Neste sentido, o SFT entendeu que o Exame da Ordem é constitucional, mas que a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista é inconstitucional, pois é descabida a exigência de diploma para exercer uma profissão cuja essência é a manifestação de pensamento.
Vigilio Afonso da Silva critica a classificação das NCs em Eficácia Contida, afirmando que todas as normas de Eficácia Plena poderiam ser restringidas por lei infraconstitucional, a exemplo do art. 5º, LXIX, CF, que foi limitado pela lei 12.016/2009; o art. 5º caput que foi limitado pelo Código da Aeronáutica (Lei do Abate); e art. 5º, XX, CF, que foi limitado pela LC 105/2001.
Eficácia Limitada (não produz todos os seus efeitos/ “não funcionam”): São as NCs que dependem de normatividade ulterior para que produzam seus efeitos essenciais. Se dividem em:
NCs de Eficácia Limitada de Princípio Institutivo (precisam de LC, mas não tem):
São aquelas que estabelecem a estrutura das instituições dos órgãos e das Entidades dos Estados. 
Ex.: art. 18§3º
art. 18§4º
art. 20§2º
art. 22º, par. único.
art. 7º, XI.
art. 37º, VII.
art. 37º, I, 2ª parte.
art. 146ºNCs de Eficácia Limitada de Princípio Programático (tem LC, mas não funciona):
São normas que veiculam a atuação do Estado, estabelecendo programas e objetivos a ser alcançados pelo Estado.
Ex.: art. 196º – Saúde
art. 6º - Direitos Sociais
art. 7º - Salário Mínimo
art. 205 – Educação
art. 215 – Cultura
art. 227 – Criança
Por que as NCs de Eficácia Limitada Programática não produzem todos os seus efeitos essenciais?
Não se trata de falta de LC. Na verdade essas normas não produzem todos os seus efeitos essenciais, porque para isso são necessárias constantes políticas públicas e evolução da sociedade, aderindo e buscando a implementação da norma aos fatos da vida completa.
Para o STF o Estado é obrigado a cumprir um mínimo da Norma Programática chamado de mínimo existencial.
Na saúde, por exemplo, entende o STF que é mínimo existencial a entrega de medicação para doenças graves (verificar o julgamento definitivo).
O Estado vem se defendendo utilizando o Princípio da Reseva do Possível, ou seja, o Estado só pode ser obrigado a dar prestações individuais se isso for possível financeiramente.
Omissão Legislativa da Norma Constitucional
Sempre que não houver a edição da Norma Regulamentadora a NC padecerá do vício de Omissão que pode ser sanado através de remédio constitucional Mandado de Injunção (art. 5º, LXXI, CF).
As palavras “nos termos da lei” não servem para diferenciar se uma norma será de Eficácia Contida ou Limitada. Para fazer essa diferença é necessário analisar o teor da Norma Regulamentadora:
Se a NR restringir, diminuir o alcance da NC, esta será de Eficácia Contida.
Se a NR ampliar o alcance da NC, permitindo sua aplicabilidade, então estaremos diante de Norma de Eficácia Limitada. Ex.: art. 205, CF.
Maria Helena Diniz:
NC Superefeicazes ou de Eficácia Absoluta
Trata-se das normas que são protegidas contra a ação do legislador Constituinte Reformador. Ou seja, são as NCs que representam as Cláusulas Pétreas.
*José Afonso da Silva critica essa classificação, porque ela seria baseada no critério da Estabilidade e não do da Eficácia.
2. NC de Eficácia Plena
3. NC de Eficácia Restringível = NC de Eficácia Contida
4. NC de Eficácia Complementável = NC de Eficácia Limitada
Michel Temer:
NC de Eficácia Plena
NC de Eficácia Redutível ou Restringível e Aplicabilidade Plena = NC de Eficácia Contida
NC de Eficácia Limitada
Celso Bastos e Carlos Ayres Britto:
NC de Aplicação - Irregulamentáveis = NC Supereficazes
 - Regulamentáveis = NC de Eficácia Plena
NC de Integração – Restringível = NC de Eficácia Contida
 - Completável = NC de Eficácia Limitada
Uadi Lammêgo Bulos:
NC Supereficazes
NC de Eficácia Plena e Aplicabilidade Imediata
NC de Eficácia Contida e Aplicabilidade Imediata
NC de Eficácia Limitada e Aplicabilidade Diferida
NC de Eficácia Esvaída e Aplicabilidade Esgotada: São as NCs que já esgotaram todos os seus efeitos, mas para que algumas situações não fiquem sem proteção constitucional, confere-se a essas normas certo grau de aplicabilidade sem que isso represente inconstitucionalidade. Ex.: art. 22º, ADCT.
NC de Eficácia Exaurida e Aplicabilidade Esgotada: São as NCs que já produziram todos os seus efeitos e esgotaram todas suas aplicabilidades. Ex.: art. 1º,2º,3º, ADCT.
Gilmar Ferreira Mendes						*Densidade = Eficácia
Densidade das NCs
Alta Densidade = Apta à produção de efeitos.
Baixa densidade = Necessidade de Complemento Legislativo.
No Constitucionalismo Contemporâneo há maior número de normas de baixa densidade justamente para permitir que a Constituição esteja sempre atualizada em relação à realidade social e as NRs Infraconstitucionais são as responsáveis por manter a constituição de acordo com as necessidades e anseios atuais da sociedade.
PODER CONSTITUINTE
É o poder, a força ou a autoridade política de em determinadas situações criar, garantir ou eliminar uma Constituição entendida essa como a lei fundamental de uma comunidade política.
Canotilho
É o poder de criar uma nova Constituição ou ainda o poder ou a competência para alterá-la.
A teoria sobre o Poder Constituinte recebeu destaque com o manifesto do padre francês Emmanuel Joseph Sieyes “O Que É o 3º Estado?”. Nesse manifesto ele lança as bases da Teoria do Poder Constituinte quando afirma que o poder pertence ao povo (o povo é o 3º Estado), que é executado pelos representante.
“Art. 1º, par. único, CF: Todo poder emana do povo”.
O Poder Constituinte se divide em:
Poder Constituinte Originário (PCO)
Poder Constituinte Derivado
Poder Constituinte Difuso
Poder Constituinte Supranacional
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO
Também chamado de Poder de 1º Grau/ Poder Genuíno.
É o poder de romper com a ordem jurídica precedente, criando uma nova ordem jurídica a partir de uma Constituição.
Para Michel Temer, histórica e geograficamente, tem-se o mesmo Estado juridicamente, porém, há um novo Estado a cada nova Constituição.
O PCO pode ser:
Histórico: É o que cria a 1ª Constituição do Estado.
Revolucionário: É o poder que rompe com o direito anterior formando um novo direito.
FORMAS DE MANIFESTAÇÃO:
Outorga: É uma declaração unilateral do agente revolucionário.
Assembleia Nacional Constituinte: O povo escolhe representantes que elaborarão a nova Constituição.
CF/88
A Assembleia Nacional Constituinte iniciou seus trabalhos em 01 de fevereiro de 1987 e encerrou em 05 de outubro de 1988, fulminando com a promulgação de texto em 25 de outubro de 1988. Na verdade nós tivemos um Congresso Constituinte, formado por deputados e senadores que já compunham o Congresso Nacional e que se investiram na função Constituinte.
CARACTERÍSTICAS:
Inicial: É o poder de fato e é o ponto de começo de todo o direito.
Incondicionado: Não se submete a formas pré-existentes de manifestação. O direito anterior não o condiciona.
Latente ou Permanente: O PCO é manifestação da liberdade humana e por isso ele não se esgota com o uso.
Ilimitado: O direito anterior não o alcança, porque não pode limitar sua atuação. Essa ilimitação é absoluta? Sim, mas apenas quando considerada essa limitação em relação ao direito anterior.
A doutrina elenca situações de limitação do PCO:
I – Se o poder pertence ao povo, logo a Constituição deve refletir os valores éticos, morais, religiosos, culturais, filosóficos desse povo.
II – Aquele que diz ser representante do povo deve colher a adesão deste sob pena de haver mera insurreição.
III – O PCO não pode dar suporte para instauração de um poder totalitário, pois o PCO é um poder absoluto que cria um Estado com poderes limitados. “Um poder não cabe em um a Constituição” – Gilmar Mendes
IV – Sieyes aponta o Direito Natural como limitação ao PCO.
V– Canotilho e Manuel Gonçalves apontam os direitos inerentes à condição humana (a vida, a liberdade e a dignidade da pessoa humana) como limites ao PCO.
VI – PCO não pode ainda retroceder em relação aos direitos fundamentais já conquistados (proibição do retrocesso na tutela dos direitos fundamentais).
VII – Os tratados internacionais não representam limitação ao PCO, porque o máximo de status na ordem interna dos Tratados é de Emenda Constitucional que está inserida na ideia de direito anterior, que é incapaz de alcançar e limitar o PC.
PODER CONSTITUINTE DERIVADO
Remanescente
2º Grau
Instituído
Constituído
Secundário
É a competência para elaborar/ alterar a Constituição mediante Emenda Constitucional, e ainda o poder de elaborar as Constituições dos Estados.
Características:
Secundário: Decorre da CF. É um poder de direito, instituído na CF.
Condicionado: Possui formas pré-estabelecidas de manifestação (art. 60º, CF).
Limitado: A CF estabelecerá os limites de atuação do Poder Constituinte Derivado.
PODER CONSTITUINTE REFORMADOR
Também chamado de competência reformadora. Trata-se de uma competência para elaborar, através de um procedimento específico as Emendas Constitucionais.
LIMITES:
Limites Expressos:
Formais: art. 60º I, II e III -> Iniciativa:PR, 1/3 CD ou 1/3 SF, + metade AL.
art. 60§2º -> Quórum – 3/5 em cada casa CN, 2 turnos.
art. 60§3º -> Promulgação: Mesa da Câmara dos Deputados; e Mesa do SF.
art. 60§5º -> PEC rejeitada/ prejudicada; Não pode ser reproposto na mesma sessão legislativa (2/2 a 17/17; 1/8 a 22/12)
Circunstanciais: A CF não pode ser emendada durante intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio.
Materiais: São as Cláusulas Pétreas. Remete um limite ao Poder Reformador.
Limites Implícitos: Decorre da interpretação da CF.
Limites Expressos
Alteração do titular (povo) PCO e do PCPR – art. 1º, par. único.
A alteração dos limites expressos está implicitamente vedada, porque permitisse essa alteração seria o mesmo que permitir que o PCDR (Poder Constituinte Derivado Reformador) não observasse os limites impostos pelo PCO.
O Brasil, portanto, não adotou a Teoria da Dupla Revisão (alterar o limite da lei e reformar).
Uma Emenda Constitucional pode ser Inconstitucional?
Sim, e ela produz seus efeitos até o STF julgá-la inconstitucional.
PODER CONSTITUINTE DERIVADO REVISOR – art. 3º, ADCT.
Revisão Constitucional: 1993 (por maioria absoluta, 1º turno, sessão unicameral)
Quais são os limites da revisão constitucional?
1ª Teoria: Revisão Limitada
2ª Teoria: Revisão Limitada ao resultado do plebiscito no art. 2º ADCT.
3ª Teoria (Teoria Adotada!): Limitada aos mesmos limites do Poder Reformador (6 emendas de 1994).
Poderia haver outra Revisão Constitucional?
Prevaleceu na doutrina o entendimento de que não poderia haver outra Revisão Constitucional, porque isso representaria violação ao Limite Implícito (limite expresso não pode ser alterado).
PODER CONSTITUINTE DECORRENTE
- Em 1891, Ruy Barbosa foi para os EUA e copiou seu modelo (federação): Governo Federal e Governo Estadual. Isso foi aplicado na CF/1891.
- Federação é a formação/ conjunto de Estado com autonomia. Cada Estado possui uma Constituição.
Poder Constituinte Decorrente é o poder de atribuir autonomia aos Estados (Federação).
Limites (ao poder de elaborar uma CF):
Princípios Constitucionais Sensíveis – art. 34º, VII, CF.
- Nome dado pela doutrina.
2. Princípios Constituintes Estabelecidos – art. 19º; art. 18º§3°
- Proíbe ou estabelece condutas
3. Princípios Constitucionais Extensíveis (Simetria Constitucional) – não estão escritos na CF
- Simetria entre as normas de âmbito estadual e federal.
- As normas da União têm que ser estendidas aos Estados e quem determina quais normas é o STF.
Ex.: Preâmbulo não é repetição obrigatória, mas sim facultativo.
Poder Constituinte Decorrente é de segundo grau (o PCO é de primeiro), pois ele deriva da CF.
O Brasil é divido em:
União -> Governo Federal -> CF
Estados -> Constituição Estadual
DF – art. 32º - Lei Orgânica do DF (LODF)
Municípios -> art. 2ºA – Lei Orgânica Municipal
PODER CONSTITUINTE DIFUSO
É o poder de alterar a CF sem mudar o texto constitucional. Quem faz isso é o intérprete, pois alteração só é feita por EC. Ex.: art. 5º, XI, CF (“casa” pode ser residência, local de trabalho, quarto de hotel/ motel ou trailer).
Nova Constituição e Ordem Jurídica Anterior Leis
- O conteúdo da lei tem que ser compatível com a nova CF. Se a lei for compatível com a nova CF ela é recepcionada (na nova CF) como Lei Complementar. Caso a lei não seja compatível, ela é revogada “por não recepção”. Ex.: Lei imprensa/1967 – Revogada por não recepção.

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