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PCPR-Delegado_de_Policia

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rodada 1
Dire ito Constitucional, D ire ito Processual
Penal e Medic ina Legal 
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Material: Direito Constitucional, Direito Processual Penal e Medicina Legal 
DELEGADO DE POLÍCIA
pcpr2020
RODADA 1
OLÁ, AMIGO(A) DELEGADO(A), a caminhada para o desafio aos que vencerão no Paraná 
começa aqui.
Chegou a hora de adentramos em uma leitura mais direcionada ao que interessa ser 
revisado com maior cuidado. 
Essa é a rodada 01, onde selecionamos três disciplinas importantíssimas: Direito Consti-
tucional, Direito Processual Penal e Medicina Legal (um diferencial no estudo para nossa 
carreira). 
Conforme dito na aula sobre planejamento de estudo, a leitura completa da rodada é o 
mínimo (além da lei seca) que você deve realizar semanalmente.
Acompanhe a evolução do curso no mural de recados e fique ligado na nossa seção de 
materiais. 
Além disso, é muito importante para nossa equipe que não deixe de avaliar os materiais 
e as videoaaulas, esse feedback é essencial para nosso trabalho.
Faça a sua parte e estude com dedicação! O melhor resultado vem logo mais.
“O sucesso é a soma de pequenos esforços - repetidos dia sim,
e no outro dia também.”
(Robert Collier)
Atenciosamente,
Equipe Mege.
OBSERVAÇÕES INICIAIS 
04
mege.com.br
SUMÁRIO
PARTE I............................................................................................................................................. 6
DOUTRINA ................................................................................................................................................. 6
CONCEITO, OBJETO DE CONSTITUIÇÃO E NATUREZA .......................................................................... 6
PERSPECTIVAS DO DIREITO CONSTITUCIONAL ..................................................................................... 8
FONTES DO DIREITO CONSTITUCIONAL ................................................................................................ 9
CONSTITUIÇÃO: SENTIDO SOCIOLÓGICO; SENTIDO POLÍTICO; SENTIDO JURÍDICO. ......................9
SENTIDOS (CONCEPÇÕES/ACEPÇÕES) ................................................................................................... 9
SOCIOLÓGICO (FERDINAND LASSALLE) – “O QUE É UMA CONSTITUIÇÃO” .......................................9
EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS .......................................................27
APLICABILIDADE E EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS .......................................................27
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM JOSÉ AFONSO DA SILVA .............................................................30
PODER CONSTITUINTE ...........................................................................................................................33
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO (PCO) ..........................................................................................34
PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE ...............................................................................38
PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR .............................................................................41
PODER CONSTITUINTE DERIVADO REVISOR ........................................................................................48
PODER CONSTITUINTE DIFUSO .............................................................................................................49
PODER CONSTITUINTE SUPRANACIONAL ............................................................................................49
PARTE II ......................................................................................................................................... 50
DIREITO PROCESSUAL PENAL ................................................................................................................50
DOUTRINA ...............................................................................................................................................50
INQUÉRITO POLICIAL ..............................................................................................................................50
CONCEITO ................................................................................................................................................50
NATUREZA JURÍDICA ...............................................................................................................................50
FINALIDADE .............................................................................................................................................50
POLÍCIA JUDICIÁRIA X POLÍCIA ADMINISTRATIVA ...............................................................................51
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL ..................................................................................52
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL .......................................................................................54
NOTICIA DO CRIME (NOTITIA CRIMINIS) ..............................................................................................57
FORMAS DE INSTAURAÇÃO ...................................................................................................................58
INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL NOS CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONA-
DA .............................................................................................................................................. 59
INVESTIGAÇÃO CONTRA AUTORIDADE COM FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO .................60
DIILIGÊNCIAS INVESTIGATÓRIAS ...........................................................................................................61
DILIGÊNCIAS INVESTIGATÓRIAS REQUERIDAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO....................................67
PRAZOS ....................................................................................................................................................67
RELATÓRIO DA AUTORIDADE POLICIAL ...............................................................................................68
DESTINO DO INQUÉRITO POLICIAL ......................................................................................................69
INDICIAMENTO ........................................................................................................................................70
APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA NO INQUÉRITO POLICIAL ...................................71
ARQUIVAMENTO DO INQÚERITO POLICIAL .........................................................................................72
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (ANPP) ..................................................................................74
ATRIBUIÇÃO PARA O INQUÉRITO POLICIAL .........................................................................................79
TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA ....................................................................................80
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OUTROS PROCEDIMENTOS INVESTIGATÓRIOS...................................................................................80
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL CONDUZIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO ..............................................82
CONTROLE EXTERNO DA ATIVIDADE POLICIAL PELO MP ..................................................................82
JUIZ DAS GARANTIAS ..............................................................................................................................83
QUESTÕES ................................................................................................................................................88
PARTE III ...................................................................................................................................... 100
MEDICINA LEGAL ...................................................................................................................................100CONCEITO E DIVISÃO DA MEDICINA LEGAL ......................................................................................100
PERÍCIA E PERITOS ................................................................................................................................101
CONCEITO DE PERÍCIA, CORPO DE DELITO .......................................................................................102
DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS .........................................................................................................103
TIPOS DE DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS ........................................................................................103
LEGISLAÇÃO APLICADA À PERÍCIA ......................................................................................................105
QUESTÕES ..............................................................................................................................................110
IDENTIDADE, RECONHECIMENTO E IDENTIFICAÇÃO .......................................................................119
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................................120
IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL .........................................................................................................121
ESPÉCIE...................................................................................................................................................122
RAÇA: ......................................................................................................................................................124
SEXO: ......................................................................................................................................................128
ESTATURA: .............................................................................................................................................132
IDADE ......................................................................................................................................................132
IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA OU POLICIAL: .........................................................................................133
MÉTODOS ANTIGOS .............................................................................................................................133
SISTEMA ANTROPOMÉTRICO DE BERTILLON ....................................................................................133
PAPILOSCOPIA .......................................................................................................................................134
SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH.........................................................................................135
POROSCOPIA: ........................................................................................................................................138
GENÉTICA ...............................................................................................................................................138
IDENTIFICAÇÃO ODONTOLEGAL .........................................................................................................140
QUESTÕES ..............................................................................................................................................142
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PARTE I 
DOUTRINA
DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO CONSTITUCIONAL: NATUREZA; CONCEITO E OBJETO; PERSPECTIVA SOCIOLÓ-
GICA; PERSPECTIVA POLÍTICA; PERSPECTIVA JURÍDICA; FONTES FORMAIS; CONCEPÇÃO 
POSITIVA.
ATENÇÃO: Uma última prova de Delegado Paraná não caiu questão sobre o tema. 
Em análise aos últimos 10 anos de provas de Delegado de Polícia, o tema não foi 
cobrado de forma específica. No entanto, por ser um tema introdutório ao Direito Consti-
tucional, pode ser cobrado em conjunto com qualquer outro tópico do edital.
Em análise aos 15 últimos editais e provas realizadas pela Banca NC- UFPR, este 
tópico foi cobrado em conjunto com classificações das Constituições em uma prova. 
CONCEITO, OBJETO DE CONSTITUIÇÃO E NATUREZA
O Direito Constitucional é um ramo do Direito Público, destacado por ser funda-
mental à organização e funcionamento do Estado, à articulação dos elementos primários 
do mesmo e ao estabelecimento das bases da estrutura política.
Consiste num diploma legal que estabelece os direitos, as garantias e os deveres 
dos cidadãos, além de determinar as competências relativas à edição de normas jurídi-
cas, legislativas ou administrativas. Assim sendo, em sentido material, pode-se conceituar 
um texto constitucional como um conjunto de princípios que expressam concepções 
decorrentes de valores morais, sociais, culturais e históricos, que asseguram os direitos 
dos cidadãos e condicionam o exercício do poder.
Ademais, é uma Lei fundamental do Estado, que visa organizar os seus elementos 
constitutivos, como:
 Î a formação dos poderes.
 Î as formas de Estado e de governo.
 Î a separação de poderes
 Î as limitações ao exercício do poder político (supremacia constitucional). 
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Tem por objeto a constituição política do Estado, no sentido amplo de estabelecer 
sua estrutura, a organização de suas instituições e órgãos, o modo de aquisição e limita-
ção do poder, através, inclusive, da previsão de diversos direitos e garantias fundamentais. 
No que se refere à natureza, a doutrina traz o sentido científico e o sentido normativo. 
No sentido científico, o direito constitucional é ramo do direito público (interno), 
pois cuida de relações jurídicas que envolvem a figura do Estado. No Brasil, país que 
adota a constituição prolixa, o direito constitucional expande-se também às relações pri-
vadas. Trata-se da constitucionalização do direito privado, que se materializa em especial, 
por meio da disciplina constitucional de institutos do direito privado (casamento, família); 
da interpretação conforme a constituição de disposições referentes ao direito privado e 
de teorias e decisões a defender a eficácia horizontal dos direitos fundamentais no âmbi-
to das relações privadas. 
No sentido normativo, os preceitos constitucionais (regras e princípios) apresentam 
características básicas, tais como supremacia constitucional, maior abertura semântica, 
caráter político e transversalidade. 
A supremacia constitucional traz que as normas devem ser organizadas e interpre-
tadas conforme as normas constitucionais em vigor. 
Através da maior abertura semântica, os preceitos constitucionais passam a serem 
formulados de forma a atribuir mais sentidos, o que favorece uma evolução interpretativa. 
Os valores políticos influenciam na interpretação de constitucional e na resolução 
de problemas, colocando a Constituição como uma espécie de estatuto jurídico do poder 
político. 
E, por fim, a transversalidade que traduz o entendimento de que o direito Cons-
titucional que está no ápice do sistema jurídico, deve ter um caráter dialógico (dialogar 
com outras ciências) para poder estabelecer as opções dogmáticas para toda a sociedade 
nacional (tem que ter um intertexto aberto).
COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM PROVA?
(NC-UFPR ADVOGADO – 2019) A Teoria da Constituição é um segmento importante 
dentro do conhecimento jurídico, vez que determina a compreensão do modelo 
constitucional, com uma série de consequências normativas conforme o padrão 
que se adote em determinado país. A partir do exposto, assinale a alternativa correta.
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a) Constituição costumeira é aquela que, mesmo existindo um texto constitucional 
expresso, é derrogada pelos costumes praticados pelas instituições políticas.
b) Por supremacia da Constituição entende-se a concepção de que as normas 
constitucionais encontram-se acima de todo o restante do ordenamento jurídico, 
influenciando sua interpretação e concretização.
c) O bloco de constitucionalidade, formado pelos Tratados de Direito Internacional 
de DireitosHumanos, possui o condão de revogar normas constitucionais.
d) Constituições rígidas são aquelas em que há impossibilidade ou maior dificul-
dade de alteração do conteúdo normativo; constituições flexíveis, por sua vez, são 
aquelas em que, apesar da existência do texto constitucional expresso, os dispositi-
vos podem ser flexibilizados mediante interpretação da Corte Superior.
e) O conteúdo das constituições, considerado o parâmetro teórico mais recente, 
deve-se pautar por normas mais objetivas, descartadas normas programáticas de 
direitos sociais.
RESPOSTA: B
PERSPECTIVAS DO DIREITO CONSTITUCIONAL
Não se ponde confundir as “perspectivas” com as “concepções” de Constituição. 
Perspectiva sociológica. Constituição e sociedade formam uma relação circular, 
de influência recíproca constantemente atualizada pelo constituinte. Desta maneira, tal 
como a evolução cotidiana é capaz de remoldar o Texto Constitucional, também impõe a 
Lei Maior padrões de comportamento, seja para os particulares em geral, seja com maior 
razão para os agentes públicos e políticos.
Perspectiva política. Toda Lei Fundamental é elaborada por um agente político 
democraticamente eleito para tal (tratando-se de Constituição promulgada). 
Perspectiva jurídica. A ideia de supremacia da Constituição, notadamente formal, 
possibilita o controle de constitucionalidade repressivo, feito pela via judicial, seja em 
sua forma difusa, seja em sua forma abstrata. Em ambos os casos, competirá ao Poder 
Judiciário garantir a manutenção da ordem constitucional contida nos preceitos da Lei 
Fundamental.
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FONTES DO DIREITO CONSTITUCIONAL
As fontes podem ser materiais e formais. As fontes materiais são a origem e o 
manancial sociológico do direito constitucional, isto é, os elementos fáticos que condu-
zem à criação de uma Lei Fundamental; já as fontes formais são o manancial normativo.
A doutrina, nesse quesito, não é muito uníssona. Há muita divergência entre os 
autores. Para Dirley Cunha, as fontes podem ser imediatas ou mediatas. Imediatas são 
a própria Constituição e os costumes. As mediatas são a jurisprudência constitucional 
(entendimento dado pelos tribunais e a doutrina).
CONSTITUIÇÃO: SENTIDO SOCIOLÓGICO; SENTIDO POLÍTICO; 
SENTIDO JURÍDICO; CONCEITO, OBJETOS E ELEMENTOS.
ATENÇÃO: Última prova de Delegado Paraná caiu uma questão sobre sentidos 
da Constituição. 
- Em provas de Delegado de Polícia, o tema sentidos da Constituição foi cobrado 
pela última vez em 2018. Em análise aos últimos dez anos, o tema não foi muito cobrado, 
no entanto, pelo número de questões que caíram na prova, é possível sim a sua cobrança. 
Peço atenção aos conceitos e autores de cada sentido da Constituição. 
- Em análise aos 15 últimos editais e provas realizadas pela Banca NC- UFPR este 
tópico não constava no edital e consequentemente não foi cobrado. 
SENTIDOS (CONCEPÇÕES/ACEPÇÕES)
SOCIOLÓGICO (FERDINAND LASSALLE) – “O QUE É UMA CONSTITUIÇÃO”
A concepção sociológica, elaborada por Ferdinand Lassalle, considera a Consti-
tuição como sendo a somatória dos fatores reais de poder, isto é, o conjunto de forças 
de índole política, econômica e religiosa que condicionam o ordenamento jurídico de 
determinada sociedade. 
A constituição seria uma “mera folha de papel”, caso ela não representasse o 
somatório dos fatores reais de poder presentes numa sociedade.
IMPORTANTE: distinção entre a Constituição:
Real: fruto do reflexo social, bem como, corresponde à própria realidade social 
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(prevalência); 
Jurídica: fruto da racionalidade humana/dever-ser, destoa da realidade.
DICA PARA MEMORIZAR: 
Sociológico: somatória dos fatores reais de poder / Sociológico: Lassalle
Como o assunto foi cobrado em concurso?
(COSP-UEL DPC PR - 2013) Sobre a classificação das constituições, relacione a coluna 
da esquerda com a da direita.
(I) Em sentido político.
(II) Em sentido jurídico.
(III) Em sentido sociológico.
a) A constituição de um país é, em essência, a soma dos fatores reais do poder que 
regem esse país, sendo esta a constituição real e efetiva, não passando a constituição 
escrita de uma “folha de papel”.
b) A constituição é considerada norma pura, puro dever-ser, é o conjunto de nor-
mas que regula a criação de outras normas. 
c) A constituição é considerada como decisão política fundamental, decisão concre-
ta de conjunto sobre o modo e forma de existência da unidade política.
 A) I-A, II-C, III-B. 
 B) I-B, II-A, III-C.
 C) I-B, II-C, III-A.
 D) I-C, II-A, III-B.
 E) I-C, II-B, III-A.
Resposta: E
Político (Carl Schmitt) – “Teoria da Constituição” 
É conjunto de normas escritas ou não escritas, que sintetizam, exclusivamente, as 
decisões políticas fundamentais de um povo, tendo em vista que são as normas indispen-
sáveis à construção de um modelo de Estado:
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 Î Organização do Estado
 Î Organização dos Poderes 
 Î Direitos e Garantias Fundamentais 
Caso a norma não aborde nenhuma dessas matérias acima mencionadas será 
denominada de norma constitucional formal (leis constitucionais). 
IMPORTANTE: Para este autor há divisão clara entre a constituição e a lei constitucional: 
Constituição: encontraríamos, exclusivamente, as matérias constitucionais, ou 
seja, organização do Estado, dos Poderes e garantia dos Direitos Fundamentais, 
sempre com o objetivo de limitar a atuação do poder; 
Leis Constitucionais: seriam aqueles assuntos tratados na Constituição, mas que 
materialmente não tinham natureza de norma constitucional. Na verdade, esses 
assuntos nem deveriam constar na Constituição; por exemplo, na Constituição, 
visualizamos um exemplo no artigo 242, §2º, que determina que o Colégio Dom Pe-
dro II, localizado na cidade do RJ, será mantido na órbita federal. Esse dispositivo é 
uma norma apenas formalmente constitucional, materialmente não. 
OBS: Carl Schmitt sempre defendeu o conceito de que a Constituição é a decisão 
política fundamental de um povo, visando sempre:
 Î organização dos Estados, dos Poderes e efetiva proteção dos Direitos e Garantias 
Fundamentais. 
DICA PARA MEMORIZAR: 
Político: decisão política fundamental de um povo / Político: Schmitt
COMO O ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?
(UESPI DPC PI - 2014) Entre os chamados sentidos doutrinariamente atribuídos à 
Constituição, existe um que realiza a distinção entre Constituição e lei constitucional. 
Assinale a alternativa que o contempla.
a) Sentido político
b) Sentido sociológico.
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c) Sentido jurídico. 
d) Sentido culturalista. 
e) Sentido simbólico
Resposta: A
(CESPE DPF – 2018) A possibilidade de um direito positivo supraestatal limitar o 
Poder Legislativo foi uma invenção do constitucionalismo do século XVIII, inspirado 
pela tese de Montesquieu de que apenas poderes moderados eram compatíveis 
com a liberdade. Mas como seria possível restringir o poder soberano, tendo a sua 
autoridade sido entendida ao longo da modernidade justamente como um poder 
que não encontrava limites no direito positivo? Uma soberania limitada parecia uma 
contradição e, de fato, a exigência de poderes políticos limitados implicou redefinir 
o próprio conceito de soberania, que sofreu uma deflação.
Alexandre Costa. O poder constituinte e o paradoxo da soberania limitada. In: 
Teoria & Sociedade. n.º 19, 2011, p. 201 (com adaptações).
Considerando o texto precedente, julgue o item a seguir, a respeito de Constituição, 
classificações das Constituições e poder constituinte.
A ideia apresentada no texto reflete a Constituição como decisão política funda-
mental do soberano, o que configura o sentido sociológico de Constituição.
ERRADO.
Jurídico (Hans Kelsen) – “Teoria Pura do Direito”
Para Hans Kelsen, a Constituição é o fundamento de validade de todo ordenamento 
jurídico estatal. É a concepção jurídica. Segundo este autor, o guardião da constituição 
deveria ser o poder judiciário. A constituição não retira seu fundamento da sociologia, 
política ou da história, mas simdo próprio Direito. 
Constituição é um conjunto de normas jurídicas, é uma lei como todas as demais, é 
formada por várias normas. Se ela é uma lei assim como as demais, o fundamento dela 
só pode estar no Direito. 
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A constituição não se situa no mundo do “ser” e sim do “dever ser” (o direito tem um 
caráter prescritivo e não descritivo). 
IMPORTANTE: Para Kelsen, há dois sentidos para a fundamentação da Constituição: 
Constituição em sentido “LÓGICO-JURÍDICO”: Norma Fundamental Hipotética 
- Fundamental: porque nela que está o fundamento da constituição. 
- Hipotética: porque não é uma norma posta, é apenas pressuposta, não é uma 
norma positivada, é apenas uma pressuposição, como se a sociedade fizesse uma pres-
suposição que essa norma existe para fundamentar a constituição. 
- Conteúdo da norma fundamental hipotética: “Todos devem obedecer a Constituição”. 
Contém este comando. Como se fosse um contrato social, parte da ideia que existe essa 
norma se não ninguém obedeceria à constituição.
Constituição em sentido “JURÍDICO-POSITIVO: Norma Positivada Suprema Cons-
tituição feita pelo poder constituinte, CF/88, por exemplo. Conjunto de normas jurídicas 
positivadas. Os diplomas normativos devem buscar fundamento de validade na Consti-
tuição. Vale salientar que a Constituição busca fundamento de validade na norma hipo-
tética fundamental.
COMO O ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?
(FUNIVERSA DPC DF - 2015) Acerca da teoria geral das constituições, assinale a 
alternativa correta.
a) Hans Kelsen concebe dois planos distintos do direito: o jurídico-positivo, que são 
as normas positivadas; e o lógico-jurídico, situado no plano lógico, como norma 
fundamental hipotética pressuposta, criando-se uma verticalidade hierárquica de 
normas.
b) Para Hans Kelsen, as normas jurídicas podem ser classificadas como normas 
materialmente constitucionais e normas formalmente constitucionais. Para o referido 
autor, mesmo as leis ordinárias, caso tratem de matéria constitucional, são defi-
nidas como normas materialmente constitucionais.
c) De acordo com o sentido político de Carl Schmitt, a constituição é o somatório dos 
fatores reais do poder dentro de uma sociedade. Isso significa que a constituição 
somente se legitima quando representa o efetivo poder social.
14
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d) De acordo com o sentido sociológico de Ferdinand Lassalle, a constituição não se 
confunde com as leis constitucionais. A constituição, como decisão política funda-
mental, irá cuidar apenas de determinadas matérias estruturantes do Estado, como 
órgãos do Estado, e dos direitos e das garantias fundamentais, entre outros.
e) De acordo com o sentido político-sociológico de Hans Kelsen, a constituição está 
alocada no mundo do “dever ser”, e não no mundo do “ser”. É considerada a norma 
pura ou fundamental, fruto da racionalidade do homem, e não das leis naturais.
RESPOSTA: A
De acordo com uma das concepções sobre a Constituição, ela “consigna a norma 
fundamental hipotética não positiva, pois sobre ela embasa-se o primeiro ato legis-
lativo não determinado por nenhuma norma superior de direito positivo” (BULOS, 
Uadi Lammêgo, Curso de Direito Constitucional, 2015, p. 103). O trecho acima des-
tacado: 
a) remete aos fatores reais de poder enunciados por Lassale em sua concepção 
sociológica. 
b) alude a ideia de que a “essência da Constituição” advém da realidade social em 
que o texto constitucional estiver inserido.
c) tem por base a linha decisionista que funda a concepção política de Schimitt.
d) sustenta a concepção de que as leis constitucionais podem conter diversos ele-
mentos que não sejam propriamente constitucionais. 
e) refere-se ao aspecto lógico-jurídico da concepção jurídica de Kelsen.
RESPOSTA: E
(CESPE DPF – 2018) A possibilidade de um direito positivo supraestatal limitar o 
Poder Legislativo foi uma invenção do constitucionalismo do século XVIII, inspirado 
pela tese de Montesquieu de que apenas poderes moderados eram compatíveis 
com a liberdade. Mas como seria possível restringir o poder soberano, tendo a sua 
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autoridade sido entendida ao longo da modernidade justamente como um poder 
que não encontrava limites no direito positivo? Uma soberania limitada parecia uma 
contradição e, de fato, a exigência de poderes políticos limitados implicou redefinir 
o próprio conceito de soberania, que sofreu uma deflação.
Alexandre Costa. O poder constituinte e o paradoxo da soberania limitada. In: 
Teoria & Sociedade. n.º 19, 2011, p. 201 (com adaptações).
Considerando o texto precedente, julgue o item a seguir, a respeito de Constituição, 
classificações das Constituições e poder constituinte.
A exigência de poderes políticos limitados após a manifestação do poder constituinte 
originário fundamenta tanto o sentido lógico-jurídico quanto o sentido jurídico-po-
sitivo da Constituição.
CERTA
ELEMENTOS 
José Afonso da Silva define cinco categorias de elementos das constituições:
Elementos orgânicos: são as normas que regulam a estrutura do Estado e do Poder:
Título III- Da Organização do Estado
Título IV- Da Organização do Poderes e do Sistema de Governo
Título V – Capitulo II e III- Das Forças Armadas e da Segurança Pública 
Título VI- Da Tributação e Orçamento
COMO O ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?
(CESPE DPC TO - 2008) Julgue o item abaixo:
Os elementos orgânicos que compõem a Constituição dizem respeito às normas 
que regulam a estrutura do Estado e do poder, fixando o sistema de competência 
dos órgãos, instituições e autoridades públicas.
RESPOSTA: CERTO
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Elementos limitativos: manifestam-se nas normas que compõem o elenco dos 
direitos e garantias fundamentais, limitando a atuação dos poderes estatais:
Título II- Dos Direitos e Garantias Fundamentais (exceto o capítulo II – Dos Direitos 
Sociais.
Elementos socioideológicos: revelam o compromisso da Constituição entre o Esta-
do individualista e o Estado Social, intervencionista:
Título II – capítulo II – Dos Direitos Sociais
Título VII – Da Ordem Econômica e financeira
Título VIII- Da ordem Social
Elementos de estabilização constitucional: consubstanciados nas normas consti-
tucionais destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Cons-
tituição, do Estado e das instituições democráticas. Constituem o elemento de defesa do 
Estado e buscam garantir a paz social:
Art.102, I, a – ADI
Art. 34 a 36 – intervenção nos Estados e Municípios
Art. 59, I e 60 – processos de emenda a CF
Art. 102 e 103- jurisdição constitucional
Título V- Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 
COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?
(CESPE DPCRN - 2009) Acerca dos sentidos, dos elementos e das classificações 
atribuídos pela doutrina às constituições, assinale a opção correta.
a) O elemento de estabilização constitucional é consagrado nas normas destinadas 
a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do 
Estado e das instituições democráticas.
b) O elemento socioideológico é assim denominado porque limita a ação dos 
poderes estatais e dá a tônica do estado de direito, consubstanciando o elenco dos 
direitos e garantais fundamentais.
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c) Quanto à forma, diz-se formal a constituição cujo texto é composto por normas 
materialmente constitucionais e disposições diversas que não tenham relação 
direta com a organização do Estado.
d) Segundo o sentido sociológico da constituição, na concepção de Ferdinand 
Lassalle, o texto constitucional equivale à norma positiva suprema, que regula a 
criação de outras normas.
e) Segundo o sentido político da constituição, na concepção de Carl Schmitt, o texto 
constitucional equivale à soma dos fatores reais de poder, não passando de uma 
folha de papel
RESPOSTA: A
Elementos formais de aplicabilidade: encontram-se nas normas que estabelecem 
regras de aplicação na Constituição:
Preâmbulos
ADCT
Art.5 parag.1
CLASSIFICAÇÕES DAS CONSTITUIÇÕES: CONSTITUIÇÃOMATERIAL E CONSTITUIÇÃO FORMAL; CONSTITUIÇÃO-GARANTIA 
E CONSTITUIÇÃO-DIRIGENTE; NORMAS CONSTITUCIONAIS.
ATENÇÃO: Última prova de Delegado Paraná não caiu questão sobre o tema. 
- Em provas de Delegado de Polícia, o tema classificações das Constituições e normas 
constitucionais foi cobrado pela última vez em 2018. Em análise aos últimos dez anos, 
os temas não foram muito cobrados, no entanto, pelo número de questões na prova, é 
possível sim a sua cobrança. 
- Em análise aos 15 últimos editais e provas realizadas pela Banca NC- UFPR, o 
tópico classificações das Constituições constava em 8 editais e caiu uma vez. Já o tópico 
normas constitucionais constava em 9 editais e caiu uma vez.
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- Com relação às normas constitucionais fiquem atentos aos artigos da Constituição 
Federal que se referem às normas de eficácia limitada e as normas de eficácia contida, 
tendo em vista que a banca pode trocar uma pela outra. 
- Apesar de a banca especificar os tipos de classificação, o início do tópico traz “clas-
sificações das constituições”, que pode abranger todos os tipos, sem que isso enseje a 
anulação da questão.
CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO
QUANTO AO CONTEÚDO 
Material: conjunto de normas escritas ou não, que se limitam a dispor sobre 
organização do Estado, organização dos poderes e direitos e garantias fundamentais.
Formal: É o conjunto de normas que estão escritas em um documento solene 
denominado de Constituição, independentemente da matéria tratada.
 Î CRFB/88: Formal. 
COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?
(FGV DPC MA - 2012) A respeito da Constituição da República Federativa do Brasil, de 
1988, tendo em vista a classificação das constituições, assinale a afirmativa correta. 
a) A Constituição de 1988 é exemplo de Constituição semirrígida, que possui um 
núcleo imutável (cláusulas pétreas) e outras normas passíveis de alteração.
b) A Constituição de 1988 é exemplo de Constituição outorgada, pois resulta do 
exercício da democracia indireta, por meio de representantes eleitos.
c) O legislador constituinte optou pela adoção de uma Constituição histórica, forma-
da tanto por um texto escrito quanto por usos e costumes internacionais.
d) Na Constituição de 1988, coexistem normas materialmente constitucionais e nor-
mas apenas formalmente constitucionais.
e) A Constituição de 1988 pode ser considerada como uma Constituição fixa (ou 
imutável), pois o seu núcleo rígido não pode ser alterado nem mesmo por Emenda.
RESPOSTA: D
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QUANTO À FORMA
Escrita ou Instrumental: aquelas sistematizadas num único texto, criadas por um 
órgão constituinte. 
Não escrita ou Costumeira: são baseadas em textos esparsos, jurisprudências, 
costumes (normas consuetudinárias), convenções, atos de parlamento entre outros. Ex: 
Constituição Inglesa. 
 Î CRFB/88: Escrita. 
COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM PROVA?
(NC-UFPR ADVOGADO – 2019) A Teoria da Constituição é um segmento impor-
tante dentro do conhecimento jurídico, vez que determina a compreensão do modelo 
constitucional, com uma série de consequências normativas conforme o padrão que 
se adote em determinado país. A partir do exposto, assinale a alternativa correta.
a) Constituição costumeira é aquela que, mesmo existindo um texto constitucional 
expresso, é derrogada pelos costumes praticados pelas instituições políticas.
b) Por supremacia da Constituição entende-se a concepção de que as normas 
constitucionais encontram-se acima de todo o restante do ordenamento jurídico, 
influenciando sua interpretação e concretização.
c) O bloco de constitucionalidade, formado pelos Tratados de Direito Internacional 
de Direitos Humanos, possui o condão de revogar normas constitucionais.
d) Constituições rígidas são aquelas em que há impossibilidade ou maior dificuldade 
de alteração do conteúdo normativo; constituições flexíveis, por sua vez, são aquelas 
em que, apesar da existência do texto constitucional expresso, os dispositivos podem 
ser flexibilizados mediante interpretação da Corte Superior.
e) O conteúdo das constituições, considerado o parâmetro teórico mais recente, 
deve-se pautar por normas mais objetivas, descartadas normas programáticas de 
direitos sociais.
RESPOSTA: B
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QUANTO À ORIGEM 
Promulgadas: É fruto de uma participação popular muito intensa, por meio da 
eleição de uma Assembleia popular constituinte aquelas, composta por representantes 
do povo. Sua elaboração se dá de maneira consciente e livre. 
Outorgadas: impostas, chamadas de cartas políticas. Não contam com a participa-
ção popular no seu processo político de elaboração.
Cesaristas: imposta por um ditador ou junta militar e submetida a posterior apro-
vação popular. A cesarista é uma Carta outorgada, mas que é posteriormente submetida 
a uma votação popular para ser ratificada. 
Pactuadas: firmadas por acordo/pacto entre duas forças políticas oponentes. 
 Î CRFB/88: Promulgada, popular, democrática ou votada. 
COMO ESSE TEMA FOI COBRADO EM CONCURSO?
(UEG DPC GO - 2018) A Constituição Federal brasileira de 1988 classifica-se quanto à 
origem, ao modo de elaboração, à alterabilidade, à dogmática e ao critério ontológico 
de Karl Loewenstein, respectivamente, em:
a) outorgada, dogmática, rígida, eclética e normativa.
b) outorgada, histórica, semirrígida, ortodoxa e nominalista.
c) promulgada, dogmática, rígida, eclética e normativa.
d)promulgada, histórica, semirrígida, ortodoxa e nominalista.
e) cesarista, histórica, imutável, eclética e semântica.
RESPOSTA: C 
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(CEBRASPE DPC MA – 2018) De acordo com a doutrina majoritária, quanto à origem, 
as Constituições podem ser classificadas como:
a) promulgadas, que são ditas democráticas por se originarem da participação po-
pular por meio do voto e da elaboração de normas constitucionais.
b) outorgadas, que surgem da tradição, dos usos e costumes, da religião ou das 
relações políticas e econômicas.
c) cesaristas, que são as derivadas de uma concessão do governante, ou seja, da-
quele que tem a titularidade do poder constituinte originário.
d) pactuadas, que são formadas por dois mecanismos distintos de participação po-
pular, o plebiscito e o referendo, ambos com o objetivo de legitimar a presença do 
detentor do poder.
e) históricas, que surgem do pacto entre o soberano e a organização nacional e en-
globam muitas das Constituições monárquicas.
RESPOSTA: A
QUANTO À ESTABILIDADE/MUTABILIDADE/ALTERABILIDADE
Imutável, permanente, granítica ou intocável: Não prevê nenhum processo de 
alteração de suas normas, sob o fundamento de que a vontade do Poder Constituinte 
exaure-se com a manifestação da atividade originária. 
Fixa ou silenciosa: a alteração está condicionada à convocação do próprio poder 
constituinte originário, ocasião que implica, não em alteração, mas em elaboração, pro-
priamente, de uma nova ordem constitucional. 
É exemplo a Constituição Espanhola de 1876.
Rígida: admite alteração, porém, somente através de um processo legislativo mais 
solene, especial, e muito mais difícil que o processo legislativo de elaboração das leis. 
Semirrígida ou semiflexível: separa, por categorias, as normas submetidas ao pro-
cesso gravoso e aquelas submetidas ao processo simplificado. É parcialmente rígida e 
parcialmente flexível. 
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É exemplo a Constituição de 1824.
Flexível: admite alteração pelo mesmo processo legislativo de alteração das leis. 
É exemplo a Constituição Inglesa.
Transitoriamente flexíveis: para Bulos, são as suscetíveis de reforma, com base 
no rito das leis comuns, mas apenas por determinado período. Ultrapassado este, o do-
cumento constitucional passa a ser rígido. 
 Î CRFB/88: Rígida.
QUANTO À ELABORAÇÃO 
Dogmáticas: É aquela que, sempre escrita, resulta de uma manifestação consti-
tuinte ocorrida num determinado e exato momento da história política de um país que 
acolhe. 
Históricas ou Costumeiras: É aquela sempre não escrita e resulta de uma lenta e 
contínua evolução das tradiçõese costumes de um povo. Ex. Constituição Inglesa.
 A Constituição americana de 1787 não pode ser classificada como histórica. A cons-
tituição histórica é formada com documentos esparsos no decorrer do tempo. A Consti-
tuição americana foi promulgada (de uma vez em só procedimento) pela Convenção da 
Filadélfia e, apesar de ter mais de 200 anos e toda uma construção hermenêutica à luz 
de mutações constitucionais desenvolvidas pela Suprema Corte, é tida pela classificação 
tradicional como escrita.
 Î CRFB/88: Dogmática. 
COMO O ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?
(DPC MG - 2003) Em relação à classificação das Constituições, assinale a alter-
nativa incorreta:
a) As Constituições rígidas são aquelas que necessitam de procedimentos especiais 
(mais solenes) para sua modificação, diferentemente das flexíveis que podem ser 
alteradas pelo processo legislativo ordinário, não requerendo, assim, procedimentos 
especiais para sua modificação. Portanto, é correta a afirmação de que no caso 
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das Constituições flexíveis não há uma hierarquia entre Constituição e legislação 
infraconstitucional, ou seja, uma lei infraconstitucional posterior altera texto consti-
tucional quando for com ele incompatível (critério cronológico).
b) A Constituição material consiste no núcleo ideológico constitutivo do Estado e da 
sociedade explicitado no conjunto de matérias tipicamente constitucionais, escritas 
ou não no corpo do documento constitucional, sendo portanto correta a afirmação 
de que existem matérias constitucionais não disciplinadas por normas formalmente 
constitucionais.
c) A atual Constituição Brasileira de 1988 pode ser classificada em termos gerais 
como: formal, promulgada, escrita, dogmática, rígida e analítica.
d) A Constituição Inglesa é classificada como não escrita, porém nela encontramos 
uma série de documentos escritos. 
e) A Constituição Americana de 1787, diferentemente da atual Constituição Brasileira 
de 1988, é classificada quanto ao modo de elaboração como histórica, visto que 
permanece praticamente inalterada, sendo fruto de um lento e contínuo processo 
de tradição histórica do documento constitucional, hoje com mais de 200 anos.
RESPOSTA: E
QUANTO À EXTENSÃO 
Sintética (concisas, breves, sumárias, sucintas, básicas): somente traz o núcleo 
básico do texto constitucional (concisa). Ex: Constituição dos Estados Unidos.
Analítica (prolixa, amplas, extensas, largas, longas, desenvolvidas, volumosas, 
inchadas): Aquela que trata de vários temas de forma minuciosa, definindo, largamente, 
os fins atribuídos ao Estado.
De acordo com Bernardo Gonçalves, são exemplos a Constituição de Portugal (1976) 
e Espanha (1978).
 Î CRFB/88: Analítica. 
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COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?
(NUCEPE DPC PI 2108) A Constituição Federal de 1988 pode ser considerada:
a) semirrígida, porque algumas matérias, denominadas cláusulas pétreas, são 
imutáveis.
b) sintética, porque veicula tão somente princípios e normas gerais.
c) analítica, pois aborda minúcias, estabelecendo regras que poderiam estar em 
leis infraconstitucionais.
d) pactuada, segundo valores e tradições estabelecidos e conservados pela sociedade.
e) outorgada, permitiu a participação do povo em seu processo de elaboração.
RESPOSTA: C
QUANTO À IDEOLOGIA
 Ortodoxa ou Simples: resulta da consagração de uma só ideologia. Ex. Constituição 
Soviética de 1977. 
Como o assunto foi cobrado em concurso?
(FUNIVERSA DPC DF - 2015) Com relação à classificação das constituições, é correto 
afirmar que:
a) a constituição dirigente visa garantir os direitos fundamentais de primeira geração 
ou dimensão.
b) a constituição-garantia anuncia um ideal a ser concretizado pelo Estado e pela 
sociedade, caracterizando-se por conter normas programáticas.
c) constituições outorgadas são aquelas que, embora confeccionadas sem a partici-
pação popular, para entrarem em vigor, são submetidas à ratificação posterior do povo 
por meio de referendo.
d) as constituições podem ser ortodoxas, quando reunirem uma só ideologia, como 
a Constituição Soviética de 1977, ou ecléticas, quando conciliarem várias ideologias em 
seu texto, como a Constituição Brasileira de 1988.
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e) as constituições semirrígidas são aquelas que podem ser modificadas por meio 
de emendas ou de revisão constitucional.
Resposta: D
Eclética, Complexa ou Compromissária: É aquela formada por várias ideologias.
 Î CRFB/88: Eclética.
QUANTO À ESSÊNCIA/ONTOLOGIA/MODO DE SER – KARL LOENWENSTEIN
Normativa (com valor jurídico): Seria aquela perfeitamente adaptada ao fato so-
cial. Além de juridicamente válida, ela estaria em total consonância com o processo polí-
tico. 
Nominalista, nominativas ou nominais (com valor jurídico): É aquela na qual o 
texto constitucional não domina a realidade político-social. Não há uma adequação entre 
o que está no texto e a realidade social. Contudo, há uma boa vontade, desejando-se que 
o texto concretize-se, mas não há essa adequação.
Semântica (utilizada apenas para justificar juridicamente o exercício autori-
tário do poder): Não há adequação entre texto e realidade. Está a Constituição a serviço 
das classes dominantes.
De acordo com Bernardo Gonçalves:
Sobre a atual Constituição de 1988, temos a informar que alguns doutrinadores, 
infelizmente, a classificam de forma equivocada pela classificação ontológica. Nesse sen-
tido, Pedro Lenza, em uma das últimas edições de seu manual, a classificou como norma-
tiva e, posteriormente, na última edição de sua obra a classifica como uma Constituição 
que se “pretende normativa”. Ora, esse entendimento, como todo o respeito, é inteira-
mente equivocado. Aqui, não se trata de corrente divergente, mas, sim, de erro explicito 
quanto a obra de Loewenstein. Nesse sentido, obvio que toda Constituição se pretende 
normativa, mas uma coisa é pretender ser, outra coisa é ser. Reiteramos que Loewens-
tein busca o que a Constituição realmente é em um momento histórico. E a nossa, é pela 
lógica loewensteiana nominal.
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QUANTO À SISTEMATIZAÇÃO 
Unitária, codificada, Unitextual ou reduzida: a sistematização das matérias apre-
senta-se num instrumento único e exaustivo de todo o seu conteúdo. 
Variada, não codificadas, legais: encontram-se previstas em textos esparsos.
 Î CRFB/88: Unitária. 
QUANTO À FINALIDADE/MODELO
Garantia: busca garantir a liberdade e limitar o poder. Volta-se para o passado. 
Balanço: somente descreve e registra a organização política atual, estabelecida. A 
Constituição Soviética adotava este modelo, a cada novo estágio rumo a constituição do 
comunismo, uma nova Constituição era promulgada. Volta-se para o presente.
Dirigente, plano, diretiva, programática, ideológica-programática, positiva, 
doutrinal ou prospectiva: além de estruturar e delimitar o poder do Estado, tem por 
objetivo estabelecer um projeto de Estado para o futuro. Volta-se para o futuro.
 Î CRFB/88: Dirigente.
QUANTO AO SISTEMA 
Principiológica: Predominam os princípios considerados normas de alto grau de 
abstração e de generalidade para uma boa parte dos doutrinadores pátrios.
Preceitual: Prevalecem as regras, que para boa parte da doutrina nacional, pos-
suem um baixo grau de abstração e um alto grau de determinabilidade.
Bernardo Gonçalves cita como exemplo a Constituição do México de 1917.
 Î CRFB/88: Principiológica. 
QUANTO À FUNÇÃO 
Pré-constituição, constituição provisória ou constituição revolucionária: 
é o conjunto de normas com dupla finalidade de definição do regime de elaboração e 
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aprovação da Constituição Formal e de sua estruturação do poder político no interregno 
constitucional, a que se acrescenta a função de supressão ou erradicação de resquícios 
do antigo regime.
Constituição Definitiva ou de duração indefinida para o futuro: como pretende 
ser a Constituição produto final do processo constituinte. 
CONTEÚDO IDEOLÓGICO DAS CONSTITUIÇÕES 
Constituições Liberais (negativas): não intervençãodo Estado → absenteísmo 
estatal, direitos de 1° geração.
Constituições Sociais (dirigentes): atuação estatal, consagrando a igualdade subs-
tancial → atuação positiva do Estado, direitos de 2° geração.
 Î CRFB/88: Constituição social ou dirigente. 
CONSTITUIÇÕES EXPANSIVAS 
A expansividade da CF, 1988 pode ser vista em três planos:
Conteúdo anatômico e estrutural da constituição: destaca-se a estrutura do texto 
a sua divisão em títulos, capítulos, seções, subseções, artigos da parte permanente e ADCT.
Comparação constitucional interna: relaciona-se a CF, 1988 com as Constituições 
Brasileiras precedentes, considerando a extensão de cada uma e as suas alterações.
Comparação constitucional externa: relaciona a Constituição Brasileira com as 
constituições estrangeiras mais extensas.
EFICÁCIA E APLICABILIDADEc DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
APLICABILIDADE E EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Aplicabilidade: 
a) Imediata: Normas de aplicabilidade imediata são aquelas autoexecutáveis. São 
as normas que não dependem de outras para produzir efeitos. 
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b) Mediata: São normas não autoexecutáveis. Exigem um regramento posterior 
para que possam produzir efeitos sociais. Precisa desse arcabouço posterior.
Eficácia: 
a) Jurídica: É a norma na sua literalidade. É o texto codificado. 
b) Social: É a norma que tem ressonância na sociedade. Por isso se diz norma de 
eficácia social. Há normas que estão na constituição, mas não possuem eficácia social. Ex. 
art. 7º, IV – tem eficácia jurídica, mas não tem eficácia social (norma do salário mínimo). 
OBS: No nosso ordenamento não existe norma constitucional completamente des-
tituída de eficácia. Uma norma pode até não possuir eficácia social, mas possivelmente 
possuirá a chamada eficácia jurídica, que é a aptidão para condicionar o ordenamento 
jurídico. 
COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?
(NC-UFPR PROCURADOR JURÍDICO – 2020) [...] não se pode deduzir que todos os 
direitos fundamentais possam ser aplicados e protegidos da mesma forma, embora 
todos eles estejam sob a guarda de um regime jurídico reforçado, conferido pelo 
legislador constituinte. (HACHEM, Daniel Wunder. Mandado de Injunção e Direitos 
Fundamentais, 2012.) Sobre o tema, assinale a alternativa correta. 
a) É compatível com a posição do autor inferir-se que, não obstante o reconheci-
mento do princípio da aplicabilidade imediata das normas definidoras de direitos 
e garantias fundamentais, há peculiaridades nas consequências jurídicas extraíveis 
de cada direito fundamental, haja vista existirem distintos níveis de proteção. 
b) É compatível com a posição do autor a recusa ao reconhecimento do princípio da 
aplicabilidade imediata das normas definidoras de direitos e garantias fundamentais 
no sistema constitucional brasileiro. 
c) O autor se refere particularmente à distinção existente entre direitos fundamentais 
políticos e direitos fundamentais sociais, haja vista a mais ampla proteção constitu-
cional aos primeiros, que não estão limitados ao mínimo existencial. 
d) O autor se refere particularmente à distinção entre os direitos fundamentais que 
consistem em cláusulas pétreas e os direitos fundamentais que não estão prote-
gidos por essa cláusula, sendo que a maior proteção dada aos primeiros os torna 
imunes à incidência da reserva do possível. 
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e) O autor se refere particularmente à distinção entre os direitos fundamentais que 
estão expressos na Constituição de 1988 e aqueles que estão implícitos, decorrendo 
dos princípios por ela adotados, haja vista o expresso regime diferenciado de proteção 
estabelecido em nível constitucional para esses dois grupos de direitos. 
RESPOSTA: A
ATENÇÃO: apesar de a questão citar um autor do estado do Paraná, nota-se que 
a assertiva cobra o básico do conhecimento das normas constitucionais, além ser 
bastante interpretativa. Então, peço a vocês que não se assustem com este tipo de 
questão. Nas várias questões que abordarei ao longo dos materiais, vocês percebe-
ram que apenas com a leitura do material e a lei seca é possível resolver as ques-
tões. Algumas bancas costumam citar nomes de autores no início da questão como 
uma forma de amedrontar o candidato que já está em certo nível de estresse. 
Outra informação importante é que apenas um dos quinze editais da banca foi feita 
referência bibliográfica. No entanto, na prova (NC-UFPR ADVOGADO – 2019) não foi 
cobrada nenhuma referência bibliográfica específica. 
A título de conhecimento: Daniel Wunder Hachem. Professor da Graduação, Mes-
trado e Doutorado em Direito da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e da 
Universidade Federal do Paraná. Diretor Adjunto de Internacionalização da PUCPR. 
Professor Visitante da Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne (2018/2020). Pós-Dou-
torado pela Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne (Bolsa CAPES Pós-Doutorado no 
Exterior - PDE - 2017). Doutor e Mestre em Direito do Estado pela Universidade 
Federal do Paraná. Professor do Corpo Docente Estável e do Comitê Acadêmico do 
Mestrado em Direito Administrativo da Universidad Nacional del Litoral (Argentina). 
Professor Visitante da Universitat Rovira i Virgili - Espanha (2016). Coordenador do 
Curso de Especialização em Direito Administrativo do Instituto de Direito Romeu 
Felipe Bacellar. Membro do Foro Iberoamericano de Direito Administrativo, da 
Associação de Direito Público do Mercosul. Diretor de Publicações da Rede Docente 
Eurolatinoamericana de Direito Administrativo. Líder do NUPED - Núcleo de Pesqui-
sas em Políticas Públicas e Desenvolvimento Humano da PUCPR. Diretor Acadêmico 
do NINC - Núcleo de Investigações Constitucionais do Programa de Pós-Graduação 
em Direito da Universidade Federal do Paraná (www.ninc.com.br). Editor-Chefe da 
Revista de Investigações Constitucionais (Qualis A1), da Revista de Direito Econô-
mico e Socioambiental (Qualis A2) e da Revista Eurolatinoamericana de Derecho 
Administrativo. Editor Acadêmico da A&C - Revista de Direito Administrativo & Cons-
titucional (Qualis A2).
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CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM JOSÉ 
AFONSO DA SILVA
 Î Eficácia plena (aplicabilidade imediata): desde a promulgação, está apta a 
produzir todos os seus efeitos, não necessitando de regulamentação infracons-
titucional. É norma de aplicabilidade direta, imediata e de efeitos integrais, que 
só poderá sofrer limitações por outra norma constitucional.
COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?
(CESPE AGENTE PC PE - 2016) Considerando as disposições da CF, é correto afirmar 
que a norma constitucional segundo a qual:
a) a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito nem a coisa 
julgada é de eficácia limitada e aplicabilidade direta.
b) ninguém será privado de liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal 
é de eficácia plena e aplicabilidade imediata.
c) é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qua-
lificações profissionais que a lei estabelecer é de eficácia plena e de aplicabilidade 
imediata.
d) é direito dos trabalhadores urbanos e rurais a proteção do mercado de trabalho 
da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei, é de eficácia plena e 
aplicabilidade imediata.
e) ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante é 
de eficácia contida e aplicabilidade não integral.
RESPOSTA: B
 Î Eficácia Contida (aplicabilidade imediata): desde a promulgação, está apta 
a produzir todos os seus efeitos, mas poderá ter sua abrangência reduzida por 
norma infraconstitucional. Também chamada de norma de eficácia redutível, 
restringível ou prospectiva. Ex: É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou 
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. 
ATENÇÃO: Maria Helena Diniz utiliza a nomenclatura “norma com eficácia restringível”.
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COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?
(DPC MG - 2003) Segundo a doutrina da Aplicabilidade das Normas Constitucionais 
desenvolvidano Brasil pelo professor José Afonso da Silva, as normas constitucio-
nais podem ser classificadas em normas de eficácia plena, contida e limitada. Como 
podemos classificar a norma constitucional do art5° VIII que preleciona: “ ninguém 
será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica 
ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e 
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.”
a) Eficácia plena e aplicabilidade imediata.
b) Eficácia limitada sendo que a sua aplicação plena dependeria de regulamentação 
por lei.
c) Eficácia limitada, por não ser auto-executável.
d) Eficácia contida mas com aplicação mediata e indireta.
e) Eficácia contida e aplicabilidade imediata.
RESPOSTA: E
(CESPE ESCRIVÃO PC PE - 2016) Quanto ao grau de aplicabilidade das normas cons-
titucionais, as normas no texto constitucional classificam-se conforme seu grau de 
eficácia. Segundo a classificação doutrinária, a norma constitucional segundo a qual 
é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualifica-
ções profissionais que a lei estabelecer é classificada como norma constitucional
a) de eficácia limitada.
b) diferida ou programática.
c) de eficácia exaurida.
d) de eficácia plena.
e) de eficácia contida.
RESPOSTA: E
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(DPF CESPE – 2018) A respeito dos direitos fundamentais e do controle de constitu-
cionalidade, julgue o item que se segue.
Em relação aos estrangeiros, a norma constitucional que garante o acesso a cargos, 
empregos e funções públicas é de eficácia contida.
RESPOSTA: E. Trata-se de norma de eficácia limitada.
 Î Eficácia Limitada (aplicabilidade postergada, diferida ou mediata / eficácia 
mínima): desde a sua promulgação, não está apta a produzir todos os seus efeitos, 
tendo em vista que ela necessita de regulamentação infraconstitucional. É nor-
ma de aplicabilidade indireta, mediata, reduzida ou diferida. 
COMO ESSE ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?
(DPC MG 2006) O artigo 7º, XXVII, da Constituição Federal, que assegura aos traba-
lhadores urbanos e rurais, textualmente, “a proteção em face da automação, na 
forma da lei”, é norma de eficácia:
a) Contida, cujo saneamento da omissão pode ser tentado por meio de mandado de 
injunção e de ação direta de inconstitucionalidade por omissão.
b) Contida, cujo saneamento da omissão pode ser tentado somente pelo trabalhador, 
por meio de mandado de injunção, por ser direito a ele conferido.
c) Limitada, cujo saneamento da omissão pode ser tentado somente pelo trabalhador, 
por meio de mandado de injunção, por ser direito a ele conferido.
d) Limitada, cujo saneamento da omissão pode ser tentado por meio de mandado 
de injunção e de ação direta de inconstitucionalidade por omissão.
RESPOSTA: D
ATENÇÃO: Maria Helena Diniz utiliza a nomenclatura “norma com eficácia relativa 
complementável”.
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As normas de eficácia limitada se dividem em dois grupos:
Princípio Institutivo/Organizativo – tem cunho meramente organizacional (estru-
tura). São aquelas que englobam a organização dos poderes e do Estado. Ex. art. 33, 88, 
91, § 2º da CF. São normas que contêm esquemas gerais de estruturação de instituições, 
órgãos ou entidades. Ex. art. 18, §2º, 33, 102, §1º. Ex: A lei disporá sobre a organização 
administrativa e judiciária dos Territórios – art. 33 da CRFB/88; 
Princípio Programático – são programas a serem implementados pelo Estado, para 
a consecução de fins sociais (políticas públicas). Ex. art. 3º da CF (objetivos fundamentais), 
direito à saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia, entre outros. 
OBS: NOVAS NOMENCLATURAS:
 Î Maria Helena Diniz - ainda acrescenta à classificação as normas supereficazes 
ou com eficácia absoluta. Assim são chamadas porque contêm uma força 
paralisante de toda e qualquer legislação que, explícita ou implicitamente vier 
a contrariá-las. Essas normas se perfazem nas chamas cláusulas pétreas (artigo 
60 da CRFB/88).
 Î Uadi Lammêgo Bulos - normas constitucionais de eficácia exaurida (ou esvaída) 
e aplicabilidade esgotada são aquelas, como o próprio nome sugere, que já 
extinguiram a produção de seus efeitos, por isso estão esgotadas. São próprias 
do ADCT, notadamente as normas que já cumpriram o papel, encargo ou tarefa 
para a qual foram propostas.
PODER CONSTITUINTE: FUNDAMENTOS DO PODER CONSTITUINTE; 
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO E DERIVADO; REFORMA E 
REVISÃO CONSTITUCIONAIS; LIMITAÇÃO DO PODER DE REVISÃO; 
EMENDAS À CONSTITUIÇÃO.
ATENÇÃO: Última prova de Delegado Paraná caiu uma questão sobre o tema. 
- Em provas de Delegado de Polícia, o tema Poder Constituinte foi cobrado pela 
última vez em 2018. Em análise aos últimos dez anos, o tema foi muito cobrado. O alu-
no deve ficar atento as caraterísticas do Poder Constituinte Originário, diferenças entre 
Poder Constituinte Derivado Decorrente, Reformador e Revisor e, também, DECORAR o 
art.60 da Constituição Federal. 
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- Em análise aos 15 últimos editais e provas realizadas pela Banca NC- UFPR, o tópi-
co Poder Constituinte constava em 6 editais e caiu uma vez. 
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO (PCO)
Conceito: O objetivo fundamental do PCO é criar um novo Estado, diverso do que 
vigorava em decorrência da manifestação do poder constituinte precedente. 
Não importa a rotulação que é dada ao ato constituinte, o que importará é sua 
natureza. Se este ato rompe com a ordem jurídica anterior intencionalmente, de forma a 
invalidar a ordem preexistente, há um novo Estado.
COMO O ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?
(DPC MG - 2008) Com base na teoria geral do Poder Constituinte, podemos enten-
der como poder institucionalizado:
a) todo poder imposto a um grupo de indivíduos sem que se possa distinguir efeti-
vamente quem o exerce.
b) todo poder individualizado que motiva os distintos regimes políticos.
c) todo poder que consiste em uma operação jurídica que nasce de determinado 
fato ou fenômeno social.
d) todo poder que emana do povo e em seu nome deve ser exercido.
RESPOSTA: C
(IBADE DPC AC – 2017) Acerca do poder constituinte e controle de constitucionalidade, 
é correto afirmar: 
a) O STF admite controle concentrado ou difuso de constitucionalidade de normas 
produzidas pelo poder constituinte originário, aplicando a tese das “normas consti-
tucionais inconstitucionais”. 
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b) Um dos exemplos à limitação circunstancial do poder de reforma na CRFB/88 
diz respeito às pessoas que poderão propor emendas à Constituição (artigo 60, 
CRFB/88). 
c) O poder constituinte originário é definido como permanente, pela possibilidade 
de se manifestar a qualquer tempo. 
d) A CRFB/88 adota o entendimento de que o povo é o titular do poder constituin-
te, se filiando, portanto, à concepção da teoria da soberania nacional cunhada por 
Emmanuel Sieyès. 
e) As limitações materiais ao poder constituinte de reforma (artigo 60, § 4°, CRFB/88) 
significam a intangibilidade literal da respectiva disciplina na Constituição originária.
RESPOSTA: C
(NUCEPE DPC PI – 2018) Sobre o Poder Constituinte, assinale a alternativa CORRETA.
 a) Reformador é incondicionado e ilimitado. 
 b) Originário é aquele que instaura uma nova ordem jurídica, provocando uma rup-
tura com a ordem jurídica anterior.
 c) Dos estados-membros é incondicionado e ilimitado juridicamente. 
 d) Reformador pode suprimir cláusulas pétreas. 
 e) Decorrente é o conferido aos municípios dos territórios.
REPOSTA: B
Características essenciais do Poder Constituinte Originário:
 Î Inicial – Não há nenhum outro poder antes ou acima dele. É um poder inicial, 
pois inaugura a ordem jurídica e institui o Estado.
 Î Poder juridicamente ilimitado - Não sofre limitação imposta por outra ordem 
jurídica, ainda que lhe seja anterior.
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 Î Poder Autônomo – Cabe apenas a ele (PCO) escolher a ideia de direito que vai 
prevalecer dentro de um determinado Estado. 
 Î Incondicionado – O PCO não está submetidoa nenhuma norma formal ou ma-
terial. Essa é uma visão totalmente positivista, pois, para os positivistas, Direito 
é o direito posto pelo Estado. Neste raciocínio, se o poder constituinte não está 
condicionado a nenhum Direito do Estado, ele é incondicionado.
Abade Sieyès, que era jusnaturalista, destacava outras características do poder 
constituinte originário, quais sejam:
 Î Incondicionado juridicamente pelo direito positivo – O poder constituinte 
originário é incondicionado pelo direito positivo, mas está condicionado por 
algumas normas de direito natural.
 Î Poder Permanente – O poder constituinte originário não se esgota no seu 
exercício. Ou seja, mesmo que uma Constituição seja feita, ele não se esgota, 
continuando a existir; fica em estado latente, podendo atuar novamente a qual-
quer momento.
 Î Inalienável – porque a titularidade deste poder não pode ser transferida. 
Dessa forma, é plenamente possível que o poder constituinte originário possa deli-
berar pelo reconhecimento ou não de direitos adquiridos segundo a ordem jurídica anterior.
COMO O ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?
(UEG DPC GO - 2013) O poder constituinte originário, segundo a teoria constitucional, 
é a força política capaz de estabelecer o vigor normativo da Constituição e tem por 
características precípuas
a) pertencer a uma dada ordem jurídica e ser regido pelo direito por ela positivado.
b) esgotar-se com a edição da Constituição, não subsistindo para além dessa ordem.
c) ser a vontade política do grupo de poder, independente de valores culturais.
d) ter eficácia atual por constituir força histórica apta a realizar os fins a que se propõe.
RESPOSTA: D
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(NC-UFPR PROCURADOR – 2019) Desde a sua promulgação, a Constituição da Repú-
blica de 1988 sofreu uma série de alterações, e o tema da reforma não sai de pauta 
dos governos que lhe sucederam. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
a) Uma das prerrogativas do poder constituinte derivado é o de alteração de cláu-
sulas pétreas.
b) No regime constitucional brasileiro atual, está expressamente vedada a conside-
ração de limites materiais ao poder de reforma constitucional.
c) No Brasil, o poder constituinte originário é aquele que decorre do Título I da Consti-
tuição da República, não havendo sentido falar que ele subsiste fora da Constituição.
d) O poder constituinte originário pode deliberar pelo reconhecimento ou não de 
direitos adquiridos segundo a ordem jurídica anterior.
e) Poder constituinte derivado é aquele que se destina à correção de inconstitu-
cionalidades.
RESPOSTA: D
Poder Constituinte Originário formal e material: 
 Î Formal: Responsável pela formalização do conteúdo escolhido, ele será formali-
zado em normas constitucionais. Assembleia Nacional Constituinte. 
OBS: Miguel Reale – teoria tridimensional do direito. 
- Valor – plano axiológico, valores originariamente morais, ex: liberdade... 
- Norma; 
- Fato; 
 Î Material: Diz respeito ao conteúdo, escolhe a ideia de direito que irá prevalecer 
nessa nova constituição, os valores a serem consagrados nessa nova constituição. 
Povo. 
O material precede o formal, estando ambos interligados.
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Formas de expressão do Poder Constituinte Originário:
 Î Outorga: declaração unilateral do agente revolucionário.
Ex.: Constituição de 1824, 1937, 1967, EC 1/69
 Î Assembleia Nacional Constituinte ou Convenção: nasce da deliberação da 
representação popular
Ex.: Constituição de 1891, 1934, 1946, 1988
PODER CONSTITUINTE DERIVADO, INSTITUÍDO, SECUNDÁRIO OU 
DE SEGUNDO GRAU
PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE
Responsável pela elaboração da constituição dos estados-membros.
O poder constituinte decorrente é retirado do texto constitucional, do art.25, CF e 
do art.11, da ADCT. Além de esses dois dispositivos conferirem aos Estados-membros os 
poderes para elaborar suas próprias Constituições, deles é abstraído o Princípio da Sime-
tria. Vejamos o seu teor:
Art. 25, CF - Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que ado-
tarem, observados os princípios desta Constituição.
Art. 11, ADCT - Cada Assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará 
a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição 
Federal, obedecidos os princípios desta. 
Parágrafo único. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara Municipal, 
no prazo de seis meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e 
votação, respeitado o disposto na Constituição Federal e na Constituição Estadual.
Dentro dessa ideia de princípio da simetria, o STF costuma dizer que algumas nor-
mas constitucionais são normas de observância obrigatória pelos Estados-membros. 
As normas de observância obrigatória podem ser divididas em suas espécies. Po-
dem ser:
 Î Expressas:
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Ex. art.27, §1º, CF - § 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, 
aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, 
imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às 
Forças Armadas.
Ex. art.28, CF - A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para man-
dato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, 
e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do 
término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do 
ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77.
Ex. Art. 75, CF - As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à 
organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito 
Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.
Art. 77, CF. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-
-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último 
domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do 
mandato presidencial vigente.
Î Implícitas: essas normas geram polêmica, pois sua definição dependem da juris-
prudência do STF, já que não há qualquer norma constitucional que as estabeleça como 
de reprodução obrigatória. Pelo menos a princípio, não há nenhum critério objetivo para 
se aferir quais normas são de observância obrigatória. 
Algumas das normas constitucionais consideradas de observância obrigatória pelos 
Estados, ainda que implicitamente, segundo o STF são:
 Normas que estabelecem competências para os poderes. Ex. ADI 1.901. Se, por 
exemplo, na CF uma competência é atribuída ao Chefe do Executivo, ou ao judiciário, ou 
ao legislativo, não podem essas mesmas competências serem atribuídas, na esfera esta-
dual ou municipal, a uma autoridade diferente. 
Normas e Princípios básicos do processo legislativo. A CF/88, no seu art.59 e 
seguintes, trata do processo legislativo. Não há dispositivo que diz que essas normas 
devem ser observadas pelos Estados. Contudo, segundo o STF, essas normas devem ser 
obrigatoriamente observadas pelos Estados e também pelos municípios.
Ex. art.61, §1º, CF – matérias de iniciativa privativa do Presidente da República. No 
âmbito Estadual, essas matérias teriam que ser atribuídas ao Governador. No âmbito 
municipal, deveriam ser atribuídas ao Prefeito. Essa norma do art.61, §1º, CF também é 
se observância obrigatória porque é uma norma de competência.
Ex. Na ADI 486, uma Constituição Estadual trouxe uma previsão de que as emendas 
à constituição estadual deveriam ser aprovadas por 4/5 dos membros da Assembleia 
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legislativa. Na esfera federal, a CF exige 3/5 dos membros da Câmara e do Senado. O STF 
declarou inconstitucional esse dispositivo, entendendo muito elevado em relação à CF.
Requisitos para a criação de CPI. O art.58, §3º, CF, estabelece os requisitos para a 
criação de CPIs e é de observância obrigatória pelas constituições estaduais.
Art. 58, §3º, CF - As comissõesparlamentares de inquérito, que terão poderes de 
investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos 
das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, 
em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, 
para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o 
caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou 
criminal dos infratores.
COMO O ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?
(UEG DPC GO - 2013) A partir da ideia da existência de um poder constituinte, 
enquanto poder destinado à criação do Estado e à alteração das normas que consti-
tuem uma sociedade política foram elaboradas teorias que apresentam classificações 
desse poder. Conhece-se assim a distinção entre
a) poder decorrente, enquanto autonomia das unidades da federação, e poder deri-
vado, encarregado da elaboração das normas constitucionais originárias e reforma 
da Constituição Federal.
b) poder de reforma e poder constituinte decorrente, subespécies do poder derivado, 
em que o primeiro compreende a emenda e a revisão e o segundo reporta-se à 
autonomia das unidades da federação.
c) poder de reforma constitucional e poder derivado, em que o primeiro compreende 
a emenda e o segundo a elaboração de normas constitucionais originárias.
d) poder originário e poder decorrente, em que o primeiro compreende as normas 
constitucionais originárias e perenes e o segundo, decorrente do primeiro, compreende 
a reforma constitucional pela emenda e revisão da Constituição Federal.
RESPOSTA: B
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PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR
Trata-se do poder que vai fazer a reforma da constituição, consagrado no art. 60. 
Reforma é a via ordinária de alteração da constituição. São quatro os tipos de limitações 
que podem ser impostas ao poder reformador:
Î Limitações temporais – Impedem a alteração da CF durante um determinado 
período de tempo, com o objetivo de lhe assegurar maior estabilidade. 
Essa limitação temporal ocorreu no Brasil na Constituição de 1824, em que seu 
art.174 proibia qualquer modificação na Constituição durante 4 anos.
Obs: Na constituição atual, havia uma limitação temporal para o Poder Revisor, no 
art.3º, da ADCT, em que se vedava a revisão constitucional antes de 5 anos de sua existência.
Dentro dessa ideia de limitação temporal, com relação ao poder constituinte 
REFORMADOR, não há qualquer limitação temporal na CF/88 (nem no art.60, nem em 
qualquer outro artigo).
Î Limitações Circunstanciais – São limitações que impedem a alteração da 
Constituição em situações especiais. 
Art. 60, §1º, CF - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção 
federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
COMO O ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?
(FUNCAB DPC RO - 2014) Acerca do tema “poder constituinte e reforma constitucio-
nal”, marque a alternativa correta. 
a) Poder constituinte é o poder que o governo tem de vetar as leis inconstitucionais.
b) O poder constituinte reformador manifestado por meio de emendas tem por 
características ser inicial, autônomo e ilimitado.
c) O poder constituinte reformador manifestado por meio de emendas pode ser 
iniciado por meio das mesas das assembleias legislativas. 
d) A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de 
estado de defesa ou de estado de sítio.
e) Compete ao Presidente da República vetar emendas constitucionais que contra-
riem o interesse público.
RESPOSTA: D
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(UEG DPC GO – 2018) É constitucionalmente possível, apesar das limitações constitu-
cionais ao poder constituinte derivado, segundo a doutrina nacional predominante,
 a) a alteração na titularidade dos poderes constituintes originário e derivado 
reformador.
 b) a edição, ainda este ano, da centésima Emenda Constitucional, pois a interven-
ção federal no Rio de Janeiro, prevista para durar até 31 de dezembro de 2018, não 
configura nenhuma limitação temporal ao poder de reforma.
 c) a Constituição ser emendada mediante proposta de iniciativa popular. 
 d) a dupla revisão, com a revogação da cláusula pétrea num primeiro momento e a 
posterior abolição do direito por ela protegido.
 e) a hipotética redução da maioridade penal de 18 para 16 anos.
RESPOSTA: E
Î Limitações Formais ou Procedimentais – Há quem chame estas de limitações 
implícitas. Estão relacionadas ao procedimento a ser utilizado para a alteração da cons-
tituição. 
Temos duas formas de limitações formais: subjetivas e objetivas.
a) Limitação formal subjetiva 
Art. 60, CF - A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado 
Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, 
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Após a iniciativa, a proposta de emenda (PEC) será discutida e votada no Senado e 
na Câmara. Esse quórum está previsto no art. 60, §2º, CF.
Geralmente, a votação começa na Câmara e depois vai para o Senado. A PEC deve 
ser aprovada em 2 turnos de votação, com quórum de 3/5 (ou seja, 60%). Uma casa terá 
a iniciativa e a outra será a revisora.
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COMO O ASSUNTO FOI COBRADO EM CONCURSO?
(VUNESP DPC SP - 2014) A Constituição poderá ser emendada mediante proposta
a) de governador da Unidade da Federação.
b) de mais da metade das Câmaras Municipais, manifestando-se, cada uma delas, 
pela maioria relativa de seus membros.
c) do Presidente da República, mediante representação popular, manifestada por 
apoio de partido político sem representação no Congresso Nacional.
d) de dois terços, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado 
Federal.
e) de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, 
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
RESPOSTA: E
b) Limitação formal objetiva
Art. 60, §2º, CF - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Na-
cional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos 
votos dos respectivos membros.
A PEC não tem sanção nem veto. A Emenda Constitucional é promulgada pelas mesas 
da Câmara E do Senado, conjuntamente.
Art.60, §3º, CF - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem (À medida que 
as emendas vão sendo aprovadas, elas recebem o nº subsequente, que não corresponde 
ao nº da PEC).
Quem publica a Emenda é o Congresso.
Uma última limitação à PEC é aquela prevista no art. 60, §5º, da CF:
Art. 60, §5º, CF - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida 
por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
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A sessão legislativa começa em 2 de fevereiro e vai até 17 de julho. Depois, reco-
meça em 1º de agosto e vai até 22 de dezembro. Cada sessão legislativa anual possui 2 
períodos legislativos (semestrais). 
Se uma PEC é rejeitada ou havida por prejudicada em uma sessão legislativa, ela só 
poderá ser apresentada novamente na sessão legislativa seguinte (ano seguinte).
Î Limitações Materiais ou substanciais – Cláusulas Pétreas - As finalidades das 
cláusulas pétreas são:
- Preservar a identidade material da CF. (CF/69, apesar de ter sido feita por emen-
das, é considerada uma nova CF, pois alterou a identidade da CF/67); 
- Preservar institutos, direitos e valores essenciais;
- Permitem a continuidade do processo democrático (sociedade protegendo-se de 
suas próprias fraquezas). Não são antidemocráticas, ao contrário permitem a continuida-
de da democracia. Art. 60, §4º.
Teorias explicativas das cláusulas pétreas:
a) Teoria do Pré-Comprometimento (Jon Elster): As Constituições 
democráticas são mecanismos de autovinculação (por isso “pré-comprometi-
mento”) adotados

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