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cont_teorico_Instalações prediais de esgoto

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Nesta Unidade da Disciplina, 
tentaremos compreender a questão da 
problemática envolvida nas instalações 
prediais de coleta e encaminhamento 
de esgotos sanitários, numa edificação.
Esgoto primário: 
• é a parte da instalação predial na qual os 
gases e os animais têm acesso. Nela, 
estão alguns aparelhos e canalizações 
que vêm antes dos desconectores. 
• Esgoto secundário: 
• é a parte da instalação predial, a qual os 
gases e animais não têm acesso. São os 
aparelhos e as canalizações que estão 
antes dos desconectores.
Componentes de um projeto de esgoto:
Concepção
Esta é a parte mais importante quanto 
a questões de análise geral da situação a 
resolver e a tomada de decisões de projeto.
• Nesta etapa, segue-se, geralmente, o seguinte roteiro de projeto:
• 1 Identificação de todos os pontos na edificação por onde 
deverão ser eliminados os dejetos sanitários;
• 2 Definição e posicionamento dos desconectores: sifões, caixas
sifonadas, ralos sifonados, caixas de inspeção,
caixas retentoras de gordura, etc;
• 3 Definição do sistema de ventilação;
• 4 Posicionamento dos tubos de queda: do esgoto primário
ou de gordura;
• 5 Definição do acesso às tubulações: para caixas de inspeção,
poços de visita, caixas de gordura, tubulações de insteção;
• 6 Definição do destino do esgoto: se para coletor em rede pública
ou para tratamento e destino particular;
• 7 Desenho físico de toda a rede de coleta e destinação: rede
primária e rede secundária.
• Dimensionamento
• Critérios para dimensionamento
• Consiste em dimensionar os diâmetros capazes de 
proporcionar a vazão necessária.
• Este dimensionamento das tubulações visa permitir o 
rápido escoamento do esgoto, o que só pode ser 
conseguido se a rede tiver bons diâmetros em seus 
dimensionamentos e, também, adequadas declividades 
para seu escoamento.
• Para dimensionamento deste tipo de rede, o método 
sugerido por norma técnica considera o critério das 
Unidades Hunter de Contribuição (UHC).
• Uma Unidade Hunter de Contribuição corresponde a 
uma vazão de 28 litros por minuto.
• Dimensionamento dos ramais de 
descarga:
• Para dimensionamento destes ramais, 
utilizamos duas tabelas a seguir 
apresentadas:
• Unidades Hunter de contribuição dos 
aparelhos sanitários e diâmetro nominal dos 
ramais de descarga
e
• Unidade Hunter de Contribuição para 
diâmetros 
(capacidade de suporte por diâmetros)
• Dimensionamento dos ramais de 
esgoto:
• Para dimensionamento destes ramais, somam-se as 
Unidades Hunter de Contribuição dos ramais de 
descarga que contribuem para o ramal de esgoto e 
recorre-se, então, à tabela a seguir para dimensionar o 
ramal de esgoto:
• Diâmetro nominal do tubo Número de UHC
• 40 3
• 50 6
• 75 20
• 100 160
• 150 620
Dimensionamento dos Tubos de Queda
Na medida do possível, devem ser mantidos na
mesma linha vertical; porém, poderão, eventualmente,
conter desvios de trajetória (geralmente, se adotam
dois desvios de 45º; o ângulo de desvio deve ser
menor que 90º).
Para o dimensionamento, adotamos a seguinte tabela:
Diâmetro do TQ Número máximo de UHC
Prédios até Prédios com mais de
3 pavimentos 3 pavimentos
40 2 2
50 10 8
75 30 70
100 240 500
150 960 1900
Dimensionamento dos coletores e 
subcoletores: 
Para o dimensionamento dos coletores e
dos subcoletores, utilizamos a seguinte tabela:
Diâmetro nominal Número máximo de UHC
Declividade
0,5% 1% 2% 4%
100 xxxx 180 216 250
150 xxxx 700 840 1000
200 1400 1600 1920 2300
Dimensionamento dos ramais de ventilação:
Para o dimensionamento dos ramais de ventilação, os 
diâmetros necessários são obtidos diretamente na tabela 
seguinte:
Grupo de aparelhos Grupo de aparelhos 
sem vaso sanitário com vaso sanitário
Número de UHC Diâmetro Número de UHC Diâmetro
Até 2 40 até 17 50
3 a 12 40 18 a 60 75
13 a 18 50 - -
19 a 36 75 - -
• Dimensionamento das colunas de ventilação
Para o dimensionamento das colunas de ventilação, os diâmetros 
necessários são obtidos diretamente na tabela seguinte:
• Diâmetro Número Diâmetro nominal mínimo da coluna de ventilação
Nominal de UHC 30 40 50 60 75 100 150
Comprimento máximo permitido em metros
• 40 10 9 30
• 50 20 8 15 46
• 75 102 8 26 64 189
• 100 530 6 15 46 177
• 150 2900 6 23 183
• 200 7600 5 43
Destino final do esgoto
Quando coletado por rede pública o esgoto deve ser conduzido 
para as Estações de Tratamento de Esgotos (ETE).
Quando isto não for possível e para o caso de edificações 
que só produzem esgotos do tipo doméstico podem ser feitos 
projetos, construções e operações de sistemas de 
tanques sépticos desde que os efluentes finais tenham 
tratamento e disposição conforme determinados princípios 
de atendimento.
• O esgoto doméstico
• A reunião dos despejos provenientes do 
uso da água para fins higiênicos;
• Os esgotos domésticos contêm enorme 
quantidade de bactérias. Algumas são 
patogênicas, causando doenças;
• No esgoto há ainda bactérias que 
propiciam a transformação do esgoto. 
Sem oxigênio não há condições para a
estabilização da matéria orgânica existente
no esgoto.
Essa avidez de oxigênio, para atender ao
metabolismo das bactérias e a
transformação da matéria orgânica, chama-
se Demanda Bioquímica de Oxigênio
(DBO).
A DBO é, assim, um índice de concentração 
de matéria orgânica presente num volume de água e, 
por consequência, um indicativo dos seus efeitos 
de poluição. 
Portanto, quanto maior a poluição por esgoto, 
maior a quantidade de matéria orgânica presente e 
maior será a demanda de oxigênio para 
estabilizar essa matéria orgânica.
O processo de tratamento
Como já ficou estabelecido no início, pretendemos dar um 
destino ao esgoto doméstico de pequenos grupos habitacionais, 
residências, prédios comerciais, hotéis, quartéis, escolas, etc. 
Neste caso, o destino ocorrerá segundo o esquema seguinte:
Edificação Tanque séptico Filtro anaeróbico  Vala de drenagem
Vala de filtração  Vala de drenagem
 Sumidouro
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Campus Liberdade
R. Galvão Bueno, 868
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Tel: (55 11) 3385-3000
Obrigado e bons 
estudos!
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. José Benedito Gianelli Filho

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