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Os estilos de negociação podem ser divididos em quatro categorias, quais sejam: catalisador, controlador, apoiador e analítico. A seguir uma descrição sucinta de cada categoria de acordo com Junqueira (1998, apud Godinho e Macisokie 2005). 1. Catalisador Destaca-se pela criatividade e espírito empreendedor, sempre com novas ideias. Entusiasta dos grandes empreendimentos. É a pessoa das “coisas novas”, dos grandes projetos e decisões. Pode ser visto como superficial ou irreal em suas decisões e ações. Orientado para ideias, tem necessidade de reconhecimento de sua competência pelos outros e, quanto à confiança, demonstra mais sinceridade e menos credibilidade. Valoriza cumprimentos recebidos e precisa aprender autodisciplina e moderação. Entre outras características, demonstra-se persuasivo, estimulante, convincente, rápido. Pode, em certos momentos, ser inconstante, superficial, exclusivista, impulsivo, difícil de crer, irreal e manipulador. Consegue apoio através de habilidades sociais e uso de novas ideias. Em ambientes de tensão, fala alto e rápido, mostra-se agitado e perde o controle. 2. Controlador Caracteriza-se por tomar decisões rápidas, por sempre preocupar-se com o uso do seu tempo e com redução de custos. Nas discussões, vai direto ao assunto, sendo sempre organizado, conciso e objetivo, preocupado com resultados. Tem necessidade de realização pessoal e conquista de independência financeira. Demonstra mais coerência e menos receptividade. Carece de humildade e de ouvir outras pessoas, apresentando baixa competência interpessoal. Muitas vezes, age sozinho, pensando somente em si próprio e considerando as outras pessoas como recursos para realização de suas tarefas e atingimento de metas. Simplificador e racional, mostra dificuldades em aceitar e conviver com diferenças individuais e faz pré- julgamentos. Entre outras características, é franco, organizado, decidido, eficiente, objetivo, rápido, ambicioso, independente, esforçado. Para conseguir apoio, confia na eficiência, no bom trabalho feito e entregue no prazo. Em ambientes de tensão, torna-se ameaçador e tirânico. 3. Apoiador Considera que os seres humanos são mais importantes que qualquer trabalho, sendo afeito ao trabalho em equipe, procurando agradar os outros e fazer amigos. Pode ser visto como incapaz de cumprir prazos e desenvolver projetos. Tem decisões lentas e busca constante aceitação, orientando-se pelos relacionamentos. Demonstra mais receptividade e menos coerência e tem necessidade de autodeterminação e fixação de metas mais objetivas. Entre outras características, é amável, espontâneo, dócil, compreensivo, cooperador, prestativo e sensível e, às vezes, pode parecer desorganizado e ineficiente. Procura obter apoio trabalhando para o grupo, buscando paz e harmonia. Em ambientes de tensão pode ser falso e sabotador, não manifestando sua opinião. 4. Analítico Questiona para obter o máximo de informações, preocupando-se em saber todos os detalhes executar tarefas e tomar decisões, sem dividir informações relevantes que possui. É orientado para os procedimentos e detalhes e tem necessidade de segurança e confiança. Demonstra mais credibilidade e menos sinceridade. Por preterir a segurança, necessita de aprender a tomar decisões mais rápidas e de ser mais arriscado. Entre outras características, é organizado, sério, lógico, controlado, paciente e não assume riscos. Pode parecer perfeccionista, indeciso e procrastinador. Obtém apoio mantendo-se atualizado e em ambientes de tensão evita o conflito e retira-se. De acordo com Junqueira (1998, apud David e Rodriguez 2011) não há um estilo mais correto de negociação. O que há são estilos distintos, que devem ser conhecidos por todo negociador para que possa, assim, definir o próprio estilo pessoal e identificar o estilo daqueles com os quais negocia. REFERÊNCIAS GODINHO, Wagner Botelho; MACIOSKI, Juliana Maria Klüppel. Estilos de negociação: a maneira pessoal de realizar negócios internacionais. Ciência & Opinião, v. 2, n. 1/2, p. 150-152, 2005. DAVID, Maria do Carmo; RODRIGUEZ Martius Vicente Rodriguez y. Negociação: estilos e flexibilidade fazem a diferença. In: VII Congresso Nacional de Excelência em Gestão. 2011.
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