Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES CURSO DE ENGENARIA CIVIL TRABALHO DE PILARES Marina Reckziegel Marciano Schwarz Nicole M.Busnello Vinícius Reckziegel Lajeado, novembro de 2016. Trabalho de Pilares A edificação está inserida em zona urbana de uma cidade de região litorânea, de tal modo que será considerada a classe de agressividade ambiental III. Em consequência, conforme a Tabela 7.1 e Tabela 7.2 da NBR 6118 e apresentado em BASTOS (2014)12, o concreto deve ser no mínimo o C30 (fck = 30 MPa), a relação a/c ≤ 0,55, e o cobrimento de concreto de 3,5 cm para viga e pilar, com c = 5 mm. A norma permite uma classe de agressividade mais branda para ambientes internos secos, por isso, no cálculo dos pilares internos à edificação (pilares P5 e P8), o cobrimento será diminuído para 2,5 cm. Os demais pilares, que encontram-se na periferia da edificação, serão calculados com cobrimento de 3,5 cm. Outros dados adotados: aço CA-50, coeficientes de ponderação: c = γf = 1,4 , s = 1,15, concreto com brita 1, sem brita 2. Para a tensão de início de escoamento do aço será adotado o valor: fyd = fyk/s = 50/1,15 = 43,5 kN/cm2. Serão dimensionados os lances entre o 1e o 2pavimentos de uma edificação de 3 pavimentos, como indicado na Figura 1. A carga normal característica aplicada na base dos lances dos pilares a serem dimensionados está indicada na Tabela 1. A distância do centro da barra do canto até a face do pilar (d’) é: Adotando c = 5 mm e = 12,5 mm, no cálculo dos pilares d’ será considerado igual a: para c = 3,5 cm d’ = 3,5 + 0,5 + 1,25/2 = 4,6 cm (pilares P1 e P6); para c = 2,5 cm d’ = 2,5 + 0,5 + 1,25/2 = 3,6 cm (pilares P5 e P8) Tabela 1 – Carga Normal (kN) característica nos pilares. Dimensionar os pilares P8 (intermediário), P6 (extremidade) e P1 (canto). Desenhar a armadura nos pilares. Figura 1 – Planta de fôrma do pavimento. - Pilar de intermediário P8: - Pilar de extremidade P6: Momentos fletores atuantes na base e no topo do pilar. hx= 15 - Pilar de Canto – P1 1. PILAR INTERMEDIÁRIO (P8) Nk = 700kN seção = 15cm x 50cm (Ac = 750cm2) lex = ley = 280cm a) Esforços solicitantes Nd = γn. γf. Nk Utilizando a tabela 4, γn = 1,20 Nd = 1,20.1,4.700 = 1176kN b) Índice de esbeltez λx = 3,46 le hx λx = 3,46.280 15 = 64,6cm λy = 3,46 le hy λy = 3,46.280 50 = 19,4cm c) Momento fletor mínimo Mld, mín = Nd(1,5 + 0,03h) Direção x: Mld, mín, x = 1176 1,5 + 0,03.15 = 2293kN. cm elx, min = Md Nd = 2293 1176 = 1,95cm Direção y: Mld, mín, y = 1176 1,5 + 0,03.50 = 3528kN. cm ely, min = Md Nd = 3528 1176 = 3,0cm d) Esbeltez limite O pilar de intermediário não tem excentricidade de 1º ordem, Ma=Mb=0. 𝜆𝑙 = 25 + 12,5. 𝑒1 ℎ 𝛼𝑏 , com 35 ≤ λl ≤ 90 𝜆𝑙, 𝑥,𝑦 = 25 + 12,5. 0 ℎ 1 = 25 ≥ 35 𝐴𝑑𝑜𝑡𝑎𝑟 = 𝜆𝑙, 𝑥,𝑦 = 35 λx = 64,6 > 35 = são considerados os efeitos na 2° ordem na direção x. λy = 19,4 < 35 = não são considerados os efeitos na 2° ordem na direção y. e) Momento de 2º ordem e1) Método do pilar-padrão com curvatura aproximada. Md, tot = αb. Mld, A + Nd le² 10 1 r ≥ Mld, A Mld, min , Mld, A ≥ Mld, min ν = Nd Ac. fcd = 1176 750 3,0 1,4 = 0,73 1 r = 0,005 h(ν + 0,5) = 0,005 15(0,73 + 0,5) = 2,7100. 10−4 cm−1 ≤ 0,005 15 = 3,33. 10−4 cm−1 OK! Direção x: Md, tot, x = 1,0.2293 + 1176 280² 10 . 2,7100. 10−4 = 4791. cm ≥ Mld, min, x OK! Direção y: Md, tot, y = Mld, min, y = 3528kN. cm Cálculo AS, utilizando os ábacos de Venturini (1987) ν = 0,73 Direção x: μ = Md, tot, x hx. Ac. fcd = 4791 15.750. 3,0 1,4 = 0,20 d′x hx = 3,6 15 = 0,24 ≅ 25 Ábaco A − 5: ω = 0,70 Direção y: μ = Md, tot, y hy. Ac. fcd = 3528 50.750. 3,0 1,4 = 0,05 d′y hy = 3,6 50 = 0,07 ≅ 0,05 Ábaco A − 24: ω = 0,1 A armadura final, com a maior taxa de armadura: As = ω Ac fcd fyd = 0,7.750 3,0 1,4 43,5 = 25,86cm² e2) Método do pilar-padrão com rigidez aproximada. 19200 Md, tot² + 3840 h Nd − λ2 h Nd − 19200 αb Mld, A Md, tot − 3840 αb h Nd Mld, A = 0 19200 Md, tot² + 3840.15. 1176 − 64,6². 15.1176 − 19200.1. 2293 Md, tot − 3840.1.15.1176.2293 = 0 19200 Md, tot² − 10179502,4Md, tot − 1,553223. 1011 = 0 Md, tot² − 535,39Md, tot − 8089703,12 = 0 Md, tot = 3125kN. cm μ = Md, tot, x hx. Ac. fcd = 3125 15.750. 3,0 1,4 = 0,13 d′x hx = 3,6 15 = 0,24 ≅ 0,25 Ábaco A − 5: ω = 0,38 A armadura final, com a maior taxa de armadura: As = ω Ac fcd fyd = 0,38.750 3,0 1,4 43,5 = 14,03cm² f) Detalhamento da armadura f1) Armadura mínima longitudinal As, mín = 0,15 Nd fyd ≥ 0,004. Ac As, mín = 0,15 1176 43,5 ≥ 0,004.750 = 4,05cm² ≥ 3,00cm² As = 25,86cm² ≥ As, mín = 4,05cm² 𝟏𝟒 ∅ 𝟏𝟔,𝟎𝟎𝐦𝐦 𝐀𝐬 = 𝟐𝟖,𝟏𝟔𝐜𝐦² f2) Taxa de armadura 𝜌 = As Ac . 100 𝜌 = 28,16 750 . 100 = 3,75% < 𝜌𝑚á𝑥 = 4% f3) Armadura transversal (espaçamento e diâmetro do estribo) ∅est ≥ 5mm ∅l = 16,00 mm ∅𝐞𝐬𝐭 = 𝟓𝐦𝐦 ∅l 4 16 4 = 4mm Smáx 20 cm b𝑤 = 15 cm 12.∅𝑙 = 12.1,6 = 19,2cm 𝐒𝐦á𝐱 = 𝟏𝟓𝐜𝐦 f4) Detalhamento da armadura do pilar P8. 2. PILAR DE EXTREMIDADE (P6) Nk = 300kN seção = 19cm x 19cm (Ac = 361cm2) lex = ley = 280cm Md,y= Md,x= 1586kN.cm el,x= 1586 420 el, x = 3,78cm a) Esforços solicitantes Nd = γn. γf. Nk Utilizando a tabela 4, γn = 1,00 Nd= 1.1,4.300=420kN b) Índice de esbeltez λx = λy = 3,46 le h λx = λy = 3,46.280 19 = 51,0cm c) Momento fletor mínimo Mld, mín = Nd(1,5 + 0,03h) Dir x e y: Mld, mín = 420 1,5 + 0,03.19 = 869,4kN. cm elx, min = eiy, min = Md Nd elx, min = eiy, min = 869,4 420 = 2,07cm d) Esbeltez limite 𝜆𝑙 = 25 + 12,5. 𝑒1 ℎ 𝛼𝑏 , com 35 ≤ λl ≤ 90 Os momentos de Md,y= Md,x= 1586kN.cm é maior que o momento mínimo Dir x e y: Mld, mín = 869,4kN. cm. 𝛼𝑏 = 0,6 + 0,4 𝑀𝑏 𝑀𝑎 = 0,6 + 0,4 −1586 1586 = 0,4 Dir, x = 25 + 12,5. 3,78 19 0,4 = 68,7 ≥ 35 λl, x = 69 Dir, y = 25+12,5. 0 19 1 = 25,0 ≥ 35 λl, y = 35 λx = 51,0 < 69 = não são considerados os efeitos na 2° ordem na direção x. λy = 51,0 > 35 = são considerados os efeitos na 2° ordem na direção y. e) Momento de 2º ordem e1) Método do pilar-padrão com curvatura aproximada. Md, tot = αb. Mld, A + Nd le² 10 1 r ≥ Mld, A Mld, min , Mld, A ≥ Mld, min ν = Nd Ac. fcd = 420 361 3,0 1,4 = 0,54 1 r = 0,005 h(ν + 0,5) = 0,00519(0,54 + 0,5) = 2,53304. 10−4 cm−1 ≤ 0,005 19 = 2,63. 10−4 cm−1 OK! Direção x: Md, tot, x = 1.586kN. cm ≥ Mld, min x = 869,4kN. cm Direção y: Md, tot = 1,0.869,4 + 420 280² 10 . 2,63. 10−4 = 1702,6kN. cm ≥ Mld, min y = 869,4kN. cm Cálculo AS, utilizando os ábacos de Venturini (1987) ν = 0,54 Direção x: μ = Md, tot, x hx. Ac. fcd = 1586 19.361. 3,0 1,4 = 0,11 Ábaco A − 9: ω = 0,09 d′x hx = 4,6 19 = 0,24 ≅ 25 Direção y: μ = Md, tot, x hx. Ac. fcd = 1702,6 19.361. 3,0 1,4 = 0,12 Ábaco A − 5: ω = 0,13 d′x hx = 4,6 19 = 0,24 ≅ 25 A armadura final, com a maior taxa de armadura: As = ω Ac fcd fyd = 0,13.361 3,0 1,4 43,5 = 2,31cm² e2) Método do pilar-padrão com rigidez aproximada. 19200 Md, tot² + 3840 h Nd − λ2 h Nd − 19200 αb Mld, A Md, tot − 3840 αb h Nd Mld, A = 0 19200 Md, tot² + 3840.19.420 − 51². 19.420 − 19200.1.1702,6 Md, tot − 3840.1.19.420.1702,6 = 0 19200 Md, tot² − 22802700Md, tot − 52173112320 = 0 M2d, tot − 1187,64Md, tot − 10161458 = 0 Md, tot = 2649kN. cm μ = Md, tot, x hx. Ac. fcd = 2649 19.361. 3,0 1,4 = 0,18 d′x hx = 4,6 19 = 0,24 ≅ 25 Ábaco A − 5: ω = 0,37 A armadura final, com a maior taxa de armadura: As = ω Ac fcd fyd = 0,37.361 3,0 1,4 43,5 = 6,58cm² f) Detalhamento da armadura f1) Armadura mínima longitudinal As, mín = 0,15 Nd fyd ≥ 0,004. Ac As, mín = 0,15 420 43,5 ≥ 0,004.361 = 1,45cm² ≥ 1,44cm² As = 2,31cm² ≥ As, mín = 1,45cm² 𝟒 ∅ 𝟏𝟎𝐦𝐦 𝐀𝐬 = 𝟑,𝟏𝟒𝐜𝐦² f2) Taxa de armadura 𝜌 = As Ac . 100 𝜌 = 3,14 361 . 100 = 0,87% < 𝜌𝑚á𝑥 = 4% f3) Armadura transversal (espaçamento e diâmetro do estribo) ∅est ≥ 5mm ∅l = 10 mm ∅𝐞𝐬𝐭 = 𝟓𝐦𝐦 ∅l 4 10 4 = 2,5mm Smáx 20 cm b𝑤 = 19 cm 12.∅𝑙 = 12.1,0 = 12,0cm 𝐒𝐦á𝐱 = 𝟏𝟐𝐜𝐦 f4) Detalhamento da armadura do pilar P6. 3. PILAR DE CANTO (P1) Nk = 130kN seção = 19cm x 25cm (Ac = 475cm2) lex = ley = 280cm Md, y = 1202kN. cm Md, x = 2541kN. cm el, x = 1202 182 el, x = 6,60cm el, y = 2541 182 el, y = 13,96cm a) Esforços solicitantes Nd = γn. γf. Nk Utilizando a tabela 4, γn = 1,00 Nd = 1,0.1,4.130 = 182kN b) Índice de esbeltez λx = 3,46 le hx λx = 3,46.280 25 = 38,9 cm λy = 3,46 le hy λy = 3,46.280 19 = 51,0 cm c) Momento fletor mínimo Mld, mín = Nd(1,5 + 0,03h) Direção x: Mld, mín, x = 182 1,5 + 0,03.25 = 409,5kN. cm elx, min = Md Nd = 409,5 182 = 2,25cm Direção y: Mld, mín, y = 182 1,5 + 0,03.19 = 376,7kN. cm ely, min = Md Nd = 376,7 182 = 2,07cm d) Esbeltez limite 𝜆𝑙 = 25 + 12,5. 𝑒1 ℎ 𝛼𝑏 , com 35 ≤ λl ≤ 90 O momento de Md, x = 2541kN. cm é maior que o momento mínimo Mld, mín, x = 409,5kN. cm 𝛼𝑏 = 0,6 + 0,4 𝑀𝑏 𝑀𝑎 = 0,4 ≤ 𝛼𝑏 ≤ 1,0 = 0,6 + 0,4 −2541 2541 = 0,2 ≥ 0,4 Dir, x = 25 + 12,5. 13,96 25 0,4 = 80,0 ≥ 35 λl, x = 80,0 O momento de Md, y = 1202kN. cm é maior que o momento mínimo Mld, mín, y = 376,7kN. cm 𝛼𝑏 = 0,6 + 0,4 𝑀𝑏 𝑀𝑎 = 0,4 ≤ 𝛼𝑏 ≤ 1,0 = 0,6 + 0,4 −1202 1202 = 0,2 ≥ 0,4 Dir, y = 25 + 12,5. 6,90 19 0,4 = 73,4 ≥ 35 λl, x = 73,4 λx = 38,9 < 80,0 = não são considerados os efeitos na 2° ordem na direção x. λy = 51,0 < 73,4 = não são considerados os efeitos na 2° ordem na direção y. e) Momentos fletores Md, x = 2541kN. cm ≥ Mld, min, x = 409,5kN. cm Md, y = 1202kN. cm ≥ Mld, min, y = 376,7kN. cm ν = Nd Ac. fcd = 182 475 3,0 1,4 = 0,18 Cálculo AS, utilizando os ábacos de Flexão Composta Oblíqua, PINHEIRO (1994) ν = 0,18 Direção x: μx = Md, tot, x hx. Ac. fcd = 2541 25.475. 3,0 1,4 = 0,10 d′x hx = 4,6 25 = 0,18 ≅ 0,20 Direção y: μy = Md, tot, y hx. Ac. fcd = 1202 19.475. 3,0 1,4 = 0,06 d′y hy = 4,6 19 = 0,24 ≅ 25 ν = 0,18 –Abaco A − 67 − Taxa de armadura ω = 0,19 A armadura final, com a maior taxa de armadura: As = ω Ac fcd fyd = 0,19.475 3,0 1,4 43,5 = 4,45cm² f) Detalhamento da armadura f1) Armadura mínima longitudinal As, mín = 0,15 Nd fyd ≥ 0,004. Ac As, mín = 0,15 182 43,5 ≥ 0,004.475 = 0,63cm² ≥ 1,90cm² As = 4,45cm² ≥ As, mín = 1,90cm² 𝟒 ∅ 𝟏𝟐,𝟓𝐦𝐦 𝐀𝐬 = 𝟒,𝟗𝟏𝐜𝐦² f2) Taxa de armadura 𝜌 = As Ac . 100 𝜌 = 5,00 361 . 100 = 1,05% < 𝜌𝑚á𝑥 = 4% f3) Armadura transversal (espaçamento e diâmetro do estribo) ∅est ≥ 5mm ∅𝐞𝐬𝐭 = 𝟓𝐦𝐦 ∅l 4 12,5 4 = 3,1mm Smáx 20 cm b𝑤 = 19 cm 12.∅𝑙 = 12.1,25 = 15,0cm 𝐒𝐦á𝐱 = 𝟏𝟓𝐜𝐦 f4) Detalhamento da armadura do pilar P1.
Compartilhar