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Resumo para internacional

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Resumo para internacional
Quais as diferenças entre direito interno e direto internacional?
No plano interno temos um sistema totalmente centralizado, o que significa dizer que as regras emanam do poder para a sociedade. Imposição das leis na sociedade.
Centralização do governo para a sociedade, em todos os três poderes, executivo, legislativo, judiciário (STF).
No plano internacional, não temos legislativo nem executivo, temos apenas o judiciário e ele é completamente descentralizado. 
A regra no DIP nasce do consentimento dos sujeitos. Surge a partir da cooperação e do entendimento mútuo entre os sujeitos
Na época mais remota, aonde se encontra indícios do direito internacional?
Na Grécia, Roma e Idade média... O que se destaca em relação ao direito internacional?
3.010 ac. umma e lagash – povoados, primeiro registro de um tratado, território em comum entre os povoados.
1280 – 1275 ac. – tratado de Kadesh (na Turquia) – paz, alianças – objetivava manter a paz.
Grécia:
- anfictionias: origem das organizações internacionais. Representantes das cidades-estado gregas, conselho.
- arbitragem: modo de resolução de conflitos.
Roma:
- Jus gentium (direito das gentes)
- jus fetiale – regula a guerra
Idade média:
Estado + Igreja
- guerra justa – guerra justificável, motivo, causa
- paz de Deus – há locais, alvos que não podem ser atingidos, igreja, alvos indisponíveis
- Trégua de Deus – aos Domingos, descanso para rezar.
O que foi a paz de westfalia?
Paz de Vestifália: celebrou o fim da guerra dos trinta anos, demarcando: 
(a) Soberania entre os Estados 
(b) Obrigação de não intervenção nos assuntos internos 
(c) Igualdade jurídica.
O que foi o congresso de Viena?
Começo da queda de Napoleão, marca a saída das monarquias das Américas, iniciando-se as colonizações dos países Africanos, surge o princípio da PROTEÇÃO DIPLOMÁTICA, o País representa o indivíduo, frente a outro país, utilizado até hoje.
No início do século XX, após a primeira guerra mundial, quais as mudanças ocorridas?
Fim das ligas das nações e início da ONU.
O que é a liga das nações? Quais as características do seu conselho de segurança?
É antecessora da ONU.
A Liga possuía uma Secretaria Geral permanente, sediada em Genebra, e era composta de uma Assembléia Geral e um Conselho Executivo. A Assembléia Geral reunia, uma vez por ano, representantes de todos os países membros da organização, cada qual com direito a um voto. Já o Conselho, principal órgão político e decisório, era composto de membros permanentes (Grã-Bretanha, França, Itália, Japão e, posteriormente, Alemanha e União Soviética) e não-permanentes, estes últimos escolhidos pela Assembléia Geral. Não possuindo forças armadas próprias, o poder de coerção da Liga das Nações baseava-se apenas em sanções econômicas e militares. Sua atuação foi bem-sucedida no arbitramento de disputas nos Bálcãs e na América Latina, na assistência econômica e na proteção a refugiados, na supervisão do sistema de mandatos coloniais e na administração de territórios livres como a cidade de Dantzig. Mas ela se revelou impotente para bloquear a invasão japonesa da Manchúria (1931), a agressão italiana à Etiópia (1935) e o ataque russo à Finlândia (1939). Em abril de 1946, o organismo se autodissolveu, transferindo as responsabilidades que ainda mantinha para a recém-criada Organização das Nações Unidas, a ONU.
Há proibição do uso da força?
Não.
Após a segunda guerra, o que acontece?
A ONU tem como princípios e objetivos fazer o que?
Preâmbulo da ONU. Os propósitos das Nações Unidas são:
Manter a paz e a segurança internacionais;
Desenvolver relações amistosas entre as nações;
Realizar a cooperação internacional para resolver os problemas mundiais de caráter econômico, social, cultural e humanitário, promovendo o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais;
Ser um centro destinado a harmonizar a ação dos povos para a consecução desses objetivos comuns.
As Nações Unidas agem de acordo com os seguintes princípios:
A Organização se baseia no principio da igualdade soberana de todos seus membros;
Todos os membros se obrigam a cumprir de boa fé os compromissos da Carta;
Todos deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pacíficos, de modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais;
Todos deverão abster-se em suas relações internacionais de recorrer à ameaça ou ao emprego da força contra outros Estados;
Todos deverão dar assistência às Nações Unidas em qualquer medida que a Organização tomar em conformidade com os preceitos da Carta, abstendo-se de prestar auxílio a qualquer Estado contra o qual as Nações Unidas agirem de modo preventivo ou coercitivo;
Cabe às Nações Unidas fazer com que os Estados que não são membros da Organização ajam de acordo com esses princípios em tudo quanto for necessário à manutenção da paz e da segurança internacionais;
Nenhum preceito da Carta autoriza as Nações Unidas a intervir em assuntos que são essencialmente da alçada nacional de cada país.
Quais as estruturas básicas dessa oi? Sobre a AG e o CS - o que se destaca?
A ONU é divida em seis órgãos principais: a Assembléia geral, o conselho de segurança, o secretariado, o conselho socioeconômico, o tribunal internacional de justiça e o conselho de tutela. Além dos órgãos principais, a ONU é composta por muitas agencias e programas.
A Assembléia Geral da ONU é o principal órgão deliberativo da ONU. É lá que todos os Estados-Membros da Organização (193 países) se reúnem para discutir os assuntos que afetam a vida de todos os habitantes do planeta. Na Assembléia Geral, todos os países têm direito a um voto, ou seja, existe total igualdade entre todos seus membros.
Assuntos em pauta: paz e segurança, aprovação de novos membros, questões de orçamento, desarmamento, cooperação internacional em todas as áreas, direitos humanos, etc. As resoluções – votadas e aprovadas – da Assembléia Geral funcionam como recomendações e não são obrigatórias.
As principais funções da Assembléia são:
Discutir e fazer recomendações sobre todos os assuntos em pauta na ONU;
Discutir questões ligadas a conflitos militares – com exceção daqueles na pauta do Conselho de Segurança;
Discutir formas e meios para melhorar as condições de vida das crianças, dos jovens e das mulheres;
Discutir assuntos ligados ao desenvolvimento sustentável,  meio ambiente e direitos humanos;
Decidir as contribuições dos Estados-Membros e como estas contribuições devem ser gastas;
Eleger os novos Secretários-Gerais da Organização.
O Conselho de Segurança
O Conselho de Segurança é o órgão da ONU responsável pela paz e segurança internacionais.
Ele é formado por 15 membros: cinco permanentes, que possuem o direito a veto – Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França e China – e dez membros não-permanentes, eleitos pela Assembleia Geral por dois anos.
Este é o único órgão da ONU que tem poder decisório, isto é, todos os membros das Nações Unidas devem aceitar e cumprir as decisões do Conselho.
Suas principais funções e atribuições são:
Manter a paz e a segurança internacional;
Determinar a criação, continuação e encerramento das Missões de Paz, de acordo com os Capítulos VI, VII e VIII da Carta;
Investigar toda situação que possa vir a se transformar em um conflito internacional;
Recomendar métodos de diálogo entre os países;
Elaborar planos de regulamentação de armamentos;
Determinar se existe uma ameaça para o paz;
Solicitar aos países que apliquem sanções econômicas e outras medidas para impedir ou deter alguma agressão;
Recomendar o ingresso de novos membros na ONU;
Recomendar para a Assembleia Geral a eleição de um novo Secretário-Geral.
Na guerra fria, o que aconteceu com o direito internacional? Como acabou a guerra fria?
Guerra fria – congelamento do sistema da ONU.
Primeira relação entre EUA e Bin Laden, o treinou para tirar a União Soviética.
Guerra fria é uma modelo de influência.
O que se destaca no pós guerra fria?O que forma a sociedade moderna? Quais as características q se ressalta?
O que representa o 11 de setembro!?
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Quais são os sujeitos de Dip!? (Qual a diferença entre ator e sujeito?)
TRADICIONAIS                          NOVOS         OUTROS QUE PODEM ATUAR 
-Estados                                     -Indivíduo        -Beligerantes
-Organizações internacionais     -ONG's           -Insurgentes
-Santa Sé                                    -Empresas     -Nações em luta pela soberania
                                                                           -Blocos Regionais
No q tange aos estados, como eles são formados? Quais as suas características? Como são reconhecidos como tal? Podem ser extintos? Como? Quais as conseqüências da sua extinção?
RECONHECIMENTO: o nascimento de um Estado independente da ação dos demais. Mas, para entrar em relação com os diferentes membros da comunidade internacional, ou, antes, para a sua admissão como Estado presente nesta, o Estado precisa ser reconhecido como tal, internacionalmente, pelos demais. O reconhecimento de que se trata é, pois, ato livre e unilateral pelo qual um Estado admite a existência de outro, manifestando assim que o reconhece como pessoa de Direito Internacional Público, capaz de praticar atos na comunidade internacional com outros Estados.
Modalidades de Reconhecimento: o reconhecimento de novos Estados pode ser expresso ou tácito, mas deve sempre indicar claramente a intenção do Estado que o pratica. No primeiro caso, emite-se alguma declaração expressa, por meio de ato público e administrativo, ou tratado, de forma que um Estado reconheça, formalmente, outro. No segundo caso, o reconhecimento resulta implicitamente de algum ato que torne aparente o tratamento de novo Estado como membro da comunidade internacional: é o caso de início de relações diplomáticas ou celebração de tratado com um novo Estado sem que, antes, este tenha sido reconhecido. 
 EXTINÇÃO: se desaparece um dos elementos essenciais do Estado (território, governo soberano e povo), este se extingue ou deixa de existir como pessoa de direito internacional. A extinção pode ser total ou parcial, e, assim, o Estado cessa inteiramente ou perde apenas uma parte de sua personalidade internacional. Neste segundo caso, o Estado não é suprimido como tal, mas, juridicamente, deixa de ser o que era. Entre as causas de extinção total, podem se mencionar as seguintes: a absorção completa do 
Estado por outro ou outros, seja por anexação forçada, seja por incorporação voluntária. É o exemplo da República Socialista de Sloborskaia, que foi incorporada à Comunidade Livre de Pasárgada. Há também, como causa, a divisão do Estado em duas ou mais partes, que, por sua vez, se constituem em novos Estados. Há também o desaparecimento da população ou do território. 
Palestina e Kosovo - são estados? Não são? E as ilhas como tuvalu que somem... Como lidar com isso?
A reação internacional para a declaração de independência do Kosovo de 2008 foi a resposta dos países e outras entidades que ou levaram uma posição no reconhecimento da República do Kosovo ou a reconheceram de algum modo, depois da declaração unilateral de independência da Sérvia pelo Parlamento do Kosovo. A independência foi declarada em 17 de fevereiro de2008 com 109 votos a favor e 0 contra. Todos os representantes da minoria sérvia, 11 no total, boicotaram a declaração.1 Cartas para todos os países do mundo foram então enviadas pelo novo governo do Kosovo, solicitando reconhecimento. Em 28 de fevereirode 2008, a Alemanha tornou-se o primeiro país a formalizar seu reconhecimento do Kosovo quando transformou seu escritório diplomático em Priština para uma embaixada.Até 26 de setembro de 2013 a República do Kosovo foi oficialmente reconhecida por 106 dos 193 estados-membros das Nações Unidas, como também por outras entidades, incluindo outros Estados, mas outros 20 estados-membros da ONU ou recusaram estender reconhecimento deles ou é improvável que reconhecerão. O Conselho de Segurança das Nações Unidas está dividido nesse assunto. Dos cinco membros com direito de vetar, três (os EUA, o Reino Unido e a França) reconheceram a declaração de independência. Entretanto, a República Popular da China expressou preocupação sobre as negociações, e a Rússia considerou a declaração como ilegal.Todos os estados vizinhos do Kosovo, excetuando a Sérvia, reconheceram a declaração de independência, sendo estes a Albânia,República da Macedônia e Montenegro.
Quem são as organizações internacionais? Qual a diferença para ONG? Quais os elementos principais? Como são classificadas? São responsabilizadas? E o seu funcionário? Quais os objetivos e classificação da ONU, Mercosul, unasul, OEA?
O indivíduo eh sujeito de Dip? Desde quando!? Pleno?  Terrorista eh sujeito de Dip?
Beligerantes - quem são?
São movimentos contrários ao governo de um estado, que visam conquistar o poder ou a criar um novo ente estatal, e cujo estado de beligerância é reconhecido por outros membros da sociedade internacional.
Santa se - o que eh?
É a entidade que comanda a igreja católica apostólica romana. É chefiada pelo papa e é composta pela cúria romana, conjunto de órgãos que assessora o sumo pontífice, etc. é um sujeito de direito internacional, status adquirido ao longo dos séculos, etc. o Santo padre ainda goza de prerrogativas de chefe de estado. Além disso, a santa sé pode celebrar contratos participar de organizações internacionais e exercer o direito de legação.
CICV - o que eh?
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Quais as fontes de Dip!? Aonde então listadas? Há fontes não listadas? Já hierarquia entre as fontes!?
No DIP não há hierarquia entre as fontes do direito, todas podem ser utilizadas para fundamentar uma conduta. As fontes estão no art. 38, do estatuto da corte internacional de justiça.
- fontes clássicas: existem desde 1917.
- Tratado;
- Costume;
- Princípios gerais do direito;
- Doutrina de autores renomados;
- Jurisprudência de cortes internacionais.
Direito internacional não prevê hierarquia entre as suas fontes.
Convenções e Tratados Internacionais
Usos e Costumes Internacionais
Princípios Gerais do DIP (pacta sunt servanda; não agressão; coexistência pacífica; proibição de propaganda de guerra; etc)
Doutrina e Jurisprudência
Sobre os tratados, em especial:
Quais os elementos principais do tratado? Como ele pode ser formalizado? Quais as etapas de adoção? Em especial par ao Brasil... Quem pode fazer? Precisa de alguma autorização? Como os tratados são vistos no plano interno!?
Os tratados via de regra são equiparados a Lei Ordinária.
Se há conflito, aplica-se a regra Lex posterior derrogat priori.
Art. 48 CTN
As regras de direito interno sempre vão ser....
Tratados de direitos humanos
EXCEÇÃO: é distinto da regra geral. Art. 5, § 2º CF
Todos os tratados que prescrevem sobre direitos humanos, serão no mínimo supra legais.
Podemos dividir os tratados em três:
- regra geral
- supra legal
- emenda constitucional
Formalidade do tratado
Todo tratado deve obedecer um critério formal;
Assim, somente são admitidos tratados estabelecidos na forma escrita;
São “competentes” para firmar um Tratado internacional as Pessoas Jurídicas de Direito Internacional;
Os Estados Soberanos;
As organizações internacionais;
A Santa Sé;
A validade de um Tratado está condicionada a “licitude” de seu objeto, bem como a “possibilidade” deste.
Quanto ao número de partes:
Bilateral - Tratado é firmado entre duas pessoas jurídicas de Direito Internacional;
Multilateral - Tratado é firmado entre três ou mais pessoas jurídicas de Direito Internacional
Quanto a sua execução no tempo:
Transitório - Tratado que tenha seu efeito limitado a um lapso temporal;
Permanente - Tratado cuja execução se prolonga ao longo do tempo, não tendo a instantaneidade do primeiro como condição essencial
Quanto a sua execução no espaço:
O Tratado sempre será respeitado nos limites territoriais dos países contratantes, não podendo valer apenas de forma parcial.OBS. O Tratado também pode gerar efeitos em áreas de interesse comum. Ex.: alto-mar; espaço sideral; e Antártica.
Estão habilitados a negociar um tratado os seguintes representantes de Estado:
Chefe de Estado;
Chefe de Governo;
Plenipotenciários:
     - Ministro das Relações Exteriores;
     - Chefes de Missão Diplomática (Cônsules e Embaixadores);
     - Aquele que portar a carta de plenos poderes expedida pelo Chefe de Estado, exclusivamente;
      4. Delegações Nacionais Técnicas – quando houver necessidade de grande conhecimento técnico do “negociador”.
Negociação Bilateral
Território: Em uma das partes contratantes ou em território neutro, caso haja clima de tensão conflitiva;
Língua: Caso as partes disponham de um mesmo idioma, é neste que será lavrado o tratado.Em casos de países plurilíngües, o tratado e sua negociação transcorrerão na língua em comum de ambos. Na ausência de língua em comum, escolhe-se uma língua para uma maior comodidade;
Havendo acordo quanto aos termos balizadores do tratado e posto esses a termo, há a chamadaautenticação do tratado, via Assinatura, quando o negociador estatal detém capacidade para tanto, vinculando o ato negociado à vontade do Estado.
Negociação Multilateral
Território: Do país proponente da negociação ou, quando houver organizações internacionais envolvidas, a Sede desta;
Língua: Escolhe-se uma língua oficial para a negociação, para maior comodidade, via qual será produzida a versão autêntica do Tratado;
Evita-se texto “acordado” pelo Voto, para se evitar submissões dos Estados Vencidos. Dá-se preferência pelo Consenso, mesmo que no processo de negociação haja mútua concessões;
Ratificação
- Características
Competência: Disposta pela Ordem Jurídica interna de cada Estado Soberano;
Discricionariedade: Ainda que manifesta, em primeiro momento, a vontade do Estado em vincular-se ao tratado negociado, esta não obriga o parlamento ou o executivo a aderir ao tratado negociado;
Irretratabilidade: Uma vez ratificado o tratado, espera-se que ele vincule ao Estado ratificador o compromisso, sem que seja possível a retratação, salvo nos casos previstos e regulados pelo próprio tratado sobre Denúncia Unilateral
Ratificação
- Procedimento Brasileiro
Após a assinatura, submete-se a aprovação do  Congresso Nacional;
Uma vez aprovado pelo Senado, tal aprovação é encaminhado ao Presidente da República via Decreto-legislativo;
Tal decreto não vincula a aprovação do Executivo, mas uma vez aprovado, vincula-se a ratificação do tratado via Decreto-Executivo;
Quando a matéria versar sobre direitos Humanos, o tratado entra no Ordenamento Jurídico com força de Emenda Constitucional (Art. 5º §3º da C.F.);
Registro do Tratado
Procedimento por meio do qual o Tratado, depois de concluído, é encaminhado pelos signatários para a Secretaria Geral da ONU, que se encarregará de registrá-lo em seus arquivos, bem como informar a existência deste aos demais membros
Da entrada em vigor:
Sistemas para vigência dos Tratados
Vigência Contemporânea do consentimento: Quando há a simultaneidade entre o consentimento definitivo e a entrada e vigor.
Vigência Diferida: Quando há um lapso temporal entre o consentimento definitivo e a entrada em vigor (“prazo de acomodação”).
Efeitos sobre terceiros
Efeito difuso: Situações jurídicas objetivas. Ex. Estados B e C, condôminos de águas interiores fluviais, convencionam em abri-las à livre navegação civil de todas as bandeiras;
Efeito aparente: Cláusula de nação mais favorecida. Consiste em disposição contratual que condiciona, como reflexo, benefício a um dos contratantes ou a “Terceiro” Estado.  
Emendas
Alteração pontual em Tratados
Revisão ou Reforma = é o nome do empreendimento modificativo de proporções mais amplas que a Emenda singular
Violação
A violação substancial de um Tratado dá direito à outra parte de entendê-lo extinto, ou de suspender seu fiel cumprimento, no todo ou em parte;
Se o compromisso é coletivo, igual direito têm os pactuantes não faltosos em suas relações com o Estado “Violador”.
Conflito entre Tratados
Prevalecem os princípios da:
Lex posterior derogat priori - lei posterior derroga a anterior
Lex specialis derogat generali - lei especial derroga a geral
(Tratado prevalece sobre a lei em matéria tributária)
Extinção do Tratado
Predeterminação ab-rogatória = Pode ocorrer por força temporal ou pela extinção de tratado principal;
Decisão ab-rogatória superveniente: As partes resolvem extinguir o tratado, mesmo não havendo cláusula prévia. Tal possibilidade pode vir a ocorrer pela vontade das partes (mais comum em tratados bilaterais),ou ainda por voto majoritário simples (Se assim disposto pelas partes).
Ato Unilateral Extintivo
Consiste em apenas extinguir os efeitos do tratado ao Estado denunciante
Pode ser feito a todo o momento, desde que não haja cláusula contrária no tratado
Deve haver o denominado pré-aviso
A denúncia se exprime por escrito;
É feita mediante notificação, carta ou instrumento;
Sua transmissão é feita a quem tem competência de depositário de tal tratado, por se tratar de ato de governo;
Denúncia x Direito Interno
Se não houver o consentimento de vontade do Poder Executivo e Legislativo, haverá a possibilidade de denúncia;
Mudanças Circunstanciais
Visado pela teoria da cláusula rebus sic stantibus
 Cláusula rebus sic stantibus: Todo contrato deve ser entendido sobre a premissa de que as coisas permanecem no estado em que se achavam quando da assunção do compromisso;
E o jus cogens?
Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito - Internacional Geral (jus cogens): É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza".
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Imunidade de jurisdição... O que eh!? Quando pode ocorrer!? Tem diferença entre jurisdição e execução!? Quais as diferença a entre ato de império e de gestão? Isso implica o que nas imunidades!?
o agente diplomático gozará da imunidade de jurisdição penal do Estado acreditado. Gozará, também, da imunidade de jurisdição civil e administrativa, a não ser que se trate de uma ação referente a qualquer profissão liberal ou atividade comercial exercida pelo agente diplomático no Estado acreditado fora de suas funções oficiais
E no caso dos agentes do estado? Quem são!? Diplomata e cônsul - quais as atribuições? Tem imunidades e privilégios!? Quais as diferenças!?
Diplomata: representa o interesse do estado no exterior.
A imunidade diplomática é uma forma de imunidade legal e uma política entre governos que assegura às Missões diplomáticas inviolabilidade, e aos diplomatas salvo-conduto,isenção fiscal e de outras prestações públicas (como serviço militar obrigatório), bem como de jurisdição civil e penal e de execução.
Os privilégios e imunidades podem ser classificados em inviolabilidade, imunidade de jurisdição civil e penal e isenção fiscal,9 além de outros direitos como liberdade de culto e isenção de prestações pessoais.
A inviolabilidade abrange a sede da Missão e as residências particulares dos diplomatas, bem como os bens ali situados e os meios de locomoção. Aplica-se também à correspondência e às comunicações diplomáticas.
Da imunidade de jurisdição decorre que os atos da Missão e os de seus diplomatas não podem ser apreciados em juízo pelos tribunais do Estado acreditado. Além de imunidade de jurisdição civil e administrativa, os agentes diplomáticos também gozam de imunidade de jurisdição penal. A imunidade de execução é absoluta - eventuais decisões judiciais ou administrativas desfavoráveis à Missão ou aos diplomatas não podem ser cumpridas à força pelas autoridades do Estado acreditado.
A isenção fiscal abrangeo Estado acreditante, o chefe da Missão, a própria Missão e os agentes diplomáticos. Esta isenção inclui os impostos nacionais, regionais e municipais, bem como os direitos aduaneiros, mas não se aplica a taxas cobradas por serviços prestados.10
A imunidade diplomática não confere ao diplomata o direito de se considerar acima da legislação do Estado acreditado - é obrigação expressa do agente diplomático cumprir as leis daquele Estado.11
Cônsul: representa o interesse dos particulares no exterior.
Inviolabilidade está ligada com os documentos serem invioláveis, rackeados, bagagem de diplomata não pode ser aberta, etc.
Embaixada (missão diplomática) também é inviolável.
Imunidades são diferentes para cônsul e diplomatas.
Dentre as diversas funções do cônsul destacam-se as seguintes:6
proteger os interesses dos seus nacionais, quer pessoas naturais, quer pessoas jurídicas;
promover o comércio entre o seu Estado e o país onde reside;
expedir documentos de viagem (por exemplo, passaportes) aos seus nacionais e vistos de entrada aos estrangeiros que desejem entrar no território do seu Estado;
prestar assistência aos seus nacionais;
atuar como notário e oficial do registro civil, registrando nascimentos, casamentos e óbitos de seus nacionais que residam no país onde o cônsul atua;
inspecionar os navios e aeronaves de sua nacionalidade.
Responsabilidade internacional do estado... Quando ocorre? Diferenças entre aquelas q tem ato ilícito e as que não tem ("objetiva")? Omissão e ação? Exlcudetes?? Consequências?! Aonde esta prevista essa responsabilidade?
Quadro anexo.
Responsabilidade Regional
Ato Ilícito + Nexo Causal + Dano moral ou material
Indivíduo (‘representado’) X Estado
Violação especifica sofrida pelo indivíduo.
E a corte internacional de justiça? Como funciona!? E os casos como ao até lá!?
Já respondido na última pergunta. 
Direitos humanos - o que são?! Como podemos classificá-los!? Quais os pontos históricos relevantes!?
Direitos que o estado deve garantir, mas que não o faz. Decisões coercitivas para que o estado respeite esses direitos.
1 – irrenunciáveis (inalienabilidade): nascemos com direitos que não podemos abrir mão. Direitos personalíssimos.
Direito inalienável.
Parâmetros éticos limitam o que pode e o que não pode.
2 – intangíveis (peremptórios / invioláveis): em tempo de paz não pode haver violação.
Tempo de necessidade, exceção; estado de guerra – PIDCP, art. 4º, §2. Exceto os de jus cogem, não podem ser violados.
3 – imprescritíveis: são mantidos a partir do momento que são conquistados e positivados pela sociedade. São alargados com a conquista de novos direitos.
4 – indivisíveis: os direitos humanos são interligados, não se podendo aplicar um abrindo mão de outro.
5- universais: declaração universal dos direitos humanos, pacto internacional. (relativismo).
Direitos fundamentais são previstos nas constituições de cada país. Direitos Humanos são direitos garantidos no plano internacional em qualquer lugar que ele esteja vinculando todos os membros da sociedade internacional.
1215 - carta magna: primeiro documentos com garantias fundamentais (nessa época, contra o monarca).
1628 – petition of rights
1679 – habeas corpus
1689 – carta de direito da Inglaterra 
1776 – declaração de independência dos EUA.
1789 – revolução francesa (direitos do homem e dos cidadãos – normas restritas a França)
1917 – Constituição Mexicana
1919 – Const. Weiner
No plano internacional lá ao D estão previstos!? E no plano regional!?
O que dita o pacto de San José sobre Direitos humanos e o que está na CF nesse sentido!?
Como podemos combater a inefetividade dos Direitos (em oposição a eficácia jurídica)? Como funciona o sis. Interamericano de diretos humanos!? Comissão e corte? E o Brasil.. Se submete?
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Direito humanitário - o que eh!? Qual o direito base desse campo!? Quem garante a efetividade dos Dirietos!?
Quais as origens do TPI!? Quais as diferenças entre os tribunais!? E o estatuto de Roma!? O Brasil se submete!? Que crimes julga!?
Origens, estatuto de Roma que cria o TPI. Brasil se submete.
TPI:
-Crimes de guerra
-Crimes contra a humanidade
-Crime de genocídio
-Crime de agressão.
Primeiramente devemos identificar os sinônimos, quais sejam, 
Tribunal Internacional de Justiça ou Corte Internacional de Justiça( bizu : TIJ = CIJ ), e Tribunal Penal Internacional ou Corte Penal Internacional (bizu : TPI = CPI ) 
Agora vamos para as diferenças :
O Tribunal Internacional de Justiça ou Corte Internacional de Justiça é o principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas, e sua principal função é de resolver conflitos jurídicos a ele submetidos pelos Estados e emitir pareceres sobre questões jurídicas apresentadas pela Assembléia Geral das Nações Unidas, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas ou por órgãos e agências especializadas acreditadas pela Assembléia da ONU, de acordo com a Carta das Nações Unidas.
A Corte Penal Internacional ou Tribunal Penal Internacional é o primeiro tribunal penal internacional permanente. Seu objetivo é promover o Direito internacional, e seu mandato é de julgar os indivíduos e não os Estados (tarefa do Tribunal Internacional de Justiça). Ela é competente somente para os crimes mais graves cometidos por indivíduos: (genocídios, crimes de guerra, crimes contra a humanidade e talvez os crimes de agressão
Tribunal Internacional de Justiça ou Corte Internacional de Justiça julga os os Estados.
Corte Penal Internacional ou Tribunal Penal Internacional julga os indivíduos
Roteiros de aula - Aula 4 – Sujeitos de Direito Internacional Público - Estado
Sujeitos de Direito Internacional Público são todos aqueles entes ou entidades cujas condutas estão diretamente previstas pelo Direito Internacional Público e que têm a possibilidade de atuar, direta ou indiretamente, no plano internacional. Deste conceito, retira-se duas conotações da qualificação jurídica de sujeito de Direito Internacional Público:
a) passiva: sujeito de Direito Internacional Público é o destinatário da norma de Direito Internacional Público;
b) ativa: sujeito de Direito Internacional Público tem capacidade para atuar no plano internacional.
Da conotação ativa nasce o conceito de personalidade jurídica no plano internacional, que é a capacidade para agir internacionalmente. O fato de não ter capacidade para participar do processo de formação das normas de Direito Internacional Público não retira a personalidade jurídica internacional de um ente, mas apenas limita sua atuação, como acontece com os indivíduos.
Os sujeitos de Direito Internacional Público podem ser classificados em:
a) Estados;
b) Coletividades Interestatais;
c) Coletividades Não-estatais;
d) Indivíduos.
O Estado foi o primeiro elemento que surgiu na sociedade internacional, sendo os únicos sujeitos de Direito Internacional Público até o início do século XX. Por isso, os Estados são chamados de sujeitos clássicos ou originários de Direito Internacional Público.
Alguns autores sustentam que os demais sujeitos de Direito Internacional Público são derivados do Estado. Assim, as coletividades e os indivíduos têm sua personalidade jurídica internacional derivada da personalidade dos Estados que as compõe e à cuja condição jurídica pertencem, respectivamente. Entretanto, tal doutrina não explica como certas ordens religiosas e movimentos de libertação nacional podem, eventualmente, ser sujeitos de Direito Internacional Público.
Estado não se confunde com Nação (da qual é a organização jurídico-política), nem com povo ou grupo de pessoas.
Os Estados são juridicamente iguais para o Direito Internacional Público.
As coletividades interestatais são formadas pelas Organizações Internacionais, criadas por acordos constitutivos e que têm personalidade jurídica distinta das de seus membros. Sua existência deriva de seu tratado constitutivo.
As coletividades não-estatais podem ser classificadas em:
a) beligerantes;
b) insurgentes;
c) movimentos de libertaçãonacional;
d) Soberana Ordem Militar de Malta.
Beligerantes são movimentos armados da população, politicamente organizados, que utilizem a luta armada (a ponto de constituir guerra civil) para fins políticos. Quando tais grupos mostram ter força suficiente para possuir e exercer poderes similares ao do Estado contra o qual se rebelam, inclusive controlando partes do território do Estado, a sociedade internacional pode reconhecer sua condição de beligerantes, atribuindo-lhes status de Estado, inclusive para submetê-los aos tratados sobre guerra.
Insurgentes são grupos sublevados dentro de um Estado que visam a tomada do poder, cuja luta atinge certo grau de efetividade, sem, no entanto, constituir guerra civil ou zona livre. Os direitos e deveres dos insurgentes dependem do que lhes é atribuído pelos Estados que os reconhecem.
Movimentos de libertação nacional são movimentos que visam à independência de povos. Sua personalidade jurídica dá-se em três âmbitos: no direito humanitário, no direito dos tratados e nas relações internacionais. O maior exemplo de movimento de libertação nacional é a OLP, reconhecida pela ONU como representante do povo palestino junto a si e seus órgãos, diante dos quais a OLP age na qualidade de observadora, com direito de voz e não de voto.
A Soberana Ordem Militar de Malta é uma comunidade monástica, localizada em Roma, que embora tenha uma Constituição na qual se diz soberana e sujeito de Direito Internacional Público, e mantenha “relações diplomáticas” com mais de 90 Estados, inclusive o Brasil, não é reconhecida pela comunidade internacional como Estado soberano, por funcionar em estreita dependência da Santa Sé.
O Estado da Cidade do Vaticano teve sua condição de Estado reconhecida pelos tratados de Latrão de 1929. A Santa Sé, instituição máxima da Igreja Católica, não se confundo com o Estado do Vaticano. Entretanto, formam um só ente jurídico, pois o última está submetido ao poder da primeira.
O território do Vaticano encontra-se dentro da cidade de Roma, configurando o enclave.
O Vaticano é um Estado sem o elemento pessoal, qual seja, o povo, já que possui apenas cidadãos e não nacionais. Aqueles que possuem a cidadania vaticana não perdem sua nacionalidade originária.
O Vaticano tem capacidade para firmar tratados, como Estado que é, mas não faz parte da ONU nem fez parte da Liga das Nações.
Os tratados concluídos com a Santa Sé sobre matéria religiosa e que prevêem privilégios para católicos são chamados de concordatas. O Brasil, por ser um Estado laico, não pode celebrá-las sem ofender sua ordem constitucional.
O Brasil mantém relações diplomáticas com o Vaticano, embora muitos considerem isso inconstitucional. Outros, entretanto, entendem que não há inconstitucionalidade por ser o Vaticano um Estado como outro qualquer.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha é uma organização independente e neutra que tem por fim proporcionar proteção e assistência às vítimas da guerra e da violência armada. Embora a Suíça e outros Estados atribuam a tal comitê personalidade jurídica internacional, tal personalidade é, na verdade, uma pseudo personalidade, já que a Cruz Vermelha é uma entidade de direito privado, caracterizando-se como organização internacional não-governamental, não se confundindo com as Organizações Internacionais. Logo, o comitê não pode celebrar tratados com Estados ou Organizações Internacionais.
Alguns autores vêm considerando os indivíduos como sujeitos de Direito Internacional Público por terem eles conquistado, no século XX, principalmente com o desenvolvimento do Direito Internacional dos Direitos Humanos, direitos reconhecidos na ordem internacional, inclusive com instrumentos processuais que permitem a eles ingressar diretamente em instâncias internacionais, como por exemplo, a Convenção Européia de Direitos Humanos de 1950. Reconheceu-se, ainda, poderem ser os indivíduos responsabilizados internacionalmente por crimes de guerra e genocídio. Por poderem participar das relações internacionais contemporâneas tanto no pólo ativo como no passivo, reconhecem-se os indivíduos como sujeitos de Direito Internacional Público. Reforçam esta idéia o Tribunal de Nuremberg e os tribunais ad hoc criados pela ONU, em 1993 e 1994, para julgar os crimes cometidas na ex-Iugoslávia e em Ruanda, e o Estatuto de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional.
Além dos sujeitos formais de Direito Internacional Público, é de indagar da existência de sujeitos não-formais que, apesar de se situarem à margem do Direito Internacional Público formal, participam de modo não regulamentado da cena internacional. Embora o presente estágio de desenvolvimento do Direito Internacional Público não permite uma certeza científica acerca destes sujeitos, pode-se falar de dois deles como os mais importantes: as empresas transnacionais e a mídia global.
Empresas transnacionais são aquelas que têm representações ou filiais em vários países. Já multinacionais são empresas cujo capital provenha de mais de um Estado, podendo ser bilaterais (quando o capital é proveniente de dois países) ou multilaterais (quando o capital é proveniente de três ou mais países). Tais empresas não podem celebrar nem tratados nem exercer outros direitos de sujeitos do Direito Internacional Público, mas, na prática, celebram muitos acordos com países que, apesar de não serem regidos pelo Direito Internacional Público, permitem que tais empresas sejam consideradas sujeitos não-formais de Direito Internacional Público. Além disso, o NAFTA deu a estas empresas capacidade postulatória internacional, outorgando de fato a tais empresas direitos inerentes à condição de Estado.
Sobre a mídia global, embora seja verdade que ela exerce enorme influência no mundo atual, por ser ainda um conceito abstrato e despersonalizado, pode-se dizer que a ela ainda não é possível atribuir o status de sujeito não-formal de Direito Internacional Público.
Estado
Segundo o prof. Mazzuoli, Estado é “um ente jurídico, dotado de personalidade internacional, formado de uma reunião (comunidade) de indivíduos estabelecidos de maneira permanente em um território determinado, sob a autoridade de um governo independente e com a finalidade precípua de zelar pelo bem comum daqueles que o habitam” (Curso, p. 178). De acordo com esta definição, quatro são os elementos do Estado:
a) povo;
b) território;
c) governo;
d) finalidade.
A doutrina clássica não inclui a finalidade entre os elementos do Estado.
Há quem inclua entre os elementos do Estado a capacidade para manter relações com outros Estados, como fez a Convenção Panamericana sobre Direitos e Deveres dos Estados, em seu art. 1.º (LER em MAZZUOLI, Curso, p. 178).
O primeiro elemento é formado pela comunidade de indivíduos que habite permanentemente o território com ânimo definitivo, independentemente da eventual união por laços comuns. É o elemento humano do Estado.
Há que se distinguir povo, que é o conjunto dos nacionais, natos e naturalizados, de população, que é o povo mais os estrangeiros e apátridas.
O princípio das nacionalidades propõe que o Estado é o conjunto de indivíduos unidos por laços comuns (raça, idioma, etc.). Tal princípio levou a regimes totalitários e racistas. Hoje defende-se que o Estado é formado pela comunidade de indivíduos que habite permanentemente o território com ânimo definitivo.
Diferença entre Nação e Estado. Nação é a comunidade moldada por uma origem, uma cultura, uma história e uma ideologia comuns, constituída por pessoas de mesma ascendência, ainda não organizada na forma de Estado. Já este é o órgão controlador criado pela Nação e que a personifica.
O segundo elemento é o território fixo e determinado, que corresponde à fração do planeta em que o Estado se assenta com sua população, delimitada por faixas de fronteiras formadoras dos limites. É o elemento material, base física ou âmbito espacial do Estado. Sobre este território o Estado exercerá sua soberania em duplo aspecto:
a) imperium: exercício de jurisdição sobre a grandemassa daqueles que nele se encontram;
b) dominium: regência do território, por sua própria e exclusiva vontade.
O direito que o Estado tem sobre seu território exclui que outros entes exerçam ali qualquer tipo de poder e lhe atribui amplíssimo direito de uso, gozo e disposição.
O território inclui:
a) o solo, dentro de seus limites reconhecidos;
b) o subsolo e as regiões separadas do solo;
c) os rios, lagos e mares interiores;
d) os golfos, baías e portos;
e) a faixa de mar territorial e a plataforma submarina, para os Estados que têm litoral;
f) o espaço aéreo correspondente ao solo.
O território não precisa estar perfeitamente demarcado para ser elemento do Estado. Basta que haja um mínimo de estabilidade territorial e sua delimitação.
Hugo Grotius defendia que a embaixada era uma extensão do território do seu Estado. Esta teoria, chamada de teoria da extraterritorialidade, que depois foi estendida também aos navios e aeronaves militares, foi sendo abandonada hodiernamente. Tais locais gozam apenas de imunidade de jurisdição em relação ao Estado acreditante, mas continuam sendo parte de seu território (os navios e aeronaves militares quando ali estejam).
O governo autônomo e independente é o elemento político do Estado e pode ser definido como aquele capaz de decidir de modo definitivo dentro do território estatal, não admitindo a ingerência de nenhuma outra autoridade exterior (função interna), bem como participar da arena internacional e de conduzir sua política externa (função externa).
O conceito de governo autônomo e independente leva à idéia de Estado soberano. Soberania é o poder supremo que não reconhece outro acima de si (suprema potestas superiorem non recognoscens). Hoje já não se pode falar em soberania absoluta dos Estados, enquanto poder ilimitado e ilimitável, já que a soberania hoje encontra limites nas próprias regras de Direito Internacional Público. Modernamente se entende soberania como:
a) o poder que o Estado tem de impor e resguardar, dentro das fronteiras de seu território e em último grau, as suas decisões (soberania interna);
b) a faculdade que o Estado detém de manter relações com Estados estrangeiros e de participar das relações internacionais, em pé de igualdade com os outros atores da sociedade internacional (soberania externa).
Tal governo autônomo e independente deve ter autocapacidade, ou seja, atuar com liberdade interna e internacionalmente.
Os Estados que têm um governo autônomo, independente e com autocapacidade, têm soberania (ou capacidade internacional) plena.
A finalidade é o elemento social do Estado. Não é reconhecido por toda a doutrina. Traduz-se na idéia de que o Estado deve perseguir uma finalidade, que deve ser o bem comum dos indivíduos que o compõe.
A formação dos Estados, que ocorre quando seus elementos constitutivos se integram, interessa ao Direito Internacional Público por suas conseqüências no plano internacional. Tal integração leva à soberania.
A formação dos Estados, faticamente, pode se dar por:
a) Fundação direta: consistente no estabelecimento permanente de uma população em um dado território sem dono (res nullius), com a instituição de um governo organizado e permanente;
b) Emancipação: por meio do qual um Estado se liberta de ser dominante ou do jugo estrangeiro, seja de forma pacífica, seja em virtude de rebelião;
c) Separação ou desmembramento: ocorre quando um Estado se separa ou se desmembra, para dar lugar à formação de outros. Chama-se secessão o desmembramento estranho à processo de descolonização, retirando daí sua diferença com a emancipação.
d) Fusão: por meio do qual um Estado-núcleo absorve dois ou mais Estados, reunindo-os em um só ente para a formação de um só Estado, ou ainda pela junção de territórios formando um Estado novo.
Por atos jurídicos, um Estado pode se formar por:
a) uma lei interna;
b) um tratado internacional (Irlanda, 1921);
c) decisão de um organismo internacional (Israel, 1947).
Surgido o novo Estado, surge o problema de seu reconhecimento. O reconhecimento de um Estado é o “ato livre pelo qual um ou mais Estados reconhecem a existência, em um território determinado, de uma sociedade humana politicamente organizada, independente de qualquer outro Estado existente e capaz de observar as prescrições do Direito Internacional”.
O reconhecimento do Estado tem dupla característica:
a) demonstra a existência do Estado como sujeito de Direito Internacional Público;
b) constata que o Estado possui as condições necessárias para participar das relações internacionais e que a sua existência não contrasta com os interesses dos Estados que o reconhecem.
A natureza jurídica do reconhecimento é explicada por duas correntes distintas:
a) teoria constitutiva, para a qual o reconhecimento é que atribui ao Estado a condição de sujeito de Direito Internacional Público;
b) teoria declaratória, para a qual o reconhecimento apenas declara que o novo Estado é sujeito de Direito Internacional Público.
A segunda corrente é a mais aceita, estando inclusive positivada no art. 13 da Carta da OEA.
Há uma divergência teórica acerca da obrigatoriedade ou não do reconhecimento de um novo Estado. Para alguns, o reconhecimento é ato voluntário e unilateral dos Estados, que decidem politicamente se querem ou não reconhecer o novo Estado. Para outros, entretanto, o reconhecimento de um Estado novo é um direito deste, desde que reúna todos os elementos de um Estado, e um dever dos demais atores da sociedade internacional. O não-reconhecimento só pode ter lugar quando o novo Estado tenha sido criado em desacordo com o Direito Internacional Público.
O ato de reconhecimento pode ser classificado em:
a) individual ou coletivo, conforme seja feito por um Estado ou por vários deles em conjunto em um único documento diplomático. Atualmente se entende que o admissão de um Estado na ONU representa o reconhecimento deste Estado por todos os seus membros. Também quando a ONU não-reconhece um Estado, manifestando-se no sentido de que um Estado é fruto de ato ilegal, há o chamado não-reconhecimento coletivo.
b) de direito (de jure) ou de fato (de facto): é de direito o reconhecimento resultante quer de uma declaração expressa, quer de um ato positivo que indique com clareza a intenção de conceder esse reconhecimento, que será definitivo e irrevogável. É de fato o reconhecimento decorrente de um fato que implique a intenção de conceder esse reconhecimento, que será provisório e revogável.
c) expresso ou tácito: é expresso o reconhecimento que consta de documento escrito. É tácito o reconhecimento que se puder inferir, pela prática e pela atitude implícita dos demais membros estatais da sociedade internacional, a vontade de reconhecer como ente soberano o novo Estado, por serem tais práticas incompatíveis com a vontade de não-reconhecimento.
d) incondicionado ou condicionado: é incondicionado e irrevogável o reconhecimento feito sem a imposição de condições. É condicionado o reconhecimento feito com a imposição de certas condições que, se desrespeitadas, revogam o reconhecimento. O reconhecimento condicionado contraria a teoria declaratória do reconhecimento.
A forma mais comum de se dar o reconhecimento é por ato do órgão das relações exteriores do Estado, geralmente por nota diplomática ou decreto do Chefe de Estado.
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