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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/325229354 Roteiros das aulas: Apostila Direito Internacional Público - DIP Presentation · May 2018 DOI: 10.13140/RG.2.2.10649.52324 CITATIONS 0 READS 4,113 1 author: Some of the authors of this publication are also working on these related projects: Direito Marítimo, Portos e Zona Costeira View project DEIMA - Direito Econômico Internacional e Meio Ambiente View project Denny Thame Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" 150 PUBLICATIONS 67 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Denny Thame on 18 May 2018. The user has requested enhancement of the downloaded file. https://www.researchgate.net/publication/325229354_Roteiros_das_aulas_Apostila_Direito_Internacional_Publico_-_DIP?enrichId=rgreq-707469d734646aec914bfc92cb6f5386-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyNTIyOTM1NDtBUzo2Mjc3MzAzNzA1NDc3MTRAMTUyNjY3Mzk5MTk4OA%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/publication/325229354_Roteiros_das_aulas_Apostila_Direito_Internacional_Publico_-_DIP?enrichId=rgreq-707469d734646aec914bfc92cb6f5386-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyNTIyOTM1NDtBUzo2Mjc3MzAzNzA1NDc3MTRAMTUyNjY3Mzk5MTk4OA%3D%3D&el=1_x_3&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/project/Direito-Maritimo-Portos-e-Zona-Costeira?enrichId=rgreq-707469d734646aec914bfc92cb6f5386-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyNTIyOTM1NDtBUzo2Mjc3MzAzNzA1NDc3MTRAMTUyNjY3Mzk5MTk4OA%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/project/DEIMA-Direito-Economico-Internacional-e-Meio-Ambiente?enrichId=rgreq-707469d734646aec914bfc92cb6f5386-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyNTIyOTM1NDtBUzo2Mjc3MzAzNzA1NDc3MTRAMTUyNjY3Mzk5MTk4OA%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/?enrichId=rgreq-707469d734646aec914bfc92cb6f5386-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyNTIyOTM1NDtBUzo2Mjc3MzAzNzA1NDc3MTRAMTUyNjY3Mzk5MTk4OA%3D%3D&el=1_x_1&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Denny-Thame?enrichId=rgreq-707469d734646aec914bfc92cb6f5386-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyNTIyOTM1NDtBUzo2Mjc3MzAzNzA1NDc3MTRAMTUyNjY3Mzk5MTk4OA%3D%3D&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Denny-Thame?enrichId=rgreq-707469d734646aec914bfc92cb6f5386-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyNTIyOTM1NDtBUzo2Mjc3MzAzNzA1NDc3MTRAMTUyNjY3Mzk5MTk4OA%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/institution/Escola-Superior-de-Agricultura-Luiz-de-Queiroz?enrichId=rgreq-707469d734646aec914bfc92cb6f5386-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyNTIyOTM1NDtBUzo2Mjc3MzAzNzA1NDc3MTRAMTUyNjY3Mzk5MTk4OA%3D%3D&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Denny-Thame?enrichId=rgreq-707469d734646aec914bfc92cb6f5386-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyNTIyOTM1NDtBUzo2Mjc3MzAzNzA1NDc3MTRAMTUyNjY3Mzk5MTk4OA%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Denny-Thame?enrichId=rgreq-707469d734646aec914bfc92cb6f5386-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyNTIyOTM1NDtBUzo2Mjc3MzAzNzA1NDc3MTRAMTUyNjY3Mzk5MTk4OA%3D%3D&el=1_x_10&_esc=publicationCoverPdf DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Por Danielle Denny https://www.researchgate.net/profile/Denny_Thame/contributions https://ssrn.com/author=2673921 Facebook: Denny Thame CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Esboço Histórico do Direito Internacional Público. 2. A Sociedade Internacional e as Relações Internacionais. 3. Conceito, Fundamentos, Denominação e Autonomia do Direito Internacional Público. 4. As Fontes do Direito Internacional Público. 4.1. Sentido de Fontes do Direito. 4.2. Tratados Internacionais. 4.3. Costume. 4.4. Princípios Gerais do Direito. 4.5. Doutrina. 4.6. Jurisprudência. 5. Princípios do Direito Internacional Público. 5.1. Soberania. 5.2. Igualdade. 5.3. Boa-Fé. 5.4. Princípio do Pacta Sunt Servanda. 6. Sujeitos do Direito Internacional Público. 7. Estados. 7.1. Conceito e Elementos: Formação dos Estados. 7.2. Teoria Geral do Reconhecimento de Estado. 7.3. Personalidade Internacional. 7.4. Direitos e Deveres dos Estados. 7.5. Restrições aos Direitos dos Estados. 7.6. O Dever de Não Intervenção. 8. Soberania e Supremacia Territorial. 8.1. Território do Estado. 8.2. Limites e Fronteiras. 9. Domínio Público Internacional. 9.1. Domínio Terrestre. 9.2. Domínio Fluvial e Lacustre. 9.3. Domínio Marítimo. 9.4. Domínio Aéreo. 9.5. O Espaço Extra-Atmosférico. 9.6. Plataforma Submarina. 9.7. Regiões Polares. 10. Organizações Internacionais. 10.1. Conceitos Gerais. 10.2. Espécies de Organizações Internacionais. 10.3. ONU – Organização das Nações Unidas. 10.4. MERCOSUL – Integração Econômica da América Latina. 10.5. A União Européia. 11. Responsabilidade Internacional. 11.1. Conceito. 11.2. Fundamento. 11.3. Elementos Essenciais: Ato Ilícito, Imputabilidade e Dano. 11.4. Conseqüências da Responsabilidade Internacional. 11.5. Proteção Diplomática. 12. Representação dos Estados. 13. Litígios Internacionais. 13.1. Meios de Solução Pacífica dos Litígios Internacionais. 13.2. Formas Diplomáticas, Jurídicas, Coercitivas e Políticas. 13.3. Arbitragem Internacional. 13.4. Corte Internacional de Justiça. 14. Nacionalidade. 14.1. A nacionalidade Brasileira: Natos e Naturalizados. 14.2. Perda da Nacionalidade Brasileira. 14.3. O Estatuto da Igualdade. 15. Condição Jurídica do Estrangeiro. 15.1. Títulos de Ingresso e Direitos do Estrangeiro. 15.2. Saída Compulsória de Estrangeiros: Deportação, Expulsão, Extradição. 15.3. Asilo Político. 16. Proteção Internacional dos Direitos Humanos. BIBLIOGRAFIA Bibliografia Básica: ACCIOLY, Hildebrando. Manual de direito internacional público. São Paulo: Saraiva, 2008. BOSON, Gerson de Britto Mello. Direito internacional público: o Estado em direito das gentes. Belo Horizonte: Del Rey, 2000. REZEK, José Francisco. Direito internacional público. São Paulo: Saraiva, 2008. Bibliografia Complementar: ACCIOLY, Hildebrando. Tratado de direito internacional público. São Paulo: Saraiva, 1957. BREGALDA, G. Direito internacional público e direito internacional privado. São Paulo: Atlas, 2007. LITRENTO, Oliveiros Lessa. Manual de direito internacional público. Rio de Janeiro: Forense, 1978. MELLO, C. D. de A. Curso de direito internacional público. São Paulo: Renovar, 2004. ROQUE, Sebastião José. Direito internacional público. São Paulo: Hemus,1997. SOARES, G. F. S. Curso de direito internacional público. São Paulo: Atlas, 2004. BANDARRA, Leonardo Carvalho Leite Azeredo; MARTUSCELLI, Patrícia Nabuco. A Institucionalização da Política Internacional Nuclear: entre a Não Proliferação de Armas e a Prevenção contra Acidentes/The Institutionalization of International Nuclear Politics: between the Non-proliferation of Weapons and the Prevention against Accidents. Brazilian Journal of International Relations, [s. l.], v. 6, n. 3, p. 543–572, 2018. CF. Constituição da República Federativa do Brasil. . 1988. COSTA RICA; NICARAGUA. Certain Activities Carried Out by Nicaragua in the Border Area (Costa Rica v. Nicaragua) Question of compensation.2 fev. 2018. Disponível em: <http://www.icj-cij.org/files/case-related/150/150-20180202-SUM-01-00-EN.pdf> D3927. Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa, Dec. 3.927/2001. 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/d3927.htm>. Acesso em: 27 abr. 2018. DEC.9199. Decreto regulamentador da Lei de Migração Dec.9199/2017. 2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/d9199.htm>. Acesso em: 27 abr. 2018. EUA; CANADÁ. Arbitragem Trail Smelter, entre EUA e Canada3 nov. 1941. Disponível em: <http://legal.un.org/riaa/cases/vol_III/1905-1982.pdf> REZEK, Francisco. Matrizes políticas da justiça penal internacional.Revista de Direito Internacional, [s. l.], v. 13, n. 1, 2016. Disponível em: <https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/rdi/article/view/3859>. Acesso em: 16 fev. 2018. UN, United Nations. Como funciona a ONUONU Brasil, 2014. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/conheca/como-funciona/>. Acesso em: 27 abr. 2018. PLANEJAMENTO DAS AULAS Datas prováveis suscetíveis a alterações __/__/____ 1 ª Sem. Apresentação do curso e dos critérios de avaliação. Calendário de atividades. Esboço Histórico do Direito Internacional Público. __/__/____ 2 ª Sem. 2. A Sociedade Internacional e as Relações Internacionais. 3. Conceito, Fundamentos, Denominação e Autonomia do Direito Internacional Público. __/__/____ 3 ª Sem. 4. As Fontes do Direito Internacional Público. 4.1. Sentido de Fontes do Direito. 4.2. Tratados Internacionais. 4.3. Costume. 4.4. Princípios Gerais do Direito. 4.5. Doutrina. 4.6. Jurisprudência. __/__/____ 4 ª Sem. 5. Princípios do Direito Internacional Público. 5.1. Soberania. 5.2. Igualdade. 5.3. Boa-Fé. 5.4. Princípio do Pacta Sunt Servanda. __/__/____ 5 ª Sem. 6. Sujeitos do Direito Internacional Público. 7. Estados. 7.1. Conceito e Elementos: Formação dos Estados. 7.2. Teoria Geral do Reconhecimento de Estado. 7.3. Personalidade Internacional. 7.4. Direitos e Deveres dos Estados. 7.5. Restrições aos Direitos dos Estados. 7.6. O Dever de Não Intervenção. __/__/____ 6 ª Sem. 8. Soberania e Supremacia Territorial. 8.1. Território do Estado. 8.2. Limites e Fronteiras. __/__/____ 7 ª Sem. 9. Domínio Público Internacional. 9.1. Domínio Terrestre. 9.2. Domínio Fluvial e Lacustre. 9.3. Domínio Marítimo. 9.4. Domínio Aéreo. 9.5. O Espaço Extra-Atmosférico. 9.6. Plataforma Submarina. 9.7. Regiões Polares. __/__/____ 8 ª Sem. Avaliação __/__/____ 9 ª Sem. Correção e vista de provas __/__/____ 10 ª Sem. 10. Organizações Internacionais. 10.1. Conceitos Gerais. 10.2. Espécies de Organizações Internacionais. 10.3. ONU – Organização das Nações Unidas. 10.4. MERCOSUL – Integração Econômica da América Latina. 10.5. A União Européia. __/__/____ 11 ª Sem. 11. Responsabilidade Internacional. 11.1. Conceito. 11.2. Fundamento. 11.3. Elementos Essenciais: Ato Ilícito, Imputabilidade e Dano. 11.4. Conseqüências da Responsabilidade Internacional. 11.5. Proteção Diplomática. __/__/____ 12 ª Sem. 12. Representação dos Estados. 13. Litígios Internacionais. 13.1. Meios de Solução Pacífica dos Litígios Internacionais. 13.2. Formas Diplomáticas, Jurídicas, Coercitivas e Políticas. 13.3. Arbitragem Internacional. 13.4. Corte Internacional de Justiça. __/__/____ 13 ª Sem. 14. Nacionalidade. 14.1. A nacionalidade Brasileira: Natos e Naturalizados. 14.2. Perda da Nacionalidade Brasileira. 14.3. O Estatuto da Igualdade. __/__/____ 14 ª Sem. 15. Condição Jurídica do Estrangeiro. 15.1. Títulos de Ingresso e Direitos do Estrangeiro. 15.2. Saída Compulsória de Estrangeiros: Deportação, Expulsão, Extradição. 15.3. Asilo Político. 16. Proteção Internacional dos Direitos Humanos. 25/5/18 __/__/____ 15 ª Sem. Avaliação 1/6/18 __/__/____ 16 ª Sem. Atendimento aos alunos 8/6/18 __/__/____ 17 ª Sem. Prova substitutiva 15/6/18 __/__/____ Exame 18 ª Sem. 22/6/18 __/__/____ 19 ª Sem. Atendimento aos alunos RESUMO HISTÓRICO O surgimento do Direito Internacional como disciplina se deu a partir do século XVII, mas na prática já existia desde a antiguidade, como por exemplo o tratado atinente a fronteira comum entre Lagash e Umma – cidades da Mesopotâmia e o firmado entre Ramsés II do Egito e Hatusi III dos hititas, no século XIII a.C., denominado de Tratado de Kadesh (em razão da batalha ali firmada). O DIP regula as relações públicas exteriores dos sujeitos de DIP (os Estados, incluindo a Santa Sé, e as Organizações Internacionais) O Direito Internacional Público na sua versão clássica admite apenas os Estados e as Organizações Internacionais como sujeitos. Contudo Blocos Regionais também podem firmar tratados como é o caso do Mercosul em decorrência do art. 34 do Protocolo de Ouro Preto. Além disso, indivíduos e pessoas jurídicas têm capacidade postulatória. Por exemplo, indivíduos podem acionar a Comissão Interamericana de Direitos Humanos CIDH da Organização dos Estados Americanos OEA. Também na CIJ indivíduos podem postular e serem julgados como no caso, Guengueng et al. v. Senegal, no qual indivíduos torturados durante a administração do Habré em Chade acionaram o Senegal que alegava não ter jurisdição sobre o caso. Empresas também podem ter capacidade postulatória reconhecida como acontece nas ferramentas de solução de controvérsias previstas no Tratado Norte-americano de Livre Comércio NAFTA. FONTES As fontes de DIP são estabelecidas no artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça (principal órgão jurisdicional da Organização das Nações Unidas, também denominado Tribunal Internacional de Haia) Artigo 38 1. A Corte, cuja função seja decidir conforme o direito internacional as controvérsias que sejam submetidas, deverá aplicar; 2. as convenções internacionais, sejam gerais ou particulares, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; 3. o costume internacional como prova de uma prática geralmente aceita como direito; 4. os princípios gerais do direito reconhecidos pelas nações civilizadas; 5. as decisões judiciais e as doutrinas dos publicitários de maior competência das diversas nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito, sem prejuízo do disposto no Artigo 59. 6. A presente disposição não restringe a faculdade da Corte para decidir um litígio ex aequo et bono, se convier às partes. São as fontes de DIP: os tratados, os costumes e os princípios gerais de direito A jurisprudência, doutrina e a equidade são meios de integração do direito. Alguns doutrinadores incluem entre as fontes os atos unilaterais e as decisões das organizações internacionais. Exemplo de ato unilateral que produz efeito no âmbito internacional são as leis de limite de mar territorial, de zona econômica exclusiva, que estabeleça o regime de administração dos portos e que proceda a franquia de águas interiores à navegação estrangeira. No que se refere à equidade, sua utilização somente poderá ocorrer caso as partes envolvidas no litígio concordem com sua aplicação, ou seja, se for “certo” e “bom” (“ex aequo et bono”) para a justiça do caso concreto e convier às partes TRATADOS CONCEITO DE TRATADOS = Tratados podem ser definidos como acordos formais, concluídos entre sujeitos de DIP e destinados a produzir efeitos jurídicos = ANIMUS CONTRAHENDI = intenção de criar direitos e obrigações internacionais SOFT LAW = não cria direitos e obrigações internacionais Contratos (alguma das partes não tem direito de convenção) Ordem de Malta e indivíduos são exemplos de sujeitos de DIP que não possuem direito de convenção. MOU = Não é tratado = pq Se não tiver animus contrahendi = sera memorando de entendimento = MOU = Gentlements agreement) = criam condições/confiança para que as partes no futuro elaborem o Hard Law (enrijeçam as obrigações) DEFINICAO MENOS ABRANGENTE = CONVENCAO DE VIENA DE 1969 = Sobre o direito dos tratados = art 2, parag 1 alinea a = definir um tratado = acordos internacionais celebrados por escrito entre Estados e regidos pelo DI quer constem de um instrumento único, quer constem de dois ou mais instrumento conexos, qualquer que seja a sua denominação especifica = só esses tratados serão regulados pelas normas dessa convenção. NÃO SE APLICA A CONVENCAO se o tratado não for escrito, mas isso não afasta a aplicabilidade do acordo = Art. 3, caput e alíneaa = O fato da presente convenção não disciplinar acordos não concluídos por escrito não prejudicara a eficácia jurídica desses acordos. CONDICOES DE VALIDADE DOS TRATADOS 1. CAPACIDADE DAS PARTES CONTRATANTES = direito de convenção Contratos (alguma das partes não tem direito de convenção) Ordem de Malta e indivíduos são exemplos de sujeitos de DIP que não possuem direito de convenção. Para Nguyen Ouoc Dinh (jurista francês de origem vietnamita autor de um dos clássicos do Direito Internacional Público) = entende que capacidade das partes não é condição de validade mas sim condição de existência ANULABILIDADE = ANFECHTIGKEIT = ex nunc 2. HABILITAÇÃO DOS AGENTES SIGNATÁRIOS = representantes de um Estado = art. 7 e 8 da Convenção de Viena de 1969 sobre direitos dos tratados = uma pessoa poderá ser considerada representante de um estado para a prática de quaisquer atos relativos a conclusão de um ato se apresentar plenos poderes para tal = há certas pessoas que devido as funções que exercem no seu estado que estão dispensadas da apresentação de plenos poderes = CHEFE DE ESTADO, CHEFE DE GOVERNO E MINISTRO DAS RELACOES EXTERIORES (só esses 3) o chefe de missão diplomática só pode praticar um ato sem os plenos poderes = chefe de missão diplomática e representante do estado numa organização podem apenas adotar tratado (não para aderir) Se ato não for feito por habilitado = não produz efeitos jurídicos = ato inválido= existe o acordo mas não é valido = mas pode ser confirmado pelo estado futuramente por alguém habilitado produzindo efeitos ex tunc (retroativos) desde a data de assinatura pela pessoa sem poderes. ANULABILIDADE = ANFECHTIGKEIT = ex nunc 3. OBJETO LICITO E POSSÍVEL = factível materialmente possível = tem de estar de acordo as normas imperativas de direito internacional geral art 53 e 64 = se não estiver de acordo com a não agressão a proibição da pirataria do genocídio do apartheid = tratado será nulo. Art. 30 paragrafo 4 = tratado contrariar tratados antigos. NULIDADE = NULLIGKEIT = ex tunc 4. CONSENTIMENTO MÚTUO = vontade dos sujeitos de DIP deve ser livremente manifestada = se houver algum vicio na manifestação de um tratado pode haver a invalidade do tratado, se bilateral, ou saída do pais que houve vicio do consentimento de uma parte se o tratado for multilateral = erro, fraude, dolo, corrupção ou coação do representante do estado, atuação do próprio estado pela ameaça ou uso da força (art. 48 a 52) HIPÓTESE DA RATIFICAÇÃO IMPERFEITA = se estado desrespeitando direito interno formal de importância fundamental = estado pode requerer invalidade posterior do ato de adesao ou do próprio tratado se bilateral = exemplo se o congresso não for ouvido antes do Brasil assumir direitos e obrigações = só coacao militar = coacao economica ou politica não vale como invalidade NULIDADE = NULLIGKEIT = ex tunc EM DIREITO INTERNACIONAL = MESMO EM CASO DE NULIDADE = ATOS PRATICADOS DE BOA FE = CONTINUAM VALIDOS = isso diminui muito a diferença entre anulabilidade e nulidade em direito internacional FASES 1. NEGOCIACAO = 2. ADOCAO do texto do tratado só consentir com o texto negociado não é ato que manifesta vontade obrigatória 3. AUTENTICACAO = não pode mais mudar o texto do tratado = texto definitivo 4. ASSINATURA = manifesta consentimento definitivo se não for exigida ratificação (no caso do BRA se não houver obrig nova e não criar novos direitos e obrigações não precisa de ratificação do congresso) 5. RATIFICACAO = manifesta consentimento definitivo (art. 11) TERMOS TÉCNICOS DA CONVENÇÃO DE VIENA (não existe estado signatário) 1. ESTADO NEGOCIADOR (participou das negociacoes) 2. ESTADO CONTRATANTE 3. ESTADO PARTE (para qual o estado é válido) PRINCIPIO DO ESTOPPEL ART 45 = Estado não pode invocar uma causa de anulabilidade, de extinção ou de suspensão de um tratado se após tomar conhecimento dos fatos tiver aceitado expressamente que o tratado é válido ou continua em execução ou em virtude de sua conduta, deva ser considerado como tendo concordado que o tratado é valido, ou continua em execução, conforme o caso. Exemplo Caso dos pneus “Com base na justificativa de proteção ambiental e de saúde pública, o governo brasileiro, em 1991, passou a restringir a importação de pneus usados e remodelados. Por conta de uma demanda uruguaia, apresentada em janeiro de 2002, o Tribunal Arbitral Ad Hoc do Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul) decidiu que a legislação brasileira era incompatível com a normativa do bloco. O Tribunal concluiu que a Portaria n. 8/00 – veículo da referida restrição – contradizia princípios gerais do direito internacional, notadamente, o princípio do estoppel, segundo o qual a parte fica impedida de agir em contradição com um compromisso anteriormente assumido. Assim sendo, decidiu-se que a legislação brasileira deveria ser modificada, a fim de corrigir tal incompatibilidade. Em resposta a essa demanda, foi publicada a Portaria SECEX n. 2/02, que autorizava o licenciamento de pneumáticos remodelados procedentes dos Estados Partes do Mercosul.” - See more at: http://ictsd.org/i/news/pontes/48412/#sthash.SV3RtAsE.dpuf Mais detalhes sobre o Caso dos Pneus : http://ictsd.org/i/news/pontes/48412/ OBS. TRATADOS DIREITOS HUMANOS ANTES DA EMENDA CONSTITUCIONAL 45/04 = ESTAVAM ABAIXO DA CF MAS ACIMA DAS LEIS - SUPRALEGAL - DECISAO DO STF 3/12/2008 - E IMPOSSIBILIDADE HOJE NO BRASIL DA PRISAO CIVIL DO DEPOSITARIO INFIEL - TRATADO DE SAN JOSE DA COSTA RICA É INFRA CONSTITUCIONAL MAS SUPRALEGAL = ART. 5 CF é norma de eficácia limitada então como a norma que complementava =DL911/69 = revogado pelo pacto de san José - ACIMA DE QQUER LEI INCLUSIVE DE LEI COMPLEMENTAR. COSTUMES Costume internacional = definicao deve espelhar o reconhecimento generalizado por parte dos Estados e demais sujeitos de DIP de uma determinada pratica como sendo obrigatoria. Quais sao os elementos constitutivos de um costume: elemento material : consuetudo/usum e necessaria uma pratica reiterada de comportamento elemento psicologico ou subjetivo: opinio juris conviccao certeza por parte dos estados e demais sujeitos de DIP de que a pratica em questao e obrigatoria. 3 caracteristicas do elemento material: DURACAO UNIFORMIDADE GENERALIDADE (diferente de unanimidade) Costume deve refletir a percepcao da maioria dos estados cujos interesses sejam especialmente afetados Costume internacional e norma internacional geral tem o condao portanto de obrigar a todos os estados mesmo aqueles que nao participaram da elaboracao do costume art. 2 &1 Conv. de Viena = para fazer prova da existencia de um costume: a melhor forma e examinando a pratica dos estados, a qual abrange tanto o que os estados fazem qto aquilo que eles dizem. correspondencia diplomatica declaracoes de politica externa manuais oficiais militares diplomaticos normas internas decisoes dos tribunais internos Costume regional e costume particular e costume local: somente e obrigatorio para os estados que expressamente o reconhecerem. Vontade da maioria nao obriga a minoria como acontece com os costumes internacionais (asilo diplomatico da america latina Peru nao aceita o costume particular da America Latina) (direito de passagem entre portugal e India para seus enclaves em territorio indiano) Nao pode estopel fazer uso por um tempo e depois negar mas se nunca aplicou um costume nao pode se presumir aceitacao desse costume. nesse caso nao existe a figura do negador persistente pq costume so obriga aquele que se manifestou expressamente com relacao a aceitacao de um costume. HIGHER STANDARD OF PROOF padrao mais elevado de prova para constatar um costume regional Mesmo no caso do costume internacional a oposicao ativa impede a aplicacao de um costume = NEGADOR OBJETOR PERSISTENTE é o Estado que consegue demonstrar que rejeitou continua e expressamente a pratica em questao desde os primeiros diasde existencia de um costume, se antes do estabelecimento do costume Costumes podem ser afastados pela vonatade das partes diferentemente do que acontece com as normas ius cogens, normas cogentes, as quais nao podem ser afastadas pela vontade dos Estados. obs. direito comunitario nao e direito internacional publico principalmente a UE que tem supranacionalidade PRINCÍPIOS Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Uma das fontes de DIP são os princípios. Dentre quais, destacam-se: o da não-agressão; o da autodeterminação dos povos; o da continuidade do Estado; o da boa-fé. Esses princípios funcionam como normas “jus cogens”, obrigam todos os Estados, até mesmo aqueles que não ratificaram qualquer tratado que fosse. princípio da independência nacional = soberania política e econômica, e autodeterminação dos povos, repudio a intervenção direta ou indireta nos negócios políticos de outros Estados. princípio da prevalência dos direitos humanos = respeito aos direitos humanos princípio da autodeterminação dos povos = Estado possui a prerrogativa de tomar as decisões que são necessárias sem qualquer interferência externa, escolhendo o seu destino e a forma da qual será dirigido. Tem sua base na soberania do País. princípio da não-intervenção tem relação direta e princípio da independência nacional = cada País se desenvolve da forma que lhe convier, sendo soberano, e não sujeito a sofrer intervenção de qualquer outro país = intervenção será admitida quando for autorizada previamente pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, sendo possível que essa autorização venha após a intervenção no país, nos casos em que se exija urgência. princípio da igualdade entre os Estados = todos possuem um governo, um território e um povo próprio, nenhum deles poderá ser superior ou mais importante no cenário internacional para justificar qualquer desigualdade entre os mesmos. princípio da defesa da paz = paz é regra para as relações humanas = questão da força e da guerra reservada para casos excepcionais. princípio da solução pacífica dos conflitos afirma que para a solução de divergências e demais conflitos, é necessária a utilização de meios pacíficos, que subdividem-se em diplomáticos, políticos, jurídicos e jurisdicionais. O meio não pacífico (coercitivos e guerra) somente serão admitidos quando do meio pacífico não surtir efeito. dever de combater o terrorismo e o racismo, ou seja, caso existam grupos terroristas e ataques racistas e não faça nada para combatê-lo estará sujeito à intervenção, uma vez que o apoio a questões desse tipo constituem verdadeiro desrespeito aos direitos humanos. princípio da cooperação entre os povos para o progresso da humanidade tem-se que toda a humanidade deve cooperar entre si, para a perpetuação da paz. art. 4º, X da CF = asilo político será concedido asilo político ao estrangeiro perseguido – quer por dissidência política, quer por livre manifestação de pensamento ou por crimes relacionados à segurança do Estado, desde que não configurem delitos no direito penal comum – que tenha ingressado nas fronteiras nacionais, colocando-se no âmbito espacial de sua soberania. É, portanto, um ato de soberania estatal, de competência do presidente da república e, uma vez concedido o ministro da justiça lavrará termo no qual serão fixados o prazo de estada do asilado no Brasil e, se for o caso, as condições adicionais aos deveres que lhe imponham o direito internacional e a legislação vigente, às quais ficará sujeito. Mais detalhes em: http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/breve-an%C3%A1lise-dos-princ%C3%ADpios-gerais-do- direito-internacional-p%C3%BAblico Principio do uti possidetis iuris muito usado para justificar a colonização, segundo o qual os países que de fato ocupam um território possuem direito de posse sobre este. Proveniente do direito romano, o termo foi utilizado historicamente para validar e sobretudo legitimar ( de jure ) várias conquistas territoriais ( de facto ) ao longo da História. Este princípio foi aceito por Portugal e Espanha na celebração do Tratado ou Paz de Utrecht ( 1713 – 1714 ) para definir a fronteiras de suas colônias na América do Sul .Em 1713 foi reconhecida a soberania de Portugal sobre as terras da América Portuguesa, compreendidas entre os rios Amazonas e Oiapoque. Também seguiu esse princípio o Tratado de Madrid, de 1750, entre os reis de Portugal e da Espanha, fundamentado no Mapa das Cortes que mostrava as efetivas ocupações. Foi aplicado esse princípio também na formação dos estados após a descolonização na Ásia, África e América do Sul. ESTADOS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS ART. 1 CONVENCAO DE MONTEVIDEU SOBRE DIREITOS E DEVERES DOS ESTADOS DE 1933 = reflete o atual costume internacional São 4 os critérios da Convenção de Montevidéu 1. população permanente 2. território definido 3. governo (próprio/efetivo) 4. capacidade de estabelecer relações com outros estados = independência = soberania (no passado existência de um estado era compatível com sua dependência face a outros países = estado dependente ou estado semi-soberano = para exercer certas capacidades internacionais dependia de autorização de um outro estado plenamente soberano = era o caso dos estados satélites, estados associados (Porto Rico era estado associado aos EUA, hj é território dos EUA como as ilhas virgens e ilhas marianas) estados protegidos, estados clientes, estados vassalos. GEORG JELLINEK = DREI ELEMENT LEHRE (Teoria dos três elementos) 1. população Staatsvolk 2. território Staatsgebiet 3. administração governo Staatsgewalt 1991 = Europa = COMISSÃO BARINTER = comissão de arbitragem da conferencia européia sobre a Iugoslávia = decidiram criar órgão jurídico para auxiliar independência = opiniao numero 1 = respondeu a pergunta: o que é um estado? Para comissão: ESTADO normalmente considerado como sendo uma comunidade que consiste de uma população e território sujeitos a uma autoridade política organizada e caracterizado pela soberania. É fundamental para a caracterização do estado a soberania. Se não houver soberania não há estado. (cai por terra a teoria dos 3 elementos de Jellinek) POPULACAO PERMANENTE Diferente do conceito de povo • (conceito subjetivo de povo = aquele grupo de pessoas que deseja conviver em um mesmo territorio) população não precisa querer viver junto • (conceito objetivo de povo = pessoas que compartilham de uma mesma herança étnica religiosa cultural e assim por diante ) não é necessario que populacao compartilhe mesma herança O que não pode ocorrer é a pop ser nômade. Rezek e Mazzuoli = estado tem de ter dimensão pessoal = formada por seus nacionais = então a população não poderia ser formada por estrangeiros Para a doutrina mais difundida = Reunião de elemento humano que habita um território nesse sentido não seria óbice intransponível a pop ser formada por estrangeiros desde que estivessem residindo de forma permanente no estado. Mais adequada. Caso do surgimento de Israel = não havia nacionais TERRITORIO DEFINIDO Jurisdicao geral e exclusiva = titulariza todas as competências de ordem legislativa executiva e judicial = estado monopólio no exercício de tais competência. Diferente de limites definidos = CIJ caso plataformacontinental do mar do norte território definido não é sinônimo de limites = não se exige certeza absoluta sobre onde passam os limites de um estado para considera-lo um estado Caso plataforma continental do mar do norte: Dinamarca e Países Baixos contra Alemanha. Os primeiros defendiam a eqüidistância, mas Alemanha não é parte de tratado que trata sobre isso e não se trata de costume Internacional. A Alemanha por sua vez queria a repartição da plataforma em partes justas e eqüitativas. Isso também não foi acatado a CIJ entendeu que não se trata de repartir e partilhar mas de delimitar. Assim, cada parte tem direito as zonas da plataforma continental que constituam prolongamento natural de seu território sob o mar. Mais informação em http://www.cedin.com.br/pt/casos-contenciosos/ Tem de existir no território comunidade política que controla núcleo suficiente de território já pode falar em território definido. GOVERNO Estrutura central que deve exercer controle efetivo no estabelecimento e manutenção de uma ordem jurídica constitucional autônoma sobre uma comunidade humana em um território. Monopólio do uso legitimo do uso da forca física. De acordo com uma visão weberiana de estado (Max Weber). É condição para ser considerado governo efetivo e estado Temporariamente pode estar ausente sem que isso afete a existência de um estado. Aplicação do principio da autodeterminação dos povos = Somália, Haiti, Afeganistão continuam a existir embora não exerçam controle efetivo sobre o seu território. INDEPENDENCIA OU SOBERANIA Capacidade de estabelecer relações com outros estados. Conceito jurídico = não precisa ser economicamente independente = pode ser dependente político dos estados como os que estavam sob influencia URSS na guerra fria. Independência jurídica de um estado para exercer livremente de todos os seus direitos e deveres internacionais = capacidades internacionais = não pode haver norma interna ou internacional que estabeleça a obrigação de outros estados para o desempenho de suas capacidades internacionais. Estados federados tem autonomia mas não têm independência, precisam da união para exercer relações internacionais. Dalmo de Abreu Dallari e Mazzuoli = finalidade = na verdade seria um atributo mas não característica = justificaria que o vaticano e a Santa Sé não seriam estado mas há quem entenda que vaticano tem finalidade de estado. Então melhor considerar que é uma qualidade dos estados que reunirem os 4 elementos anteriores. Convenção da ONU sobre o direito do mar 1. MAR TERRITORIAL = Maximo hoje em dia 12 milhas náuticas 2. ZEE = ZONA ECONOMICA EXCLUSIVA = 200 milhas náuticas = exploração da coluna de água. 3. PLATAFORMA CONTINENTAL = para exploração de solo e subsolo = se comprovar que tiver mais de 200 milhas náuticas pode requerer a extensão até 350 milhas náuticas. Art 76 = Comissão que decide sobre a plataforma continental = Brasil já pleiteou extensão de sua platforma continental ----------- No Brasil Lei Federal Nº 8.617/1993 Dispõe sobre o mar territorial, a zona contígua, a zona econômica exclusiva e a plataforma continental brasileiros Mar Territorial Brasileiro = 12 milhas marítimas = soberania Zona Contígua = 24 milhas marítimas = pode fiscalizar para evitar e reprimir infrações Zona Econômica Exclusiva = 200 milhas marítimas = exploração econômica Plataforma Continental = prolongamento natural ou 200 milhas = exploração de recursos naturais do solo e subsolo e seres vivos rastejantes ou fixos Do Mar Territorial Art. 1º O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítima de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular (...) Art. 2º A soberania do Brasil estende-se ao mar territorial, ao espaço aéreo sobrejacente, bem como ao seu leito e subsolo. Art. 3º É reconhecido aos navios de todas as nacionalidades o direito de passagem inocente no mar territorial brasileiro. (...) Da Zona Contígua Art. 4º A zona contígua brasileira compreende uma faixa que se estende das doze às vinte e quatro milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial. Art. 5º Na zona contígua, o Brasil poderá tomar as medidas de fiscalização necessárias para: I - evitar as infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários, no seu territórios, ou no seu mar territorial; II - reprimir as infrações às leis e aos regulamentos, no seu território ou no seu mar territorial. (...) Da Zona Econômica Exclusiva Art. 6º A zona econômica exclusiva brasileira compreende uma faixa que se estende das doze às duzentas milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial. Art. 7º Na zona econômica exclusiva, o Brasil tem direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não- vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que se refere a outras atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento da zona para fins econômicos. (...) Da Plataforma Continental Art. 11. A plataforma continental do Brasil compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de duzentas milhas marítimas das linhas de base, a partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja essa distância. Parágrafo único. O limite exterior da plataforma continental será fixado de conformidade com os critérios estabelecidos no art. 76 da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, celebrada em Montego Bay, em 10 de dezembro de 1982. Art. 12. O Brasil exerce direitos de soberania sobre a plataforma continental, para efeitos de exploração dos recursos naturais. Parágrafo único. Os recursos naturais a que se refere o caput são os recursos minerais e outros não-vivos do leito do mar e subsolo, bem como os organismos vivos pertencentes a espécies sedentárias, isto é, àquelas que no período de captura estão imóveis no leito do mar ou no seu subsolo, ou que só podem mover-se em constante contato físico com esse leito ou subsolo. OAB 2008 Questão 48 = C: Em 10 de dezembro de 1982, em Montego Bay (Jamaica), restou concluída a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. O Congresso Nacional brasileiro a aprovou, por meio do Decreto Legislativo nº 5, de 09 de novembro de 1987, tendo o Governo brasileiro ratificado a referida Convenção em 22 de dezembro de 1988. Finalmente, foi a mesma incorporada ao direito interno brasileiro em 22 de junho de 1995, pelo Decreto nº 1.530. Dentre as várias inovações trazidas pelo referido tratado internacional, pode-se mencionar a questão que regulamentou as chamadas linhas de base arquipelágicas. Diante de tal inovação, é correto afirmar sobre as linhas de base arquipelágicas, EXCETO: a) O Estado arquipélago pode traçar linhas de base arquipelágicas retas que unam os pontos extremos das ilhas mais exteriores e dos recifes emergentes do arquipélago, com a condição de que dentro dessas linhas de base estejam compreendidas as principais ilhas e uma zona em que a razão entre a superfície marítima e a superfície terrestre, incluindo os atóis, se situe entre um para um e nove para um. b) O comprimento destas linhas de base não deve exceder 100 milhas marítimas, admitindo- se, no entanto, que até 3% do número total das linhas de base que encerram qualquer arquipélago possam exceder esse comprimento, até um máximo de 125 milhas marítimas. c) O sistema de tais linhas de base pode ser aplicado por um Estado arquipélago de modo a separar do alto mar ou de uma zona econômica exclusiva o mar territorialde outro Estado. d) Se uma parte das águas arquipelágicas de um Estado arquipélago estiver situada entre duas partes de um Estado vizinho imediatamente adjacente, os direitos existentes e quaisquer outros interesses legítimos que este Estado tenha exercido tradicionalmente em tais águas e todos os direitos estipulados em acordos concluídos entre os dois Estados continuarão em vigor e serão respeitados. MARGEM CONTINENTAL = inclui plataforma continental (leito do mar e subsolo) o talude continental e as elevações continentais. GUERRA DA LAGOSTA = Já se reconhecia plataforma continental mas ainda não a ZEE = animal rastejante então não poderia estar nadando na coluna dagua então estava vinculada a plataforma continental. = hj não haveria mais esse problema pque já existe o conceito de ZEE. CRIACAO E RECONHECIMENTO DE ESTADO ATO UNILATERAL = normalmente outro estado = constata presente em um entidade os elementos constitutivos de um estado Conv. Montevideu Sobre Direitos e Deveres do Estado 1933. reconhecimento não é o ato responsavel por conferir ao novo estado sua personalidade juridica internacional = existencia pol de um estado independe do seu reconhecimento.= art 13 carta da OEA = art. 3 Convencao de Montevideu significados importantantes do reconhecimento 1. indica o desejo daqueles que reconheceram de iniciar interacoes formais com o estado reconhecido = estabelecimento de rel. dipl. = celebracao de acordos bilaterais 2. prova que aquele que reconheceram consideram que novo estado possui todos os elementos constituticos de um estado 3. impede que aqueles que reconheceram possam voltar atras na sua decisao irrevocavel principio do estoppel = para retirar ato de reconhecimento só se desapareceerem alguma das condicoes de estado natureza juridica do ato de reconehcimento de estado teoria constitutiva x declaratoria continua aplicavel a TEORIA CONSTITUTIVA 1. principio da autodeterminacao dos povos = mesmo a inexistencia de um gov efetivo não sera obice insuperavel ao reconhecimento do novo estado = ex CONGO 1960 = o estado ainda não existia enquanto realidade de fato mas pôde ser reconhecido = nesse caso o reconhecimento teve caráter constitutivo. 2. caso da violação do direito internacional = ex ALEMANHA ORIENTAL = reconheceu-se e a partir daquele momento foram reconhecidos os atos e leis dessa alemanha Mas a regra é TEORIA DECLARATÓRIA 3. se uma entidade satisfaz todos os elementos constitutivos para ser considerada um estado ela já é um estado com direitos e obrigações básicas das relações interestatais e os demais países estão obrigados a tratá-la como se Estado fosse. TEORIA MISTA 4. dizia que os direitos de celebrar tratados seriam decorrentes do reconhecimento então teria o recohecimento certo caráter constitutivo e ao mesmo tempo admitiam que os atos de reconhecimento fossem obrigatórios, estado tem de ser reconhecido se contém os 4 elementos constitutivos de um estado. Erra nos dois pontos o reconhecimento não constitui todos os direitos e obrigações e além disso não é obrigatório o reconhecimento. Tem de tratar como se estado fosse mas não tem de reconhecer como estado. Reconhecimento é ato discricionário e unilateral. Sendo assim a melhor teoria é a declaratórioa REQUISITOS PARA RECONHECIMENTO 1. VIAVEL JURIDICAMENTE = ser vitorioso na luta pela independência = ser capaz de manter os elementos constitutivos de estado= visa coibir o reconhecimento prematuro = população pode se rebelar e lutar pela autonomia mas não pode receber ajuda de outro estado pq seria violação a proibição ao uso da forca então pop basca pode lutar pela independência mas não pode receber ajuda de nenhum outro estado. 2. SEM VIOLACAO =novo estado não pode ser constituído mediante violação grave do direito internacional =n art 41parag. 2 do projeto de tratado sobre a resp dos estados por fatos ilícitos internacionais de 2001 = traduz costume internacional = exemplo de Bangladesh que contou com a ajuda da Índia mas como a interferência da Índia não foi fundamental então não foi considerado empecilho para o reconhecimento = resoluções do CS = caso da Rodesia e da Repl turca do Chipre do Norte = CS determinou que não deveria ser reconhecido = caso Bantustans Tb foi considerado ilegal a áfrica do Sul declarava a independência de bolsões de pobreza para evitar a entrada dessa pop. Na áfrica do sul = houve resolução do CS declarando atitude ilegal 3. RESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS DAS MINORIAS E AOS LIMITES EXISTENTES E PRESERVACAO DA DEMOCRACIA E DO IMPERIO DA LEI = se houver descumprimento desses requisitos não pode justificar a retirada do reconhecimento REQUISITOS não são CONDICOES = não podem justificar a retirada de um reconhecimento CARACTERISTICAS 1. UNILATERAL 2. IRREVOGAVEL 3. DESCRICIONARIO 4. RETROATIVO OBS.: O reconhecimento de um Estado por uma organização internacional não requer, automaticamente, que todos os Estados membros dessa OI reconheçam o novo Estado (ex. Irã e Israel são ambos membros da ONU, porém não se reconhecem) O reconhecimento da condição de Estado por outros estados, geralmente não é necessário para um estado existir. No entanto, o reconhecimento coletivo ou o não reconhecimento por uma esmagadora maioria de Estados podem influenciar a questão da existência de um Estado, influenciando a aplicação e análise dos 4 critérios de Montevidéu. O reconhecimento coletivo pode sanar um cumprimento imperfeito de um dos 4 critérios de Montevidéu por exemplo, assim como o não- reconhecimento coletivo pode efetivamente evitar o cumprimento principalmente do quarto critério (capacidade de estabelecer relações com outros estados) . Se um país é um estado, então ele tem direito e deveres previstos para os Estados no âmbito do direito internacional. Estes direitos incluem imunidades para seus funcionários, proteção contra o uso da força por outros estados, o direito de auto -defesa, plena jurisdição sobre o seu território , proibição de intervenção em matéria doméstica, a possibilidade de participação em organizações intergovernamentais e agências especializadas, capacidade plena para negociar assinar e se comprometer por meio de tratados, acesso aos tribunais internacionais e a outros mecanismos de resolução de controvérsias , incluindo à CIJ PALESTINA Em 3/12/2010 O Brasil reconheceu o Estado palestino nas fronteiras anteriores à guerra dos Seis Dias, em 1967. Em 23/9/11 Mahmoud Abbas, Presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), pediu ao Secretário Geral da ONU que a Palestina fosse admitida como estado membro da ONU. Conselho de segurança vetou. Mas em 31/10/11 a Palestina foi admitida como estado membro na United Nations Education, Scientific, and Cultural Organization UNESCO Em 29/12/12 a ONU adotou uma resolução que concedeu a Palestina o status de estado observador não membro, reafirmando o direito a autodeterminação e independência em seu território ocupado desde 1967. Uma resolução meramente simbólica uma vez que a Palestina já era observadora e passa a ser Estado observador, nada mudando em termos de direitos. Mas que representa um reconhecimento da ONU de que a Palestina é um Estado. A favor da resolução foram 138 países, dos 193 totais. 41 se abstiveram e 9 foram contrários (EUA, Israel, Canadá, Rep.Tcheca, Panamá, Nauru, Ilhas Marshal, Micronésia e Palau) Para mais informações sobre esse tema: http://www.asil.org/insights/volume/16/issue/37/legal- implications-un-general-assembly-vote-accord-palestine-status RECONHECIMENTO DE GOVERNO: É também um ato unilateral que se faz necessário quando uma ruptura na ordem pública do gênero de uma revolução ou golpe de Estado, faz com que se instaure no país um novo esquema de poder, à margem do regime constitucional vigente. Um novo grupo/esquema de poder assume e por isso é necessário o reconhecimento de Governo para que os Estados declarem que irão relacionar-secom o novo grupo. Ocasião em que foi necessário o reconhecimento de estado no Brasil 1822 Independência Ocasiões em que foi necessário o reconhecimento de governo no Brasil 1889 Proclamação Rep 1930 Vargas 1964 Golpe militar OBS.: Quando Vargas deu o golpe e continuou no poder – não é um novo grupo – não requer reconhecimento. OBS.: China – Um Estado e dois Governos – com a revolução de 1949 manteve-se o reconhecimento do Governo nacionalista, refugiado em Taiwan, o que mudou na década de 70 com o reconhecimento do governo comunista. Reconhecimento de Facto e de Jure: no passado o reconhecimento de facto era provisório e o de jure definitivo (com título para tal). Hoje, o reconhecimento é sempre definitivo (irrevogável). Na prática, essa definição não possui grande relevância, pois hoje só ocorre o reconhecimento de facto, quando há dúvidas sobre a permanência do novo governo no poder. Se há certeza de que o novo governo é permanente efetivo, ocorre o reconhecimento de jure. O governo ser legítimo ou não, não interfere no reconhecimento, basta ser efetivo. Requisitos para reconhecimento de Governo: Efetividade: “efective control principle” - é aquele que claramente comanda a máquina administrativa do Estado e conta com a aquiescência da população, ou seja, ausência de resistência armada. Não pode haver exigência de governo democrático, pois isso seria ingerência em assuntos internos, ao passo que no reconhecimento de Estado isso é possível porque o Estado ainda não existe para o reconhecedor e por isso não é ingerência. Como o ato é discricionário, um governo que não é democrático, pode não ser reconhecido, mas o DIP reconhece (político X jurídico). Cumprimento das obrigações do Estado: (governos anteriores). Decorre do Princípio da continuidade e identidade do Estado. Ex. Revolução Russa – novos governantes se recusaram a manter os acordos do Czar e muitos Estados então se recusaram a reconhecer. Aparecimento conforme o DIP (Celso Mello): no passado, era utilizada para impossibilitar o reconhecimento de novos gêneros instalados no poder mediante intervenção estrangeira. Hoje, esse vício pode ser sanado pelo reconhecimento de jure desse governo. Ato de reconhecimento tácito, caso não seja praticado um ato formal de reconhecimento, a simples manutenção de relações diplomáticas indica o reconhecimento tácito. Doutrina Tobar (Equador - 1907) estado expressa juízo de valor no momento do reconhecimento. Doutrina Estrada (México - 1930) estado não mais praticaria ato de reconhecimento de governo, surgiu como uma reação a doutrina Tobar. Hoje, trabalhamos parcialmente com as duas. JURISDICÃO/IMUNIDADE SOBERANA OU ESTATAL / IMUNIDADE DAS ORGANIZACOES INTERNACIONAIS JURISDICAO CONCEITO Termo utilizado para designar os poderes que um estado exerce sobre pessoas bens e fatos ou eventos. Termo que descreve os limites à competência jurídica de um estado para criar aplicar e implementar normas de conduta sobre particulares. Soberania dos estados é relativa. Três modalidades de jurisdição de um estado: 1. jurisdição legislativa ou prescritiva = prescriptive jurisdiction = poderes que possui um estado para criar leis para legislar sobre essas pessoas sobre esses bens e sobre esses fatos ou eventos = a regra é a aplicação no território nacional = jurisdição territorial. Contudo pode ser aplicado extraterritorialmente crimes praticados por brasileiros no exterior por exemplo. 2. jurisdição adjudicatória ou judicial = adjudicative jurisdiction = envolve os poderes que possuem os tribunais de um estado para julgar processos que envolvam essas pessoas, bens, fatos ou eventos. = territorial /extraterritorial = CPC ART. 88 E 89 COMPETÊNCIA INTERNACIONAL CONCORRENTE (tanto tribunais brasileiros como de outros estados podem julgar esses casos = a. réu domiciliado no Brasil, b. se a obrigação tiver de ser cumprida no Brasil, c. se a ação resulta de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil NÃO HÁ AQUI LITISPENDÊNCIA (art. 90 CPC) dois processos iguais correrem simultaneamente = se houver coisa julgada em um pais ou em outro extinguem-se os demais processos COMPETÊNCIA INTERNACIONAL EXCLUSIVA d. competência exclusiva do Brasil se imóveis estão no Brasil e. inventario ou partilha de bens que estejam no Brasil. 3. jurisdição implementadora = enforcement jurisdiction = permite ao governo de um estado utilizar a forca física parra assegurar o cumprimento de suas leis e julgamentos (territorial) principio da representatividade (estado que enviou missão diplomatica pode fazer uso da forca na missao diplomatica = crime na missao diplomatica autoridades da propria autoridade diplomatica podem usar a forca pode prender). Níveis da ordem publica Três níveis (art. 17 da LICC) 1. ORDEM PUBLICA INTERNA = no âmbito interno dos estados há normas que jamais podem ser afastadas pela vontade dos particulares. 2. ORDEM PUBLICA INTERNACIONAL = haverá aqui a impossibilidade de reconhecimento dos efeitos jurídicos de atos e sentenças estrangeiras que choquem os valores do estado em questão 3. RECONHECIMENTO DE DIREITOS ADQUIRIDOS NO ESTRANGEIRO = flexibilização ainda maior da ordem publica = ato praticado no estrangeiro não poderia ser admitido no Brasil = mas os efeitos podem ser objeto de concretização. casamento bigamo não seria reconhecido no Brasil por que é contra o conceito legal aqui mas os efeitos decorrentes desse casamento na medida que autorizada pela nossa legislação pode ser reconhecido. Casamento bígamo não pode ser reconhecido como tal, mas alimentos solicitados por uma das esposas podem ser executados no Brasil se os bens estiverem aqui por exemplo. Divida de jogo não choca mais a sociedade então pode ser executado aqui. É o próprio estado que fixa a sua jurisdição = para assegurar as leis e julgamentos pois decorre da soberania = normalmente o direito internacional não gera em relação ao exercício da jurisdição obrigações positivas para os estados mas sim obrigações negativas = cria limites ao exercício de jurisdição dos estados. LIMITES À JURISDICAO DOS ESTADOS 1. IMUNIDADES 2. NECESSIDADE DE UM VÍNCULO ENTRE O ESTADO E A SITUACAO SOBRE A QUAL DESEJA ESTE EXERCER JURISDICAO = temas de direito criminal = direito internacional atua = principio de jurisdição criminal que estado pode evocar para julgar determinado crime.= territorial, nacionalidade, protetivo ou universalidade (Bélgica = preveu universalidade = processo contra o Bush por crimes contra humanidade guerra ou genocídio = agora Bélgica mudou a legislação) Universalidade pode ser invocada - pirataria clássica - genocídio, crimes contra humanidade e crimes contra a guerra - escravidao e tortura - terrorismo AUT DEDERE, AUT IUDICARE = OU JULGA OU EXTRADITA PARA QUEM FOR JULGAR. IMUNIDADE SOBERANA OU ESTATAL É tanto uma imunidade de jurisdição como uma imunidade de execução. Fundamento consuetudinário até hoje = há tratados regionais mas no âmbito universal disciplinado por costume há convenção da ONU que ainda não esta em vigor. Imunidade de jurisdição encontra-se hoje relativizada pelo costume internacional = atos de império (permanece a imunidade)e atos de gestão (não permanece a imunidade). Imunidade de execução não foi relativizada ainda é absoluta = Antenor Madruga (na banca de concursos CESPE) = em livro defende que foi relativizada visto o art. 19 da convenção da ONU sobre as imunidades jurisdicionais dos estados e seus bens. Bens comerciais sem função publica que estejam no território do foro de execução, renuncia a imunidade de execução não é necessária = então há relativização da imunidade de execução. No Brasil art 11, parag. 2 LICC proíbe estados de terem imóveis Código de Bustamante = pode ser revogado pelo costume = mesma hierarquia entre tratado e costume IMUNIDADE DIPLOMÁTICA Imunidade é LIMITE DE JURISDICAO DE CARATER PESSOAL = em relaçãoa pessoa dos agentes diplomático Imunidade diplomática – suas regras são essenciais para a manutenção de relações entre os Estados. Por essa razão elas são observadas por todos os Estados, independentemente, de sua religião, cultura ou organização política. IMUNIDADES CONSULARES : os cônsules, assim como os diplomatas, representam seu Estado no estrangeiro. Todavia, eles não se preocupam com o relacionamento político entre os dois Estados. Esse tema foi codificado na Convenção de Viena sobre relações consulares de 1963 – costume internacional. Em alguns momentos essa convenção equiparou os privilégios e imunidades desfrutados pelos cônsules àqueles dos diplomatas. Isso se deve em grande parte ao fato de vários Estados terem resumido seus serviços diplomáticos e consulares em um único órgão. Histórico: critério representativo – diplomatas representam seu soberano no estrangeiro, por isso, a eles eram estendidas as honras, privilégios e prerrogativas que os soberanos possuíam nas suas viagens ao exterior. Hoje: diplomatas são agentes estatais – representam o seu Estado. A proteção hoje dispensada aos diplomatas pelo DIP, seguindo o critério funcional, por causa da importância da função que desempenham. Diplomacia: termo utilizado para designar as atividades de um Estado destinadas a alcançar seus objetivos de Política Externa. Na maior parte dos países, inclusive no Brasil, é uma atividade que compete ao poder executivo (art. 84 CF/88). PROTOCOLO DE AUX-LA CHAPELLE (1818) 1 FASE = CONCERTO EUROPEU 1815 CONGRESSO DE VIENA = PROTOCOLO DE AUX-LA CHAPELLE (1818) CONVENÇÃO DE HAVANA (1828) 2 FASE = INTERAMERICANA = UNIAO PANAMERICANA (AVÓ DA OEA) = CONVENCAO DE HAVANA 1828 = REL DIPLOMATICAS E REL CONSULARES CONVENÇÃO DE VIENA (1861 E 63) 3 FASE = CDI = CONVENCAO DE VIENA 1861 DIP E CONVENCAO DE VIENA DE 1863 Convenção de Viena de 1961: 181 Estados-partes – como a grande maioria dos Estados estavam presentes cria-se, dessa forma, um costume internacional, obrigando assim até os que não manifestaram vontade de participar. • Art. 2° - para que haja, então, o estabelecimento de relações diplomáticas é necessário o consentimento mútuo. Para o rompimento = vontade unilateral. • As imunidades e privilégios estabelecidos nessa convenção de Viena não se destinam a proteger os indivíduos em questão, mas sim, a assegurar o desempenho efetivo das funções da missão diplomática, enquanto representante do seu Estado. FUNÇÕES DIPLOMÁTICAS • Art. 3° da CV de 1961 – funções da missão diplomática Obs.: toda embaixada é uma missão diplomática, mas nem toda missão diplomática é uma embaixada. O Estado acreditante, acredita e envia representantes para outro Estado. E Estado acreditado é aquele que recebe os representantes de outros Estados. Disposto no art. 3° § 4°: 1. Representar o seu Estado frente o Estado acreditado 2. Proteger os interesses do Estado acreditante e de seus nacionais 3. Negociar com os representantes do Estado acreditado 4. Inteirar-se dos fatos e da evolução dos acontecimentos no Estado acreditado e informá-los ao Estado acreditante. 5. Fomentar relações amistosas entre os dois países. Art. 3° § 2° - nada impede que as missões diplomáticas desempenhem também funções consulares. • Art. 14 da CV – três classes de chefes da missão diplomática. Chefe da Missão Diplomática: Art. 4° da CV de 1961 – para que o chefe da missão diplomática possa desempenhar suas funções deverá ele certificar-se de que recebeu o “agrément” por parte das autoridades do Estado acreditado. Art. 13 – recebendo o “agrément”, ele entrega suas credenciais ao Ministro das relações exteriores do Estado acreditado e estará apto a desempenhar suas funções. DEMAIS DIPLOMATAS Os demais diplomatas não necessitam do “agrément”, art. 10 § 1° “a” - somente é necessária a notificação ao Estado acreditado, da sua nomeação e chegada no território desse último, para inserí-lo na lista diplomática. Tanto chefes quanto diplomatas – agentes diplomáticos. PERSONA NON GRATA Estado acreditado pode, a qualquer tempo, declará-los como sendo “persona non grata” (Art. 9°), surgindo, então, a obrigação para o Estado acreditante de retirá-los do território do Estado acreditado – prazo razoável (aproximadamente 72 horas). Art. 39 § 2° - durante esse prazo razoável, permanecem os privilégios e a proteção diplomática; após esse prazo (art.39) o diplomata perde as imunidades. Perde a imunidade e pode ser processado pelos seus atos particulares que praticou enquanto tinha imunidade. Somente atos oficiais, que praticou, permanecem protegidos, mesmo após o fim do prazo. Art. 1° versa sobre as pessoas que se encontram relacionadas à missão diplomática. Art. 22 § 1° - os locais da missão diplomática são invioláveis: não podem os agentes do Estado acreditado penetrar sem a autorização do Estado acreditante. RENUNCIA PELO ESTADO NAO PELO DIPLOMATA Art. 22 § 3° - pode haver renúncia de imunidades e privilégios, o que pode ser feito pelo Estado acreditante, nunca pelo próprio agente diplomático. FUNÇÕES CONSULARES (art. 5°) - repartição consular: • proteger os interesses do Estado que envia e seus nacionais • promover o desenvolvimento das relações comerciais, culturais e científicas entre os dois Estados. • Emitir passaportes e documentos de viagem ara nacionais e vistos de entrada para estrangeiros • prestar assistência aos seus nacionais no estrangeiro (art. 36 § 1°) • agir na qualidade de notário e oficial do registro civil (cartório) Todas são funções não políticas. • Credenciamento: chefe da repartição consular, não necessita do “agrément” para o desempenho de suas funções. No entanto, segundo o art. 11, deve haver o envio de uma carta patente ao MRE do Estado receptor com as seguintes informações: • qualificará a figura do chefe da repartição consular • descreverá suas funções • indicará a sede da repartição • mencionará a área onde esse desempenhará suas funções (jurisdição consular) divisão do território do Estado receptor entre as repartições consulares EXEQUATUR 19. com aceitação do Chefe da repartição consular – concessão do EXEQUATUR 20. demais cônsules não precisam do EXEQUATUR, basta a notificação (art. 24) 21. tanto o chefe quanto os demais cônsules podem ser declarados “pessoa non grata” (art. 23) Javier Pérez de Cuéllar- Direito Diplomático entende que o direito diplomático é matéria autônoma ao direito internacional AGREEMENT (DIPLOMATAS) x EXEQUATUR (CÔNSULES) agreement = para diplomatas = é prévio antes do cara chegar = quando chega apresenta a carta de credenciais X Exequatur = para cônsules = vem com a carta de plenos poderes o estado depois dá o exequatur Caso BALMACEDA-WADDINGTON = 1906 Balmaceda galã chileno era embaixador aos 18 anos é morto por filho de diplomata crime passional 1982 NOS EUA = filho de embaixador brasileiro matou numa balada americano no state of Columbia = pai foi declarado persona non grata e voltou com o filho para o Brasil, nada mais pôde ser feito INCIDENTE DIKKO, art. 84 /63 Entre diplomata Nigeriano e Inglaterra Agente da Mussad de Israel (por mais estranho que isso possa parecer afinal Nigéria é muçulmana) prendeu DIKKO na Inglaterra CASO TEERA = Invasão da embaixada americana 56 diplomatas reféns = CIJ julgou sob pressão, fim ao governo Carter = Teerã foram revéis e ignoraram as decisões da CIJ = o Ira era parte da convenção de 61 e 63 e de um protocolo adicional se comprometendo Só pode ser resolvido por bons ofícios da Argélia em 1981. diplomatas ficaram 444 dias presos. OPERACAO EAGLES CLAWS fracasso custou a reeleição do Carter dando a eleição do Reagan = resultados foram desfavoráveis aos EUA tribunais arbitrais IRAN-US CLAIMS possibilitou que muitos americanos pudessem ser condenados pelo golpe de 56. IMUNIDADE DAS ORGANIZACOES INTERNACIONAIS = natureza convencional não costumeira = prevista tanto em tratados bilaterais comoem tratados multilaterais = tem imunidades para permitir que as organizações alcancem as finalidades para as quais foram constituídas. Acordos de Sede = fundamentais = ex ONU com Suíça (em 1946 não era membro da ONU ingressou quase 5 décadas depois dos acordos sede) e com EUA. Normas especificas para uma Organização Internacional = convenção geral sobre privilégios e imunidades da ONU em 1946. Territorialidade De acordo com o Código Penal: Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) Extraterritorialidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS CONCEITO OI pode ser definida como entidade criada pela associação voluntaria de sujeitos de DIP que possui constituição e órgãos próprios e que desfruta de personalidade jurídica internacional distinta daquela dos seus membros. Alguns autores denominam: ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS INTERGOVERNAMENTAIS para diferenciar das ONGs PERSONALIDADE JURIDICA INTERNACIONAL = direitos e obrigações = PRINCIPIO DA ESPECIALIDADE = direitos e obrigações internacionais de uma OI serão aqueles concedidos pelos seus membros para que elas possam alcançar os objetivos que levaram a sua criação = poderão estar implícitos ou explícitos no seu instrumento constitutivo e serão deduzidos também com base na prática da OI em questão. TEORIA DOS PODERES IMPLICITOS = OIs necessitam possuir todas as capacidades internacionais que sejam imprescindíveis ao desempenho de suas funções. Direitos e obrigações internacionais necessários para que possam alcançar as finalidades desejadas por seus membros. NÃO SE TRATA DE PODERES INERENTES = As OIs não contam com rol fechado de direitos e obrigações internacionais = não poderão titularizar, por exemplo, que lhe foram expressamente vedados no seu instrumento constitutivo. Os direitos e obrigações internacionais de uma OI são certamente mais restritos do que aqueles titularizados pelos estados. Nada impede que em um ramo do direito seus sujeitos não sejam idênticos quanto a sua natureza e extensão dos seus direitos (parecer da CIJ reparação por danos ONU contra Palestina) Se não houver previsão sobre denuncia aplica-se art. 56 da CV de 1969 (+art. 5º. e 54) Personalidade = sujeitos de DIP Capacidade = direitos e obrigações = celebrar tratados pex Obs. Ver detalhes sobre o caso Haya de La Torre (Colômbia x Peru) 1950 sobre direito das OIs de conceder asilo político (ficou 3 anos na embaixada da Colômbia em Lima - CIJ reconheceu costume regional de conceder asilo em embaixada) Obs. Estatuto de Roma art. 120 = proíbe expressamente a elaboração de reservas = problema T Roma prisão perpetua BRA exige para extradição ou entrega para conversão de pena privativa de liberdade de no máximo 30 anos = garantia constitucional brasileira = clausula pétrea = solução é julgar internamente (jurisdição do TPI é subsidiária) Obs. Entrega ao TPI não é extradição é entrega e não há limitação de entrega de nacionais só extradição de nacionais para serem julgados como estrangeiro por outro estado soberano. Obs. Outra inconstitucionalidade TPI pode afetar a coisa julgada = pode requerer a entrega de nacional que já foi julgado no Brasil Não pode ser invalidade tem de ser denuncia porque é inconstitucionalidade intrínseca (é um valor que está em desconformidade) não é inconstitucionalidade extrínseca (tipo faltou poder para pessoas que assinaram o tratado) ONU Carta de San Francisco (26 de junho de 1945) que fundou as Nações Unidas dispõe que todos os países-membros são soberanos e iguais OI pela paz e o desenvolvimento mundial Apenas quatro diplomatas mulheres assinaram a Carta da ONU: Bertha Lutz (Brasil), Wu Yi-fang (China), Minerva Bernardino (República Dominicana) e Virginia Gildersleeve (EUA). Contudo, somente duas delas defenderam os direitos das mulheres: Lutz e Bernardino. Ou seja mulheres eram apenas 3% dos 160 participantes da Conferência de San Francisco. Na época, mulheres só tinham direito de votar em 30 dos 50 países representados no evento convocado após a Segunda Guerra Mundial. https://youtu.be/UfJhUisAQJo é o único fórum universal que reúne 193 Estados (quasetodos do planeta) Taiwan não é membro pleno nem associado da ONU = é parte da China Kosovo também não é membro da ONU - oficialmente reconhecida por 106 dos 193 estados-membros, 20 recusaram. O Conselho de Segurança das Nações Unidas está dividido nesse assunto os EUA, o Reino Unido e a França reconheceram a declaração de independência. Entretanto, China expressou preocupação sobre as negociações e a Rússia considerou a declaração como ilegal. OLP e Santa Sé são órgãos associados da ONU. Na ONU só estados podem ser membros plenos. Palestina estado observador não membro (Resolução A/RES/67/19 de 29/11/2012 = General Assembly accorded non-Member Observer State status to Palestine) 5 órgãos principais, a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, a Corte Internacional de Justiça e o Secretariado. A Assembleia Geral A Assembleia Geral da ONU é o principal órgão deliberativo da ONU. É lá que todos os Estados-Membros da Organização (193 países) se reúnem para discutir os assuntos que afetam a vida de todos os habitantes do planeta. Na Assembleia Geral, todos os países têm direito a um voto, ou seja, existe total igualdade entre todos seus membros. Assuntos em pauta: paz e segurança, aprovação de novos membros, questões de orçamento, desarmamento, cooperação internacional em todas as áreas, direitos humanos, etc. As resoluções – votadas e aprovadas – da Assembleia Geral funcionam como recomendações e não são obrigatórias. O Conselho de Segurança O Conselho de Segurança é o órgão da ONU responsável pela paz e segurança internacionais. Ele é formado por 15 membros: cinco permanentes, que possuem o direito a veto – Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China – e dez membros não- permanentes, eleitos pela Assembleia Geral por dois anos. Este é o único órgão da ONU que tem poder decisório, isto é, todos os membros das Nações Unidas devem aceitar e cumprir as decisões do Conselho. O Conselho Econômico e Social O Conselho Econômico e Social (ECOSOC) é o órgão coordenador do trabalho econômico e social da ONU, das Agências Especializadas e das demais instituições integrantes do Sistema das Nações Unidas. O Conselho formula recomendações e inicia atividades relacionadas com o desenvolvimento, comércio internacional, industrialização, recursos naturais, direitos humanos, condição da mulher, população, ciência e tecnologia, prevenção do crime, bem-estar social e muitas outras questões econômicas e sociais. A Corte Internacional de Justiça A Corte Internacional de Justiça, com sede em Haia (Holanda), é o principal órgão judiciário das Nações Unidas. Todos os países que fazem parte do Estatuto da Corte – que é parte da Carta das Nações Unidas – podem recorrer a ela. Somente países, nunca indivíduos, podem pedir pareceres à Corte Internacional de Justiça. Além disso, a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança podem solicitar à Corte pareceres sobre quaisquer questões jurídicas, assim como os outros órgãos das Nações Unidas. A Corte Internacional de Justiça se compõe de quinze juízes chamados “membros” da Corte. São eleitos pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança em escrutínios separados. O Secretariado O Secretariado presta serviço a outros órgãos das Nações Unidas e administra os programas e políticas que elaboram. Seu chefe é o secretário-geral, que é nomeado pela Assembleia Geral, seguindo recomendação do Conselho de Segurança. Cerca de 16 mil pessoas trabalham para o Secretariado nos mais diversos lugares do mundo. (UN, 2014) PRINCIPIO DA INOPONIBILIDADE RELATIVA = Tratados celebrados por Estados-membros da ONU devem ser depositados na ONU = caso contrario são validos apenas inter partes e não podem se invocados perante quaisquer dos órgãos da ONU COMPETENCIA DO CS é PRIMARIA não é exclusiva = assembléia pode versar sobre o assunto se o CS não exerce sua competência. Artº. 109 1. Uma Conferência Geral dos membros das Nações Unidas, destinada a rever a presente Carta, poderá reunir-se em data e lugar a serem fixados pelo voto de dois terços dos membros da Assembleia Geral e de nove de quaisquer membros do Conselho de Segurança. Cada membro das Nações Unidas terá um voto nessa Conferência. 2. Qualquer modificação à presente Carta que for recomendada por dois terços dos votos da Conferência terá efeito depois de ratificada, de acordo com as respectivas regras constitucionais, por dois terços dos membros das Nações Unidas, inclusive todos os membros permanentes do Conselho de Segurança. 3. Se essa Conferência não se realizar antes da 10ª sessão anual da Assembleia Geral que se seguir à entrada em vigor da presente Carta, a proposta da sua convocação deverá figurar na agenda da referida sessão da Assembleia Geral e a Conferência será realizada, se assim for decidido por maioria de votos dos membros da Assembleia Geral e pelo voto de sete membros quaisquer do Conselho de Segurança. Artº. 51 Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva, no caso de ocorrer um ataque armado contra um membro das Nações Unidas, até que o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurança internacionais. As medidas tomadas pelos membros no exercício desse direito de legítima defesa serão comunicadas imediatamente ao Conselho de Segurança e não deverão, de modo algum, atingir a autoridade e a responsabilidade que a presente Carta atribui ao Conselho para levar a efeito, em qualquer momento, a ação que julgar necessária à manutenção ou ao restabelecimento da paz e da segurança internacionais. O Brasil nas Forças de Paz da ONU Desde 1948, o Brasil participou de mais de 30 operações de manutenção de paz da ONU, tendo cedido um total de mais de 24 mil homens. Integrou operações na África (entre outras, no Congo, Angola, Moçambique, Libéria, Uganda, Sudão), na América Latina e Caribe (El Salvador, Nicarágua, Guatemala, Haiti), na Ásia (Camboja, Timor-Leste) e na Europa (Chipre, Croácia). Além de ter enviado militares e policiais a diversas missões ao longo da história da ONU, o Brasil empregou unidades militares formadas em cinco operações: Suez (UNEF I), Angola (UNAVEM III), Moçambique (ONUMOZ), Timor-Leste (UNTAET/UNMISET) e Haiti (MINUSTAH). Além disso, desde 2011, a Marinha brasileira comanda a Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-UNIFIL). O Brasil lidera as operações que contam com a participação de aproximadamente mil oficiais, entre eles nacionais e não nacionais oriundos de Bangladesh, Alemanha, Grécia, Indonésia e Turquia.(UN, 2014) Filme recomendado: A informante de Larysa Kondracki, 2010. Monitores da ONU para facilitar a transição de guera para paz se vêem envolvidos em um grande esquema de corrupção e tráfico sexual. OMC HISTÓRICO DA CONSTITUIÇÃO BRETTON WOODS = CRIOU A NOVA ORDEM ECONOMICA MUNDIAL FUNDADA EM 3 PILARES = FMI/BANCO MUNDIAL/OIC RODADA TOQUIO = paradigma para que a OMC fosse criada depois = GATT a la carte da rodada Toquio = nao foi satisfatorio para muitos estados - na OMC subscricao integral = single undertaking. GATT 47 = CONSENSO POSITIVO = todos os paises tinham de concordar com a aplicacao do resultado do painel. HOJE = CONSENSO NEGATIVO = para resultado do painel nao ser adotado todos os paises tem de ser contra. sua aplicacao. RODADA URUGUAI = criou 3 conselhos sob orientacao do Conselho Geral = 1) conselho de bens, 2)) conselho de servicos, e 3) conselho TRIPS (propriedade intelectual) obs na omiissao do tratado constitutivo aplica Viena assim, como ONU nao preve retirada = art 36, parag 1 CV = nao pode retirar a menos que todos as partes concordem.. Expulsao prevista na ONU, mas nao previsto na OMC mas art. 60, parag 2 CV (se houver desobediencia contumaz pode expulsar) a menos que seja desrespeito aos Direitos Humanos art 60, parag 5 CV CONSENSO eh a regra da OMC = basta ninguem votar contra = consenso = ausencia de objecoes. (diferente de unanimidade que eh a concordancia de todos os
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