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Direito Internacional Publico

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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/325229354
Roteiros das aulas: Apostila Direito Internacional Público - DIP
Presentation · May 2018
DOI: 10.13140/RG.2.2.10649.52324
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Denny Thame
Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"
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All content following this page was uploaded by Denny Thame on 18 May 2018.
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https://www.researchgate.net/publication/325229354_Roteiros_das_aulas_Apostila_Direito_Internacional_Publico_-_DIP?enrichId=rgreq-707469d734646aec914bfc92cb6f5386-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyNTIyOTM1NDtBUzo2Mjc3MzAzNzA1NDc3MTRAMTUyNjY3Mzk5MTk4OA%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf
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https://www.researchgate.net/project/DEIMA-Direito-Economico-Internacional-e-Meio-Ambiente?enrichId=rgreq-707469d734646aec914bfc92cb6f5386-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyNTIyOTM1NDtBUzo2Mjc3MzAzNzA1NDc3MTRAMTUyNjY3Mzk5MTk4OA%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf
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https://www.researchgate.net/profile/Denny-Thame?enrichId=rgreq-707469d734646aec914bfc92cb6f5386-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyNTIyOTM1NDtBUzo2Mjc3MzAzNzA1NDc3MTRAMTUyNjY3Mzk5MTk4OA%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/institution/Escola-Superior-de-Agricultura-Luiz-de-Queiroz?enrichId=rgreq-707469d734646aec914bfc92cb6f5386-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyNTIyOTM1NDtBUzo2Mjc3MzAzNzA1NDc3MTRAMTUyNjY3Mzk5MTk4OA%3D%3D&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Denny-Thame?enrichId=rgreq-707469d734646aec914bfc92cb6f5386-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyNTIyOTM1NDtBUzo2Mjc3MzAzNzA1NDc3MTRAMTUyNjY3Mzk5MTk4OA%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Denny-Thame?enrichId=rgreq-707469d734646aec914bfc92cb6f5386-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyNTIyOTM1NDtBUzo2Mjc3MzAzNzA1NDc3MTRAMTUyNjY3Mzk5MTk4OA%3D%3D&el=1_x_10&_esc=publicationCoverPdf
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 
 
Por Danielle Denny 
https://www.researchgate.net/profile/Denny_Thame/contributions 
https://ssrn.com/author=2673921 
Facebook: Denny Thame 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
1. Esboço Histórico do Direito Internacional Público. 
 
2. A Sociedade Internacional e as Relações Internacionais. 
 
3. Conceito, Fundamentos, Denominação e Autonomia do Direito Internacional Público. 
 
4. As Fontes do Direito Internacional Público. 
4.1. Sentido de Fontes do Direito. 
4.2. Tratados Internacionais. 
4.3. Costume. 
4.4. Princípios Gerais do Direito. 
4.5. Doutrina. 
4.6. Jurisprudência. 
 
5. Princípios do Direito Internacional Público. 
5.1. Soberania. 
5.2. Igualdade. 
5.3. Boa-Fé. 
5.4. Princípio do Pacta Sunt Servanda. 
 
6. Sujeitos do Direito Internacional Público. 
 
7. Estados. 
7.1. Conceito e Elementos: Formação dos Estados. 
7.2. Teoria Geral do Reconhecimento de Estado. 
7.3. Personalidade Internacional. 
7.4. Direitos e Deveres dos Estados. 
7.5. Restrições aos Direitos dos Estados. 
7.6. O Dever de Não Intervenção. 
 
8. Soberania e Supremacia Territorial. 
8.1. Território do Estado. 
8.2. Limites e Fronteiras. 
 
9. Domínio Público Internacional. 
9.1. Domínio Terrestre. 
9.2. Domínio Fluvial e Lacustre. 
9.3. Domínio Marítimo. 
9.4. Domínio Aéreo. 
9.5. O Espaço Extra-Atmosférico. 
9.6. Plataforma Submarina. 
9.7. Regiões Polares. 
 
10. Organizações Internacionais. 
10.1. Conceitos Gerais. 
10.2. Espécies de Organizações Internacionais. 
10.3. ONU – Organização das Nações Unidas. 
10.4. MERCOSUL – Integração Econômica da América Latina. 
10.5. A União Européia. 
 
11. Responsabilidade Internacional. 
11.1. Conceito. 
11.2. Fundamento. 
11.3. Elementos Essenciais: Ato Ilícito, Imputabilidade e Dano. 
11.4. Conseqüências da Responsabilidade Internacional. 
11.5. Proteção Diplomática. 
 
12. Representação dos Estados. 
 
13. Litígios Internacionais. 
13.1. Meios de Solução Pacífica dos Litígios Internacionais. 
13.2. Formas Diplomáticas, Jurídicas, Coercitivas e Políticas. 
13.3. Arbitragem Internacional. 
13.4. Corte Internacional de Justiça. 
 
14. Nacionalidade. 
14.1. A nacionalidade Brasileira: Natos e Naturalizados. 
14.2. Perda da Nacionalidade Brasileira. 
14.3. O Estatuto da Igualdade. 
 
 
 
15. Condição Jurídica do Estrangeiro. 
15.1. Títulos de Ingresso e Direitos do Estrangeiro. 
15.2. Saída Compulsória de Estrangeiros: Deportação, Expulsão, Extradição. 
15.3. Asilo Político. 
 
16. Proteção Internacional dos Direitos Humanos. 
 
BIBLIOGRAFIA 
Bibliografia Básica: 
ACCIOLY, Hildebrando. Manual de direito internacional público. São Paulo: Saraiva, 2008. 
BOSON, Gerson de Britto Mello. Direito internacional público: o Estado em direito das gentes. 
Belo Horizonte: Del Rey, 2000. 
REZEK, José Francisco. Direito internacional público. São Paulo: Saraiva, 2008. 
Bibliografia Complementar: 
ACCIOLY, Hildebrando. Tratado de direito internacional público. São Paulo: Saraiva, 1957. 
BREGALDA, G. Direito internacional público e direito internacional privado. São Paulo: 
Atlas, 2007. 
LITRENTO, Oliveiros Lessa. Manual de direito internacional público. Rio de Janeiro: Forense, 
1978. 
MELLO, C. D. de A. Curso de direito internacional público. São Paulo: Renovar, 2004. 
ROQUE, Sebastião José. Direito internacional público. São Paulo: Hemus,1997. 
SOARES, G. F. S. Curso de direito internacional público. São Paulo: Atlas, 2004. 
BANDARRA, Leonardo Carvalho Leite Azeredo; MARTUSCELLI, Patrícia Nabuco. A 
Institucionalização da Política Internacional Nuclear: entre a Não Proliferação de Armas e a 
Prevenção contra Acidentes/The Institutionalization of International Nuclear Politics: between the 
Non-proliferation of Weapons and the Prevention against Accidents. Brazilian Journal of 
International Relations, [s. l.], v. 6, n. 3, p. 543–572, 2018. 
CF. Constituição da República Federativa do Brasil. . 1988. 
COSTA RICA; NICARAGUA. Certain Activities Carried Out by Nicaragua in the Border Area 
(Costa Rica v. Nicaragua) Question of compensation.2 fev. 2018. Disponível em: 
<http://www.icj-cij.org/files/case-related/150/150-20180202-SUM-01-00-EN.pdf> 
D3927. Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, entre a República Federativa do Brasil 
e a República Portuguesa, Dec. 3.927/2001. 2001. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/d3927.htm>. Acesso em: 27 abr. 2018. 
DEC.9199. Decreto regulamentador da Lei de Migração Dec.9199/2017. 2017. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/d9199.htm>. Acesso em: 27 
abr. 2018. 
EUA; CANADÁ. Arbitragem Trail Smelter, entre EUA e Canada3 nov. 1941. Disponível em: 
<http://legal.un.org/riaa/cases/vol_III/1905-1982.pdf> 
REZEK, Francisco. Matrizes políticas da justiça penal internacional.Revista de Direito 
Internacional, [s. l.], v. 13, n. 1, 2016. Disponível em: 
<https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/rdi/article/view/3859>. Acesso em: 16 fev. 2018. 
UN, United Nations. Como funciona a ONUONU Brasil, 2014. Disponível em: 
<https://nacoesunidas.org/conheca/como-funciona/>. Acesso em: 27 abr. 2018. 
 
 
PLANEJAMENTO DAS AULAS 
 
Datas prováveis suscetíveis a alterações 
 
__/__/____ 
1 ª Sem. 
 
Apresentação do curso e dos critérios de avaliação. Calendário de 
atividades. Esboço Histórico do Direito Internacional Público. 
 
__/__/____ 
2 ª Sem. 
2. A Sociedade Internacional e as Relações Internacionais. 
3. Conceito, Fundamentos, Denominação e Autonomia do Direito 
Internacional Público. 
 
 
 
__/__/____ 
3 ª Sem. 
4. As Fontes do Direito Internacional Público. 
4.1. Sentido de Fontes do Direito. 
4.2. Tratados Internacionais. 
4.3. Costume. 
4.4. Princípios Gerais do Direito. 
4.5. Doutrina. 
4.6. Jurisprudência. 
 
 
__/__/____ 
4 ª Sem. 
5. Princípios do Direito Internacional Público. 
5.1. Soberania. 
5.2. Igualdade. 
5.3. Boa-Fé. 
5.4. Princípio do Pacta Sunt Servanda. 
 
 
__/__/____ 
5 ª Sem. 
6. Sujeitos do Direito Internacional Público. 
7. Estados. 
7.1. Conceito e Elementos: Formação dos Estados. 
7.2. Teoria Geral do Reconhecimento de Estado. 
7.3. Personalidade Internacional. 
7.4. Direitos e Deveres dos Estados. 
7.5. Restrições aos Direitos dos Estados. 
7.6. O Dever de Não Intervenção. 
 
 
__/__/____ 
6 ª Sem. 
8. Soberania e Supremacia Territorial. 
8.1. Território do Estado. 
8.2. Limites e Fronteiras. 
 
 
 
__/__/____ 
7 ª Sem. 
9. Domínio Público Internacional. 
9.1. Domínio Terrestre. 
9.2. Domínio Fluvial e Lacustre. 
9.3. Domínio Marítimo. 
9.4. Domínio Aéreo. 
9.5. O Espaço Extra-Atmosférico. 
9.6. Plataforma Submarina. 
9.7. Regiões Polares. 
 
 
__/__/____ 
8 ª Sem. 
Avaliação 
 
__/__/____ 
9 ª Sem. 
Correção e vista de provas 
 
__/__/____ 
10 ª Sem. 
10. Organizações Internacionais. 
10.1. Conceitos Gerais. 
10.2. Espécies de Organizações Internacionais. 
10.3. ONU – Organização das Nações Unidas. 
10.4. MERCOSUL – Integração Econômica da América Latina. 
10.5. A União Européia. 
 
 
__/__/____ 
11 ª Sem. 
11. Responsabilidade Internacional. 
11.1. Conceito. 
11.2. Fundamento. 
11.3. Elementos Essenciais: Ato Ilícito, Imputabilidade e Dano. 
11.4. Conseqüências da Responsabilidade Internacional. 
11.5. Proteção Diplomática. 
 
 
__/__/____ 
12 ª Sem. 
12. Representação dos Estados. 
13. Litígios Internacionais. 
13.1. Meios de Solução Pacífica dos Litígios Internacionais. 
13.2. Formas Diplomáticas, Jurídicas, Coercitivas e Políticas. 
13.3. Arbitragem Internacional. 
13.4. Corte Internacional de Justiça. 
 
 
__/__/____ 
13 ª Sem. 
14. Nacionalidade. 
14.1. A nacionalidade Brasileira: Natos e Naturalizados. 
14.2. Perda da Nacionalidade Brasileira. 
14.3. O Estatuto da Igualdade. 
 
 
 
 
__/__/____ 
14 ª Sem. 
15. Condição Jurídica do Estrangeiro. 
15.1. Títulos de Ingresso e Direitos do Estrangeiro. 
15.2. Saída Compulsória de Estrangeiros: Deportação, Expulsão, 
Extradição. 
15.3. Asilo Político. 
16. Proteção Internacional dos Direitos Humanos. 
 
25/5/18 
__/__/____ 
15 ª Sem. 
 
Avaliação 
1/6/18 
__/__/____ 
16 ª Sem. 
 
Atendimento aos alunos 
8/6/18 
__/__/____ 
17 ª Sem. 
 
Prova substitutiva 
15/6/18 
__/__/____ 
 
Exame 
18 ª Sem. 
22/6/18 
__/__/____ 
19 ª Sem. 
 
Atendimento aos alunos 
 
 
 
 
RESUMO 
HISTÓRICO 
 
O surgimento do Direito Internacional como disciplina se deu a partir do século XVII, mas na 
prática já existia desde a antiguidade, como por exemplo o tratado atinente a fronteira comum 
entre Lagash e Umma – cidades da Mesopotâmia e o firmado entre Ramsés II do Egito e Hatusi 
III dos hititas, no século XIII a.C., denominado de Tratado de Kadesh (em razão da batalha ali 
firmada). 
 
O DIP regula as relações públicas exteriores dos sujeitos de DIP (os Estados, incluindo a Santa 
Sé, e as Organizações Internacionais) 
 
O Direito Internacional Público na sua versão clássica admite apenas os Estados e as 
Organizações Internacionais como sujeitos. Contudo Blocos Regionais também podem firmar 
tratados como é o caso do Mercosul em decorrência do art. 34 do Protocolo de Ouro Preto. Além 
disso, indivíduos e pessoas jurídicas têm capacidade postulatória. Por exemplo, indivíduos podem 
acionar a Comissão Interamericana de Direitos Humanos CIDH da Organização dos Estados 
Americanos OEA. Também na CIJ indivíduos podem postular e serem julgados como no caso, 
Guengueng et al. v. Senegal, no qual indivíduos torturados durante a administração do Habré em 
Chade acionaram o Senegal que alegava não ter jurisdição sobre o caso. Empresas também 
podem ter capacidade postulatória reconhecida como acontece nas ferramentas de solução de 
controvérsias previstas no Tratado Norte-americano de Livre Comércio NAFTA. 
 
 
FONTES 
 
As fontes de DIP são estabelecidas no artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça 
(principal órgão jurisdicional da Organização das Nações Unidas, também denominado Tribunal 
Internacional de Haia) 
 
Artigo 38 
1. A Corte, cuja função seja decidir conforme o direito internacional as controvérsias 
que sejam submetidas, deverá aplicar; 
2. as convenções internacionais, sejam gerais ou particulares, que estabeleçam regras 
expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; 
3. o costume internacional como prova de uma prática geralmente aceita como direito; 
4. os princípios gerais do direito reconhecidos pelas nações civilizadas; 
5. as decisões judiciais e as doutrinas dos publicitários de maior competência das 
diversas nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito, sem 
prejuízo do disposto no Artigo 59. 
6. A presente disposição não restringe a faculdade da Corte para decidir um litígio ex 
aequo et bono, se convier às partes. 
 
 
 
São as fontes de DIP: os tratados, os costumes e os princípios gerais de direito 
 
A jurisprudência, doutrina e a equidade são meios de integração do direito. 
 
Alguns doutrinadores incluem entre as fontes os atos unilaterais e as decisões das organizações 
internacionais. Exemplo de ato unilateral que produz efeito no âmbito internacional são as 
leis de limite de mar territorial, de zona econômica exclusiva, que estabeleça o regime de 
administração dos portos e que proceda a franquia de águas interiores à navegação estrangeira. 
 
No que se refere à equidade, sua utilização somente poderá ocorrer caso as partes envolvidas no 
litígio concordem com sua aplicação, ou seja, se for “certo” e “bom” (“ex aequo et bono”) para a 
justiça do caso concreto e convier às partes 
 
 
TRATADOS 
 
CONCEITO DE TRATADOS = Tratados podem ser definidos como acordos formais, concluídos 
entre sujeitos de DIP e destinados a produzir efeitos jurídicos = ANIMUS CONTRAHENDI = 
intenção de criar direitos e obrigações internacionais 
 
SOFT LAW = não cria direitos e obrigações internacionais 
Contratos (alguma das partes não tem direito de convenção) Ordem de Malta e indivíduos são 
exemplos de sujeitos de DIP que não possuem direito de convenção. 
MOU = Não é tratado = pq Se não tiver animus contrahendi = sera memorando de entendimento 
= MOU = Gentlements agreement) = criam condições/confiança para que as partes no futuro 
elaborem o Hard Law (enrijeçam as obrigações) 
 
DEFINICAO MENOS ABRANGENTE = CONVENCAO DE VIENA DE 1969 = Sobre o direito dos 
tratados = art 2, parag 1 alinea a = definir um tratado = acordos internacionais celebrados por 
escrito entre Estados e regidos pelo DI quer constem de um instrumento único, quer constem de 
dois ou mais instrumento conexos, qualquer que seja a sua denominação especifica = só esses 
tratados serão regulados pelas normas dessa convenção. 
NÃO SE APLICA A CONVENCAO se o tratado não for escrito, mas isso não afasta a 
aplicabilidade do acordo = Art. 3, caput e alíneaa = O fato da presente convenção não disciplinar 
acordos não concluídos por escrito não prejudicara a eficácia jurídica desses acordos. 
 
CONDICOES DE VALIDADE DOS TRATADOS 
 
1. CAPACIDADE DAS PARTES CONTRATANTES = direito de convenção Contratos (alguma 
das partes não tem direito de convenção) Ordem de Malta e indivíduos são exemplos de sujeitos 
de DIP que não possuem direito de convenção. 
Para Nguyen Ouoc Dinh (jurista francês de origem vietnamita autor de um dos clássicos do 
Direito Internacional Público) = entende que capacidade das partes não é condição de validade 
mas sim condição de existência 
ANULABILIDADE = ANFECHTIGKEIT = ex nunc 
 
2. HABILITAÇÃO DOS AGENTES SIGNATÁRIOS = representantes de um Estado = art. 7 e 8 
da Convenção de Viena de 1969 sobre direitos dos tratados = uma pessoa poderá ser 
considerada representante de um estado para a prática de quaisquer atos relativos a conclusão 
de um ato se apresentar plenos poderes para tal = há certas pessoas que devido as funções que 
exercem no seu estado que estão dispensadas da apresentação de plenos poderes = CHEFE DE 
ESTADO, CHEFE DE GOVERNO E MINISTRO DAS RELACOES EXTERIORES (só esses 3) o 
chefe de missão diplomática só pode praticar um ato sem os plenos poderes = chefe de missão 
diplomática e representante do estado numa organização podem apenas adotar tratado (não para 
aderir) 
Se ato não for feito por habilitado = não produz efeitos jurídicos = ato inválido= existe o acordo 
mas não é valido = mas pode ser confirmado pelo estado futuramente por alguém habilitado 
produzindo efeitos ex tunc (retroativos) desde a data de assinatura pela pessoa sem poderes. 
ANULABILIDADE = ANFECHTIGKEIT = ex nunc 
 
3. OBJETO LICITO E POSSÍVEL = factível materialmente possível = tem de estar de acordo 
as normas imperativas de direito internacional geral art 53 e 64 = se não estiver de acordo com a 
não agressão a proibição da pirataria do genocídio do apartheid = tratado será nulo. Art. 30 
paragrafo 4 = tratado contrariar tratados antigos. 
NULIDADE = NULLIGKEIT = ex tunc 
 
4. CONSENTIMENTO MÚTUO = vontade dos sujeitos de DIP deve ser livremente 
manifestada = se houver algum vicio na manifestação de um tratado pode haver a invalidade do 
tratado, se bilateral, ou saída do pais que houve vicio do consentimento de uma parte se o tratado 
for multilateral = erro, fraude, dolo, corrupção ou coação do representante do estado, atuação do 
próprio estado pela ameaça ou uso da força (art. 48 a 52) 
HIPÓTESE DA RATIFICAÇÃO IMPERFEITA = se estado desrespeitando direito interno formal de 
importância fundamental = estado pode requerer invalidade posterior do ato de adesao ou do 
próprio tratado se bilateral = exemplo se o congresso não for ouvido antes do Brasil assumir 
direitos e obrigações = só coacao militar = coacao economica ou politica não vale como 
invalidade 
NULIDADE = NULLIGKEIT = ex tunc 
 
 
EM DIREITO INTERNACIONAL = MESMO EM CASO DE NULIDADE = ATOS PRATICADOS DE 
BOA FE = CONTINUAM VALIDOS = isso diminui muito a diferença entre anulabilidade e nulidade 
em direito internacional 
 
 
FASES 
 
1. NEGOCIACAO = 
2. ADOCAO do texto do tratado só consentir com o texto negociado não é ato que manifesta 
vontade obrigatória 
3. AUTENTICACAO = não pode mais mudar o texto do tratado = texto definitivo 
4. ASSINATURA = manifesta consentimento definitivo se não for exigida ratificação (no caso 
do BRA se não houver obrig nova e não criar novos direitos e obrigações não precisa de 
ratificação do congresso) 
5. RATIFICACAO = manifesta consentimento definitivo (art. 11) 
 
 
TERMOS TÉCNICOS DA CONVENÇÃO DE VIENA (não existe estado signatário) 
1. ESTADO NEGOCIADOR (participou das negociacoes) 
2. ESTADO CONTRATANTE 
3. ESTADO PARTE (para qual o estado é válido) 
 
PRINCIPIO DO ESTOPPEL ART 45 = Estado não pode invocar uma causa de anulabilidade, de 
extinção ou de suspensão de um tratado se após tomar conhecimento dos fatos tiver aceitado 
expressamente que o tratado é válido ou continua em execução ou em virtude de sua conduta, 
deva ser considerado como tendo concordado que o tratado é valido, ou continua em execução, 
conforme o caso. 
 
Exemplo Caso dos pneus 
“Com base na justificativa de proteção ambiental e de saúde pública, o governo brasileiro, em 
1991, passou a restringir a importação de pneus usados e remodelados. Por conta de uma 
demanda uruguaia, apresentada em janeiro de 2002, o Tribunal Arbitral Ad Hoc do Mercado 
Comum do Cone Sul (Mercosul) decidiu que a legislação brasileira era incompatível com a 
normativa do bloco. O Tribunal concluiu que a Portaria n. 8/00 – veículo da referida restrição – 
contradizia princípios gerais do direito internacional, notadamente, o princípio do estoppel, 
segundo o qual a parte fica impedida de agir em contradição com um compromisso anteriormente 
assumido. Assim sendo, decidiu-se que a legislação brasileira deveria ser modificada, a fim de 
corrigir tal incompatibilidade. Em resposta a essa demanda, foi publicada a Portaria SECEX n. 
2/02, que autorizava o licenciamento de pneumáticos remodelados procedentes dos Estados 
Partes do Mercosul.” - See more at: http://ictsd.org/i/news/pontes/48412/#sthash.SV3RtAsE.dpuf 
 
Mais detalhes sobre o Caso dos Pneus : http://ictsd.org/i/news/pontes/48412/ 
 
 
OBS. TRATADOS DIREITOS HUMANOS ANTES DA EMENDA CONSTITUCIONAL 45/04 = 
ESTAVAM ABAIXO DA CF MAS ACIMA DAS LEIS - SUPRALEGAL - DECISAO DO STF 
3/12/2008 - E IMPOSSIBILIDADE HOJE NO BRASIL DA PRISAO CIVIL DO DEPOSITARIO 
INFIEL - TRATADO DE SAN JOSE DA COSTA RICA É INFRA CONSTITUCIONAL MAS 
SUPRALEGAL = ART. 5 CF é norma de eficácia limitada então como a norma que 
complementava =DL911/69 = revogado pelo pacto de san José - ACIMA DE QQUER LEI 
INCLUSIVE DE LEI COMPLEMENTAR. 
 
 
 
COSTUMES 
 
Costume internacional = definicao deve espelhar o reconhecimento generalizado por parte dos 
Estados e demais sujeitos de DIP de uma determinada pratica como sendo obrigatoria. 
Quais sao os elementos constitutivos de um costume: 
elemento material : consuetudo/usum e necessaria uma pratica reiterada de comportamento 
elemento psicologico ou subjetivo: opinio juris conviccao certeza por parte dos estados e demais 
sujeitos de DIP de que a pratica em questao e obrigatoria. 
 
3 caracteristicas do elemento material: 
DURACAO 
UNIFORMIDADE 
GENERALIDADE (diferente de unanimidade) 
Costume deve refletir a percepcao da maioria dos estados cujos interesses sejam especialmente 
afetados 
Costume internacional e norma internacional geral tem o condao portanto de obrigar a todos os 
estados mesmo aqueles que nao participaram da elaboracao do costume 
 
art. 2 &1 Conv. de Viena = para fazer prova da existencia de um costume: a melhor forma e 
examinando a pratica dos estados, a qual abrange tanto o que os estados fazem qto aquilo que 
eles dizem. 
correspondencia diplomatica 
declaracoes de politica externa 
manuais oficiais militares diplomaticos 
normas internas 
decisoes dos tribunais internos 
 
Costume regional e costume particular e costume local: somente e obrigatorio para os estados 
que expressamente o reconhecerem. Vontade da maioria nao obriga a minoria como acontece 
com os costumes internacionais (asilo diplomatico da america latina Peru nao aceita o costume 
particular da America Latina) (direito de passagem entre portugal e India para seus enclaves em 
territorio indiano) Nao pode estopel fazer uso por um tempo e depois negar mas se nunca aplicou 
um costume nao pode se presumir aceitacao desse costume. nesse caso nao existe a figura do 
negador persistente pq costume so obriga aquele que se manifestou expressamente com relacao 
a aceitacao de um costume. HIGHER STANDARD OF PROOF padrao mais elevado de prova 
para constatar um costume regional 
 
 
Mesmo no caso do costume internacional a oposicao ativa impede a aplicacao de um costume = 
NEGADOR OBJETOR PERSISTENTE é o Estado que consegue demonstrar que rejeitou 
continua e expressamente a pratica em questao desde os primeiros diasde existencia de um 
costume, se antes do estabelecimento do costume 
 
 
 
Costumes podem ser afastados pela vonatade das partes diferentemente do que acontece com 
as normas ius cogens, normas cogentes, as quais nao podem ser afastadas pela vontade dos 
Estados. 
 
 
obs. direito comunitario nao e direito internacional publico principalmente a UE que tem 
supranacionalidade 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos 
povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
 
 
Uma das fontes de DIP são os princípios. Dentre quais, destacam-se: o da não-agressão; o da 
autodeterminação dos povos; o da continuidade do Estado; o da boa-fé. 
 
Esses princípios funcionam como normas “jus cogens”, obrigam todos os Estados, até mesmo 
aqueles que não ratificaram qualquer tratado que fosse. 
 
 
princípio da independência nacional = soberania política e econômica, e autodeterminação dos 
povos, repudio a intervenção direta ou indireta nos negócios políticos de outros Estados. 
 
princípio da prevalência dos direitos humanos = respeito aos direitos humanos 
 
princípio da autodeterminação dos povos = Estado possui a prerrogativa de tomar as decisões 
que são necessárias sem qualquer interferência externa, escolhendo o seu destino e a forma da 
qual será dirigido. Tem sua base na soberania do País. 
 
princípio da não-intervenção tem relação direta e princípio da independência nacional = cada País 
se desenvolve da forma que lhe convier, sendo soberano, e não sujeito a sofrer intervenção de 
qualquer outro país = intervenção será admitida quando for autorizada previamente pelo 
Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, sendo possível que essa 
autorização venha após a intervenção no país, nos casos em que se exija urgência. 
 
princípio da igualdade entre os Estados = todos possuem um governo, um território e um povo 
próprio, nenhum deles poderá ser superior ou mais importante no cenário internacional para 
justificar qualquer desigualdade entre os mesmos. 
 
princípio da defesa da paz = paz é regra para as relações humanas = questão da força e da 
guerra reservada para casos excepcionais. 
 
princípio da solução pacífica dos conflitos afirma que para a solução de divergências e demais 
conflitos, é necessária a utilização de meios pacíficos, que subdividem-se em diplomáticos, 
políticos, jurídicos e jurisdicionais. O meio não pacífico (coercitivos e guerra) somente serão 
admitidos quando do meio pacífico não surtir efeito. 
 
dever de combater o terrorismo e o racismo, ou seja, caso existam grupos terroristas e ataques 
racistas e não faça nada para combatê-lo estará sujeito à intervenção, uma vez que o apoio a 
questões desse tipo constituem verdadeiro desrespeito aos direitos humanos. 
 
princípio da cooperação entre os povos para o progresso da humanidade tem-se que toda a 
humanidade deve cooperar entre si, para a perpetuação da paz. 
 
art. 4º, X da CF = asilo político será concedido asilo político ao estrangeiro perseguido – quer por 
dissidência política, quer por livre manifestação de pensamento ou por crimes relacionados à 
segurança do Estado, desde que não configurem delitos no direito penal comum – que tenha 
ingressado nas fronteiras nacionais, colocando-se no âmbito espacial de sua soberania. É, 
portanto, um ato de soberania estatal, de competência do presidente da república e, uma vez 
concedido o ministro da justiça lavrará termo no qual serão fixados o prazo de estada do asilado 
no Brasil e, se for o caso, as condições adicionais aos deveres que lhe imponham o direito 
internacional e a legislação vigente, às quais ficará sujeito. 
 
Mais detalhes em: 
http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/breve-an%C3%A1lise-dos-princ%C3%ADpios-gerais-do-
direito-internacional-p%C3%BAblico 
 
Principio do uti possidetis iuris muito usado para justificar a colonização, segundo o qual os 
países que de fato ocupam um território possuem direito de posse sobre este. Proveniente do 
direito romano, o termo foi utilizado historicamente para validar e sobretudo legitimar ( de jure ) 
várias conquistas territoriais ( de facto ) ao longo da História. Este princípio foi aceito por Portugal 
e Espanha na celebração do Tratado ou Paz de Utrecht ( 1713 – 1714 ) para definir a fronteiras 
de suas colônias na América do Sul .Em 1713 foi reconhecida a soberania de Portugal sobre as 
terras da América Portuguesa, compreendidas entre os rios Amazonas e Oiapoque. Também 
seguiu esse princípio o Tratado de Madrid, de 1750, entre os reis de Portugal e da Espanha, 
fundamentado no Mapa das Cortes que mostrava as efetivas ocupações. Foi aplicado esse 
princípio também na formação dos estados após a descolonização na Ásia, África e América do 
Sul. 
 
 
ESTADOS 
 
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS 
 
ART. 1 CONVENCAO DE MONTEVIDEU SOBRE DIREITOS E DEVERES DOS ESTADOS DE 
1933 = reflete o atual costume internacional 
 
São 4 os critérios da Convenção de Montevidéu 
1. população permanente 
2. território definido 
3. governo (próprio/efetivo) 
4. capacidade de estabelecer relações com outros estados = independência = soberania (no 
passado existência de um estado era compatível com sua dependência face a outros países = 
estado dependente ou estado semi-soberano = para exercer certas capacidades internacionais 
dependia de autorização de um outro estado plenamente soberano = era o caso dos estados 
satélites, estados associados (Porto Rico era estado associado aos EUA, hj é território dos EUA 
como as ilhas virgens e ilhas marianas) estados protegidos, estados clientes, estados vassalos. 
 
GEORG JELLINEK = DREI ELEMENT LEHRE (Teoria dos três elementos) 
1. população Staatsvolk 
2. território Staatsgebiet 
3. administração governo Staatsgewalt 
 
1991 = Europa = COMISSÃO BARINTER = comissão de arbitragem da conferencia européia 
sobre a Iugoslávia = decidiram criar órgão jurídico para auxiliar independência = opiniao numero 1 
= respondeu a pergunta: o que é um estado? Para comissão: ESTADO normalmente considerado 
como sendo uma comunidade que consiste de uma população e território sujeitos a uma 
autoridade política organizada e caracterizado pela soberania. É fundamental para a 
caracterização do estado a soberania. Se não houver soberania não há estado. (cai por terra a 
teoria dos 3 elementos de Jellinek) 
 
POPULACAO PERMANENTE 
 
Diferente do conceito de povo 
• (conceito subjetivo de povo = aquele grupo de pessoas que deseja conviver em um mesmo 
territorio) população não precisa querer viver junto 
• (conceito objetivo de povo = pessoas que compartilham de uma mesma herança étnica 
religiosa cultural e assim por diante ) não é necessario que populacao compartilhe mesma 
herança 
 
O que não pode ocorrer é a pop ser nômade. 
 
Rezek e Mazzuoli = estado tem de ter dimensão pessoal = formada por seus nacionais = então a 
população não poderia ser formada por estrangeiros 
 
Para a doutrina mais difundida = Reunião de elemento humano que habita um território nesse 
sentido não seria óbice intransponível a pop ser formada por estrangeiros desde que estivessem 
residindo de forma permanente no estado. Mais adequada. Caso do surgimento de Israel = não 
havia nacionais 
 
 
TERRITORIO DEFINIDO 
 
Jurisdicao geral e exclusiva = titulariza todas as competências de ordem legislativa executiva e 
judicial = estado monopólio no exercício de tais competência. 
 
Diferente de limites definidos = CIJ caso plataformacontinental do mar do norte território definido 
não é sinônimo de limites = não se exige certeza absoluta sobre onde passam os limites de um 
estado para considera-lo um estado 
 
Caso plataforma continental do mar do norte: Dinamarca e Países Baixos contra Alemanha. Os 
primeiros defendiam a eqüidistância, mas Alemanha não é parte de tratado que trata sobre isso e 
não se trata de costume Internacional. A Alemanha por sua vez queria a repartição da plataforma 
em partes justas e eqüitativas. Isso também não foi acatado a CIJ entendeu que não se trata de 
repartir e partilhar mas de delimitar. Assim, cada parte tem direito as zonas da plataforma 
continental que constituam prolongamento natural de seu território sob o mar. Mais informação 
em http://www.cedin.com.br/pt/casos-contenciosos/ 
 
 
Tem de existir no território comunidade política que controla núcleo suficiente de território já pode 
falar em território definido. 
 
GOVERNO 
 
Estrutura central que deve exercer controle efetivo no estabelecimento e manutenção de uma 
ordem jurídica constitucional autônoma sobre uma comunidade humana em um território. 
 
Monopólio do uso legitimo do uso da forca física. De acordo com uma visão weberiana de estado 
(Max Weber). É condição para ser considerado governo efetivo e estado 
 
Temporariamente pode estar ausente sem que isso afete a existência de um estado. Aplicação do 
principio da autodeterminação dos povos = Somália, Haiti, Afeganistão continuam a existir 
embora não exerçam controle efetivo sobre o seu território. 
 
INDEPENDENCIA OU SOBERANIA 
 
Capacidade de estabelecer relações com outros estados. Conceito jurídico = não precisa ser 
economicamente independente = pode ser dependente político dos estados como os que 
estavam sob influencia URSS na guerra fria. 
 
Independência jurídica de um estado para exercer livremente de todos os seus direitos e deveres 
internacionais = capacidades internacionais = não pode haver norma interna ou internacional que 
estabeleça a obrigação de outros estados para o desempenho de suas capacidades 
internacionais. Estados federados tem autonomia mas não têm independência, precisam da união 
para exercer relações internacionais. 
 
Dalmo de Abreu Dallari e Mazzuoli = finalidade = na verdade seria um atributo mas não 
característica = justificaria que o vaticano e a Santa Sé não seriam estado mas há quem entenda 
que vaticano tem finalidade de estado. Então melhor considerar que é uma qualidade dos estados 
que reunirem os 4 elementos anteriores. 
 
Convenção da ONU sobre o direito do mar 
1. MAR TERRITORIAL = Maximo hoje em dia 12 milhas náuticas 
2. ZEE = ZONA ECONOMICA EXCLUSIVA = 200 milhas náuticas = exploração da coluna de 
água. 
3. PLATAFORMA CONTINENTAL = para exploração de solo e subsolo = se comprovar que 
tiver mais de 200 milhas náuticas pode requerer a extensão até 350 milhas náuticas. 
Art 76 = Comissão que decide sobre a plataforma continental = Brasil já pleiteou extensão de sua 
platforma continental 
 
----------- 
No Brasil 
Lei Federal Nº 8.617/1993 Dispõe sobre o mar territorial, a zona contígua, a zona econômica 
exclusiva e a plataforma continental brasileiros 
Mar Territorial Brasileiro = 12 milhas marítimas = soberania 
Zona Contígua = 24 milhas marítimas = pode fiscalizar para evitar e reprimir infrações 
Zona Econômica Exclusiva = 200 milhas marítimas = exploração econômica 
Plataforma Continental = prolongamento natural ou 200 milhas = exploração de recursos naturais 
do solo e subsolo e seres vivos rastejantes ou fixos 
 
Do Mar Territorial 
Art. 1º O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítima de 
largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular (...) 
Art. 2º A soberania do Brasil estende-se ao mar territorial, ao espaço aéreo sobrejacente, 
bem como ao seu leito e subsolo. 
Art. 3º É reconhecido aos navios de todas as nacionalidades o direito de passagem 
inocente no mar territorial brasileiro. 
(...) 
Da Zona Contígua 
Art. 4º A zona contígua brasileira compreende uma faixa que se estende das doze às vinte 
e quatro milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a 
largura do mar territorial. 
Art. 5º Na zona contígua, o Brasil poderá tomar as medidas de fiscalização necessárias 
para: 
I - evitar as infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou 
sanitários, no seu territórios, ou no seu mar territorial; 
II - reprimir as infrações às leis e aos regulamentos, no seu território ou no seu mar 
territorial. 
(...) 
Da Zona Econômica Exclusiva 
Art. 6º A zona econômica exclusiva brasileira compreende uma faixa que se estende das 
doze às duzentas milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para 
medir a largura do mar territorial. 
Art. 7º Na zona econômica exclusiva, o Brasil tem direitos de soberania para fins de 
exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não-
vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que se 
refere a outras atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento da zona para fins 
econômicos. 
(...) 
Da Plataforma Continental 
Art. 11. A plataforma continental do Brasil compreende o leito e o subsolo das áreas 
submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do 
prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo exterior da margem 
continental, ou até uma distância de duzentas milhas marítimas das linhas de base, a partir 
das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da 
margem continental não atinja essa distância. 
Parágrafo único. O limite exterior da plataforma continental será fixado de conformidade 
com os critérios estabelecidos no art. 76 da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito 
do Mar, celebrada em Montego Bay, em 10 de dezembro de 1982. 
Art. 12. O Brasil exerce direitos de soberania sobre a plataforma continental, para efeitos 
de exploração dos recursos naturais. 
Parágrafo único. Os recursos naturais a que se refere o caput são os recursos minerais e 
outros não-vivos do leito do mar e subsolo, bem como os organismos vivos pertencentes a 
espécies sedentárias, isto é, àquelas que no período de captura estão imóveis no leito do 
mar ou no seu subsolo, ou que só podem mover-se em constante contato físico com esse 
leito ou subsolo. 
OAB 2008 
 
Questão 48 = C: 
 
Em 10 de dezembro de 1982, em Montego Bay (Jamaica), restou concluída a Convenção das 
Nações Unidas sobre o Direito do Mar. O Congresso Nacional brasileiro a aprovou, por meio do 
Decreto Legislativo nº 5, de 09 de novembro de 1987, tendo o Governo brasileiro ratificado a 
referida Convenção em 22 de dezembro de 1988. Finalmente, foi a mesma incorporada ao direito 
interno brasileiro em 22 de junho de 1995, pelo Decreto nº 1.530. Dentre as várias inovações 
trazidas pelo referido tratado internacional, pode-se mencionar a questão que regulamentou as 
chamadas linhas de base arquipelágicas. 
 
Diante de tal inovação, é correto afirmar sobre as linhas de base arquipelágicas, EXCETO: 
 
a) O Estado arquipélago pode traçar linhas de base arquipelágicas retas que unam os pontos 
extremos das ilhas mais exteriores e dos recifes emergentes do arquipélago, com a condição de 
que dentro dessas linhas de base estejam compreendidas as principais ilhas e uma zona em que 
a razão entre a superfície marítima e a superfície terrestre, incluindo os atóis, se situe entre um 
para um e nove para um. 
 
b) O comprimento destas linhas de base não deve exceder 100 milhas marítimas, admitindo-
se, no entanto, que até 3% do número total das linhas de base que encerram qualquer 
arquipélago possam exceder esse comprimento, até um máximo de 125 milhas marítimas. 
 
c) O sistema de tais linhas de base pode ser aplicado por um Estado arquipélago de modo a 
separar do alto mar ou de uma zona econômica exclusiva o mar territorialde outro Estado. 
 
d) Se uma parte das águas arquipelágicas de um Estado arquipélago estiver situada entre 
duas partes de um Estado vizinho imediatamente adjacente, os direitos existentes e quaisquer 
outros interesses legítimos que este Estado tenha exercido tradicionalmente em tais águas e 
todos os direitos estipulados em acordos concluídos entre os dois Estados continuarão em vigor e 
serão respeitados. 
 
 
 
MARGEM CONTINENTAL = inclui plataforma continental (leito do mar e subsolo) o talude 
continental e as elevações continentais. 
 
GUERRA DA LAGOSTA = Já se reconhecia plataforma continental mas ainda não a ZEE = 
animal rastejante então não poderia estar nadando na coluna dagua então estava vinculada a 
plataforma continental. = hj não haveria mais esse problema pque já existe o conceito de ZEE. 
 
 
 
CRIACAO E RECONHECIMENTO DE ESTADO 
 
 
ATO UNILATERAL = normalmente outro estado = constata presente em um entidade os 
elementos constitutivos de um estado 
 
Conv. Montevideu Sobre Direitos e Deveres do Estado 1933. 
 
reconhecimento não é o ato responsavel por conferir ao novo estado sua personalidade juridica 
internacional = existencia pol de um estado independe do seu reconhecimento.= art 13 carta da 
OEA = art. 3 Convencao de Montevideu 
 
significados importantantes do reconhecimento 
1. indica o desejo daqueles que reconheceram de iniciar interacoes formais com o estado 
reconhecido = estabelecimento de rel. dipl. = celebracao de acordos bilaterais 
2. prova que aquele que reconheceram consideram que novo estado possui todos os 
elementos constituticos de um estado 
3. impede que aqueles que reconheceram possam voltar atras na sua decisao irrevocavel 
principio do estoppel = para retirar ato de reconhecimento só se desapareceerem alguma das 
condicoes de estado 
 
natureza juridica do ato de reconehcimento de estado 
teoria constitutiva x declaratoria 
 
continua aplicavel a TEORIA CONSTITUTIVA 
1. principio da autodeterminacao dos povos = mesmo a inexistencia de um gov efetivo não 
sera obice insuperavel ao reconhecimento do novo estado = ex CONGO 1960 = o estado ainda 
não existia enquanto realidade de fato mas pôde ser reconhecido = nesse caso o reconhecimento 
teve caráter constitutivo. 
2. caso da violação do direito internacional = ex ALEMANHA ORIENTAL = reconheceu-se e a 
partir daquele momento foram reconhecidos os atos e leis dessa alemanha 
 
Mas a regra é TEORIA DECLARATÓRIA 
3. se uma entidade satisfaz todos os elementos constitutivos para ser considerada um estado 
ela já é um estado com direitos e obrigações básicas das relações interestatais e os demais 
países estão obrigados a tratá-la como se Estado fosse. 
 
TEORIA MISTA 
4. dizia que os direitos de celebrar tratados seriam decorrentes do reconhecimento então teria 
o recohecimento certo caráter constitutivo e ao mesmo tempo admitiam que os atos de 
reconhecimento fossem obrigatórios, estado tem de ser reconhecido se contém os 4 elementos 
constitutivos de um estado. Erra nos dois pontos o reconhecimento não constitui todos os direitos 
e obrigações e além disso não é obrigatório o reconhecimento. Tem de tratar como se estado 
fosse mas não tem de reconhecer como estado. Reconhecimento é ato discricionário e unilateral. 
Sendo assim a melhor teoria é a declaratórioa 
 
REQUISITOS PARA RECONHECIMENTO 
1. VIAVEL JURIDICAMENTE = ser vitorioso na luta pela independência = ser capaz de 
manter os elementos constitutivos de estado= visa coibir o reconhecimento prematuro = 
população pode se rebelar e lutar pela autonomia mas não pode receber ajuda de outro estado 
pq seria violação a proibição ao uso da forca então pop basca pode lutar pela independência mas 
não pode receber ajuda de nenhum outro estado. 
2. SEM VIOLACAO =novo estado não pode ser constituído mediante violação grave do direito 
internacional =n art 41parag. 2 do projeto de tratado sobre a resp dos estados por fatos ilícitos 
internacionais de 2001 = traduz costume internacional = exemplo de Bangladesh que contou com 
a ajuda da Índia mas como a interferência da Índia não foi fundamental então não foi considerado 
empecilho para o reconhecimento = resoluções do CS = caso da Rodesia e da Repl turca do 
Chipre do Norte = CS determinou que não deveria ser reconhecido = caso Bantustans Tb foi 
considerado ilegal a áfrica do Sul declarava a independência de bolsões de pobreza para evitar a 
entrada dessa pop. Na áfrica do sul = houve resolução do CS declarando atitude ilegal 
3. RESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS DAS MINORIAS E AOS LIMITES EXISTENTES E 
PRESERVACAO DA DEMOCRACIA E DO IMPERIO DA LEI = se houver descumprimento 
desses requisitos não pode justificar a retirada do reconhecimento 
 
REQUISITOS não são CONDICOES = não podem justificar a retirada de um reconhecimento 
 
CARACTERISTICAS 
1. UNILATERAL 
2. IRREVOGAVEL 
3. DESCRICIONARIO 
4. RETROATIVO 
 
 
OBS.: O reconhecimento de um Estado por uma organização internacional não requer, 
automaticamente, que todos os Estados membros dessa OI reconheçam o novo Estado (ex. Irã e 
Israel são ambos membros da ONU, porém não se reconhecem) 
 
O reconhecimento da condição de Estado por outros estados, geralmente não é necessário para 
um estado existir. No entanto, o reconhecimento coletivo ou o não reconhecimento por uma 
esmagadora maioria de Estados podem influenciar a questão da existência de um Estado, 
influenciando a aplicação e análise dos 4 critérios de Montevidéu. 
 
O reconhecimento coletivo pode sanar um cumprimento imperfeito de um dos 4 critérios de 
Montevidéu por exemplo, assim como o não- reconhecimento coletivo pode efetivamente evitar o 
cumprimento principalmente do quarto critério (capacidade de estabelecer relações com outros 
estados) . 
 
Se um país é um estado, então ele tem direito e deveres previstos para os Estados no âmbito do 
direito internacional. Estes direitos incluem imunidades para seus funcionários, proteção contra o 
uso da força por outros estados, o direito de auto -defesa, plena jurisdição sobre o seu território , 
proibição de intervenção em matéria doméstica, a possibilidade de participação em organizações 
intergovernamentais e agências especializadas, capacidade plena para negociar assinar e se 
comprometer por meio de tratados, acesso aos tribunais internacionais e a outros mecanismos de 
resolução de controvérsias , incluindo à CIJ 
 
 
PALESTINA 
 
Em 3/12/2010 O Brasil reconheceu o Estado palestino nas fronteiras anteriores à guerra dos Seis 
Dias, em 1967. 
 
Em 23/9/11 Mahmoud Abbas, Presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), pediu ao 
Secretário Geral da ONU que a Palestina fosse admitida como estado membro da ONU. 
Conselho de segurança vetou. Mas em 31/10/11 a Palestina foi admitida como estado membro na 
United Nations Education, Scientific, and Cultural Organization UNESCO 
 
Em 29/12/12 a ONU adotou uma resolução que concedeu a Palestina o status de estado 
observador não membro, reafirmando o direito a autodeterminação e independência em seu 
território ocupado desde 1967. Uma resolução meramente simbólica uma vez que a Palestina já 
era observadora e passa a ser Estado observador, nada mudando em termos de direitos. Mas 
que representa um reconhecimento da ONU de que a Palestina é um Estado. A favor da 
resolução foram 138 países, dos 193 totais. 41 se abstiveram e 9 foram contrários (EUA, Israel, 
Canadá, Rep.Tcheca, Panamá, Nauru, Ilhas Marshal, Micronésia e Palau) 
 
Para mais informações sobre esse tema: http://www.asil.org/insights/volume/16/issue/37/legal-
implications-un-general-assembly-vote-accord-palestine-status 
 
 
RECONHECIMENTO DE GOVERNO: 
É também um ato unilateral que se faz necessário quando uma ruptura na ordem pública do 
gênero de uma revolução ou golpe de Estado, faz com que se instaure no país um novo esquema 
de poder, à margem do regime constitucional vigente. Um novo grupo/esquema de poder assume 
e por isso é necessário o reconhecimento de Governo para que os Estados declarem que irão 
relacionar-secom o novo grupo. 
 
Ocasião em que foi necessário o reconhecimento de estado no Brasil 
1822 Independência 
 
Ocasiões em que foi necessário o reconhecimento de governo no Brasil 
1889 Proclamação Rep 
1930 Vargas 
1964 Golpe militar 
 
OBS.: Quando Vargas deu o golpe e continuou no poder – não é um novo grupo – não requer 
reconhecimento. 
 
OBS.: China – Um Estado e dois Governos – com a revolução de 1949 manteve-se o 
reconhecimento do Governo nacionalista, refugiado em Taiwan, o que mudou na década de 70 
com o reconhecimento do governo comunista. 
 
Reconhecimento de Facto e de Jure: 
no passado o reconhecimento de facto era provisório e o de jure definitivo (com título para tal). 
Hoje, o reconhecimento é sempre definitivo (irrevogável). Na prática, essa definição não possui 
grande relevância, pois hoje só ocorre o reconhecimento de facto, quando há dúvidas sobre a 
permanência do novo governo no poder. Se há certeza de que o novo governo é permanente 
efetivo, ocorre o reconhecimento de jure. 
O governo ser legítimo ou não, não interfere no reconhecimento, basta ser efetivo. 
Requisitos para reconhecimento de Governo: 
Efetividade: 
“efective control principle” - é aquele que claramente comanda a máquina administrativa do 
Estado e conta com a aquiescência da população, ou seja, ausência de resistência armada. Não 
pode haver exigência de governo democrático, pois isso seria ingerência em assuntos internos, 
ao passo que no reconhecimento de Estado isso é possível porque o Estado ainda não existe 
para o reconhecedor e por isso não é ingerência. Como o ato é discricionário, um governo que 
não é democrático, pode não ser reconhecido, mas o DIP reconhece (político X jurídico). 
Cumprimento das obrigações do Estado: 
(governos anteriores). Decorre do Princípio da continuidade e identidade do Estado. Ex. 
Revolução Russa – novos governantes se recusaram a manter os acordos do Czar e muitos 
Estados então se recusaram a reconhecer. 
Aparecimento conforme o DIP (Celso Mello): 
no passado, era utilizada para impossibilitar o reconhecimento de novos gêneros instalados no 
poder mediante intervenção estrangeira. Hoje, esse vício pode ser sanado pelo reconhecimento 
de jure desse governo. Ato de reconhecimento tácito, caso não seja praticado um ato formal de 
reconhecimento, a simples manutenção de relações diplomáticas indica o reconhecimento tácito. 
Doutrina Tobar (Equador - 1907) 
estado expressa juízo de valor no momento do reconhecimento. 
Doutrina Estrada (México - 1930) 
estado não mais praticaria ato de reconhecimento de governo, surgiu como uma reação a 
doutrina Tobar. Hoje, trabalhamos parcialmente com as duas. 
 
 
 
 
 
JURISDICÃO/IMUNIDADE SOBERANA OU ESTATAL / IMUNIDADE DAS ORGANIZACOES 
INTERNACIONAIS 
 
JURISDICAO CONCEITO 
Termo utilizado para designar os poderes que um estado exerce sobre pessoas bens e fatos ou 
eventos. 
Termo que descreve os limites à competência jurídica de um estado para criar aplicar e 
implementar normas de conduta sobre particulares. 
 
Soberania dos estados é relativa. 
 
Três modalidades de jurisdição de um estado: 
1. jurisdição legislativa ou prescritiva = prescriptive jurisdiction = poderes que possui um 
estado para criar leis para legislar sobre essas pessoas sobre esses bens e sobre esses fatos ou 
eventos = a regra é a aplicação no território nacional = jurisdição territorial. Contudo pode ser 
aplicado extraterritorialmente crimes praticados por brasileiros no exterior por exemplo. 
2. jurisdição adjudicatória ou judicial = adjudicative jurisdiction = envolve os poderes que 
possuem os tribunais de um estado para julgar processos que envolvam essas pessoas, bens, 
fatos ou eventos. = territorial /extraterritorial = CPC ART. 88 E 89 
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL CONCORRENTE (tanto tribunais brasileiros como de outros 
estados podem julgar esses casos = 
a. réu domiciliado no Brasil, 
b. se a obrigação tiver de ser cumprida no Brasil, 
c. se a ação resulta de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil 
NÃO HÁ AQUI LITISPENDÊNCIA (art. 90 CPC) dois processos iguais correrem simultaneamente 
= se houver coisa julgada em um pais ou em outro extinguem-se os demais processos 
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL EXCLUSIVA 
d. competência exclusiva do Brasil se imóveis estão no Brasil 
e. inventario ou partilha de bens que estejam no Brasil. 
 
3. jurisdição implementadora = enforcement jurisdiction = permite ao governo de um estado 
utilizar a forca física parra assegurar o cumprimento de suas leis e julgamentos (territorial) 
principio da representatividade (estado que enviou missão diplomatica pode fazer uso da forca na 
missao diplomatica = crime na missao diplomatica autoridades da propria autoridade diplomatica 
podem usar a forca pode prender). 
 
 
Níveis da ordem publica 
Três níveis (art. 17 da LICC) 
1. ORDEM PUBLICA INTERNA = no âmbito interno dos estados há normas que jamais 
podem ser afastadas pela vontade dos particulares. 
2. ORDEM PUBLICA INTERNACIONAL = haverá aqui a impossibilidade de reconhecimento 
dos efeitos jurídicos de atos e sentenças estrangeiras que choquem os valores do estado em 
questão 
3. RECONHECIMENTO DE DIREITOS ADQUIRIDOS NO ESTRANGEIRO = flexibilização 
ainda maior da ordem publica = ato praticado no estrangeiro não poderia ser admitido no Brasil = 
mas os efeitos podem ser objeto de concretização. 
 
casamento bigamo não seria reconhecido no Brasil por que é contra o conceito legal aqui mas os 
efeitos decorrentes desse casamento na medida que autorizada pela nossa legislação pode ser 
reconhecido. Casamento bígamo não pode ser reconhecido como tal, mas alimentos solicitados 
por uma das esposas podem ser executados no Brasil se os bens estiverem aqui por exemplo. 
 
Divida de jogo não choca mais a sociedade então pode ser executado aqui. 
 
 
É o próprio estado que fixa a sua jurisdição = para assegurar as leis e julgamentos pois decorre 
da soberania = normalmente o direito internacional não gera em relação ao exercício da 
jurisdição obrigações positivas para os estados mas sim obrigações negativas = cria limites ao 
exercício de jurisdição dos estados. 
LIMITES À JURISDICAO DOS ESTADOS 
1. IMUNIDADES 
2. NECESSIDADE DE UM VÍNCULO ENTRE O ESTADO E A SITUACAO SOBRE A QUAL 
DESEJA ESTE EXERCER JURISDICAO = temas de direito criminal = direito internacional atua = 
principio de jurisdição criminal que estado pode evocar para julgar determinado crime.= territorial, 
nacionalidade, protetivo ou universalidade (Bélgica = preveu universalidade = processo contra o 
Bush por crimes contra humanidade guerra ou genocídio = agora Bélgica mudou a legislação) 
Universalidade pode ser invocada 
- pirataria clássica 
- genocídio, crimes contra humanidade e crimes contra a guerra 
- escravidao e tortura 
- terrorismo 
AUT DEDERE, AUT IUDICARE = OU JULGA OU EXTRADITA PARA QUEM FOR JULGAR. 
 
 
IMUNIDADE SOBERANA OU ESTATAL 
É tanto uma imunidade de jurisdição como uma imunidade de execução. Fundamento 
consuetudinário até hoje = há tratados regionais mas no âmbito universal disciplinado por 
costume há convenção da ONU que ainda não esta em vigor. 
Imunidade de jurisdição encontra-se hoje relativizada pelo costume internacional = atos de 
império (permanece a imunidade)e atos de gestão (não permanece a imunidade). 
 
Imunidade de execução não foi relativizada ainda é absoluta = Antenor Madruga (na banca de 
concursos CESPE) = em livro defende que foi relativizada visto o art. 19 da convenção da ONU 
sobre as imunidades jurisdicionais dos estados e seus bens. Bens comerciais sem função publica 
que estejam no território do foro de execução, renuncia a imunidade de execução não é 
necessária = então há relativização da imunidade de execução. 
 
No Brasil art 11, parag. 2 LICC proíbe estados de terem imóveis 
 
Código de Bustamante = pode ser revogado pelo costume = mesma hierarquia entre tratado e 
costume 
 
 
 
IMUNIDADE DIPLOMÁTICA 
Imunidade é LIMITE DE JURISDICAO DE CARATER PESSOAL = em relaçãoa pessoa dos 
agentes diplomático 
 
Imunidade diplomática – suas regras são essenciais para a manutenção de relações entre os 
Estados. Por essa razão elas são observadas por todos os Estados, independentemente, de sua 
religião, cultura ou organização política. 
 
IMUNIDADES CONSULARES 
: os cônsules, assim como os diplomatas, representam seu Estado no estrangeiro. Todavia, eles 
não se preocupam com o relacionamento político entre os dois Estados. Esse tema foi codificado 
na Convenção de Viena sobre relações consulares de 1963 – costume internacional. Em alguns 
momentos essa convenção equiparou os privilégios e imunidades desfrutados pelos cônsules 
àqueles dos diplomatas. Isso se deve em grande parte ao fato de vários Estados terem resumido 
seus serviços diplomáticos e consulares em um único órgão. 
Histórico: 
critério representativo – diplomatas representam seu soberano no estrangeiro, por isso, a eles 
eram estendidas as honras, privilégios e prerrogativas que os soberanos possuíam nas suas 
viagens ao exterior. Hoje: diplomatas são agentes estatais – representam o seu Estado. A 
proteção hoje dispensada aos diplomatas pelo DIP, seguindo o critério funcional, por causa da 
importância da função que desempenham. Diplomacia: termo utilizado para designar as 
atividades de um Estado destinadas a alcançar seus objetivos de Política Externa. Na maior parte 
dos países, inclusive no Brasil, é uma atividade que compete ao poder executivo (art. 84 CF/88). 
 
 
PROTOCOLO DE AUX-LA CHAPELLE (1818) 
1 FASE = CONCERTO EUROPEU 1815 CONGRESSO DE VIENA = PROTOCOLO DE AUX-LA 
CHAPELLE (1818) 
CONVENÇÃO DE HAVANA (1828) 
2 FASE = INTERAMERICANA = UNIAO PANAMERICANA (AVÓ DA OEA) = CONVENCAO DE 
HAVANA 1828 = REL DIPLOMATICAS E REL CONSULARES 
CONVENÇÃO DE VIENA (1861 E 63) 
3 FASE = CDI = CONVENCAO DE VIENA 1861 DIP E CONVENCAO DE VIENA DE 1863 
Convenção de Viena de 1961: 181 Estados-partes – como a grande maioria dos Estados estavam 
presentes cria-se, dessa forma, um costume internacional, obrigando assim até os que não 
manifestaram vontade de participar. 
• Art. 2° - para que haja, então, o estabelecimento de relações diplomáticas é necessário o 
consentimento mútuo. Para o rompimento = vontade unilateral. 
• As imunidades e privilégios estabelecidos nessa convenção de Viena não se destinam a 
proteger os indivíduos em questão, mas sim, a assegurar o desempenho efetivo das funções da 
missão diplomática, enquanto representante do seu Estado. 
FUNÇÕES DIPLOMÁTICAS 
• Art. 3° da CV de 1961 – funções da missão diplomática 
Obs.: toda embaixada é uma missão diplomática, mas nem toda missão diplomática é uma 
embaixada. O Estado acreditante, acredita e envia representantes para outro Estado. E Estado 
acreditado é aquele que recebe os representantes de outros Estados. 
Disposto no art. 3° § 4°: 
1. Representar o seu Estado frente o Estado acreditado 
2. Proteger os interesses do Estado acreditante e de seus nacionais 
3. Negociar com os representantes do Estado acreditado 
4. Inteirar-se dos fatos e da evolução dos acontecimentos no Estado acreditado e informá-los ao 
Estado acreditante. 
5. Fomentar relações amistosas entre os dois países. Art. 3° § 2° - nada impede que as missões 
diplomáticas desempenhem também funções consulares. 
• Art. 14 da CV – três classes de chefes da missão diplomática. 
Chefe da Missão Diplomática: 
Art. 4° da CV de 1961 – para que o chefe da missão diplomática possa desempenhar suas 
funções deverá ele certificar-se de que recebeu o “agrément” por parte das autoridades do Estado 
acreditado. 
Art. 13 – recebendo o “agrément”, ele entrega suas credenciais ao Ministro das relações 
exteriores do Estado acreditado e estará apto a desempenhar suas funções. 
DEMAIS DIPLOMATAS 
Os demais diplomatas não necessitam do “agrément”, art. 10 § 1° “a” - somente é necessária a 
notificação ao Estado acreditado, da sua nomeação e chegada no território desse último, para 
inserí-lo na lista diplomática. Tanto chefes quanto diplomatas – agentes diplomáticos. 
PERSONA NON GRATA 
Estado acreditado pode, a qualquer tempo, declará-los como sendo “persona non grata” (Art. 9°), 
surgindo, então, a obrigação para o Estado acreditante de retirá-los do território do Estado 
acreditado – prazo razoável (aproximadamente 72 horas). Art. 39 § 2° - durante esse prazo 
razoável, permanecem os privilégios e a proteção diplomática; após esse prazo (art.39) o 
diplomata perde as imunidades. Perde a imunidade e pode ser processado pelos seus atos 
particulares que praticou enquanto tinha imunidade. Somente atos oficiais, que praticou, 
permanecem protegidos, mesmo após o fim do prazo. 
 
Art. 1° versa sobre as pessoas que se encontram relacionadas à missão diplomática. 
 
Art. 22 § 1° - os locais da missão diplomática são invioláveis: não podem os agentes do Estado 
acreditado penetrar sem a autorização do Estado acreditante. 
RENUNCIA PELO ESTADO NAO PELO DIPLOMATA 
Art. 22 § 3° - pode haver renúncia de imunidades e privilégios, o que pode ser feito pelo Estado 
acreditante, nunca pelo próprio agente diplomático. 
FUNÇÕES CONSULARES 
(art. 5°) - repartição consular: 
• proteger os interesses do Estado que envia e seus nacionais 
• promover o desenvolvimento das relações comerciais, culturais e científicas entre os dois 
Estados. 
• Emitir passaportes e documentos de viagem ara nacionais e vistos de entrada para estrangeiros 
• prestar assistência aos seus nacionais no estrangeiro (art. 36 § 1°) 
• agir na qualidade de notário e oficial do registro civil (cartório) 
Todas são funções não políticas. 
• Credenciamento: chefe da repartição consular, não necessita do “agrément” para o desempenho 
de suas funções. No entanto, segundo o art. 11, deve haver o envio de uma carta patente ao 
MRE do Estado receptor com as seguintes informações: 
• qualificará a figura do chefe da repartição consular 
• descreverá suas funções 
• indicará a sede da repartição 
• mencionará a área onde esse desempenhará suas funções (jurisdição consular) 
divisão do território do Estado receptor entre as repartições consulares 
EXEQUATUR 
19. com aceitação do Chefe da repartição consular – concessão do EXEQUATUR 
20. demais cônsules não precisam do EXEQUATUR, basta a notificação (art. 24) 
21. tanto o chefe quanto os demais cônsules podem ser declarados “pessoa non grata” (art. 23) 
 
 
 
Javier Pérez de Cuéllar- Direito Diplomático 
entende que o direito diplomático é matéria autônoma ao direito internacional 
AGREEMENT (DIPLOMATAS) x EXEQUATUR (CÔNSULES) 
agreement = para diplomatas = é prévio antes do cara chegar = quando chega apresenta a carta 
de credenciais 
X 
Exequatur = para cônsules = vem com a carta de plenos poderes o estado depois dá o exequatur 
 
 
Caso BALMACEDA-WADDINGTON = 1906 
Balmaceda galã chileno era embaixador aos 18 anos é morto por filho de diplomata crime 
passional 
 
1982 NOS EUA = filho de embaixador brasileiro matou numa balada americano no state of 
Columbia = pai foi declarado persona non grata e voltou com o filho para o Brasil, nada mais pôde 
ser feito 
 
INCIDENTE DIKKO, art. 84 /63 
Entre diplomata Nigeriano e Inglaterra 
Agente da Mussad de Israel (por mais estranho que isso possa parecer afinal Nigéria é 
muçulmana) prendeu DIKKO na Inglaterra 
 
CASO TEERA 
= Invasão da embaixada americana 56 diplomatas reféns = CIJ julgou sob pressão, fim ao 
governo Carter = Teerã foram revéis e ignoraram as decisões da CIJ = o Ira era parte da 
convenção de 61 e 63 e de um protocolo adicional se comprometendo 
Só pode ser resolvido por bons ofícios da Argélia em 1981. diplomatas ficaram 444 dias presos. 
OPERACAO EAGLES CLAWS 
fracasso custou a reeleição do Carter dando a eleição do Reagan = resultados foram 
desfavoráveis aos EUA tribunais arbitrais IRAN-US CLAIMS possibilitou que muitos americanos 
pudessem ser condenados pelo golpe de 56. 
 
 
 
 
 
 
IMUNIDADE DAS ORGANIZACOES INTERNACIONAIS = natureza convencional não costumeira 
= prevista tanto em tratados bilaterais comoem tratados multilaterais = tem imunidades para 
permitir que as organizações alcancem as finalidades para as quais foram constituídas. 
 
Acordos de Sede = fundamentais = ex ONU com Suíça (em 1946 não era membro da ONU 
ingressou quase 5 décadas depois dos acordos sede) e com EUA. 
 
Normas especificas para uma Organização Internacional = convenção geral sobre privilégios e 
imunidades da ONU em 1946. 
 
Territorialidade 
De acordo com o Código Penal: 
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito 
internacional, ao crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as 
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro 
onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes 
ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou 
em alto-mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou 
embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território 
nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do 
Brasil.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou 
em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.(Redação dada pela Lei 
nº 7.209, de 1984) 
Extraterritorialidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei 
nº 7.209, de 1984) 
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de 
Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída 
pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
1984) 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 1984) 
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
1984) 
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, 
quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou 
condenado no estrangeiro.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes 
condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; (Incluído 
pela Lei nº 7.209, de 1984) 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Incluído pela Lei 
nº 7.209, de 1984) 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a 
punibilidade, segundo a lei mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do 
Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
1984) 
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
 
 
 
 
 
 
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS 
 
 
CONCEITO 
OI pode ser definida como entidade criada pela associação voluntaria de sujeitos de DIP que 
possui constituição e órgãos próprios e que desfruta de personalidade jurídica internacional 
distinta daquela dos seus membros. 
 
Alguns autores denominam: 
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS INTERGOVERNAMENTAIS para diferenciar das ONGs 
 
PERSONALIDADE JURIDICA INTERNACIONAL = direitos e obrigações = PRINCIPIO DA 
ESPECIALIDADE = direitos e obrigações internacionais de uma OI serão aqueles concedidos 
pelos seus membros para que elas possam alcançar os objetivos que levaram a sua criação = 
poderão estar implícitos ou explícitos no seu instrumento constitutivo e serão deduzidos também 
com base na prática da OI em questão. 
TEORIA DOS PODERES IMPLICITOS = OIs necessitam possuir todas as capacidades 
internacionais que sejam imprescindíveis ao desempenho de suas funções. Direitos e obrigações 
internacionais necessários para que possam alcançar as finalidades desejadas por seus 
membros. 
NÃO SE TRATA DE PODERES INERENTES = As OIs não contam com rol fechado de direitos e 
obrigações internacionais = não poderão titularizar, por exemplo, que lhe foram expressamente 
vedados no seu instrumento constitutivo. 
Os direitos e obrigações internacionais de uma OI são certamente mais restritos do que aqueles 
titularizados pelos estados. Nada impede que em um ramo do direito seus sujeitos não sejam 
idênticos quanto a sua natureza e extensão dos seus direitos (parecer da CIJ reparação por 
danos ONU contra Palestina) 
 
Se não houver previsão sobre denuncia aplica-se art. 56 da CV de 1969 (+art. 5º. e 54) 
 
Personalidade = sujeitos de DIP 
Capacidade = direitos e obrigações = celebrar tratados pex 
 
 
Obs. 
Ver detalhes sobre o caso Haya de La Torre (Colômbia x Peru) 1950 sobre direito das OIs de 
conceder asilo político (ficou 3 anos na embaixada da Colômbia em Lima - CIJ reconheceu 
costume regional de conceder asilo em embaixada) 
 
Obs. 
Estatuto de Roma art. 120 = proíbe expressamente a elaboração de reservas = problema T Roma 
prisão perpetua BRA exige para extradição ou entrega para conversão de pena privativa de 
liberdade de no máximo 30 anos = garantia constitucional brasileira = clausula pétrea = solução é 
julgar internamente (jurisdição do TPI é subsidiária) 
Obs. Entrega ao TPI não é extradição é entrega e não há limitação de entrega de nacionais só 
extradição de nacionais para serem julgados como estrangeiro por outro estado soberano. 
 
Obs. Outra inconstitucionalidade TPI pode afetar a coisa julgada = pode requerer a entrega de 
nacional que já foi julgado no Brasil 
 
Não pode ser invalidade tem de ser denuncia porque é inconstitucionalidade intrínseca (é um 
valor que está em desconformidade) não é inconstitucionalidade extrínseca (tipo faltou poder para 
pessoas que assinaram o tratado) 
 
ONU 
 
Carta de San Francisco (26 de junho de 1945) que fundou as Nações Unidas dispõe que todos os 
países-membros são soberanos e iguais 
OI pela paz e o desenvolvimento mundial 
Apenas quatro diplomatas mulheres assinaram a Carta da ONU: Bertha Lutz (Brasil), Wu Yi-fang 
(China), Minerva Bernardino (República Dominicana) e Virginia Gildersleeve (EUA). Contudo, 
somente duas delas defenderam os direitos das mulheres: Lutz e Bernardino. Ou seja mulheres 
eram apenas 3% dos 160 participantes da Conferência de San Francisco. Na época, mulheres só 
tinham direito de votar em 30 dos 50 países representados no evento convocado após a Segunda 
Guerra Mundial. 
https://youtu.be/UfJhUisAQJo 
 
é o único fórum universal que reúne 193 Estados (quasetodos do planeta) 
 
Taiwan não é membro pleno nem associado da ONU = é parte da China 
Kosovo também não é membro da ONU - oficialmente reconhecida por 106 dos 193 estados-membros, 20 recusaram. O Conselho de Segurança das Nações Unidas está dividido nesse 
assunto os EUA, o Reino Unido e a França reconheceram a declaração de independência. 
Entretanto, China expressou preocupação sobre as negociações e a Rússia considerou a 
declaração como ilegal. 
OLP e Santa Sé são órgãos associados da ONU. Na ONU só estados podem ser membros 
plenos. 
Palestina estado observador não membro (Resolução A/RES/67/19 de 29/11/2012 = General 
Assembly accorded non-Member Observer State status to Palestine) 
 
 
5 órgãos principais, a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e 
Social, a Corte Internacional de Justiça e o Secretariado. 
 
A Assembleia Geral 
A Assembleia Geral da ONU é o principal órgão deliberativo da ONU. É lá que todos os 
Estados-Membros da Organização (193 países) se reúnem para discutir os assuntos que 
afetam a vida de todos os habitantes do planeta. Na Assembleia Geral, todos os países têm 
direito a um voto, ou seja, existe total igualdade entre todos seus membros. Assuntos em 
pauta: paz e segurança, aprovação de novos membros, questões de orçamento, 
desarmamento, cooperação internacional em todas as áreas, direitos humanos, etc. As 
resoluções – votadas e aprovadas – da Assembleia Geral funcionam como recomendações 
e não são obrigatórias. 
O Conselho de Segurança 
O Conselho de Segurança é o órgão da ONU responsável pela paz e segurança 
internacionais. Ele é formado por 15 membros: cinco permanentes, que possuem o direito a 
veto – Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China – e dez membros não-
permanentes, eleitos pela Assembleia Geral por dois anos. Este é o único órgão da ONU 
que tem poder decisório, isto é, todos os membros das Nações Unidas devem aceitar e 
cumprir as decisões do Conselho. 
O Conselho Econômico e Social 
O Conselho Econômico e Social (ECOSOC) é o órgão coordenador do trabalho econômico 
e social da ONU, das Agências Especializadas e das demais instituições integrantes do 
Sistema das Nações Unidas. O Conselho formula recomendações e inicia atividades 
relacionadas com o desenvolvimento, comércio internacional, industrialização, recursos 
naturais, direitos humanos, condição da mulher, população, ciência e tecnologia, prevenção 
do crime, bem-estar social e muitas outras questões econômicas e sociais. 
A Corte Internacional de Justiça 
A Corte Internacional de Justiça, com sede em Haia (Holanda), é o principal órgão judiciário 
das Nações Unidas. Todos os países que fazem parte do Estatuto da Corte – que é parte 
da Carta das Nações Unidas – podem recorrer a ela. Somente países, nunca indivíduos, 
podem pedir pareceres à Corte Internacional de Justiça. Além disso, a Assembleia Geral e 
o Conselho de Segurança podem solicitar à Corte pareceres sobre quaisquer questões 
jurídicas, assim como os outros órgãos das Nações Unidas. A Corte Internacional de 
Justiça se compõe de quinze juízes chamados “membros” da Corte. São eleitos pela 
Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança em escrutínios separados. 
O Secretariado 
O Secretariado presta serviço a outros órgãos das Nações Unidas e administra os 
programas e políticas que elaboram. Seu chefe é o secretário-geral, que é nomeado pela 
Assembleia Geral, seguindo recomendação do Conselho de Segurança. Cerca de 16 mil 
pessoas trabalham para o Secretariado nos mais diversos lugares do mundo. (UN, 2014) 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPIO DA INOPONIBILIDADE RELATIVA = Tratados celebrados por Estados-membros da 
ONU devem ser depositados na ONU = caso contrario são validos apenas inter partes e não 
podem se invocados perante quaisquer dos órgãos da ONU 
 
COMPETENCIA DO CS é PRIMARIA não é exclusiva = assembléia pode versar sobre o assunto 
se o CS não exerce sua competência. 
 
Artº. 109 
1. Uma Conferência Geral dos membros das Nações Unidas, destinada a rever a presente Carta, 
poderá reunir-se em data e lugar a serem fixados pelo voto de dois terços dos membros da 
Assembleia Geral e de nove de quaisquer membros do Conselho de Segurança. Cada membro 
das Nações Unidas terá um voto nessa Conferência. 
 
2. Qualquer modificação à presente Carta que for recomendada por dois terços dos votos da 
Conferência terá efeito depois de ratificada, de acordo com as respectivas regras constitucionais, 
por dois terços dos membros das Nações Unidas, inclusive todos os membros permanentes do 
Conselho de Segurança. 
 
3. Se essa Conferência não se realizar antes da 10ª sessão anual da Assembleia Geral que se 
seguir à entrada em vigor da presente Carta, a proposta da sua convocação deverá figurar na 
agenda da referida sessão da Assembleia Geral e a Conferência será realizada, se assim for 
decidido por maioria de votos dos membros da Assembleia Geral e pelo voto de sete membros 
quaisquer do Conselho de Segurança. 
 
 
Artº. 51 
Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva, no 
caso de ocorrer um ataque armado contra um membro das Nações Unidas, até que o Conselho 
de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurança 
internacionais. As medidas tomadas pelos membros no exercício desse direito de legítima defesa 
serão comunicadas imediatamente ao Conselho de Segurança e não deverão, de modo algum, 
atingir a autoridade e a responsabilidade que a presente Carta atribui ao Conselho para levar a 
efeito, em qualquer momento, a ação que julgar necessária à manutenção ou ao 
restabelecimento da paz e da segurança internacionais. 
 
 
O Brasil nas Forças de Paz da ONU 
Desde 1948, o Brasil participou de mais de 30 operações de manutenção de paz da ONU, 
tendo cedido um total de mais de 24 mil homens. Integrou operações na África (entre 
outras, no Congo, Angola, Moçambique, Libéria, Uganda, Sudão), na América Latina e 
Caribe (El Salvador, Nicarágua, Guatemala, Haiti), na Ásia (Camboja, Timor-Leste) e na 
Europa (Chipre, Croácia). 
Além de ter enviado militares e policiais a diversas missões ao longo da história da ONU, o 
Brasil empregou unidades militares formadas em cinco operações: Suez (UNEF I), Angola 
(UNAVEM III), Moçambique (ONUMOZ), Timor-Leste (UNTAET/UNMISET) e Haiti 
(MINUSTAH). 
Além disso, desde 2011, a Marinha brasileira comanda a Força-Tarefa Marítima da Força 
Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-UNIFIL). O Brasil lidera as operações que 
contam com a participação de aproximadamente mil oficiais, entre eles nacionais e não 
nacionais oriundos de Bangladesh, Alemanha, Grécia, Indonésia e Turquia.(UN, 2014) 
 
 
 
 
 
 
Filme recomendado: 
A informante de Larysa Kondracki, 2010. Monitores da ONU para facilitar a transição de guera 
para paz se vêem envolvidos em um grande esquema de corrupção e tráfico sexual. 
 
 
OMC HISTÓRICO DA CONSTITUIÇÃO 
 
BRETTON WOODS = CRIOU A NOVA ORDEM ECONOMICA MUNDIAL FUNDADA EM 3 
PILARES = FMI/BANCO MUNDIAL/OIC 
 
RODADA TOQUIO = paradigma para que a OMC fosse criada depois = GATT a la carte da 
rodada Toquio = nao foi satisfatorio para muitos estados - na OMC subscricao integral = single 
undertaking. 
 
GATT 47 = CONSENSO POSITIVO = todos os paises tinham de concordar com a aplicacao do 
resultado do painel. 
 
HOJE = CONSENSO NEGATIVO = para resultado do painel nao ser adotado todos os 
paises tem de ser contra. sua aplicacao. 
 
RODADA URUGUAI = criou 3 conselhos sob orientacao do Conselho Geral = 1) conselho de 
bens, 2)) conselho de servicos, e 3) conselho TRIPS (propriedade intelectual) 
 
obs na omiissao do tratado constitutivo aplica Viena 
assim, como ONU nao preve retirada = art 36, parag 1 CV = nao pode retirar a menos que todos 
as partes concordem.. Expulsao prevista na ONU, mas nao previsto na OMC mas art. 60, parag 2 
CV (se houver desobediencia contumaz pode expulsar) a menos que seja desrespeito aos 
Direitos Humanos art 60, parag 5 CV 
 
CONSENSO eh a regra da OMC = basta ninguem votar contra = consenso = ausencia de 
objecoes. (diferente de unanimidade que eh a concordancia de todos os

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