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Relatório AEC - água como reforço

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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
ESCOLA DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
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 UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
ESCOLA DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
RELATÓRIO PARCIAL DAS AULAS PRÁTICAS DE AEC
	Nome do(s) aluno(s): Àgata Aleixo Giolo Passareli, Gabriela Vieira Pimentel da Rocha Pita, Julia Lopes Govetri e Raquel Albieri de Oliveira.
	Nome do(a) Orientador (a): Profa. Dra. Adriana Rubio
	Título do Experimento: O efeito da água como reforço primário no processo de aprendizagem de pressão a barra em rato albino. 
Introdução: A Psicologia é uma ciência que abrange diversas áreas, dentre uma delas se encontra a Análise Experimental do Comportamento (AEC), segundo Matos e Tomanari (2002), ela está inserida no contexto das disciplinas de “ciências naturais”, tais como a Biologia, Física e a Química. Por ser uma ciência, não se utilizam de instrumentos que não existam nas dimensões espacial e temporal. Por exemplo, é indevido o uso de explicações metafísicas ou sobrenaturais (astrologia, mente, inconsciente e etc). 
A área da Análise Experimental do Comportamento é relevante, pois de acordo com Moreira e Medeiros, ela consiste em um estudo realizado através de experimentos, tanto com animais, como humanos. A Análise é baseada na experiência e na observação (empirismo), respeitando acima de tudo, as restrições éticas e morais, podendo ou não alterar o comportamento do indivíduo.
Na AEC, os comportamentos dos indivíduos são vistos como produtos naturais de processos biológicos evolutivos, sendo assim, próprios do organismo, como o fato de digerir, respirar e etc. E assim, estão inseridos no ambiente. A relação entre o comportamento e o ambiente é interpretada de forma funcional entre variáveis, como ocorre em qualquer ciência. Por esse motivo que o ambiente e o comportamento são eventos naturais e independentes entre si. 
A Análise Experimental do Comportamento é uma área inclusiva, ou seja, ela envolve várias tecnologias comportamentais aplicadas. Nas áreas em que ela é aplicada, em cada uma possui um nome diferente, como, terapia comportamental, ensino programado, medicina comportamental, ensino individualizado etc., e também existe uma filosofia da ciência. Esta ciência tem sido chamada, recentemente, de Selecionismo, mesmo alguns preferindo denominar de “Behaviorismo Materialista”, cujo nome tradicional é chamado de “Behaviorismo Radical”. 
O comportamento para AEC é uma variável dependente e os fatores do ambiente são as variáveis independentes. Em outras palavras, o comportamento não provém de algo não existente ou que está fora de nosso controle, mas sim, um produto de eventos do meio em que o indivíduo está inserido (sua história passada, contexto, época e etc). 
De acordo com Moreira e Medeiros (2007), a análise de um comportamento nada mais é que identificar o contexto em que ele ocorre e as consequências que são produzidas, podendo ser reforçadoras, punitivas ou não possuir consequências, que no caso, seria a extinção. 
O estudo do comportamento neste experimento é definido pela relação entre o indivíduo e o ambiente em que ele se encontra, o qual traz consequências tanto para o primeiro como para o segundo. E que, segundo Skinner, esse tipo de relação entre o comportamento e a consequência, é denominado como comportamento operante. 
Sobre o comportamento, temos que distinguir entre dois tipos, os quais são os nossos comportamentos reflexos e os voluntários, denominações estas que são conhecidas por muito tempo atrás. 
Nos dias que decorrem, esses termos foram modificados por comportamento respondente, no que se refere ao reflexo e o comportamento operante, referindo-se ao voluntário. Segundo Moreira e Medeiros (2007) todo organismo possui reflexos inatos que são característicos de sua espécie, adquiridos ao longo da sua história filogenética, responsáveis pela sua sobrevivência. É um comportamento, o qual não depende de consequências para ocorrer ou deixar de ocorrer, porém, os estímulos são eliciadores, tanto de respostas agradáveis, como de respostas desagradáveis. Essa descrição refere-se ao comportamento respondente ou reflexo. 
Para Moreira e Medeiros (2007) a maior parte de nosso comportamento produz consequências no ambiente. E essas consequências são mudanças no ambiente. Esse comportamento pode ser simples, como o fato de estender o braço, produzindo uma consequência, que seria pegar o saleiro na mesa, e a mudança no ambiente que consiste no deslocamento do saleiro. O comportamento operante vai operar sobre o mundo direta ou indiretamente. Entretanto, o comportamento operante não é tão automático em relação aos estímulos. Ele vai incluir todos os movimentos de um organismo dos quais se pode dizer que, possuem um efeito. Ou seja, depende das consequências para ocorrer ou não ocorrer. 
As consequências irão controlar tanto os comportamentos considerados “adequados”, como podem diminuir a frequência de comportamentos “inadequados” julgados pela sociedade. Por exemplo, Moreira e Medeiros (2007) dizem que, se a consequência de um estímulo for esperada pelo indivíduo, há uma chance de o comportamento ocorrer novamente, e se caso a consequência não for esperada, há uma probabilidade menor de ocorrer novamente. 
“Diz-se que o comportamento é fortalecido por suas consequências e por tal razão as próprias consequências são chamadas de reforços.” (SKINNER, 1974/2006). Ou seja, Moreira e Medeiros (2007) falam que o reforço é um exemplo de consequência do comportamento que, provavelmente irá aumentar a probabilidade desse comportamento se repetir. Assim podemos ver a relação entre o sujeito e o ambiente, no qual o organismo produz uma resposta que irá produzir modificações no ambiente. 
Há dois tipos de reforço, o positivo e o negativo. O primeiro consiste em adicionar ao estímulo, já o segundo em subtrair. Na situação do laboratório, quando um rato pressiona a barra em uma caixa experimental, ele recebe o reforço positivo que é a água. No reforço negativo, o sujeito ao emitir um comportamento, retira um estímulo do ambiente. Como exemplo, o sujeito apertaria a barra para deixar de levar um choque. Serão esses reforços que controlarão a chance de o sujeito vir a repetir a resposta novamente. Dessa maneira, diz-se que se um comportamento for mantido ele foi reforçado, positiva ou negativamente, o que é denominado reforço operante (Moreira; Medeiros, 2007). 
Para dizer que as consequências são reforçadoras, temos que analisar a relação do indivíduo e ambiente, para assim, certificar-se de que aquele estímulo é um reforçador. Quando há uma mudança no ambiente, e esta aumenta a chance de ocorrer o comportamento que ela a produziu, e este voltar a ocorrer, podemos dizer que há uma relação entre o organismo e ambiente, chamando de contingência de reforço, expressando-se de forma como: se...então...(se o comportamento X ocorrer, então a consequência Y ocorre; se o rato pressiona a barra, então ele bebe água). 
Diante disso, esse comportamento que foi reforçado para fazer parte do repertório comportamental do indivíduo, deve-se passar por um processo denominado de modelagem. Esta que não é feita de um dia para o outro, mas é feita a partir de um comportamento já existente. Esse novo comportamento passará pelos estímulos reforçadores, o qual irá aumentar a probabilidade de ocorrer novamente, e junto com outro comportamento já existente, que esse novo comportamento irá fazer parte do organismo. 
A modelagem, segundo Moreira e Medeiros, “é um procedimento de reforçamento diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento. O resultado final é um novo comportamento”. Com o reforço diferencial, que é usado na modelagem, um comportamento é reforçado positivamente em um contexto e não é reforçado em outro. Em uma situação de laboratório, um rato é reforçado positivamente com a liberação de água quando pressiona a barra na presença de luz e quando o ambiente está escuro o sujeito não é reforçado. 
Outro tipo de recursoutilizado na modelagem são as aproximações sucessivas, no qual exige gradativamente comportamentos mais próximos do comportamento-alvo, de acordo com Moreira e Medeiros (2007). A utilização do reforço diferencial e de aproximações sucessivas tem como propósito ensinar um novo comportamento, sendo uma característica fundamental que é a imediaticidade do reforço (quanto mais próximo em questão de latência a resposta do reforço estiver, mais eficaz ela será). 
Entretanto, nem todas as respostas são reforçadas quando emitidas. Com isso, podemos dizer que nossos comportamentos são intermitentemente reforçados. Diante disso, um comportamento não precisa, necessariamente, ser reforçado todas as vezes em que ocorre para continuar sendo emitido (Moreira; Medeiros, 2007). A explicação para o esquema de reforçamento consiste em quais critérios uma resposta ou um conjunto de respostas deve chegar para que aconteça o reforçamento, ou seja, como se dá a contingência de reforço (quais condições as respostas devem obedecer para ser liberador o reforçador). Para isso, existem dois tipos de reforçamento, o continuo e o intermitente. 
O esquema de reforçamento contínuo consiste em todas as respostas emitidas ser seguidas de um reforçador. Na experimentação é conhecido como CRF. Como exemplos comuns de reforçamento contínuo podemos citar um rato albino dentro de uma caixa experimental, e que este pressione a barra, quando o fizer isso, receberá uma gota de água. A resposta “pressionar a barra” será sempre seguida de seu reforçador “gota de água”, com isso será continuamente reforçada. 
A diferença entre o CRF para o reforçamento intermitente é que, no CRF todas as respostas serão reforçadas; Já no intermitente algumas respostas serão reforçadas, outras não. Para explicar o porquê do reforçamento intermitente, podemos dizer que nem todos os comportamentos que emitimos serão reforçados. Como é o caso de um experimentador privar o rato de água na ausência de luz, e só permitir que o rato beba com a presença de luz. 
Mais ainda, temos tipos de esquemas de reforçamento intermitente, os quais são: FR, VR, FI e VI. Esses quatros tipos que significam, respectivamente, razão fixa, razão variável, intervalo fixo e intervalo invariável. Eles se organizam conforme o número de respostas para cada reforçador, ou seja, esquemas de razão, ou também, pelo tempo entre reforçadores, os quais são os esquemas de intervalos. Como também, se o número de respostas ou o tempo entre os reforçadores são os mesmos (razão ou intervalos fixos) ou mudança de reforçador para reforçador, que no caso é a razão ou intervalo variáveis (Moreira; Medeiros, 2007). 
No esquema de razão fixa, segundo Moreira e Medeiros (2007), este se caracteriza por necessitar de certo número de respostas para a demonstração de cada reforçador, ou melhor, para que o reforço seja apresentado, necessita de várias respostas para que seja emitido. Os dois esquemas são representados pela razão fixa e razão variável. 
Neste trabalho, detalharemos a razão fixa, pois esta foi utilizada em nosso experimento no laboratório. 
A razão fixa resulta da exigência de um mesmo número de resposta para a apresentação de cada reforçador, ou seja, o indivíduo deverá emitir um número fixo da mesma reposta para ter seu comportamento reforçado (Moreira; Medeiros, 2007). Em laboratório, para o rato receber sua gosta de água, o mesmo deverá pressionar a barra cinco vezes, para que na quinta ele receba seu reforço (gota de água).
Na análise experimental, é comum utilizar-se de mais de um esquema de reforçamento para que haja a fixação da aprendizagem do organismo. Com isto, temos a alternância entre dois ou mais esquemas, que consiste no esquema múltiplo. Cada um dos esquemas permanece em vigor por um período de tempo, por um número de respostas ou por um número de reforçadores obtidos. Além disso, cada um dos esquemas é sinalizado por um estímulo diferente, mas a resposta requerida é sempre a mesma. Os esquemas múltiplos são utilizados principalmente para estudar o controle de estímulos antecedentes sobre o comportamento operante.
É importante lembrar que o comportamento pode levar ao aumento de frequência, como pode levar a diminuição da frequência e que estas estão relacionadas à aprendizagem. É comum a concepção errônea que o aprendizado dá-se antes da mudança comportamental, quando na verdade, a aprendizagem se dá à própria modificação da maneira como o organismo responde ao ambiente.
	Objetivo: Verificar o processo de aprendizagem de pressão a barra em um rato albino, usando a água como reforço. 
	Método:
Sujeito: rato albino, com aproximadamente três meses de idade, peso médio de 375 gramas. O sujeito sofreu privação de água de 30 horas antes dos experimentos. Rato proveniente do Biotério da Universidade Metodista de São Paulo, sendo alojado em uma gaiola de metal individual, que permanece em uma sala a 22 graus célsius. 
Equipamento: os equipamentos utilizados nas sessões foram: caixa de condicionamento operante (composta pela câmara experimental, caixa de controle do bebedouro e caixa de controle de luz) e cronômetro digital. 
Câmara experimental: lugar no qual o animal permanece durante todo o experimento. Contém um assoalho formado por barras de alumínio, três laterais também de alumínio, face frontal (funciona como porta, via por onde ocorre a observação e contém um fecho magnético) e teto de acrílico transparente. Sob o assoalho se encontra uma bandeja do mesmo material, que é usada como depósito dos dejetos do animal. Na parede direita interna da câmara temos uma barra cilíndrica de alumínio, quando pressionada a barra produz um som de “click”. Logo abaixo da mesma existe um orifício contendo uma concha que, ao acionar a barra, mergulha na água e depois volta ao lugar inicial. A água origina-se de uma vasilha de acrílico transparente que está suspensa por um suporte do lado externo da caixa.
Caixa de controle do bebedouro: caixa retangular preta que controla o funcionamento do bebedouro. Na parte frontal desta caixa existe uma alavanca elétrica. Ela possui três posições: para cima (A) o bebedouro funciona automaticamente – ou seja, toda vez que a barra for pressionada a concha irá mergulhar na água – no meio (D) a alavanca se encontra desligada, logo, se a barra sofrer pressão ela não funcionará e por último, para baixo (M) onde o bebedouro funciona apenas quando o experimentador aciona o mesmo. 
Caixa de controle da luz (não usada nas sessões citadas neste relatório): uma lâmpada afixada num suporte sobre a câmara experimental é ligada a uma caixa de controle que se situa ao lado da caixa de controle do bebedouro. Contém cinco botões vermelhos numerados de um a cinco, sendo o número um a menor intensidade e o cinco a maior. Para ligar a luz deve-se pressionar qualquer um dos botões (na intensidade desejada) e para desliga-la o botão deve ser pressionado novamente. 
Cronômetro digital: cronômetro circular, preto com três botões amarelos. Um botão de start (início), reset (apagar) e stop (pausar e parar). Deve-se selecionar o modo cronômetro, pois o mesmo possui funcionamento relógio e data. 
Procedimento: Os procedimentos relatados a seguir foram realizados no laboratório de psicologia experimental da Universidade Metodista de São Paulo. 
1a Sessão: a primeira sessão foi realizada no dia dois de março de 2017, com início às 9h20min e termino às 11h . Nesta sessão foram realizadas as atividades um e dois. Na primeira atividade foi realizado o reconhecimento da caixa e de todos os equipamentos por parte dos experimentadores. Após o término desta atividade, iniciou-se a segunda. Essa segunda atividade tinha como objetivo ensinar os experimentadores a manusear um rato albino. A experimentadora um se dirigiu ao biotério e buscou o rato albino situado na gaiola de número 24. Com a gaiola em mãos, retornou ao balcão e com o sujeito ainda dentro da gaiola e sem qualquer contato com a caixa de condicionamento, acariciou o mesmo para que ambos se habituassem.Ao final dessa sessão, todos os equipamentos foram desligados e a experimentadora levou o animal de volta ao biotério. O sujeito usado nessa sessão foi utilizado apenas para a habituação das experimentadoras com um rato albino. 
2a Sessão: a segunda sessão foi realizada no dia nove de março de 2017, com início às 9h20min e término às 11h. Nesta sessão foram realizados os procedimentos um, dois, três e quatros. Inicialmente foi efetuada a verificação do funcionamento de todos os equipamentos necessários para a realização do experimento e o abastecimento do bebedouro. A experimentadora um dirigiu-se ao biotério ao lado do laboratório e trouxe um novo sujeito. O sujeito se encontra na gaiola de número 36. Levou-o até a bancada em que se encontrava a caixa de condicionamento. Deu-se então início ao procedimento um.
Procedimento um – Nível operante: o experimentador um colocou o sujeito dentro da caixa de condicionamento e a experimentadora quatro acionou o cronômetro imediatamente. Durante cinco minutos consecutivos foram observados e registrados por categorias a frequência de todos os comportamentos emitidos pelo sujeito, com o objetivo de identificar a frequência e o padrão das respostas emitidas pelo mesmo antes do condicionamento. Ao final dos cinco minutos o cronometro foi desligado. Os comportamentos observados foram: resposta de pressão à barra (RPB), tocar a barra, farejar, levantar, lamber o bebedouro, parado, limpeza e outros.
Procedimento dois – Treino ao bebedouro: ao término do primeiro procedimento, deu-se início ao segundo. Com o sujeito ainda dentro da caixa de condicionamento, a experimentadora dois colocou a chave do bebedouro no modo manual e a experimentadora quatro ligou o cronômetro novamente, deixando assim uma gota d´agua disponível na concha. Foi registrado pela experimentadora três o tempos que o animal levou para beber a agua após o acionamento da chave. Quando o sujeito bebeu a agua e se afastou do bebedouro, mais uma gota fora disponibilizada, repetindo-se assim por mais oito vezes após o comportamento de beber água/se afastar do bebedouro. Toda essa frequência de comportamento e tempo que o sujeito levou para emiti-lo foi registrado pela experimentadora três. Teve como objetivo colocar a resposta de pressão à barra do sujeito sob o controle do estimulo som do bebedouro, sendo possível assim realizar o pareamento som- água.
Procedimento três – Modelagem da resposta de pressão à barra (RPB): ao findar-se o procedimento anterior iniciou-se imediatamente a modelagem. O objetivo era ensinar o sujeito a RPB, estabelecendo assim a relação resposta- consequência. Neste procedimento o bebedouro foi acionado manualmente pelo experimentador dois toda vez que o animal se aproximava do mesmo. O reforço era dado toda vez que o sujeito emitia um comportamento que se aproximava ao esperado (RBP). Esse procedimento foi feito gradualmente, dificultando o nível de proximidade de resposta. Após o sujeito emitir dez vezes seguidas a RPB, passou-se para o próximo procedimento. 
Procedimento quatro – Reforçamento da RPB: Iniciou-se logo após o termino da modelagem da RPB o reforçamento da mesma. A alavanca do bebedouro foi colocada no modo automático e o cronômetro foi ligado pela experimentadora quatro. Durante cinco minutos foram observados e registrados todos os comportamentos do N.O, porém, somente a RPB foi reforçada. O objetivo deste procedimento foi reforçar a relação resposta – consequência. Após o tempo definido, o cronômetro foi reiniciado e durante 33 minutos somente as respostas de RPB foram reforçadas e registradas. Após o término do procedimento, a experimentadora um tirou o sujeito da caixa, colocou-o dentro de sua gaiola e o levou ao biotério enquanto experimentadoras dois, três e quatro limparam o local do experimento e desligaram os aparelhos. 
3a Sessão: A terceira sessão fora realizada no dia vinte e três de março de 2017 no mesmo horário que as anteriores. Para iniciação da sessão fora necessário realizar a verificação do funcionamento dos equipamentos e o abastecimento do bebedouro, logo após estes procedimentos a responsável pelo manuseio do sujeito o buscou e colocou-o na caixa de condicionamento.
Procedimento cinco – Esquema de reforçamento contínuo (CRF) e intermitente (RAZÃO FIXA – FR ): o seguinte procedimento teve como objetivo fortalecer a resposta de pressão à barra (RPB), a fim de aumentar gradualmente as respostas do sujeito para a emissão do reforço. Enquanto as experimentadoras dois, três e quatro verificavam a caixa de condicionamento, a experimentadora um foi ao biotério buscar o sujeito. A chave do bebedouro foi colocada no automático. Após a mesma chegar ao balcão onde a caixa se encontrava, colocou o sujeito dentro dela. O cronômetro foi iniciado imediatamente pela experimentadora quatro e todas as RPB foram registradas minuto a minuto. Nos primeiros minutos foram emitidas dez RPB com dez reforços. Logo em seguida iniciou-se a exigência de 20 respostas para 10 reforços (FR2) e assim sucessivamente até concluirmos a FR6, que foi realizada até o fim da sessão. Após o término do procedimento, a experimentadora um tirou o sujeito da caixa de condicionamento, colocou-o dentro de sua gaiola e o levou ao biotério enquanto experimentadoras dois, três e quatro limparam o local do experimento e desligaram os aparelhos.
	
Principais Resultados: as figuras e tabelas a seguir representam os resultados obtidos durantes as sessões citadas anteriormente.
A figura 1 é uma comparação entre as repostas observadas no nível operante (N.O) e as repostas observadas no esquema de reforçamento contínuo (CRF). Nota-se que no N.O a frequência de resposta de pressão a barra (RPB) é menor que no CRF (3 N.O x 32 CRF), assim como o comportamento de lamber o bebedouro (9 N.O x 35 CRF). O comportamento de farejar também tem variação significativa, sendo emitido 33 vezes no N.O e 5 vezes no CRF. Já os outros comportamentos como tocar (3 N.O x 9 CRF), levantar (13 N.O x 2 CRF), permanecer parado (2 N.O x 0 CRF) e limpeza (2 N.O x 4) tem uma diferença menor de emissão de comportamento. De acordo com o gráfico, o sujeito não emitiu nenhum outro comportamento senão os listados.
Tabela 1: Número de tentativas, tempo em segundos e respostas de beber durante o T.B.
	Tentativas
	Tempo
	Respostas de beber 
(S ou N)
	1
	15
	S
	2
	1
	S
	3
	1
	S
	4
	1
	S
	5
	3
	S
	6
	3
	S
	7
	2
	S
	8
	1
	S
	9
	2
	S
	10
	2
	S
 
Conforme indica a tabela 1 indica, o sujeito levou um tempo maior para emitir a resposta somente na primeira tentativa (15 segundos). Nas respostas seguintes, a latência permaneceu entre um e três segundos, portanto, não houve uma grande variação. Em todas as tentativas ele exprimiu o comportamento desejado (RPB). 
Tabela 2: Número total de reforços para cada resposta durante o procedimento de modelagem.
	Respostas
	Número Total de Reforços
	Farejar a barra
	3
	Levantar o corpo em direção à barra
	2
	Levantar a pata
	0
	Tocar a barra com uma pata
	2
	Tocar a barra com duas patas
	3
	Tocar a barra com força (sem click)
	3
	Pressionar a barra (com click)
	10
 
A tabela dois nos apresenta a modelagem da resposta de pressão à barra. Os comportamentos de farejar a barra, tocar a barra com duas patas e tocar a barra com força (sem click) foram reforçados três vezes. Levantar o corpo em direção à barra e tocar a barra com uma pata, reforçado duas vezes. O comportamento mais reforçado foi pressionar a barra (com click), o qual foi reforçado dez vezes. Já o comportamento de levantar a pata não foi reforçado nenhuma vez
.
Na figura dois, é possível observar que a frequência não apresenta diminuição. Mantém-se quase sempre em uma ascensão progressiva, levando em conta que nos minutos 26, 27, 36, 38, 64 e 65 permanece constante. 
	Discussão:
O presente trabalho teve como objetivo verificar o processo de aprendizagem de pressãoa barra em um rato albino, usando a água como reforço. Na sessão experimental dois, o sujeito realizou todos os procedimentos previstos. Como expresso na figura 1, no N.O o sujeito apresenta em maior quantidade comportamentos que são determinados por sua história filogenética, como farejar, levantar, lamber e se limpar. Ou seja, o sujeito emitiu comportamentos esperados para sua espécie quando não há nenhum tipo de condicionamento. Nota-se que a RPB foi emitida, com uma frequência baixa. Já no T.B (tabela 1) o sujeito se mostrou aprender com sucesso a pressionar a barra. A primeira resposta foi emitida depois de 15 segundos, levanta-se aqui a hipótese do sujeito não relacionar a pressão à barra com água. Essa hipótese é confirmada quando analisamos as tentativas seguintes, onde o sujeito pressiona a barra e em todas as tentativas se dirige ao bebedouro para buscar água com uma variação de tempo menor que 15 segundos, permanecendo entre um e três segundos. É importante ressaltar que o sujeito não apresentou nenhum comportamento que indicasse medo ou aversão ao click. 
Para a modelagem (tabela 2) usamos o conceito de reforço diferencial. Segundo Medeiros e Moreira (2007), esse reforço consiste em reforçar ou não reforçar certos comportamentos. Ou seja, reforçar, por exemplo, o sujeito se mover em direção à barra e não reforçar ao se afastar da barra. Analisando a tabela 2 temos que a afirmação dos mesmos autores de que “novos comportamentos surgem de comportamentos anteriores” se faz totalmente pertinente. A aproximação sucessiva das respostas emitidas é o que levou o sujeito a chegar à resposta desejada. Se voltarmos a analisar a figura 1, veremos que após aprender quando receberia o reforço, o sujeito diminui a latência dos comportamentos de cunho filogenético e aumenta a frequência do comportamento ensinado.
O comportamento aprendido anteriormente pelo sujeito deve ser consolidado, ou seja, deve ser reforçado continuamente para que haja uma melhor fixação do mesmo. O procedimento cinco é o que possibilita esse fortalecimento. Até agora o sujeito era reforçado continuamente (CRF), porém, de acordo com Medeiros e Moreira (2007) o esquema de razão fixa (FR) produz uma frequência maior de resposta e aumenta sua resistência a extinção. Logo, o procedimento cinco se dá em cima dessa ideia. A figura 2 se mostra autoexplicativa quando colocada lado a lado a essa afirmação. O sujeito foi gradualmente aumentando o nível de RPB que teria que emitir para ganhar o reforço. De início demonstrou um comportamento que indica raiva: morder a barra. Apesar de emitir essa resposta, ele continuou pressionando a barra progressivamente até receber o reforço. O comportamento de continuar a pressionar a barra mesmo com raiva e sem receber o reforço vai de encontro com a fala de Medeiros e Moreira (2007). Os autores colocam que a falta do reforço contínuo faz com que o sentimento de saciedade não venha (ou demore mais a vir), logo, ele continua a pressionar a barra até receber o reforço esperado. Quando o reforço vem, ele identifica que se pressionar por várias vezes (FR6) a água virá. 
É importante salientar que apesar do FR produzir uma frequência maior de resposta, ele não tira a importância do CRF. Para a aquisição de um novo comportamento, o que era proposto até o procedimento quatro, o mesmo é mais eficaz que a razão fixa.. Se no T.B o sujeito tivesse que pressionar a barra seis vezes para receber o reforço, Moreira e Medeiros (2007) nos mostram que a RBP seria extinta. Isso ocorre pois ela não foi fortalecido, o animal ainda não seria capaz de relacionar a água com a pressão a barra (click). O CRF se faz mais efetivo nesse contexto. Receber o reforço contínuo quando a resposta desejada é emitida faz com que o mesmo relacione rapidamente a RPB (click) à consequência (água). 
Concluindo, a aprendizagem de RPB diante do reforço mostrou-se eficiente com o sujeito. O mesmo alcançou todos os objetivos propostos e ao final do último procedimento demonstrou ter relacionado com eficácia o RPB e a água. 
 
Referências:
CHIPPARI, M. e RUBIO, A.R. Laboratório de análise experimental do comportamento. São Bernardo do Campo, 2017
MATOS, M. A.; TOMANARI, G. Y. A Análise do Comportamento no Laboratório Didático. São Paulo: Manole, 2002.
 
MOREIRA, M. B. e MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007.
	Para uso EXCLUSIVO do Professor:
O aluno compareceu à aula? ( ) Sim ( ) Não ( ) – Alunos faltantes ou atrasados:
Manteve equipamento e Box limpos:
Realizou as atividades propostas seguindo protocolo? ( ) Sim ( ) Não ( ) 
Apresentou comportamento adequado durante a coleta de dados no trabalho junto ao animal e aos demais colegas e docente? ( )Sim ( ) Não
O relatório contém cópias ou citações diretas são colocadas como indiretas Sim ( ) Não ( )
Avaliação do Relatório + desempenho do aluno (grupo) no lab = Nota:
Profa. Adriana Rubio

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