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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA – UNIMEP GABRIEL VICENTIM GABRIELA SAQUI GABRIELLE MAUERBERG TAYANA BUCHALA ERVA DOCE: MORFOLOGIA, INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES. PIRACICABA 2016 RESUMO A erva-doce (Pimpinella anisum L) é uma planta medicinal na qual se utiliza os frutos na forma de chá, geralmente preparado em forma de infusão, seus chás, são indicados principalmente para o alivio de cólicas e desconforto gerado por gases. A droga apresenta odor agradável e sabor doce e anisado. Apesar de ser utilizada popularmente como medicamento, ela também possui emprego nas indústrias de cosmético e até alimentação. Seu principal principio ativo é trans-anetol, que tem seu aroma, agradável para maioria das pessoas. É uma planta de origem desconhecida. Por ser uma planta herbácea ela cresce até 50 cm de altura, e é caracterizada por suas flores brancas, e frutos que a maioria das pessoas confundem com sementes por ser muito pequeno. Para analise de controle de qualidade é utilizado como parâmetro são os estômatos e tricomas tectores uni e pluricelulares, além de ser realizado esses procedimentos com os tecidos, a realização de teste de controle de qualidade para verificar a pureza do anetol. Palavras – chaves: erva-doce, chás, saúde, anetol. INTRODUÇÃO Erva-Doce (Pimpinella anisum L), também conhecida popularmente como Anis, é uma planta de origem desconhecida, mas presume-se que seja nativa do leste Mediterrâneo, (Egito, Grécia, Creta, Síria) e do oeste da Ásia (DOS SANTOS, J.M. 2012). Esta planta aromática, pertencente à família das Umbelíferas, é muito usada na indústria alimentícia, o sabor do condimento é apetitoso e fresco, seu cheiro é agradavelmente doce e aromático. A Erva-Doce é utilizada na cosmética pelas suas propriedades de remover impurezas, na forma de sabonetes, suavizando a pele e também pelo seu aroma agradável. (DOS SANTOS, J.M. 2012). Usada popularmente em forma de chá (infusão), é estimulante das funções digestivas, tendo como principal indicação o uso carminativo. (DOS SANTOS, J.M. 2012). As espécies vegetais e as partes dos vegetais permitidas para o preparo de chás estão estabelecidas na RDC nº267 (BRASIL, 2005b), no caso da Erva-Doce são utilizados os frutos para o preparo de chás. A Pimpinella anisum L, além de ser considerada como alimento é também, considerada uma droga vegetal, que segundo a RDC nº10 (BRASIL,2010c), define droga vegetal como planta medicinal partes dessa planta, possuem substancias responsável pela ação terapêutica, após processo de coleta ou colheita, estabilização, secagem. (DOS SANTOS, J.M. 2012). OBJETIVO Este presente trabalho tem como objetivo, identificar morfologicamente a estrutura da planta Pimpinella anisum L, seus compostos químicos, assim como suas indicações e contraindicações, para a realização do trabalho e apresentação da oficina de chás. METODOLOGIA O presente trabalho foi realizado através de levantamento de dados por livros e endereços eletrônicos. 4. CARACTERISTICAS E MORFOLOGIA DA PLANTA 4.1 Características Botânicas Planta herbácea de 30 a 50 cm de altura. Haste ereta, cilíndrica, estriada, caniculada, pubescente, ramificada superiormente. Folhas fendidas, alternas, verde-escuras. Flores brancas, pequenas em amplas umbelas. Frutos condimentares. (Almeida, 1993 in Carneiro, S. M. de B. 1997). Figura 1 - Pimpinella anisum L A figura 1 mostra as parte das plantas, (A) folhas de várias formas, (B) flores brancas, (C) frutos, (D) frutos secos. 4.2 Características morfológicas Figura 2 – aspectos microscópicos Na figura 2, é possível observar, A – aspecto do diaquênio (esquizocarpo), B – esquema da secção transversal do diaquênio, B – porção do epicarpo com tricomas inteiros. Figura 3 – aspecto para controle de qualidade. Na figura 3, é possível observar E – estômatos, T1 e T2 tricomas tectores. 5. INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES Farmacologia e Atividade Biológica: Devido ao óleo essencial, tem ação digestiva, espamolítica, mucolítica, galactogênica. Externamente, atua como revulsivo e antisséptico. (PANIZZA, S. 1997). Usos Médicos: Dispepsias Hopossecretoras, flatulência, espasmos gastrintestinais, sobretudo nos lactentes e crianças pequenas. Gripe e Tosse. Inflamações orofaríngeas. Micoses cutâneas como pitiríase, candidíase, pé de atleta e também na pediculose e escabiose (aplicações tópicas). (PANIZZA, S. 1997). Principais Indicações: Como eupépico e carminativo. Coriza e sintomas gripais associados à tosse ou inflamações orofaríngeas e preventivas da infecção. (PANIZZA, S. 1997). Contra Indicações: Alergias ao anis (Erva-Doce) e ao anetol. Hiperestrogenismo. Não usar o óleo essencial por via interna na gravidez ou no aleitamento. Crianças menores de seis anos e doentes com problemas intestinais ou doenças neurológicas. (PANIZZA, S. 1997). Efeitos Secundários e Toxicidade: O óleo essencial em doses não terapêuticas pode produzir efeitos convulsivos e originar reações de hipersensibilidade cutânea. (PANIZZA, S. 1997). 6. ESTRUTURA DOS PRINCIPAIS MARCADORES QUIMICOS Figura 4 - anetol O anetol, trans-1metoxi-4-(pro-1-enil) benzeno, é um composto aromático adocicado encontrado no anis (Pimpinella anisum), no anis estrelado (Illicium verum), funcho (Foeniculum vulgare). Em temperatura ambiente, assume a forma de cristais brancos, com seu ponto de fusão em 21ºC. Representado na formula química C10H12O, e é um componente mais doce que o açúcar, possui aroma e sabor agradável para maioria das pessoas. Utilizada nas indústrias aromatizantes. (<https://www.oleosessenciais.org.br/anetol>). Pesquisas indicam que o anetol reduz consideravelmente os efeitos tóxicos do álcool sobre o organismo, pois atua como tônico para fígado, rins e baço. Ele também é eficaz contra larvas do Aedes aegypti, e apresenta características como agente antibacteriano. (<https://www.oleosessenciais.org.br/anetol>). As farmacopeias propõem vários métodos para fazer o controle da identidade e da pureza dos óleos essenciais, métodos que devem ser combinados entre si com o objetivo de garantir os melhores resultados. O mais comum é o uso do ponto de solidificado, que para os óleos que apresentam um constituinte majoritário, como o óleo de erva doce com o anetol (75 a 87%). Sabe-se que o anetol puro cristaliza a 21ºC e um óleo com 85% de anetol apresenta seu ponto de solidificação em 14ºC, sendo este um dos limites para indicar a adulteração, e deve ser confirmado por outros metidos como, por exemplo, a cromatografia. (<https://www.oleosessenciais.org.br/anetol>). 8. RENAME Figura 5 – tabela RENAME Nome popular Nome científico Indicação Espinheira-santa Maytenus ilicifolia Dispepsias, coadjuvante no tratamento de gastrite e úlcera duodenal Guaco Mikania glomerata Expectorante e broncodilatador Alcachofra Cynara scolymus Colagogos e coleréticos em dispepsias associadas a disfunções hepatobiliares. Aroeira Schinus terebenthifolius Produtos ginecológicos antiinfecciosos tópicos simples Cáscara-sagrada Rhamnus purshiana Constipação ocasional Garra-do-diabo Harpagophytum procumbens Antiinflamatório (oral) em dores lombares, osteoartrite Isoflavona-de-soja Glycine max Climatério (Coadjuvante no alívio dos sintomas) Unha-de-gato Uncaria tomentosa Antiinflamatório (oral e tópico) nos casos de artrite reumatóide, osteoartrite e como imunoestimulante Hortelã Mentha piperita Síndrome do cólon irritável Babosa Aloe vera Queimaduras e psoríase Salgueiro Salix alba Dor lombar Plantago (Plantago ovataForssk.) habitual. Coadjuvante nos casos de obstipação intestinal Tratamento da síndrome do cólon irritável Pó para dispersão oral Ainda não há nenhuma planta que tenhaa mesma função carminativa que a erva-doce no RENAME (Relação Nacional de Medicamentos), porém, a hortelã (Mentha piperita) chega o mais próximo, sendo indicado para a síndrome do cólon irritável. (<http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/0DAF/RENAME2014ed2015.pdf>) 9. CONCLUSÃO A erva-doce, apesar de não ser encontrada no RENAME, ainda sim é considerada um medicamento muito utilizado pela população, tanto em forma de chás, como cosméticos e alimento. Ainda existe estudo para poder aprofundar o conhecimento nesta planta, e sua grande indicação é como carminativa e vem sendo passada por várias gerações. Ela faz parte de uma das plantas mais consumidas em forma medicamentosa pela população. REFERÊNCIAS ANIS-DOCE, In: FARMACOPEIA Brasileira 5.ed. v. 2Brasília. ANVISA p637-41 2010. DOS SANTOS, J.M Pesquisa de matérias estranhas em espécie vegetal Pimpinella anisum L, para o preparo de “chá”, Instituto Nacional de controle de qualidade, Rio de Janeiro, 2012. PANIZZA, S. Plantas que curam. 28 ed. São Paulo, SP: IBRASA,1997, 279p. il. https://www.oleosessenciais.org.br/anetol - acesso em: maio de 2016. http://www.sbfgnosia.org.br/Ensino/drogas_aromaticas.html – acesso em: maio de 2016. http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/0DAF/RENAME2014ed2015.pdf - acesso em: maio 2016.
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