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Resumo do livro O que é capitalismo

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Resumo
CATANI, Afrânio Mendes. O que é capitalismo. 34ª. Ed. São Paulo: Brasiliense, 1995.
	O livro “O que é capitalismo” tem como autor o bacharel em Administração Pública, Afrânio Mendes Catani, que aborda no seu livro o que é capitalismo através das análises das obras de Karl Marx e Max Weber, que são autores de duas correntes que partem de pontos de vistas diferentes mas que explicam os mesmos conceitos. O livro conta com cento e dezessete páginas, divididas em quatro sessões, a introdução, o capitalismo em geral, o capitalismo no Brasil e indicações para leitura.
O capitalismo em geral
Max Weber explica o capitalismo através de fatores externos da economia, esse modo de pensar relaciona-se com a extrema valorização do trabalho, da prática de uma profissão na busca da salvação individual. O grupo dos “predestinados” seria formado por pessoas que criassem riquezas através do trabalho (página 7). Segundo Weber, foi no Ocidente que se desenvolveu uma gama de configurações do capitalismo (página 11). É apresentada durante a leitura alguns aspectos do capitalismo que surgiram em outras culturas, mas Weber enfatiza o capitalismo no Ocidente. De acordo com Weber, o capitalismo moderno é caracterizado como um complexo de instituições interligadas que trabalham com base mais na prática econômica racional que na especulativa (página 12). Para Max, os princípios éticos que estão na base do capitalismo são encontrados na teologia protestante, principalmente na teologia calvinista, e de acordo com esses princípios a maneira de agir religiosa se relaciona a maneira de agir econômica. O calvinismo prega a valorização religiosa da atividade profissional e do trabalho, assim como a corrente weberiana. 
A corrente de Karl Marx parte de uma concepção histórica, e define o capitalismo como um modo de produção de mercadorias, gerado desde o início da Idade Moderna, sendo intensificado durante a Revolução Industrial. Pela perspectiva de Marx, o capitalismo refere-se tanto a sistema de produção de mercadorias, como também a um sistema em que a força de trabalho também se transforma em mercadoria e pode ser visto no mercado como um objeto de troca. (Página 8)
	Para que exista o capitalismo é necessário que haja a concentração dos meios de produção em mãos de uma classe social, enquanto outra classe social venda a força de trabalho. (Página 8)
De acordo com Karl Marx, propriedade privada, divisão social do trabalho e troca são características fundamentais da sociedade produtora de mercadorias (página 17). 
O valor de uma mercadoria deve ser determinado de acordo com o tempo que levou sua produção. O padrão do tempo é calculado pela média de tempo que foi gasto pela equipe, e não por apenas um indivíduo. 
Marx acreditava que a base do capitalismo é proveniente da troca, em que para satisfazer suas necessidades era feita uma troca; como, por exemplo, um marceneiro que troca duas mesas por um casaco para que não sinta frio. Tendo como base o exemplo marceneiro, ele também cita outros exemplos para falar sobre o dinheiro e sua relação com as trocas de mercadorias. 
“Segundo Marx, a mais-valia não pode provir da circulação das mercadorias, porque está só conhece a troca de equivalentes” (página 28). Marx cita como exemplo o artesão, que é um produtor independente, que vende seu próprio produto e não sua força de trabalho, entretanto, o desenvolvimento do capitalismo liquidou maior parte dos artesãos, que não conseguiram concorrer com as crescentes fábricas que fabricavam em larga escala. Sendo assim, o trabalhador foi obrigado a procurar o capitalismo para vender sua mão de obra em troca de salário. Por isso, pode-se dizer que no sistema capitalista, a força de trabalho humana é considerada uma mercadoria.
A Revolução Industrial pode ser considerada a principal fase do desenvolvimento do capitalismo, com ela vieram a utilização de máquinas, e a crescente exploração dos recursos naturais. Malthus causou um alarme na população com sua teoria sobre o desajuste entre o crescimento geométrico da população frente a um crescimento aritmético dos recursos naturais. Desta forma, a população iria crescer mais rapidamente que a produção de alimentos, em consequência, haveria fome no mundo em pouco tempo.
O capitalismo no Brasil
A segunda parte do livro fala sobre a evolução do capitalismo no Brasil, desde a colônia até os dias atuais, e se baseia em alguns aspectos na obra O capitalismo tardio de João Manuel Cardoso Mello.
Cardoso Mello estabelece a diferença entre economia colonial e economia primário-exportadora. Tendo a primeira características como trabalho compulsório, escravo ou servil, enquanto a segunda possui trabalho assalariado.
A economia colonial possui um setor exportador e um setor produtor de alimentos. O setor exportador irá produzir em larga escala produtos coloniais com destino ao mercado mundial. Essa economia é complementar à economia metropolitana. 
A difusão do capitalismo durante a Revolução Industrial ao início da “grande depressão” manteve-se restrito devido às suas próprias limitações, pois apenas a Inglaterra havia atingido o estágio avançado. Na América Latina, entre 1880 e 1900 aproximadamente, a ativação da exportação de capitais e a imigração em massa foram chaves para o nascimento das economias exportadoras capitalistas.
Catani aborda o monopólio do comércio colonial, sobre o capitalismo inglês no que se refere à América Latina e, salienta que, essa mudança da economia colonial para exportadora capitalista foi motivada primeiramente pelos fatores internos, e depois, pelos externos.
Até o final da leitura, o autor faz um resumo sobre o desenvolvimento do capitalismo até a atualidade, explicando alguns elementos como a economia cafeeira, o tráfico internacional de escravos, a industrialização tardia, a expansão industrial, a situação econômica do século XX, o período de Depressão, a crise política, o “milagre econômico”, a dívida externa brasileira no mercado internacional e outros fatos que foram relevantes para a consolidação do capitalismo como está consolidado nos dias de hoje. 
	
Anexos
 Figura 2 - Max Weber
Figura 1 - Karl MarxFigura 3 - Livro O que é capitalismo

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