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ÁGUAS SUBTERRÂNEAS INTRODUÇÃO: A INFILTRAÇÃO Diversas são as características que fazem da água subterrânea uma fonte desejável para o abastecimento de grande parte da população mundial. Os sistemas de águas subterrâneas apresentam-se na forma de reservatórios naturais, eliminando os custos relativos ao armazenamento, e podendo ser explorados nas proximidades dos pontos de demanda, reduzindo os custos de tubulações necessárias ao seu transporte. Além disso, as águas subterrâneas são naturalmente filtradas e geralmente mais protegidas de fontes emissoras de poluição que as águas superficiais. Fazem–se necessários, portanto, alguns entendimentos úteis à utilização de tais águas. Dessa maneira, este capítulo foi organizado com o propósito de introduzir conceitos básicos, úteis à compreensão de fenômenos, desde a infiltração, visto que as águas tem origem na precipitação que infiltra através do terreno, até a hidráulica dos poços, a partir de algumas definições necessárias. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS Os aqüíferos são formações geológicas permeáveis que retém água e permitem o seu movimento. Os aquicludes possuem água e não permitem o seu deslocamento. Já os aquífugos são formações impermeáveis que não retém e não permitem o escoamento de água. Definição dos Termos Definem-se nesta seção os parâmetros do aqüífero relevantes à determinação do volume disponível de água e à facilidade de retirá-la. Porosidade(n): A relação do volume de vazios (espaços abertos) no solo para com o volume total é chamado porosidade. Ela é uma medida da quantidade de água que pode ser armazenada no espaço entre as partículas de solo. Ela não indica quanto de água está disponível para desenvolvimento. Alguns valores típicos são apresentados na Tabela 12.1. UU LL AA 1122 Tabela 12.1: Material do Aqüífero Porosidade (%) Rendimento Específico (%) Condutividade (m/s) Argila 55 3 1,2 x 10-6 Argiloso 35 5 6,4 x 10-6 Areia Fina 45 10 3,5 x 10-5 Areia Média 37 25 1,5 x 10-4 Areia Grossa 30 25 6,9 x 10-4 Areia e Pedregulho 20 16 6,1 x 10-4N ã o co n so lid a d o Pedregulho 25 22 6,4 x 10-3 Xisto <5 3 1,2 x 10-12 Granito <1 0 1,2 x 10-10 Arenito 15 5 5,8 x 10-7 Calcário 15 2 5,8 x 10-6C o n so li d a d o Rocha Fraturada 5 2 5,8 x 10-5 Rendimento Específico. A percentagem de água que está livre para escoar pelo aqüífero sob influência da gravidade é definida como rendimento específico. Rendimento específico não é igual a porosidade porque as forças de tenção molecular e de superfície no espaço poroso mantém uma parte da água nos vazios. Rendimento específico reflete e a quantidade de água disponível para desenvolvimento. Alguns valores médios são mostrados na Tabela 12.1. Coeficiente de Armazenamento (S). Este parâmetro é similar ao rendimento específico. Ele é o volume de água disponível resultante de um declive unitário na superfície piezométrica sobre uma unidade horizontal de área de seção cruzada. Ele tem unidade de m3 de água/m3 do aqüífero ou, em essência, sem unidade! Coeficiente de armazenamento e rendimento específico podem ser usados trocadamente para aqüíferos não confinados. Valores de “S” para aqüíferos não confinados alcançam desde 0,01 a 0,35. Para aqüíferos confinados os valores de “S” variam de 1 x 10-3 a 1 x 10-5. Gradiente Hidráulico e Cabeça. A declividade da superfície piezométrica é conhecida como gradiente hidráulico. A diferença na elevação de um ponto para outro ao longo do gradiente hidráulico é a medida de pressão. Esta diferença de elevação é conhecida como pressão de cabeça ou apenas cabeça. Quando a superfície piezométrica 1,00 m em elevação para cada 1,00 m em distância, o gradiente hidráulico é 1,00 ou 100 porcento. Condutividade hidráulica (K). A propriedade de um aqüífero que uma medida da habilidade para transmitir água sobre a declividade da superfície piezométrica é conhecida como condutividade.hidráulica. Ela e definida como a descarga que acontece através de uma unidade de seção cruzada do aqüífero sobre um gradiente hidráulico de 1,00. Ela tem unidade de velocidade (m/s). Tipicamente valores são mostrados na Tabela 12.1. Transmissividade (T). O coeficiente de transmissividade (T) é uma medida da taxa a qual a água irá fluir através de uma unidade de largura da faixa vertical do aqüífero estendido através da camada completamente saturada sobre um gradiente hidráulico unitário. Ela tem unidade de m2/s. Valores de coeficiente de transmissividade alcançam desde 1,0 x 10-4 a 1,5 x 10-1 m2/s. 12.1 . Água Subterrânea e Poços Embora a porção da população dos Estados Unidos que é abastecida por água superficial seja duas vezes a abastecida por água subterrânea, o número de comunidades abastecidas por água subterrânea é quatro vezes o número de comunidades abastecida por água superficial (ver Tabela 12.2). O motivo é que grandes cidades são abastecidas por água superficial enquanto que muitas pequenas comunidades utilizam água subterrânea. A água subterrânea possui várias características que fazem dela um manancial de abastecimento de água. Primeiro, a água subterrânea é provida de armazenamento natural, o qual reduz os custo com proteção. Segundo, desde que o abastecimento freqüentemente seja disponível ao ponto de demanda, o custo de distribuição é reduzido significativamente. Terceiro, devido a água subterrânea ser filtrada pelo estrato geológico natural, a água subterrânea é visivelmente mais límpida que a água superficial. Tabela 12.2: Tipo de Sistema Número de Sistemas População Atendida Estimada Sistemas em Comunidades 40.000 160 milhões Abastecida por Água Subterrânea 32.000 53 milhões Abastecida por Água Superficial 8.000 107 milhões Outros Sistemas Públicos 200.000 Abastecido por Água Subterrânea 190.000 Abastecido por Água Superficial 10.000 12.1.1 Construção de Poços Poços modernos consistem mais do que simples buracos no solo. Um tubo de aço chamado de revestimento é colocado no poço escavado para manter a integridade do escavação. O revestimento é protegido das circunvizinhanças do solo com um revestimento de cimento e uma grade é colocada no fundo do tubo de revestimento para permitir que a água penetre e mantenha material sólido fora. Dois tipos de bombas podem ser usados. No diagrama é mostrado, o motor da bomba na superfície do solo e a bomba é colocada no fundo do poço sobre a tela. A alternativa é uma bomba submersa. Neste caso ambos bomba e motor são introduzidos no revestimento; a água é bombeada para fora do poço através de um tubo de descarga. Condições Sanitárias. A penetração de uma formação de cascalho junto a um poço provem uma rota direta para possível contaminação da água subterrânea. Embora existam diferentes tipos de poços e bem construídos, existem aspectos sanitários básicos que devem ser considerados e seguidos. 1. O espaço anular fora do revestimento deveria ser preenchido com um reboco de cimento fluido ou argila densa desde a superfície até a profundidade necessária para prevenir a entrada de água contaminada. Um mínimo de seis metros é recomendado. 2. Para aqüíferos artesianos, o revestimento deve ser selado dentro da formação impermeável assim como reter a pressão artesiana. 3. Quando uma formação de cascalho contendo água de qualidade inferior for penetrada, a formação deve ser selada para prevenir a infiltração de água dentro do poço e aqüífero. 4. Um poço sanitariamente protegido com suspiro apropriado deve ser instalado no topo do revestimento do poço para prevenir a entrada de água contaminada e outros materiais estranhos. Cobertura e selagem de poços. Todos os poços devem ser providos com uma cobertura, ajustado cobrindo o topo do revestimento ou troncode tubo para prevenir a contaminação da água ou que materiais estranhos adentrem ao poço. A selagem em um poço que está exposto a possibilidade de inundação dever ser elevada até pelo menos 0,6 m sobre o mais alto nível de inundação conhecido. Quando isso não é possível, a selagem deve ser estanque e equipada com uma linha de ventilação cuja abertura para atmosfera está a pelo menos 0,6 m sobre o mais alto nível de inundação conhecido. A cobertura de poços e plataforma de bombas devem ser elevadas sobre a adjacente termino do nível do solo. O piso da sala de bomba deve ser construído com reforçado, estanque concreto com declividade longe do poço de modo que a superfície e contaminação não pode permanecer próximo do poço. A mínima espessura tal que a laje ou piso devem ser 0,1 m. Lajes ou pisos de concreto devem ser derramados separadamente do reboco formando selo e, onde a ameaça de frio existir, ultrajado por ele e o revestimento do poço por um plástico ou camada de massa ou tronco de tubo para prevenir unindo o concreto com ambos. Toda a água do poço deve estar prontamente acessível para inspeção, serviços e testes. Isto necessita que alguma estrutura construída sobre o poço seja facilmente removível para prover completo, desobstrução para acesso de equipamentos de serviço ao poço. Desinfeção do poço. Todo poço recentemente construído deve ser desinfetado para neutralizar a contaminação de equipamentos, materiais, ou superfície drenada introduzido durante a construção. Todo poço deve estar prontamente desinfetado depois de uma construção ou reparo. Casa de Bomba. Uma casa de bomba instalada sobre a superfície do solo deve ser usada. Ela deve ser necessariamente para uso em conexão descarga subterrânea se isolada, é permitido aquecimento na casa de bomba. Para instalações individuais em áreas rurais, duas lâmpadas de 60 Watts, um aquecimento elétrico controlado termostaticamente, ou um cabo de aquecimento irá geralmente prover proteção adequada quando a casa de bomba é corretamente isolada. Ocorrendo paradas de energia, combustível de emergência deve substituir o abastecimento de energia. 12.1.2 Cone de Depressão Quando um poço é bombeado, o nível da superfície piezométrica nas proximidades do poço irão ser reduzidos. Este rebaixamento causa a superfície piezométrica toma a forma de um cone invertido chamado de cone de depressão. Depois que o nível de água em um poço em bombeamento é rebaixado que então no aqüífero circunvizinho a ele, o fluxo de água vem do aqüífero para dentro do poço. A distâncias crescentes do poço, o rebaixamento decresce até o declive do cone coincidir com o nível estático. A distância do poço a qual isto ocorre é chamada de raio de influência. O raio de influência não é constante mas tende a ampliar com bombeamento contínuo. A uma determinada taxa de bombeamento, a forma do cone de depressão depende das características da formação da água. Rasos e amplos cones irão se formar em aqüíferos compostos de areia grossa ou pedregulho. Profundos e estreitos cones irão se formar em areias finas ou argilas arenosas. Com o crescimento da taxa de bombeamento, o rebaixamento crescerá. Consequentemente a declividade do cone se torna íngreme. Quando outras condições são iguais para dois poços, pode se esperar que o custo do bombeamento irá aumentar para o poço circunvizinho ao longo do meio por causa do grande rebaixamento. Quando os cones de depressão se sobrepõe, a lençol de água local irá ser rebaixado. Isto requer adicional elevação do bombeamento para obter para a porção interior do grupo de poços. Uma ampla distribuição de poços sobre a bacia de água subterrânea irá reduzir o custo do bombeamento e irão permitir o desenvolvimento de uma grande quantidade de água. Uma regra de manusear é que dois poços não devem ser locados tão próximos como duas vezes a espessura do estrato de referência de água. Para mais que dois poços eles devem ser espaçados pelo menos 75 metros separadamente.
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