Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BACHARELADO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS TERCEIRO QUADRIMESTRE DE 2013 DISCIPLINA: ECONOMIA INSTITUCIONAL I. PROFESSOR: Ramón García Fernández (ramon.garcia.fernandez@gmail.com) – Sala 332 HORÁRIO E SALA: matutino, segundas das 10 às 12 hs., e sextas das 8 às 10 hs. (sala 203); noturno, segundas das 21 às 23 hs. e sextas das 19 às 21 hs. (salas 203 nas segundas e 206 nas sextas) – Bloco Alfa I. EMENTA DA DISCIPLINA: Trajetória das abordagens institucionalistas em economia: a velha e a nova economia institucional (temas, autores e periodização). Fundamentos da Economia Institucional Original (EIO): a) A crítica à economia clássica e neoclássica, e a abordagem evolucionária de Thorstein Veblen; b) Interesses, direitos de propriedade e organizações em John Commons. John Kenneth Galbraith: a tecno-estrutura e o novo estado industrial. Contexto da ascensão da Nova Economia Institucional (NEI): crítica à economia ortodoxa. Primeira vertente da NEI: rent seeking, escolha pública e coalizões para a ação coletiva. (Mancur Olson). Segunda vertente da NEI: a economia dos custos de transação (Oliver Williamson). Terceira vertente da NEI: instituições, história e performance econômica de longo prazo (Douglass North). Situação atual da EIO: a) O papel dos hábitos e das instituições para Geoffrey Hodgson; b) Randall Wray e a macroeconomia da EIO; c) EIO e o meio-ambiente. OBJETIVOS DA DISCIPLINA: O curso pretende apresentar os fundamentos da economia institucional. Embora seja um campo em que há diversidade de abordagens, as escolas institucionalistas têm como ponto comum considerar que instituições são relevantes e passíveis de análise. Serão focalizados os elementos comuns e as diferenças entre duas escolas institucionalistas, a Original (ou Velha) e a Nova (por simplicidade, EIO e NEI, respectivamente). A primeira destas corresponde à escola vinculada à tradição de Thorstein Veblen e John Commons, e que hoje encontra-se institucionalmente organizada em torno da AFEE (Association for an Evolutionary Economics), enquanto que a última, cujos principais expoentes são Douglass North e Oliver Williamson encontra-se organizada na ISNIE (International Society for the New Institutional Economics). AVALIAÇÃO: Serão realizadas duas provas, respondendo cada uma por 45% da nota final; também será atribuída uma nota de participação, cujo peso será de 10% da nota final, a partir do desempenho cotidiano em sala de aula e por eventuais trabalhos a serem solicitados. ATENDIMENTO: O professor encontra-se disponível através do seu e-mail, e responderá as consultas sobre o curso em geral em até 24 horas. Eventuais reuniões devem ser agendadas por e-mail. SEQUÊNCIA DE AULAS, ASSUNTOS E BIBLIOGRAFIA RESPECTIVA: Obs.: os textos marcados em amarelo são de leitura obrigatória Nº Aula Data Assunto Bibliografia 1 08/11 (M); 11/11 (N) Apresentação do programa. Trajetória das abordagens institucionalistas em economia: a economia institucional original e a nova (temas, autores e periodização). --------------- 2 11/11 (M); 18/11 (N) Instituições: conceito, relevância e classificação. Conceição (2002); Fiani (2011) – Introdução; Neale (1987). 3 18/11 (M); Instituições e coordenação. Bowles (2004), cap. 1; Fiani (2011), caps. 22/11 (N) 5 e 6. 4 25/11 Instituições e coordenação (cont). Idem aula 3. 5 29/11 O surgimento da cooperação Axelrod (2010), caps. 1 a 3 e 4. 6 02/12 A economia dos custos de transação e as estruturas de governança. Azevedo (1997), cap, 3 (até a seção 3.3.2 inclusive); Fiani (2011), caps. 3 e 4; Fiani (2002); Pondé (2002); Williamson (2012), caps. 1 a 3. 7 06/12 A economia dos custos de transação e as estruturas de governança (cont). Idem aula 7. 8 09/12 Aplicações da ECT. Kato & Margarido (2000); Silva & Azevedo (2006). 9 13/12 A importância da tecnologia para a EIO Pessali & Fernández (2006). 10 16/12 Galbraith, a tecnoestrutura e o novo estado industrial Galbraith (1997), caps. 1, 5, 6 e 7. 11 20/12 Prova intermediária Todo o material das aulas anteriores 12 06/01 A abordagem evolucionária de Thorstein Veblen: instintos, hábitos, instituições e a história da humanidade. Cavalieri (2009), cap.3.2.; Hodgson (2004); Monastério (1998), caps. 3 e 4. . 13 10/01 A abordagem evolucionária de Thorstein Veblen: instintos, hábitos, instituições e a história da humanidade (cont.). Idem aula 12. 14 13/01 John Commons e as relações entre economia e direito. Guedes (2013); Rutherford (1983). 15 17/01 Rent seeking, escolha pública e coalizões para a ação coletiva. Fiani (2011), cap.7; Olson (1965), caps. 1 & 2. 16 20/01 Instituições, história e desempenho econômico de longo prazo na visão de Douglass North. Fiani (2011), cap. 8; North (1994). 17 24/01 Instituições e mudança institucional.. Bush (1987); Fiani, 2011, cap. 9 18 27/01 As finanças funcionais e a visão institucionalista da moeda. Santos (2005, cap. 1); Wray (2003), caps. 2, 3 e 4. 19 31/01 As finanças funcionais e a visão institucionalista da moeda (cont.). Idem aula 18. 20 03/02 O Estado como empregador de última instância Costa (2010), cap. 2. 21 07/02 Prova final Todo o material dado depois da prova intermediária. Obs.: no dia 08/11 à noite, e no dia 22/11 de manhã, haverá eventos organizados pelo BCE dos que se espera participem os alunos. O programa está sujeito a pequenas alterações, que serão comunicadas com suficiente antecedência caso venham ocorrer, incluindo a mudança de bibliografia. IMPORTANTE: em cada aula o professor indicará quais leituras são obrigatórias e quais complementares. BIBLIOGRAFIA: AXELROD, Robert (2010). A Evolução da Cooperação. São Paulo: Leopardo. AZEVEDO, Paulo Furquim de (1997). “A nova economia institucional”. In E. FARINA, P.F. AZEVEDO e M. S. SAES (orgs.): Competitividade: mercado, estado e organizações. São Paulo: Singular, p. 33-111. BOWLES, Samuel (2004). Microeconomics: behaviors, institutions and evolution. Princeton; Princeton University Press. BUSH, Paul D. (1987). “Theory of Institutional Change”. Journal of Economic Issues, 21 (3): 1075-1116. CAVALIERI, Marco (2009). O Surgimento do Institucionalismo Norte-Americano: ensaio sobre o pensamento e o tempo de Thorstein Veblen. Tese de Doutorado, Cedeplar (UFMG). CONCEIÇÃO, Octávio (2002). “O Conceito de Instituições nas Modernas Abordagens Institucionalistas”. Revista de Economia Contemporânea, 6 (2): 119-146. COSTA, Guilherme R. B. (2010). O Estado como Empregador de Última Instância: uma abordagem a partir das finanças funcionais. São Paulo: Cultura Acadêmica. FIANI, Ronaldo (2011). Cooperação e Conflito. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2011. FIANI, Ronaldo (2002). “Teoria dos Custos de Transação”. In David Kupfer & Lia Hasenclever (orgs.), Economia Industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil. RJ: Campus, p. 267-286. GALBRAITH, John Kenneth (1997). O novo Estado industrial. São Paulo: Nova Cultural. GUEDES, Sebastião (2013). “Lei e ordem econômica no pensamento de John R. Commons”. Revista de Economia Política, 33 (2): 281-97. HODGSON, Geoffrey (2004). “Reclaiming Habit for Institutional Economics”. Journal of Economic Psychology, 25: 651-660. KATO, Heitor T & MARGARIDO,Mário A. (2000). “Economia dos custos de transação (ECT): análise do conflito das bananas”. Revista de Administração, 35 (4): 13-21. MONASTÉRIO, Leonardo (1998). Guia para Veblen: um estudo acerca da economia evolucionária. Pelotas: EDUFPEL. NEALE, Walter C. (1987). "Institutions". Journal of Economic Issues, 21 (3): 1177-1206. NORTH, Douglass (1994). Custos de Transação, Instituições e Desempenho Econômico. São Paulo: Instituto Liberal. OLSON, Mancur (1965). The Logic of Collective Action. Cambridge (MA): Harvard University Press.PESSALI, Huáscar F. e FERNÁNDEZ, Ramón G. (2006). “A tecnologia na perspectiva da Economia Institucional”. In: Pelaez, V. e Szmrecsányi, T. Economia da Inovação Tecnológica. SP: Hucitec, p. . PONDÉ, João Luiz (2002). “Organização das grandes corporações”. In David Kupfer & Lia Hasenclever (orgs.), Economia Industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil. RJ: Campus, p. 287-306. RUTHERFORD, Malcolm (1983). “J.R. Commons’s Institutional Economics”. Journal of Economic Issues, 17 (3): 721-44. SANTOS, Gustavo A. G. dos (2005). Uma releitura da teoria das finanças funcionais. Tese de Doutorado, IE/UFRJ. SILVA, Vivian L. S. & AZEVEDO, Paulo F. (2006). “Contratos interfirmas em diferentes ambientes institucionais: o caso McDonald´s França versus Brasil”. Revista de Administração, 41(4): 381-393. WILLIAMSON, Oliver (2012) [1985]. As Instituições Econômicas do Capitalismo. São Paulo: Pezco, 2012. WRAY, L. Randall (2003) [1998]. Trabalho e moeda hoje. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ / Contraponto, 2003.
Compartilhar