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CoachingPGE fazenda publica guilherme barros

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FAZENDA PÚBLICA 
(Responsabilidade do advogado público parecerista) 
 
TEXTO COMPLEMENTAR: A responsabilidade do parecerista na análise 
das minutas de editais e contratos (Ronny Charles). 
 
 
Questão discursiva (PGEPI/2014 – 2ª fase): Com base em parecer 
jurídico emitido pela PGE/PI, determinada secretaria do estado do Piauí, 
que havia solicitado o referido parecer, realizou processo licitatório e, em 
ato administrativo final, adquiriu o bem objeto da licitação. O tribunal de 
contas do estado, entretanto, após tomada de contas, apontou ter havido 
ilegalidade na aquisição do bem, por superfaturamento de preço, o que 
resultou em prejuízo ao erário. 
Com base na situação hipotética apresentada e com fundamento 
no disposto na Constituição Federal de 1988 e na jurisprudência do 
Supremo Tribunal Federal, elabore um texto dissertativo abordando os 
seguintes aspectos: 
1) competência constitucional da PGE/PI para análise de 
procedimento licitatório; [valor: 0,50 ponto] 
2) possibilidade de anulação ou sustação, pelo tribunal de contas, do 
contrato administrativo; [valor: 0,50 ponto] 
3) responsabilidade do procurador que emitiu o parecer solicitado 
pela secretaria. [valor: 1,40 ponto] 
 
 
 
 
 
2 
 
A resposta ao último tópico deveria abordar o teor do voto do Min. 
Joaquim Barbosa, no MS 24.631/DF, que pode ser esquematizado da 
seguinte forma: 
Dizer o Direito: 
FACULTATIVO OBRIGATÓRIO VINCULANTE 
O Administrador NÃO é 
obrigado a solicitar o 
parecer do órgão jurídico. 
O administrador É obrigado a 
solicitar o parecer do órgão 
jurídico. 
O administrador É obrigado 
a solicitar o parecer do órgão 
jurídico. 
O administrador pode 
discordar da conclusão 
exposta pelo parecer, desde 
que o faça 
fundamentadamente. 
O administrador pode 
discordar da conclusão 
exposta pelo parecer, desde 
que o faça 
fundamentadamente, com 
base em um novo parecer. 
O administrador NÃO pode 
discordar da conclusão 
exposta pelo parecer. 
Ou o administrador decide 
nos termos da conclusão do 
parecer, ou, então, não 
decide. 
Em regra, o parecerista não 
tem responsabilidade pelo 
ato administrativo. 
Contudo, pode ser 
responsabilizado se ficar 
configurada a existência de 
culpa ou erro grosseiro. 
Em regra, o parecerista não 
tem responsabilidade pelo ato 
administrativo. 
Contudo, pode ser 
responsabilizado se ficar 
configurada a existência de 
culpa ou erro grosseiro. 
Há uma partilha do poder de 
decisão entre o 
administrador e o 
parecerista, já que a decisão 
do administrador deve ser 
de acordo com o parecer. 
Logo o parecerista 
responde solidariamente 
com o administrador pela 
prática do ato, não sendo 
necessário demonstrar-se 
culpa ou erro grosseiro.

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