Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Experimento 1: Lei de Ohm e a curva característica do diodo Nomes: Arthur Lopes 166832 Bruno Salomão 168150 Francisco Barsalini 171761 Pedro Barros 185679 Afirmação de Honestidade “A equipe declara que este relatório que está sendo entregue foi escrito por ela e que os resultados apresentados foram medidos por ela durante as aulas de F 329 no 1ºS/2017. Declara ainda que o relatório contém um texto original que não foi submetido anteriormente em nenhuma disciplina dentro ou fora da Unicamp. ” Figura 1: Circuito I para medição de corrente e tensão. Figura 2: Circuito II para a medição de corrente e tensão. Resumo O experimento 1, Condutividade de dispositivos, tem como objetivo incitar a discussão sobre circuitos e sobre a lei de Ohm. Para isso, medimos a voltagem e amperagem sobre uma resistência nominal de 100 Ω em dois circuitos diferentes, o primeiro que media a voltagem do resistor e do amperímetro e o segundo que media a amperagem do resistor e do voltímetro. Em seguida fizemos os mesmos testes para um diodo. Após a coleta de dados, obtivemos que o circuito II é o que apresenta menos incerteza para o resistor e para o diodo polarizado positivamente, já para o diodo polarizado negativamente o circuito 1 é o mais indicado. Além disso notamos que a curva IxV do diodo se comporta como uma curva exponencial e a do resistor se comporta com linearidade, resultado previsto pela lei de Ohm (resistência é constante para dispositivos ôhmicos). Então, pudemos observar a teoria da lei de Ohm na prática (circuito com o resistor) e o comportamento de um diodo (elemento não ôhmico), ambos adequadamente dentro das incertezas experimentais. Objetivos Neste experimento, um de nossos experimentos foi medir os valores de corrente e tensão para dispositivos em dois circuitos distintos, previamente representados nas figuras 1 e 2. Ambos os circuitos utilizados apresentam características diferentes. Desta maneira, era necessário que analisássemos os resultados obtidos e escolhêssemos qual dos circuitos era o mais vantajoso em relação a exatidão dos dados coletados. Além disso, ao medirmos os valores de corrente e tensão para um resistor e para um diodo, era necessário que confirmássemos a validade da Lei de Ohm, no caso do resistor, e observássemos o comportamento do diodo quando se varia a tensão aplicada. Para tanto, geramos tabelas e gráficos de corrente X tensão e resistência X tensão. Metodologia Para o experimento 1 utilizamos uma fonte de tensão continua, um voltímetro, um amperímetro e os componentes dos circuitos montados. Para buscar a melhor configuração do circuito, medimos 4 circuitos diferentes (2 para o diodo e 2 para o resistor) e percebemos o funcionamento do voltímetro e amperímetro na prática. Teoricamente, o amperímetro teria uma resistência muito baixa e o voltímetro uma resistência muito alta, por isso ligamos o amperímetro em serie e o voltímetro em paralelo. Na pratica podemos perceber os efeitos de não trabalhar com equipamentos de medidas ideias, pois o amperímetro possui uma resistência na ordem de 10ohms e o voltímetro na ordem de 3 gigaohms. A incerteza do voltímetro é ±(0,6% + 2 * 0,1mV) e do amperímetro com escala 60mA é ±(0,5%+ 3 * 0,01mA) e com escala 600uA é ±(0,5%+ 3* 0,1uA). Sabendo da lei de ohm: Pudemos propagar o erro da resistência: O modelo teórico utilizado foi a lei de ohm, a voltagem aplicada nos terminais de um condutor é proporcional à corrente elétrica que o percorre, matematicamente fica escrita do seguinte modo: V = R.i, o resistor como um condutor segue essa lei e é tido como resistor ôhmico ou linear. Já o diodo, que é um semicondutor, não segue a lei de ohm e tem sua própria curva característica. Resultados Para a resistência ôhmica obteve-se as seguintes construções gráficas e de tabelas relacionando as correntes e voltagens medidas com o circuito I: Tensão(V) Tensão erro Corrente(A) Corrente erro Resistência(Ω) Res. erro -3,6 0,2 -0,0333 0,00003 108,11 1,18 -2,6 0,2 -0,0239 0,0001 108,79 1,65 -1,7 0,2 -0,0153 0,0001 111,11 2,59 -0,9 0,2 -0,0084 0,0002 107,14 4,74 0 0 0 0,0003 0 0 0,9 0,2 0,0084 0,0004 107,14 4,79 1,7 0,2 0,0153 0,0004 111,11 2,64 2,6 0,2 0,0239 0,0005 108,79 1,70 3,6 0,2 0,0333 0,0006 108,11 1,23 Tabela 1: Dados do Circuito I – Modelo Ôhmico. Figura 3: Circuito I – Resistência Ôhmica. Com a curva construída, que apresenta-se como uma reta, pode-se calcular a resistência do circuito através do coeficiente angular da reta: R = U/i = ∆y/∆x = 108,19 Ω. Para a resistência ôhmica obteve-se as seguintes construções gráficas e de tabelas relacionando as correntes e voltagens medidas com o circuito II: Tensão(V) Tensão erro Corrente(A) Corrente erro Resistência(Ω) Res. erro -3,07 0,2 -0,0305 0,0001 100,66 1,29 -1,87 0,2 -0,0186 0,0002 100,54 2,13 -1,48 0,2 -0,0147 0,0002 100,68 2,70 -0,75 0,2 -0,0074 0,0002 101,35 5,38 0 0 0 0,0003 0 0 0,75 0,2 0,007 0,0004 101,35 5,43 1,48 0,2 0,0147 0,0004 100,68 2,75 1,87 0,2 0,0186 0,0004 100,54 2,18 3,07 0,2 0,0305 0,0005 100,66 1,34 Tabela 2: Dados do Circuito II – Modelo Ôhmico. Figura 4: Circuito II – Resistência Ôhmica. Com a curva construída, que apresenta-se como uma reta, pode-se calcular a resistência do circuito através do coeficiente angular da reta: R = U/i = ∆y/∆x = 100,66 Ω. Para o diodo obteve-se as seguintes construções gráficas e de tabelas relacionando as correntes e voltagens medidas com o circuito I: i (A) V(V) R (Ω) 0 -3,4 tende ao infinito 0 -2,5 tende ao infinito 0 -1,3 tende ao infinito 0 -0,6 tende ao infinito 0 0,04 tende ao infinito 0 0,1 tende ao infinito 0,0000005 0,31 620000 0,000306 0,69 2254,901961 0,0164 0,8 48,7804878 0,0386 0,96 24,87046632 0,102 1,37 13,43137255 Tabela 3: Dados do circuito com o diodo – Circuito I. Figura 5: Circuito I – Diodo. Figura 6: Variação da Resistência em função da Tensão - Diodo Circuito I A partir dos dois gráficos pode-se avaliar que o diodo não apresenta comportamento ôhmico e que a voltagem que vence o band gap do material, tornando-o condutor, é aproximadamente 0,7 V. Para o diodo obteve-se as seguintes construções gráficas e tabelas relacionando as correntes e voltagens medidas com o circuito II: i (A) V(V) R (Ω) 0,0000003 -3,37 11233333,33 0,0000002 -2,54 12700000 0,0000002 -1,97 9850000 0,0000001 0,26 2600000 0,0000075 0,4 53333,33333 0,0043 0,64 148,8372093 0,04 0,74 18,5 0,0935 0,78 8,342245989 Tabela 4: Dados do circuito com o diodo – Circuito II. Figura 7: Circuito II – Diodo. Figura 6: Variação da Resistência em função da Tensão - Diodo Circuito II Observando a deficiência dos circuitos para a determinação da resistência do diodo, como será discutido posteriormente neste relatório, construiu-se um gráfico adotando as medições de voltagens negativas do circuito I e de voltagens positivas do circuito II: i (A) V(V) R (Ω) 0 -3,4 - 0 -2,5 - 0 -1,3 - 0 -0,6 - 1E-07 0,26 2600000 7,5E-06 0,4 53333,33 0,0043 0,64 148,8372 0,04 0,74 18,5 0,0935 0,78 8,342246 Tabela 5: Dados do Diodo Adotando os Dois Circuitos. Figura 7: Hibridização dos dados – Diodo. Discussão Tanto no circuito 1 como no 2, quando colocamos um resistor, ele teve um comportamento ôhmico, ou seja, ao traçar o gráfico UxI percebemos uma tendência linear, podemos tirar de conclusão que a resistência tem umatendência de permanecer constante (isso só pode ser dito a pequenas alterações na temperatura). O gráfico de UxI nos deu como coeficiente angular a resistência do circuito, e o coeficiente angular teve uma tendência de ser 0. No circuito 1, o valor do coeficiente angular foi 108 ohms e o erro da resistência oscilou de 1,29 a 2,75 ohms. No circuito 2, o valor do coeficiente angular foi 100,66 ohms e o erro da resistência oscilou de 1,29 a 2,75 ohms. O valor da resistência medida no voltímetro foi 99 ohms, ou seja, no circuito 2, o valor do multímetro está dentro do erro propagado. O diodo, ao fazer as medições pudemos perceber que não é um componente ôhmico, quando polarizado inversamente os elétrons não conseguem ir da banda de condução até a banda de valência, ou seja, a resistência é muito alta e a corrente que passa é muito pequena (quando utilizamos o circuito 2 foi 0uA em todos os casos polarizados inversamente), já quando polarizado diretamente, ao atingir a tensão de gap (0,7 V no circuito 2), ele começa a conduzir bem, e a resistência tende a ficar menor, e a corrente aumentando exponencialmente. É perceptível as características do diodo ao traçar o gráfico de IxV, outro fato interessante é perceber que a resistência não tem a tendência de permanecer constante (gráfico RxV), ao aumentar a tensão há uma tendência de diminuir a resistência do diodo. Comparando o gráfico teórico e o traçado com os valores obtidos percebemos similaridades em todas as partes do gráfico, na parte negativa apresentou corrente nula, e na parte positiva a partir da tensão de 0,7V aumentou exponencialmente o valor da corrente com o aumento da tensão. Quando mudamos a polarização do diodo estamos mudando as características do circuito pois ao aplicar uma tensão positiva o diodo tende a conduzir corrente elétrica, já com tensão negativa o diodo tende a não conduzir e ter uma alta resistência. A partir dos gráficos de I x V e R x V obtidos para o diodo, verificamos que o diodo é um componente retificador, pois só conduz em um sentido. Este sentido é com tensões positivas e maiores que 0,7V. No sentido da polarização inversa, não há condução de corrente. A resistência de proteção serva para não comprometer o circuito, e não ser aplicado toda a tensão da fonte direto no resistor estudado e proteger contra picos de corrente que possam danificar o aparelho que estamos medindo Conclusão Traçando os gráficos de tensão X corrente e resistência X tensão, e fazendo as respectivas análises, pudemos tirar conclusões do experimento. Primeiramente, concluímos que o melhor circuito a ser utilizado era o circuito 2, quando realizávamos medidas com polarização direta. Isso acontece porque a resistência interna do voltímetro é alta em relação as resistências do diodo e do resistor, o que causa uma menor diferença entre o valor real da corrente que passa pelos dispositivos e o valor obtido. Em contrapartida, o circuito 1 é recomendado para quando se faz medidas de polarização inversa com o diodo, pois sua resistência passa a ser tão grande que a resistência interna do amperímetro vai se tornar desprezível, o que gera um leve desvio entra o valor medido pelo voltímetro e o valor real. Em relação aos dispositivos utilizados, concluímos que, para o caso do diodo em polarização direta, a resistência é muito alta até um certo valor de tensão (próximo de 0,7 V), no qual este valor começa a decair abruptamente. A explicação para isso é que, pelo fato de o diodo ser um semicondutor, é necessária uma energia mínima para os elétrons passarem da banda de valência para a banda de condução e, assim, o material passar a ter as características de um condutor. Já no caso do resistor, constatamos que, assim como previsto pela Lei de Ohm, a resistência é constante quando se varia a tensão aplicada. Isso é explicado pelo fato de que o resistor é feito de um material condutor.
Compartilhar