Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA QUÍMICA Maiara Souza Faustino Yasmim Morgana Fernandes EQUILÍBRIO QUÍMICO I Salvador-BA Abril de 2017 UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA QUÍMICA Maiara Souza Faustino Yasmim Morgana Fernandes EQUILÍBRIO QUÍMICO I Relatório técnico científico apresentado à Universidade Católica do Salvador (UCSal), do componente curricular Físico-química II, ministrado pelo Prof. Márcio Rodrigo Bomfim como parte dos requisitos para obtenção da nota prática. Salvador-BA Abril de 2017 RESUMO Este trabalho relata os procedimentos realizados nos entre os meses de março e abril de 2017, ambos, nas aulas práticas de laboratório de físico química II, cujo tema foi equilíbrio químico. Palavras-chave: Equilíbrio químico; Dicromato; Reação reversível; Deslocamento; Gases. SUMÁRIO 05 06 07 08 08 08 10 11 11 12 12 13 14 19 20 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2. OBJETIVOS 3. MATERIAIS E REAGENTES 4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 4.1. Parte 1: reação reversível entre líquidos: equilíbrio dos íons cromato e dicromato • Fluxograma do procedimento 4.2. Parte 02: reação reversível entre sólido e solução líquida A) Equilíbrio de cromato de bário sólido com uma solução saturada de seus íons • Fluxograma do procedimento B) Usando solução de sulfato de cobre II • Fluxograma do procedimento 4.3. Parte 03 – reação reversível entre gases • Fluxograma do procedimento 4.4. Pré-cálculo e informações necessárias 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 6. CONCLUSÃO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 5 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Deslocamento de equilíbrio é toda e qualquer alteração da velocidade da reação direta ou inversa, ocasionando alterações, modificações nas concentrações das substâncias conduzindo a um sistema com um novo estado de equilíbrio. A variação das concentrações de um ou mais participantes do equilíbrio, a alteração da pressão total sobre o sistema e a modificação da temperatura do sistema, são fatores externos que podem deslocar um equilíbrio químico. No princípio de Le Chatelier diz-se que quando um elemento externo age sobre um sistema em equilíbrio, este se desloca, sempre no sentido de minimizar a ação do fator aplicado. Em um sistema em equilíbrio, a adição ou a retirada de um reagente ou produto irá modificar a concentração desse participante e, por conseguinte, desestabilizar o equilíbrio do sistema. Equilíbrios, desequilíbrios e reequilíbrios ocorrem geralmente em fenômenos biológicos, físicos e químicos. Um exemplo dessas variações de equilíbrio pode ser dado por um sistema de vasos comunicantes contendo água. Inicialmente, a água está em equilíbrio, quando adiciona-se uma nova quantidade de água, o equilíbrio inicial é perturbado, após esse desequilíbrio, a água se desloca e atinge um novo estado de equilíbrio. O mesmo acontece nas reações químicas. Atingido o equilíbrio, as velocidades das reações direta e inversa permanecem iguais, consequentemente, a reação química fica como se tivesse parado e as quantidades de reagentes e produtos não são mais alteradas (Feltre, 2004). 6 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivos gerais: ● Verificar a reversibilidade da conversão do íon cromato no íon dicromato; ● Avaliar o comportamento dos íons cromato e dicromato em meio ácido e em meio básico; ● Verificar a influência do meio (ácido ou básico) sobre o equilíbrio de solubilidade do cromato de bário; ● Identificar algumas reações reversíveis fazendo uso do método calorimétrico; ● Avaliar a influência da temperatura sob a formação de gases em equilíbrio químico; ● Constatar a Lei de Le Chatelier. 2.2. Objetivos específicos: ● Compreender na prática os processos e as reações envolvidas no experimento; ● Aplicar os assuntos aplicados em sala. 7 3. MATERIAIS E REAGENTES: 3.1. Materiais: • Béqueres de 100 mL (02); • Provetas de 5 mL ou 10 mL (03); • Termômetro; • Tubos de Ensaio (05); • Pedaços de madeira ou de cortiça; • Pipeta de 2 mL, 5 mL (05) • Estante para tubos de ensaio (01) • Conta-gotas (05) • Rolha para tubo de ensaio • Espátula / Pinça de madeira • Lamparina, bico de Bunsen • Tripé/ Tela de amianto • Gelo 3.2. Reagentes • Hidróxido de sódio ou de potássio 0,1 e 1 mol L-1 • Dicromato de sódio ou de potássio 0,1 e 1 mol L-1 • Ácido clorídrico 0,1 e 1 mol L-1 • Sulfato de cobre(II) 0,1 mol L-1 • Ácido acético 0,1 mol L-1 • Hidróxido de amônio 1 mol L-1 • Hidróxido de cálcio 1 mol L-1 • Nitrato de chumbo (II) P.A • Álcool etílico • Sal de cozinha (NaCI comercial) • Cromato de sódio ou de potássio 0,1 e 1 mol L-1 8 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4.1. PARTE 1: REAÇÃO REVERSÍVEL ENTRE LÍQUIDOS: EQUILÍBRIO DOS ÍONS CROMATO E DICROMATO Objetivos específicos: Verificar a reversibilidade da conversão do íon cromato no íon dicromato; Avaliar o comportamento dos íons cromato e dicromato em meio ácido e em meio básico. Para apenas uma equipe de todo o grupo (G) • Fluxograma do procedimento: TUBO 01 TUBO 02 3 mL de Cromato de potássio 0,1 mol L-1 3 mL de Dicromato de potássio 0,1 mol L-1 Anotou-se e usou-se a cor dessas soluções como referência TUBO A TUBO B *3 mL de Cromato de potássio 0,1 mol L-1 *3 mL de cromato de potássio 0,1 mol L-1 20 a 30 gotas de NaOH 0,1 mol L-1 20 a 30 gotas de HCI 0,1 mol L-1 Observou-se e depois agitou-se HCI até alteração NaOH até alteração Observou-se e depois agitou-se Deixou-se os tubos na estante e anotou-se a cor de cada solução (referenciais de cor). 9 *Soluções serviu-se como fontes de íons cromato e dicromato. Observou-se e depois agitou-se TUBO C TUBO D *3 mL de Dicromato de potássio 0,1 mol L-1 *3 mL de Dicromato de potássio 0,1 mol L-1 20 a 30 gotas de HCI 0,1 mol L-1 Observou-se e depois agitou-se HCI até alteração NaOH até alteração Observou-se e depois agitou-se Deixou-se os tubos na estante e anotou-se a cor de cada solução (referenciais de cor). 20 a 30 gotas de NaOH 0,1 mol L-1 TUBO E TUBO F 3 mL de Cromato de potássio 0,1 mol L-1 3 mL de cromato de potássio 0,1 mol L-1 Observou-se e depois agitou-se 20 a 30 gotas de solução de amônia 20 a 30 gotas de solução de hidróxido de cálcio 10 4.2. PARTE 02: REAÇÃO REVERSÍVEL ENTRE SÓLIDO E SOLUÇÃO LÍQUIDA A) EQUILÍBRIO DE CROMATO DE BÁRIO SÓLIDO COM UMA SOLUÇÃO SATURADA DE SEUS ÍONSObjetivos específicos: Verificar a influência do meio (ácido ou básico) sobre o equilíbrio de solubilidade do cromato de bário; Identificar uma reação reversível fazendo uso do método calorimétrico. • Fluxograma do procedimento: 10 gotas de solução de nitrato de bário 1 mol L-1 Gota a gota, solução de nitrato de bário 1 mol L-1, até alteração. TUBO 1 TUBO 2 10 gotas de solução de cromato de potássio 1 mol L-1 10 gotas de solução de dicromato de potássio 1 mol L- 02 gotas de solução de ácido clorídrico 1 mol L-1 Anotou-se o observado 02 gotas de solução de NaOH 1 mol L-1 HCI 1 mol L-1 até alteração. NaOH 1 mol L-1 até alteração Anotou-se o observado TUBO 3 TUBO 4 10 gotas de solução de dicromato de potássio 1 mol L-1 10 gotas de solução de cromato de potássio 1 mol L-1 Gotas de Ba(NO3)2 1 mol L-1 Anotou-se o observado Gotas de Ba(NO3)2 1 mol L-1 11 B) USANDO SOLUÇÃO DE SULFATO DE COBRE II Objetivos específicos: Verificar a influência do meio ácido sobre o equilíbrio de solubilidade do hidróxido de cobre (II); Identificar uma reação reversível fazendo uso do método colorimétrico. • Fluxograma do procedimento: TUBO A TUBO B (Padrão) 5 mL de solução de sulfato de cobre (II) 0,1 mol L-1 Deixaram-se os tubos na estante e anotou-se a cor da solução Agitou-se e observou-se Agitou-se e observou- se Agitou-se e observou-se Agitou-se e observou-se 2-3 mL de solução de HCI 1 mol L-1 2-3 mL de solução NaOH 0,1 mol L-1 2-3 mL de solução NaOH 0,1 mol L-1 2-3 mL de solução NaOH 0,1 mol L-1 5 mL de solução de sulfato de cobre (II) 0,1 mol L-1 12 4.3. PARTE 03 – REAÇÃO REVERSÍVEL ENTRE GASES Objetivos específicos: Avaliar a influência da temperatura sob a formação de gases em equilíbrio químico; Constatar a Lei de Le Chatelier. • Fluxograma do procedimento: Enquanto a água do béquer 2 estava aquecendo, realizou-se o seguinte procedimento: BÉQUER (500 mL) 01 BÉQUER (500 mL) 02 H2O até 1/5 do volume Aqueceu até a ebulição. Sal (≈ 2 a 3 conchas da espátula) Pedras de gelo H2O até ¾ do volume Reservou-se TUBO 01 TUBO 02 0,2 a 0,3 g de nitrato de chumbo (II) Aqueceu usando adequadamente a pinça de madeira em chama branda, (de uma lamparina) mantendo os tubos inclinados e em movimento. 0,2 a 0,3 g de nitrato de chumbo (II) Retirou-se os tubos do aquecimento e imediatamente os tampou com rolha de borracha, assim que houve uma quantidade perceptível de gás. Colocou-se os tubos de ensaio preparados em cada béquer. Observou-se por dois minutos e anotou-se o observado. Trocou-se os tubos nos béqueres. Observou-se por dois minutos e anotou-se o observado. 13 Obs.: Em poucos instantes houve produção de um gás castanho-avermelhado dentro do tubo. Tomou-se todo cuidado para não aspirar o gás produzido. 4.4. PRÉ-CÁLCULO E INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS • Dicromato de Potássio – K2Cr2O7 - Tóxico! Pode causar câncer por inalação, nocivo em contato com a pele e tóxico por ingestão e inalação. Requer instruções especiais antes do uso. • Cloreto de Amônia – NH4Cl - Por inalação causa irritação ao aparelho respiratório, quando ingerido é moderadamente tóxico devido à solubilidade. Grandes doses podem causar severos problemas, náusea e vômito. O contato prolongado ou repetido com a pele pode causar possível irritação. • Hidróxido de Sódio – NaOH - Corrosivo! Substância corrosiva. Provoca queimaduras. Cuidados: utilizar equipamento de proteção adequado, principalmente que proteja os olhos. • Hidróxido de Amônia – NH4OH - Corrosivo! Provoca queimaduras. Muito tóxico para os organismos aquáticos. Risco de projeção quando da abertura da tampa em temperatura ambiente. Evitar a liberação para o meio ambiente. • Ácido Clorídrico – HCl - Corrosivo! Corrosivo à pele e pode causar severas queimaduras se não for removido com lavagem, contato repetido pode levar ao desenvolvimento de dermatite. Causa irritação severa aos olhos e pálpebras e se não for removido rapidamente por meio de lavagem pode causar dano permanente ou perda total da visão. • Dicromatos – Cr2O7-2 - Cancerígeno! Explosivo! Causa irritação nos olhos, pele e vias respiratórias. Se ingerido causa hepatite. • Hidróxido de cálcio - Ca(OH)2 - Efeitos irritantes: Tosse, diarreia, vômitos, doenças cardiovasculares, fraqueza muscular, tremores, convulsões, pulso fraco, desmaios. A ingestão pode ser fatal, mesmo em pequenas quantidades. • Nitrato de chumbo (II) - Pb(NO3)2 - Ataca o sistema nervoso central, pode levar ao coma e, em maiores quantidades, à morte • Cromato de sódio - Na2CrO4 - TÓXICO – pode ser fatal se ingerido ou inalado. Contém cromo (VI), conhecido como carcinogênico humano. Facilmente absorvido pela pele. Irritante respiratório. As poeiras podem causar ulcerações às membranas mucosas. O contato com a pele ou olhos pode levar a severas irritações ou queimaduras. 14 • Cromato de potássio - K2CrO4 - Pode causar feridas por contato com a pele e por inalação do pó. Irritante para os olhos, vias respiratórias e pele. • Sulfato de cobre (II) - CuSO4 - Nocivo por ingestão. Irritante para os olhos e pele. Muito tóxico para os organismos aquáticos. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES Inicialmente adicionou-se a tubos de ensaio distintos 3 mL de cromato de potássio (solução de coloração amarela) e 3 mL de dicromato de potássio (solução de coloração alaranjada), os tubos foram reservados e utilizados posteriormente como referência para as alterações ocorridas nas reações. PARTE I - REAÇÃO REVERSÍVEL ENTRE LÍQUIDOS: EQUILÍBRIO DOS ÍONS CROMATO E DICROMATO Em dois tubos de ensaio (A e B) foram adicionados 3 mL de solução de cromato de potássio, e em outros dois tubos (C e D) 3 mL de solução de dicromato de potássio. Em solução aquosa o íon cromato (amarelo) (CrO4 2–) e o íon dicromato (laranja) (Cr2O7 2–) estão em equilíbrio químico e podem ser perturbados com a presença de reagentes básicos (NaOH) ou ácidos (HCl). A seguinte reação descreve o equilíbrio químico destas espécies no meio aquoso: Cr2O7 2- + H2O ↔ 2CrO42- + 2H+ Aos tubos A e C, adicionou-se a cada um deles cerca de 25 gotas de uma solução de hidróxido de sódio (NaOH) e posteriormente, 25 gotas de uma solução de ácido clorídrico (HCl). No tubo A, observou-se que ao adicionar o hidróxido de sódio (NaOH) (íons H+) não ocorreu nenhuma alteração na coloração, pois, ao adicionar a base, aumenta-se a concentração de íons OH- , favorecendo a formação do íon CrO4 2-, responsável pela coloração amarela da solução. Nessa segunda etapa, quando adicionado o ácido clorídrico (HCl), notou-se que a coloração passou de amarela para alaranjada, isso ocorreu devido ao fato de que ao adicionar HCl na solução, aumenta 15 se a concentração de íons H+, ocasionando uma perturbação no equilíbrio, então para que essa solução entre em equilíbrio novamente, o sistema reage consumindo esses íons, deslocando-se para a esquerda, favorecendo assim a formação do íon Cr2O7 2-, o que deu a coloração alaranjadaa solução. O contrário foi observado no tubo C, quando o hidróxido de sódio (NaOH)(íons OH-) foi adicionado à solução de dicromato, que mudou de alaranjada para amarela, devido a presença dos íons OH-, que consomem o íons H+ da solução formando água, consequentemente a concentração dos íons H+ diminui, para que o sistema consiga reestabelecer a concentração desses íons, o mesmo desloca-se para a direita formando mais íons CrO4 2-. Na segunda etapa, ao adicionar o ácido clorídrico (HCl) notou-se que a solução voltou a sua coloração inicial, laranja, o que significa que houve uma reversão, pois o dicromato que estava amarelo devido a presença dos íons OH-, quando se adicionou ácido clorídrico (HCl) voltou a sua coloração original alaranjada. Nos tubos B e D, diferente dos tubos A e C, adicionou-se primeiro a solução de ácido clorídrico (HCl) e depois a solução de hidróxido de sódio (NaoH). No tubo B, após a adição do ácido clorídrico (HCl), notou-se que a ocorreu uma mudança na coloração, passando de amarela para alaranjada, essa alteração ocorreu devido ao aumento de íons H+ em solução, que favorece a formação do íon Cr2O7 2-, como explicado na segunda etapa do tubo A. Em seguida, quando se adicionou o hidróxido de sódio, ocorreu uma reversão da solução de cromato que estava laranja devido a presença de H+ e quando adicionado hidróxido de sódio (NaOH) com os íons do OH- , volta a sua coloração inicial, amarela, isso porque a reação do H+ com OH- (neutralização) diminui a concentração do participante H+. No tubo D, notou-se que ao adicionar o ácido clorídrico a solução continuou laranja, isso aconteceu por causa do aumento de íons H+, que favorece a formação de mais íons Cr2O7 2-,que é responsável pela coloração alaranjada da solução. Na segunda etapa, após adicionar o hidróxido de sódio (NaOH), notou-se alteração na coloração da solução, que passou de alaranjada para amarela devido ao aumento de íons OH- na solução, deslocando o equilíbrio para a direita formado mais íons CrO4 2- . Em outros dois tubos (III e IV), adicionou-se 3 mL de cromato de potássio no tubo III e 3 mL de dicromato de potássio no tubo IV, logo após, em ambos os tubosse acrescentou 25 gotas de solução de hidróxido de cálcio (Ca (OH)2). 16 No tubo III, não houve nenhuma alteração na coloração, uma vez que o aumento da concentração de íons OH- na solução favorece a formação de CrO4 2-, porém, observou-se que houve a formação de um precipitado que se deu devido à baixa solubilidade do soluto. O hidróxido de cálcio (Ca (OH)2) em solução, formam íons, como representados na seguinte reação: Ca (OH)2 (aq) ↔ Ca2+ (aq) + 2OH- (aq) Como o soluto em questão possui uma baixa solubilidade, alguns desses íons tendem a se unir novamente, ocasionando a precipitação. No tubo IV, houve uma alteração na coloração, passando de laranja para amarela, por consequência do aumento de íons OH- na solução, como visto no tubo III, o aumento da concentração de íons de caráter básico favorece a formação de CrO4 2-, responsável pela coloração amarela da solução. Assim como no tubo III, também ocorreu a formação de um precipitado, devido baixa solubilidade do hidróxido de cálcio adicionado (Ca (OH)2). PARTE II- REAÇÃO REVERSÍVEL ENTRE SÓLIDO E SOLUÇÃO LÍQUIDA. A – Equilíbrio de cromato de bário sólido com uma solução saturada de íons. Foram separados dois tubos de ensaio (I e II). No tubo I, adicionou-se 0,5 mL de cromato de potássio (solução de cor amarela) e adicionou-se 2 gotas de solução de hidróxido de sódio, esta não ocasionou nenhuma alteração na coloração da solução, devido a presença dos íons OH-, favorecendo a formação de CrO4 2-, como explicado anteriormente. Em seguida foram adicionadas algumas gotas de cloreto de bário (BaCl2), a princípio seria utilizado o nitrato de bário, mas este não estava disponível no laboratório. Ao adicionar o cloreto de bário (BaCl2), verificou-se a formação de um precipitado amarelo, o que deixou a solução com um aspecto opaco. Esse precipitado amarelo é o cromato de bário, obtido a partir da seguinte reação: K2CrO4 (aq) + BaCl2(aq) → BaCrO4(s) + 2KCl (aq) Em seguida, adicionou ácido clorídrico (HCl), que como visto anteriormente, favorece a formação de Cr2O7 2-, o que deu a solução uma coloração alaranja. Além da alteração da cor, notou-se que o 17 precipitado foi desaparecendo aos poucos. Isso aconteceu porque quando íons Ba2+ em solução aquosa entram em contato com íons CrO42-, ocorre a formação de um sólido insolúvel, o cromato de bário (BaCrO4), e quando favorecermos a formação do Cr2O7 2- ao adicionar o ácido clorídrico (HCl), estamos diminuindo a disponibilidade do CrO4 2- para formar o sólido, e por isso o precipitado vai desaparecendo. Mesmo assim, percebemos que nem todo sólido dissolve. Isso acontece porque, mesmo na solução com maior quantidade de Cr2O7 2-, ainda assim há a presença de CrO4 2-, devido ao equilíbrio químico estabelecido entre essas duas espécies. No tubo II, foi adicionado 0,5 mL de dicromato de potássio (solução de cor alaranjada) e em seguida duas gotas de ácido clorídrico (HCl), o que não alterou a coloração da solução devido ao aumento da concentração de íons H+ favorecer a formação de Cr2O7 2-, ao adicionar algumas gotas da solução de cloreto de bário, houve também a formação de precipitado, porém em menor quantidade, ao adicionar a solução de hidróxido de sódio (NaOH) favorecendo a formação de CrO4 2-, notou-se que mais precipitado BaCrO4 foi formado. B - Usando solução de sulfato de cobre. Em dois tubos de ensaio A e B, foram adicionados 5 mL de sulfato de cobre (II) (solução de cor azul). Em seguida, adicionou-se ao tubo A 3mL de solução de hidróxido de sódio (NaOH), observou-se que a solução ficou com a aparência turva, com formação do precipitado, hidróxido de cobre II e um sal solúvel, sulfato de sódio. Representados na equação a seguir: CuSO4 (aq) + 2NaOH (aq) → Cu (OH)2 (s) + Na2SO4 (aq) Em seguida, adicionou-se a esse tubo 3 mL de ácido clorídrico (HCl), analisou-se que a solução voltou ao seu estado inicial, isso aconteceu, porque ao adicionar o ácido a essa solução, os íons H+ reagiram com os íons OH- neutralizando o meio. O tubo B foi usado apenas como referência para as alterações ocorridas no tubo A. 18 PARTE III – REAÇÃO REVERSÍVEL ENTRE GASES Em dois tubos de ensaio (A e B) colocou-se cerca de 0,25 g de nitrato de chumbo (Pb (NO3)2) em cada um deles e vedou-os. Levou-se os tubos com o auxílio de uma pinça de madeira para o aquecimento em uma chama de lamparina, durante o aquecimento, manteve-se o tubo inclinado e em constante movimento até que foi observado o aparecimento de um gás castanho avermelhado no interior do tubo formado por óxido de chumbo (II), dióxido de nitrogênio e oxigênio molecular. Representada na seguinte reação: Pb(NO3)2(s) → PbO(s) + 2 NO2(g) + 1/2 O2(g) Repetiu-se o procedimento com o tubo B até ficarem com quantidades de gás equivalentes no interior do tubo. Preparou-se em um béquer com água fria, onde foi adicionado água, gelo e uma pequena quantidade de sal e outro béquer aqueceu água até sua ebulição, e em cada um dos béqueres mergulhou um tubo contendo o gás de coloração castanho avermelhado. A equação a seguir representa um sistema em equilíbrio, e se fornecermos ou retirarmos calor, ocorrerá a perturbação do equilíbrio. 2NO2 (g) N2O4 (g) + calor Após dois minutos, no tubo que foi mergulhado ao béquer contendo água quente observou-se houve um aumento na intensidade da coloração, passando de castanho para marrom avermelhado, indicando que o aumento da temperatura favoreceu a reação inversa,formando NO2. No tubo que foi mergulhado ao béquer contendo água fria, notou-se que que a coloração ficou menos intensa, indicando o favorecimento da reação direta, em que ocorre consumo de NO2. 19 6. CONCLUSÃO Através dos experimentos realizados sobre equilíbrio químico e a análise de seus resultados concluímos que obtivemos êxito no cumprimento de todos os objetivos propostos, utilizando como base o princípio de Le Chatelier, que nos possibilitou prever os possíveis resultados de reações em equilíbrio. O princípio estabelece que: "Se for imposta uma alteração, de concentrações, de temperatura ou de pressão, a um sistema químico em equilíbrio, a composição do sistema deslocar- se-á no sentido de contrariar a alteração a que foi sujeita." 20 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • MAHAN, Bruce M. e MYERS, Rollie J. Química – Um Curso Universitário, 4º ed. São Paulo: Ed. Edgard Blucher ltda, 2002. • QUIRIOSPRODUTOSQUIMÍCOS. Disponível em: http://www.quirios.com.br/Produto/. Acesso em: 12 de abril de 2017. • PRINCÍPIO DE LE CHATELIER. Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/quimica/principio-le-chatelier.htm. Acesso em: 17 de abril de 2017. • WEB, Colégio. CARACTERÍSTICAS DO EQUILÍBRIO QUÍMICO. Disponível em: http://www.colegioweb.com.br/quimica/caracteristicas-do-equilibrio.html. Acesso: 28 de novembro de 2010. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 6. CONCLUSÃO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Compartilhar