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116 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Acolha as contribuições dos alunos e garanta que construam uma visão comum sobre a explicação científi - ca para a chuva; se quiser, apoie- -se nesta explicação: “A água dos lagos, rios e mares está no estado líquido, o Sol aquece a água, ela sobe para a atmosfera, transforma- -se em gotas de água que se jun- tam e formam as nuvens. Quando as nuvens fi cam muito pesadas, caem sobre a terra em forma de chuva, a água da chuva vai ser aquecida pelo Sol e assim o ciclo da água continua”. (Disponível em: http://www.tvcultura.com. br/aloescola/infantis/chuachua- gua/ciclo.htm.) Ofereça um grau maior de difi cul- dade e ajude os alunos a perceber como a lenda da origem da chuva expressa a visão de mundo de mui- tos povos indígenas, especialmente dos que não receberam grande in- fl uência do homem branco. Nela, é graças à bondade da natureza que o homem pode viver e a consciên- cia disso é garantida pela história dos peixes que se compadeceram da fome humana e provocaram a chuva. • P51 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P54 Recuperar informações explícitas. • P50 Relacionar a lenda/mito à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. Às lágrimas dos peixes que foram viver no céu. Surgiram com os peixes, que voltaram do céu com saudade dos rios. Os que caíram na água continuaram sendo peixes. Os que caíram fora da água se transformaram em animais e pássaros. Resposta pessoal Resposta pessoal Port5ºAnoPROF.indd 116Port5ºAnoPROF.indd 116 9/16/10 12:04 PM9/16/10 12:04 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 117 • P65 Ouvir com atenção lendas e mitos de diferentes origens lidos ou contados, estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. Esse texto permite ampliar o re- pertório de lendas que os alunos conhecem e, dado o grande apelo ao medo presente na narrativa da história do monstro que protege a mata, explorar bem a fruição literária. Procure ler com bastan- te expressividade, evidenciando a alternância de vozes (narrador, seringueiros, Mapinguari) e os sen- timentos que elas sugerem (caute- la, pavor, ironia), envolvendo os alunos nos efeitos de sentido que a narrativa oferece. Em seguida, promova uma conversa de livre apreciação, para que eles digam o que acharam da lenda e por quê. Se julgar pertinente, peça que refl itam sobre as relações entre o homem e a natureza implícitas nessa lenda e na anterior. Port5ºAnoPROF.indd 117Port5ºAnoPROF.indd 117 9/16/10 12:04 PM9/16/10 12:04 PM 118 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P50 Relacionar a lenda/mito à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P55 Reconhecer os temas subjacentes às lendas e mitos (o Universo, o mundo, a vida). Oriente os alunos sobre alguns procedimentos de leitura: subli- nhar partes importantes, tomar nota etc. Oriente o olhar deles, indicando que informações podem ser interessantes para sistemati- zar: o que são lendas, como cir- culam, do que costumam tratar. Sugerimos também que, depois da leitura silenciosa, você leia em voz alta, acompanhada por eles (oral ou silenciosamente) para corrigir possíveis equívocos da leitura inicial. Port5ºAnoPROF.indd 118Port5ºAnoPROF.indd 118 9/16/10 12:04 PM9/16/10 12:04 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 119 • P51 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P55 Reconhecer os temas subjacentes às lendas e mitos (o Universo, o mundo, a vida). • P53 Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto ou selecionar a acepção mais adequada em verbete de dicionário ou de enciclopédia. O texto a ser lido não é a própria lenda. É uma história em que a mãe do menino índio vê a neces- sidade de contar a lenda ao fi lho, como forma de lhe transmitir um ensinamento. Ao longo do texto está a lenda, narrada pela índia. Deixe essa distinção clara para os alunos, mostrando-lhes tanto a presença de um gênero dentro do outro quanto o contexto em que as lendas são transmitidas de geração a geração. A lenda da vitória-régia, propriamente dita, começa no 12o parágrafo, com “Um dia uma famosa índia...” e, termina no penúltimo parágrafo, com “deixe em paz a grande fl ora das águas”. Esse é um bom exemplo do papel das lendas indígenas. Há boxes em branco nas margens da página para que eles infi ram o sig- nifi cado de algumas palavras com base em seu contexto e o registrem. Ajude-os a retomar o contexto em que as palavras aparecem para fazer essa inferência. Resposta pessoal Resposta pessoal Resposta pessoal. Espera-se que o aluno responda que é uma lenda que conta a história da planta, sua origem, ou uma história envolvendo a planta. Port5ºAnoPROF.indd 119Port5ºAnoPROF.indd 119 9/16/10 12:04 PM9/16/10 12:04 PM 120 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port5ºAnoPROF.indd 120Port5ºAnoPROF.indd 120 9/16/10 12:04 PM9/16/10 12:04 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 121 Port5ºAnoPROF.indd 121Port5ºAnoPROF.indd 121 9/16/10 12:04 PM9/16/10 12:04 PM 122 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P51 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P54 Recuperar informações explícitas. • P57 Articular os episódios em sequência temporal e caracterizar o espaço onde ocorrem os eventos narrados. Ao ler ou retomar outras lendas, ajude o aluno a perceber que as lendas, em geral (e não só essa), são atemporais, por isso a pre- sença de termos que não indicam exatamente a época de sua cria- ção ou do fato que ela conta (por exemplo, “um dia”). A mãe, o indiozinho e o cacique. Port5ºAnoPROF.indd 122Port5ºAnoPROF.indd 122 9/16/10 12:04 PM9/16/10 12:04 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 123 São índios e vivem na mata, perto de rios e plantas aquáticas. X As índias à beira do rio, a planta vitória-régia, o barco como meio de transporte etc. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno perceba que ela queria transmitir um ensinamento ao fi lho, mostrando-lhe o perigo de usar a vitória-régia como barco. X Port5ºAnoPROF.indd 123Port5ºAnoPROF.indd 123 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM 124 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P55 Reconhecer os temas subjacentes às lendas e mitos (o Universo, o mundo, a vida). A origem da planta. Porque ela não parte de observação ou de experimentos, e sim do imaginário indígena. Port5ºAnoPROF.indd 124Port5ºAnoPROF.indd 124 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 125 mantendo as marcas da variedade dialetal gaúcha, que não inter- ferem na compreensão da len- da; ao contrário, ajudam o aluno a melhor perceber que pertence a determinado espaço geográfi co- -cultural. • P51 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P65 Ouvir com atenção lendas e mitos de diferentes origens lidos ou contados, estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. Antes da leitura, peça aos alunos que digam o que já sabem sobre a escravidão no Brasil: os negros eram trazidos da África, expos- tos a trabalho escravo em troca de comida e lugar para dormir e, quando desobedeciam a seus do- nos, eram submetidos a rigorosos castigos físicos. Naquela época, al- guns povos se julgavam no direito de escravizar outros. Espera-se, também, que os alunos antecipemexpectativas quanto à leitura, considerando o assunto e o gênero em questão. Leia de modo bem expressivo, Aborde o tema de modo interdisciplinar com o professor de História. Port5ºAnoPROF.indd 125Port5ºAnoPROF.indd 125 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM 126 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P54 Recuperar informações explícitas. • P56 Descrever personagens e identifi car o ponto de vista do narrador, reconhecendo suas funções na narrativa. • P50 Relacionar a lenda/mito à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P53 Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto ou selecionar a acepção mais adequada em verbete de dicionário ou de enciclopédia. • P58 Identifi car o confl ito gerador. Depois da leitura e das respos- tas às questões de compreensão do texto, garanta que entendam o texto no contexto de sua produ- ção. Assim, destaque a denúncia que a lenda faz sobre a situação do escravo e o fato de esta não questionar a escravidão em si, mas reforçar um discurso recorrente no período colonial: a obediência do escravo seria recompensada pelos céus. Na questão 3, há itens que visam a ajudar o aluno a inferir, com base em elementos presentes no texto, o uso de palavras ou expressões de sentido fi gurado. Ajude-o a compreender o contexto dessas expressões. Resposta pessoal Port5ºAnoPROF.indd 126Port5ºAnoPROF.indd 126 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 127 Duas. 1 2 2 21 X 1 A primeira vez porque perdeu um animal do rebanho do estancieiro, a segunda porque não encontrou o animal. Porque viu o Negrinho vivo, acompanhado de Nossa Senhora e com seu animal de volta. Port5ºAnoPROF.indd 127Port5ºAnoPROF.indd 127 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM 128 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P55 Reconhecer os temas subjacentes às lendas e mitos (o Universo, o mundo, a vida). • P54 Recuperar informações explícitas. • P53 Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto ou selecionar a acepção mais adequada em verbete de dicionário ou de enciclopédia. Socialize as respostas dos alunos com uma correção coletiva. Nas questões de resposta pessoal, mos- tre diferentes opiniões sobre um mesmo fato. X X O fato de o menino morrer e reaparecer vivo. A aparição da Virgem Nossa Senhora. A crença em Negrinho do Pastoreio como um achador de coisas. O trabalho, as tarefas. X X X X Port5ºAnoPROF.indd 128Port5ºAnoPROF.indd 128 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 129 • P55 Reconhecer os temas subjacentes às lendas e mitos (o Universo, o mundo, a vida). • P54 Recuperar informações explícitas. • P61 Identifi car, com o auxílio do professor, possíveis elementos da organização interna da lenda e do mito: situação inicial, desenvolvimento da ação, situação fi nal. • P63 Examinar o uso dos verbos do dizer para introduzir a fala das personagens. Aproveite para explorar com os alunos outras formas de dizer re- lativas a variedades regionais, de época etc. Atividade 4: Se necessário, faça a primeira análise coletivamente. X Não. As palavras são típicas da região Sul. Porque a lenda tem origem no Rio Grande do Sul. Port5ºAnoPROF.indd 129Port5ºAnoPROF.indd 129 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM 130 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Observe que, em geral, as lendas são iniciadas por expressões que marcam a ausência de tempo e de autoria (um dia...), uma vez que são atemporais e de domínio público. O primeiro parágrafo cos- tuma apresentar o contexto do fato narrado e uma personagem. Nem sempre transmitem ensinamentos. A indicação das falas das perso- nagens varia de lenda para lenda. Começa apresentando Naia, a protagonista da lenda. O primeiro parágrafo conta a paixão de Naia pela Lua e suas tentativas frustradas de alcançá-la. A expressão inicial é “Um dia...”. Sim, sobre a origem da vitória-régia. Travessões. Não há falas de personagens no texto. Descreve como eram as coisas naquele tempo. No primeiro parágrafo, apresenta as características do estancieiro. A expressão inicial é “Naquele tempo...”. Sim, sobre como o Negrinho do Pastoreio reviveu e se tornou um ente mágico. Port5ºAnoPROF.indd 130Port5ºAnoPROF.indd 130 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 131 Faça uma leitura compartilhada. O boxe ao lado do texto contex- tualiza-o pela apresentação do autor e da obra de onde o texto foi extraído. Pergunte se os alunos conhecem Monteiro Lobato e o que sabem de sua obra literária. O co- nhecimento sobre o autor do texto é fundamental para que eles co- mecem a levantar hipóteses sobre o que encontrarão neste. Explore também as variedades linguísticas de época ou regionais que apa- recem no texto. Ajude-os a fazer inferências sobre os termos que refl etem essas variedades. Port5ºAnoPROF.indd 131Port5ºAnoPROF.indd 131 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM 132 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port5ºAnoPROF.indd 132Port5ºAnoPROF.indd 132 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 133 • P54 Recuperar informações explícitas. Espera-se que os alunos compre- endam que o Saci vive no campo e que o narrador não conseguiu pegá-lo porque o rosário não havia sido benzido pelo padre. Resposta pessoal Port5ºAnoPROF.indd 133Port5ºAnoPROF.indd 133 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM 134 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P56 Descrever personagens e identifi car o ponto de vista do narrador, reconhecendo suas funções na narrativa. O fi lme mostra que há vários Sacis, de diferentes tipos físicos, que dão nó na crina de cavalos, colocam sal no café das pessoas e estragam milho e feijão. Atividade 6: Favoreça o levanta- mento de respostas, coletivamente, para ampliar o repertório, auxilian- do os alunos na produção textual. Este é um processo que envolve diferentes etapas: planejamento do texto, elaboração e revisão, e cada uma atende a um propósito específi co. Ressalte seus objetivos e passos e dedique o tempo neces- sário para fazer todas. A produção textual não precisa se esgotar em uma única aula. A revisão é uma etapa que pode ser feita um ou dois dias após a elaboração do texto. O distanciamento entre autor e texto favorece a leitura crítica da própria produção e a identifi cação das necessidades de reformulação. Port5ºAnoPROF.indd 134Port5ºAnoPROF.indd 134 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 135 Port5ºAnoPROF.indd 135Port5ºAnoPROF.indd 135 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM 136 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port5ºAnoPROF.indd 136Port5ºAnoPROF.indd 136 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 137 • P60 Revisar e editar o texto, focalizando os aspectos estudados na análise e refl exão sobre a língua e a linguagem. • P65 Ouvir com atenção lendas e mitos de diferentes origens lidos ou contados, estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. Proponha, como atividade com- plementar, a descrição de outras personagens lendárias. O destino dessas produções textuais pode ser uma enciclopédia de personagens folclóricas brasileiras para divulgar na escola. Atividade 7: Dirija a atenção dos alunos para os recursos expressivos usados pela contadora, o ritmo dado à contação etc., pois issoserá importante para uma ativi- dade futura. Agende com o professor orientador da sala de leitura de sua escola uma visita monitorada. Aproveite a oportunidade para ensinar pro- cedimentos de pesquisa de títu- los. Oriente o ouvinte da leitura, destacando aspectos a ser obser- vados nas lendas, como origem, onde se passa o fato contado e a linguagem usada nessa região. Essas informações serão usadas em uma atividade futura. Port5ºAnoPROF.indd 137Port5ºAnoPROF.indd 137 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM 138 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Uma variação desta atividade pode ser uma roda de reconto oral das lendas pesquisadas. Para isso, é importante fazer as adaptações no planejamento da leitura para reconto. Port5ºAnoPROF.indd 138Port5ºAnoPROF.indd 138 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 139 Resposta pessoal Resposta pessoal Resposta pessoal Port5ºAnoPROF.indd 139Port5ºAnoPROF.indd 139 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM 140 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P57 Articular os episódios em sequência temporal e caracterizar o espaço onde ocorrem os eventos narrados. • P59 Reescrever lendas e mitos conhecidos, levando em conta o gênero e o seu contexto de produção. • P60 Revisar e editar o texto, focalizando os aspectos estudados na análise e refl exão sobre a língua e a linguagem. • P61 Identifi car, com o auxílio do professor, possíveis elementos da organização interna da lenda e do mito: situação inicial, desenvolvimento da ação, situação fi nal. • P62 Distinguir fala de personagem do enunciado do narrador para compreender alguns de seus usos. A reescrita é uma forma de pro- dução textual em que o aluno não despende toda a sua energia na elaboração do enredo do texto, uma vez que ele já está pronto. Assim, a orientação e o roteiro de revisão devem ser pautados por aspectos como os sugeridos na atividade. Leia toda a proposta de atividade, antes de iniciar a primeira etapa, para que o aluno já comece sua produção ciente de quem será o destinatário do texto e o que será avaliado na produção. Se os textos dos alunos apresen- tarem problemas ortográfi cos e de textualidade, desenvolva um trabalho consoante os aspectos mais recorrentes da turma. Port5ºAnoPROF.indd 140Port5ºAnoPROF.indd 140 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 141 Port5ºAnoPROF.indd 141Port5ºAnoPROF.indd 141 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM 142 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P51 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P52 Estabelecer a relação entre o título e o corpo do texto ou entre as imagens (fotos, ilustrações) e o corpo do texto. • P50 Relacionar a lenda/mito à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. Durante a troca de ideias, se um aluno der uma resposta equivoca- da, faça-lhe perguntas para tentar compreender o que quis dizer ou ajudá-lo a identifi car pistas para reformular algo que não tenha compreendido. (Referencial de ex- pectativas para o desenvolvimento da competência leitora e escritora no Ciclo II do Ensino Fundamental. São Paulo: SME/DOT, 2006.) A passagem da leitura em voz alta para a leitura silenciosa costuma apresentar dificuldades a leito- res iniciantes. No entanto, a HQ, por combinar linguagem verbal e não verbal e por apresentar textos curtos, pode ser uma boa oportu- nidade de leitura silenciosa para alunos que ainda não dominam plenamente a leitura autônoma. Incentive a leitura silenciosa des- ses alunos e, em seguida, converse sobre a compreensão do texto. Port5ºAnoPROF.indd 142Port5ºAnoPROF.indd 142 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 143 Port5ºAnoPROF.indd 143Port5ºAnoPROF.indd 143 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM 144 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P55 Reconhecer os temas subjacentes às lendas e mitos (o Universo, o mundo, a vida). • P54 Recuperar informações explícitas. Espera-se que o aluno perceba que as lendas são transmitidas oralmente e, por isso, sofrem al- terações à medida que vão sendo divulgadas. Histórias que passam de boca em boca. Não está em livro nenhum, mas todo mundo conhece. Surgiu há muitos anos. A expressão é “Muitos anos atrás”. Port5ºAnoPROF.indd 144Port5ºAnoPROF.indd 144 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 145 • P57 Articular os episódios em sequência temporal e caracterizar o espaço onde ocorrem os eventos narrados. • P65 Ouvir com atenção lendas e mitos de diferentes origens lidos ou contados, estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P66 Recontar lendas e mitos, apropriando-se das características do texto-fonte. Atividade 10: Oriente os alunos sobre as especifi cidades da lenda escolhida e a forma de contá-la. Se há suspense na lenda, conte-a de forma a despertá-lo nos ouvintes: pausas e expressões faciais ade- quadas são bons recursos para isso. Retome as orientações sobre o modo de contar histórias diversas e os recursos expressivos usados pelos contadores. X X Port5ºAnoPROF.indd 145Port5ºAnoPROF.indd 145 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM 146 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Se necessário, retome as caracte- rísticas dos textos estudadas na Unidade. Port5ºAnoPROF.indd 146Port5ºAnoPROF.indd 146 9/16/10 12:05 PM9/16/10 12:05 PM 2o semestre Port5ºAnoPartePROF.indd 147Port5ºAnoPartePROF.indd 147 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM Port5ºAnoPartePROF.indd 148Port5ºAnoPartePROF.indd 148 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 149 Inicie a Unidade com uma conversa com os alunos para identifi car seus conhecimentos, crenças e valores sobre os gêneros de divulgação científica. Explore as imagens de capa de revista, infográfi co, folheto, cartaz, jornal, página e site. Pergunte se já viram es- ses textos, o que cada um deles contém, que tipo de informação é possível encontrar, para que servem. Comente a presença da linguagem não verbal nos textos reproduzidos, que nos ajudam a identifi car os gêneros, os suportes e suas funções sociais. Destaque que, em todos eles, de diferentes maneiras, é possível divulgar pes- quisas científi cas para o público em geral. Se achar interessante, discuta também a imagem do cientista que aparece na mídia televisiva. Algumas animações, como O la- boratório de Dexter, As meninas superpoderosas e As aventuras de Jimmy Neutron, entre outras, podem provocar refl exões sobre o assunto. • P16 Relacionar o artigo de divulgação científi ca à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P17 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P30 Examinar o uso de elementos paratextuais: boxe, gráfi cos, tabelas, infográfi cos. Port5ºAnoPartePROF.indd 149Port5ºAnoPartePROF.indd 149 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 150 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Antes da leitura do título e do subtítulo, discuta oralmente o fenômeno do crescimento com os alunos, observando o que já sabem sobre isso, quais são suas hipóteses e crenças sobre o cres- cimento. Se possível, solicite que tragam para a sala de aula fotos em diferentes idades para que possam comparar as transforma- ções biológicas que ocorreram ao lon go de sua vida. Explore as respos tas dos alunos ao itemd, “O que nos faz crescer?”, comparan- do-as e fazendo outras perguntas, como: “Se é uma substância que nos faz crescer, ela é produzida dentro do corpo ou nós ingerimos hormônios?”. • P17 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P18 Estabelecer a relação entre o título e o corpo do texto ou entre as imagens (fotos, ilustrações) e o corpo do texto. • P19 Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto ou selecionar a acepção mais adequada em verbete de dicionário ou de enciclopédia. • P20 Recuperar informações explícitas. Jornais, revistas, sites. O texto possivelmente tratará do desenvolvimento do corpo, de seu crescimento. Port5ºAnoPartePROF.indd 150Port5ºAnoPartePROF.indd 150 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 151 Sobre crescimento do corpo, como ele se transforma, o que faz com que cresçamos ou paremos de crescer. O que nos faz crescer é um hormônio. Resposta pessoal Port5ºAnoPartePROF.indd 151Port5ºAnoPartePROF.indd 151 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 152 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port5ºAnoPartePROF.indd 152Port5ºAnoPartePROF.indd 152 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 153 Após a leitura da reportagem, re- tome as hipóteses dos alunos nas respostas às questões anteriores. Certamente, eles podem solicitar ajuda para compreender alguns termos técnicos que aparecem no texto, como hipófi se, fígado, hormônios, glândula. Nesse caso, trabalhe com a turma um possí- vel signifi cado das palavras pelo contexto. “O nosso grau de fami- liaridade com uma palavra depen- derá da frequência e intimidade de nossa convivência com ela. Para um médico, por exemplo, o sig- nifi cado da palavra anatomia será muito diferente do signifi cado que a palavra tem para um contador, devido às associações diferenciadas que cada um formou em relação à palavra na sua experiência” (Klei- man, 1996, p. 71). Assim, em sua mediação sobre o texto, peça aos alunos que relatem suas experiên- cias sobre o assunto, fazendo com que adivinhem ou infi ram as pala- vras desconhecidas, que serão re- tomadas em atividades posteriores. A alusão ao casal Jack e Rose, do fi lme Titanic, pode não fazer parte • P16 Relacionar o artigo de divulgação científi ca à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P17 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P20 Recuperar informações explícitas. • P22 Explicitar a ideia principal (O que o texto fala do assunto tratado?). O tema principal da reportagem é como ocorre o crescimento do corpo humano. Foi publicada na revista Superinteressante. A resposta à segunda e à terceira perguntas é pessoal. Pelo nome da revista e pela reportagem lida, ela trata de curiosidades e divulga para leigos pesquisas e descobertas científi cas. Grande diversidade de assuntos, como comportamento, saúde, tecnologia, futuro, história, aventura, ciência. Resposta possível: Destina-se a pessoas que têm interesse em novidades e curiosidades diversas ou que precisam pesquisar algum assunto. As informações são tratadas desse modo porque a revista não é voltada para um público especializado de uma área, e sim para leitores leigos e curiosos sobre uma diversidade de assuntos.Sim. Na conclusão da reportagem, afi rma-se que a altura média dos brasileiros tem aumentado por causa da melhoria da alimentação. Port5ºAnoPartePROF.indd 153Port5ºAnoPartePROF.indd 153 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 154 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP do conhecimento enciclopédico de alguns alunos. Portanto, converse com a classe sobre o fi lme, esclare- cendo que Jack morre no naufrágio do Titanic e Rose sobrevive e, por isso, eles não tiveram fi lhos. É interessante também localizar o Paquistão em um mapa para que eles possam compreender o texto com mais propriedade. Se possível, traga para a sala de aula revistas com reportagens e artigos de divulgação científi ca para que os alunos manuseiem o suporte em que tais textos circulam e conhe- çam suas características e modos de ler – por exemplo, algumas revis tas exigem a leitura em página dupla (na vertical ou na horizontal) –, fazendo com que o leitor tenha contato com diferentes formatos. Na criança, em fase de crescimento, o hormônio faz os ossos crescerem, multiplicando suas células. No adulto, o hormônio atua na manutenção dos órgãos, controlando a reposição de células. Não. Os hormônios sexuais são os responsáveis por essas mudanças na puberdade. A redução na produção provoca nanismo; o aumento, gigantismo. Respostas pessoais Port5ºAnoPartePROF.indd 154Port5ºAnoPartePROF.indd 154 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 155 Os exercícios se concentram na análise dos usos linguísticos em textos de divulgação científi ca. Retome algumas de suas carac- terísticas: divulgação de estudos científi cos em linguagem mais acessível aos leigos; resumo, em linguagem clara, de descobertas científi cas (como a fórmula para calcular a altura aproximada do fi lho com base na estatura dos pais); “traduções” de termos téc- nicos e científi cos para a lingua- gem cotidiana por meio de metá- foras e comparações. Você pode perguntar aos alunos quais os objetivos desse tipo de informa- ção e dos usos dessa linguagem, assim como abordar os efeitos de sentido da linguagem mais informal, como a captação do lei- tor. Mostre-lhes que a estratégia de citar nomes de laboratórios, universidades e autoridades em • P19 Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto ou selecionar a acepção mais adequada em verbete de dicionário ou de enciclopédia. • P20 Recuperar informações explícitas. • P29 Explorar o emprego de vocabulário técnico de acordo com o assunto tratado. Respostas pessoais Os hormônios são mensageiros químicos produzidos pelas glândulas endócrinas, ou seja, aquelas que liberam suas secreções diretamente na corrente sanguínea. É a principal glândula endócrina de nosso organismo, localizada dentro do cérebro. Além de produzir os próprios hormônios, regula as outras glândulas do organismo. Doença causada pelo pouco desenvolvimento corporal, atribuível a causas diversas (endócrina, circulatória). Doença causada pelo excesso de hormônio do crescimento. Port5ºAnoPartePROF.indd 155Port5ºAnoPartePROF.indd 155 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 156 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP determinado assunto é um modo de o autor de textos de divulga- ção científi ca legitimar as infor- mações que passa, uma forma de dizer: “Não sou eu quem diz, mas esse especialista na área”. Isso dá credibilidade e autoridade às informações. • P28 Examinar o uso dos tempos verbais no eixo do presente. O verbo esticar, que pode signifi car alongar, alisar ou distender, foi usado no texto como sinônimo de crescer e explica os momentos de maior crescimento do corpo humano: na fase de bebê e na puberdade. A maioria dos verbos está no presente do indicativo. O presente do indicativo traz, para o texto, um sentido de certeza e verdade. Port5ºAnoPartePROF.indd 156Port5ºAnoPartePROF.indd 156 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 157 A estratégia do autor é citar o casal Jack e Rose, do fi lme Titanic. Se Jack não tivesse morrido no naufrágio, ele e Rose se casariam e teriam fi lhos. O exemplo introduz a fórmula científi ca elaborada pelo Laboratório de Crescimentodo Hospital das Clínicas de São Paulo para estimar a altura dos fi lhos com base na altura dos pais, levando o leitor a pensar: “Se Jack e Rose tivessem tido fi lhos, que altura estes teriam?”. O exemplo também serve para captação do leitor. O nome do laboratório, especializado em crescimento, dá credibilidade à fórmula, pois foi desenvolvida por estudiosos da área. Se tivesse sido inventada pelo autor do texto, teria menos credibilidade, porque ele não é especialista em crescimento. Port5ºAnoPartePROF.indd 157Port5ºAnoPartePROF.indd 157 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 158 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP A atividade de sistematizar infor- mações introduz a produção de resumos. Trata-se de uma primeira tentativa de sumarização. Discuta com os alunos que informações são essenciais e quais podem ser dispensadas quando resumimos um texto. Explique que resumo é um texto sobre outro texto, do qual o produtor seleciona as infor- mações centrais e as articula de maneira lógica e concisa em outro texto. De acordo com Machado, Lousada e Abreu-Tardelli, “um resumo é um texto sobre outro texto, de outro autor, e isso deve fi car sempre claro, mencionando- -se frequentemente o seu autor, para evitar que o leitor tome como sendo nossas as ideias que, de fato, são do autor do texto re- sumido” (2004, p. 47). A exibição do video deve favorecer uma discussão oral sobre assuntos relacionados ao corpo humano em transformação. • P25 Resumir artigo de divulgação científi ca. O crescimento do corpo é regulado pelo hormônio de crescimento, substância produzida pela glândula hipófi se. Quando a hipófi se falha, pode gerar nanismo ou gigantismo. A estatura de um adulto depende da altura de seus pais e da qualidade de sua alimentação. Resposta pessoal Port5ºAnoPartePROF.indd 158Port5ºAnoPartePROF.indd 158 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 159 Peça aos alunos que pensem em que textos e em que suportes as imagens poderiam aparecer, e tam- bém se lembrem de textos que já leram e que tinham imagens seme- lhantes. Destaque que a primeira é uma fotografi a, enquanto as outras duas são ilustrações produzidas com fi nalidades específi cas. Na leitura dos artigos de divulgação científi ca, os infográfi cos (como na imagem 3) têm função essencial, pois explicam informações de maneira mais clara para os leitores. • P16 Relacionar o artigo de divulgação científi ca à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P17 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. Infográfi co Trata-se de um quadro informativo que mistura texto e ilustração para transmitir uma informação visualmente. Em geral, tem título curto, acompanhado ou não de subtítulo, posicionado no topo, com a função de informar o tema ao leitor. É composto por imagens, pequenos textos e legendas e sempre traz a indicação de fonte e autores. Em jornais e revistas, funciona como grande atrativo para a leitura das matérias, pois torna a explicação mais dinâmica e clara. Costuma ser usado para descrever como ocorreu determinado fato, quais suas consequências, além de explicar, por meio de ilustrações, diagramas e textos, acontecimentos que o texto principal ou a foto não conseguem detalhar com a mesma efi ciência. Também é útil para cientistas como ferramenta de comunicação visual, com aplicação em todos os aspectos da visualização científi ca. Fontes: <http://www.graffo.inf.br/ infografi co>; <http://pt.wikipedia.org/wiki/ Infografi a>. Port5ºAnoPartePROF.indd 159Port5ºAnoPartePROF.indd 159 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 160 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Em uma notícia ou reportagem de jornal ou revista (impressos ou digitais). Em contos, fábulas e poemas infantis. Os alunos podem indicar também desenhos animados ou fi lmes. Em reportagens de jornais ou revistas ou em textos didáticos de ciências, atlas do corpo humano, enciclopédias impressas ou digitais. X X X Port5ºAnoPartePROF.indd 160Port5ºAnoPartePROF.indd 160 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 161 As imagens não comunicam as mesmas informações. As duas primeiras não são bem compreendidas sem o texto em que se encontram; elas ilustram situações que não é possível recuperar. A terceira imagem colabora para explicar quais são os elementos envolvidos na articulação das palavras, na fala. Port5ºAnoPartePROF.indd 161Port5ºAnoPartePROF.indd 161 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 162 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port5ºAnoPartePROF.indd 162Port5ºAnoPartePROF.indd 162 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 163 Port5ºAnoPartePROF.indd 163Port5ºAnoPartePROF.indd 163 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 164 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Trabalhe a relação das imagens com a parte verbal dos três textos. Mostre aos alunos que duas delas ilustram a parte verbal. Já a ter- ceira é informativa: passamos a conhecer os elementos envolvidos na articulação das palavras apenas com sua leitura. Discuta com eles a presença dos infográfi cos também nos noticiários da TV e quadros televisivos, que os utili- zam como apoio explicativo. Se possível, compare outros textos: as imagens em livros de literatura in- fantil, por exemplo, são diferentes daquelas que aparecem nos ma- nuais de instrução, mapas etc. Retome a função das imagens em mapas, roteiros e notícias, pois são gêneros que os alunos estudaram anteriormente. O manuseio de re- vistas de divulgação científi ca para crianças pode ser importante para que percebam as diversas formas em que as imagens aparecem nos artigos: ilustrações, fotografi as etc. Retome a defi nição de infográfi co. • P18 Estabelecer a relação entre o título e o corpo do texto ou entre as imagens (fotos, ilustrações) e o corpo do texto. • P21 Localizar informações em gráfi cos, tabelas, mapas etc. que acompanham o texto. • P30 Examinar o uso de elementos paratextuais: boxe, gráfi cos, tabelas, infográfi cos. Sim Ilustrar a notícia. Port5ºAnoPartePROF.indd 164Port5ºAnoPartePROF.indd 164 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 165 Nessas revistas, como Ciência Hoje das Crianças, é comum o infográfi co auxiliar os leitores a compreender informações. Por isso, é importante levar os alunos a perceber que o infográfi co complementa e amplia as informações do artigo. Sim Não. Algumas informações sobre como a voz é produzida e onde se dão as transformações em nosso corpo fi cariam menos claras. Ilustrar as cenas e ações na narrativa. Explicar. Não. A primeira imagem, com a palavra voz em vermelho, é apenas ilustrativa, chama a atenção para o tema do texto. A segunda imagem traz informações adicionais sobre a voz e o corpo humanos. O infográfi co não explica nenhuma parte específi ca do texto. Ele traz uma informação extra: quais elementos de nosso corpo estão envolvidos quando usamos nossa voz, quando articulamos a fala. Port5ºAnoPartePROF.indd 165Port5ºAnoPartePROF.indd 165 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 166 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP No exercício 7, mostre aos alu- nos que um resumo exige que seu produtor interprete o texto que será resumido. Sistematize o que é resumo, sua função e ne- cessidade. Explique que, antes de elaborá-lo, é preciso identifi car o tema, as informações centrais, o autor, o título do texto resumi- do e onde este foi publicado. De- pois de preenchido o quadro, peça para cadagrupo as respostas. Ao fi nal, discuta que o conjunto de respostas deve compor o resumo do artigo de divulgação científi ca. Solicite, então, que os grupos façam o resumo, tomando como exemplo o esquema apresenta- do. Depois, compare os resumos pro duzidos para discutir as infor- mações que devem permanecer e aquelas que são dispensáveis. Após a discussão, proponha que os próprios alunos avaliem seus • P20 Recuperar informações explícitas. • P22 Explicitar a ideia principal (O que o texto fala do assunto tratado?). • P25 Resumir artigo de divulgação científi ca. • P26 Revisar e editar o texto, focalizando os aspectos estudados na análise e refl exão sobre a língua e a linguagem. As mudanças da voz humana Título: “Que voz grossa você tem!” Subtítulo: “Saiba o que determina o timbre da voz” O texto foi produzido para crianças. Foi publicado na revista Ciência Hoje das Crianças, em 15 de abril de 2001. As autoras são Carla Queiroz e Fernanda Carla Borges Homem, da Escola de Reabilitação da Universidade Católica de Petrópolis. O tamanho da laringe determina o timbre: laringes pequenas produzem vozes agudas (mais fi nas) e laringes grandes produzem vozes graves (mais grossas). Na adolescência, a voz do menino vai fi cando mais grave; a da menina, menos aguda, por causa dos hormônios responsáveis por transformar crianças em homens ou mulheres. Na velhice, as pregas vocais fi cam mais espessas (grossas), o movimento das articulações diminui e há alterações hormonais, engrossando a voz. Além da idade e do sexo, a personalidade e o estado emocional. Port5ºAnoPartePROF.indd 166Port5ºAnoPartePROF.indd 166 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 167 resumos. Por fi m, organize uma produção coletiva de resumo: você é o escriba e os alunos ajudam. Destaque também que, quando resumimos, organizamos as in- formações de maneira lógica, explicitando relações de causa e consequência que muitas vezes não aparecem de modo explícito no texto-base. “No resumo, o autor do texto original aparece como se estivesse realizando vários tipos de atos, que, frequentemente, não estão explicitados no texto original. Você é que tem de inter- pretar esses atos usando o verbo adequado” (Machado, Lousada e Abreu-Tardelli, 2004, p. 49). Port5ºAnoPartePROF.indd 167Port5ºAnoPartePROF.indd 167 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 168 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Explore ao máximo a leitura do infográfi co pelos alunos. Chame a atenção deles para o que o info- gráfi co representa, que partes do olho estão nomeadas e destacadas. Se possível, traga revistas de di- vulgação científi ca, atlas do corpo humano, enciclopédias para a sala de aula ou faça uma visita à sala de leitura para que os alunos tenham contato com uma diversidade de infográfi cos que explicam as glân- dulas lacrimais, o olho, o canal do canto interno do olho etc. • P18 Estabelecer a relação entre o título e o corpo do texto ou entre as imagens (fotos, ilustrações) e o corpo do texto. • P20 Recuperar informações explícitas. • P22 Explicitar a ideia principal (O que o texto fala do assunto tratado?). Port5ºAnoPartePROF.indd 168Port5ºAnoPartePROF.indd 168 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 169 • P30 Examinar o uso de elementos paratextuais: boxe, gráfi cos, tabelas, infográfi cos. O infográfi co representa um processo que acontece no olho humano. Como são produzidas as lágrimas ou a remela, ou como funciona a lubrifi cação do olho humano. A primeira seta parte de duas glândulas, a lacrimal e a de Meibomius, em uma junção de água e muco com sebo. A segunda está no espaço entre as pálpebras, terminando na remela. Percebemos que água, muco e sebo estão presentes em nossos olhos e se juntam formando a remela. Também observamos a formação do olho humano, suas partes, sua anatomia. A remela se forma da junção, no espaço entre as pálpebras, da água e do muco vindos da glândula lacrimal com o sebo proveniente da glândula de Meibomius. Port5ºAnoPartePROF.indd 169Port5ºAnoPartePROF.indd 169 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 170 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Na leitura, mostre como há expli- cação em linguagem informal no início do texto, uma estratégia para aproximar o leitor leigo do assunto tratado. Posteriormente, o autor dá uma explicação mais técnica, em linguagem mais próxima do dis- curso científi co, com termos não defi nidos, como “córnea”. Questão 2.e: Provavelmente os alunos sublinharão os termos: proteínas, córnea, glândulas de Meibomius. Port5ºAnoPartePROF.indd 170Port5ºAnoPartePROF.indd 170 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 171 • P18 Estabelecer a relação entre o título e o corpo do texto ou entre as imagens (fotos, ilustrações) e o corpo do texto. • P20 Recuperar informações explícitas. • P21 Localizar informações em gráfi cos, tabelas, mapas etc. que acompanham o texto. • P22 Explicitar a ideia principal (O que o texto fala do assunto tratado?). • P27 Identifi car, com o auxílio do professor, possíveis elementos da organização interna do artigo de divulgação científi ca: esquematização inicial, expansão, conclusão. • P29 Explorar o emprego de vocabulário técnico de acordo com o assunto tratado. • P30 Examinar o uso de elementos paratextuais: boxe, gráfi cos, tabelas, infográfi cos. O assunto é a produção de remela. A hipótese dos alunos pode ou não ter sido confi rmada. Conseguimos saber como a remela é formada, em que região cada substância envolvida em sua produção é produzida e por que ela se acumula à noite no canto dos olhos. O infográfi co explica, principalmente, o terceiro e o quarto parágrafos: depois da produção das lágrimas, elas se espalham e o excesso vai para o canto do olho; à noite, com menos água na composição, forma-se a remela. Pelota amarela ou branca Lubrifi cação dos olhos Sobra das lágrimas Excesso do fl uido lacrimal Ressecamento dessa meleca Muco e gordura Port5ºAnoPartePROF.indd 171Port5ºAnoPartePROF.indd 171 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 172 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Sim, é possível compreender o trecho. A leitura do infográfi co e os termos mais familiares usados nos outros parágrafos são suportes para sua compreensão. A função do infográfi co em textos de divulgação científi ca é elucidar explicações, fenômenos e fatos por meio de esquemas compostos por linguagem verbal e não verbal, dando uma ideia mais concreta e dinâmica para o leitor. X X X X X X Port5ºAnoPartePROF.indd 172Port5ºAnoPartePROF.indd 172 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 173 Planeje essa atividade previamen- te com o professor orientador de informática educativa. Os infográfi cos digitais exploram as possibilidades oferecidas pela internet, como a interatividade, o movimento, as ligações (links) com outras páginas etc. Se pos- sível, assista com a turma a tre- chos do fi lme Osmose Jones (EUA, 2001). Nele, o organismo humano é transformado em uma cidade e há metáforas semelhantes à do infográfi co digital. Você pode tam- bém propor a comparação do fi l- me com o infográfi co, pois ambos abordam aspectos semelhantes do corpo humano. Produza quadros ou tabelas com os alunos para que possam organizar as informações e divulgar oralmente os resulta- dos com auxílio de ilustrações ou pequenos esquemas. No trabalho com o infográfi co, faça a leitura da página inicial e explore o jogo de linguagem do título em relação à palavrainquilino. Os alu- nos podem trabalhar em pequenos grupos e “viajar” pelo infográfi co procurando informações específi cas: • P31 Expor o assunto do artigo, apoiando-se em ilustração ou pequeno esquema. O infográfi co digital também explica, por meio de linguagem verbal e não verbal, fenômenos, fatos e principalmente processos. As vantagens são o movimento das imagens e a interatividade. O usuário escolhe os caminhos a percorrer no infográfi co; os links para diferentes informações em um mesmo infográfi co. O infográfi co digital também pode apresentar som. X A metáfora utilizada no título retoma a ideia de “indivíduo residente em casa que tomou de aluguel”. No caso do infográfi co, a casa é o corpo humano e os inquilinos são os microrganismos. Port5ºAnoPartePROF.indd 173Port5ºAnoPartePROF.indd 173 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 174 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP ”Quem são os ‘inquilinos’?”, “Como se chamam?”, “Onde residem?”, “O que fazem?”. Organize com eles uma forma de registro no caderno para que retomem a discussão na sala de aula. Converse sobre os termos técnicos que aparecem, além das metáforas de profi ssões específi cas: “Por que as bactérias na pele são chamadas de ‘seguranças’?”, “Por que o H. pylori, no estômago, é o ‘perfurador’?”. Chame a atenção para as imagens do infográfi co digital, comparando-as com outras imagens que retratam o corpo humano. Port5ºAnoPartePROF.indd 174Port5ºAnoPartePROF.indd 174 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 175 Port5ºAnoPartePROF.indd 175Port5ºAnoPartePROF.indd 175 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 176 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP O exercício 1 é um modo de ajudar os alunos a selecionar a ideia cen- tral de cada parágrafo. Inicialmen- te, talvez tenham difi culdade de identifi car a ideia central e perce- ber o que pode ser excluído. Expli- que que exemplos, explicações mais detalhadas e sinônimos podem ser eliminados na hora de resumir. • P24 Relacionar pronomes ou expressões usadas como sinônimos a seus referentes para estabelecer a coesão textual. • P25 Resumir artigo de divulgação científi ca. Causa do cê-cê, ou cheiro desagradável no suor. Em certo momento, quando suamos, passamos a perceber um odor desagradável nos sovacos. Há dois tipos de glândulas sudoríparas, que produzem suor: as écrinas e as apócrinas. Estas são responsáveis pelo odor desagradável no suor. Glândulas sudoríparas écrinas funcionam desde o nascimento, e o suor por elas produzido é composto principalmente de água. As glândulas sudoríparas apócrinas, responsáveis pelo mau cheiro, começam a funcionar quando estamos para entrar na adolescência, fase de grandes transformações no corpo. O mau cheiro é causado quando bactérias que estão em nosso corpo entram em contato com o suor apócrino. Para evitá-lo, devemos lavar os sovacos com água e sabão na hora do banho e usar desodorantes ou antitranspirantes. Port5ºAnoPartePROF.indd 176Port5ºAnoPartePROF.indd 176 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 177 O exercício 2 deve ser corrigido coletivamente. Compare as in- formações selecionadas em cada resumo e discuta por que algumas são dispensáveis em um resumo de texto de divulgação científi ca, como exemplos e trechos narrativos (como o do primeiro parágrafo). Destaque as informações que foram selecionadas pela maioria. Retome as características dos resumos para os grupos avaliarem e revisarem suas produções. • P26 Revisar e editar o texto, focalizando os aspectos estudados na análise e refl exão sobre a língua e a linguagem. Port5ºAnoPartePROF.indd 177Port5ºAnoPartePROF.indd 177 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 178 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Organize uma roda de conversa sobre o vídeo para discutir a fun- ção das exposições orais, assim como a importância do planeja- mento, dos cartazes, ilustrações, esquemas, maquetes e outros re- cursos para visualização das in- formações. Chame a atenção dos alunos para que façam um roteiro de apresentação, defi nindo bem as funções de cada integrante. Ajude os grupos na seleção dos temas relacionados ao corpo hu- mano que possam ser de interesse de outras turmas. Retome os tex- tos lidos durante a Unidade para que as ideias de temas surjam. Oriente-os nas pesquisas e na pro- dução de resumos. Na realização das pesquisas, estabeleça uma parceria com o POIE, de modo a orientar os grupos na busca de informações na internet. Ressalte a importância do roteiro para a fala e o ensaio. A autoavaliação do grupo antes do dia da apresentação serve para repensar e refl etir sobre • P31 Expor o assunto do artigo, apoiando-se em ilustração ou pequeno esquema. • P32 Participar de situações de intercâmbio oral, formulando perguntas ou estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. Port5ºAnoPartePROF.indd 178Port5ºAnoPartePROF.indd 178 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 179 as características de uma exposição oral, sobre o uso da linguagem nesse tipo de situação e sobre o planejamento da fala. Destaque aos alunos que a fala não planejada ocorre em conversas informais do dia a dia. Em seminários e pales- tras, a fala é planejada, segue um roteiro previamente elaborado. Port5ºAnoPartePROF.indd 179Port5ºAnoPartePROF.indd 179 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 180 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port5ºAnoPartePROF.indd 180Port5ºAnoPartePROF.indd 180 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 181 • P69 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. Na abertura da Unidade, recomen- da-se que o texto seja lido por você para que os alunos conheçam os objetivos centrais: compreen- são, apreciação e declamação de poemas. Em anos anteriores, eles tiveram contato com o gênero, e esse é o momento de recuperar seus conhecimentos sobre o tema. Faça perguntas como: “O que vo- cês sabem sobre poesia?”, “Vocês já ouviram ou leram poemas?”, “Quem se lembra de algum poe- ma?”, “Do que os poemas podem tratar?”, “Quais são algumas de suas características?”. Registre as respostas em papel pardo: poema tem rima, estrofe, verso, está relacionado com música, pode ser cantado etc. Depois, essas anotações serão retoma- das com a leitura de poemas que não apresentam necessariamente essas características. Port5ºAnoPartePROF.indd 181Port5ºAnoPartePROF.indd 181 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 182 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P68 Relacionar o poema à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P69 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P78 Apreciar poemas lidos ou recitados. O objetivo da atividade 1 é levar os alunos a perceber características da linguagem poética em compa- ração com um texto não poético e retomar conceitos de verso e estrofe. Para isso, eles vão rela- cionar o título ao texto poético e fazer uma inferência com base no que sabem sobre o gênero re- ceita e sobre poesia: o eu lírico dá uma receita, uma fórmula para espantar a tristeza, para ser feliz. Retome os conhecimentos prévios dos alunos sobre receita e peça que comparem com o tipo de receita (poética) presente no poema. Se possível, traga livros de poemas e de receitas para a sala de aula para que possam perceber se me- lhan ças e diferenças nos su portes e formas de organizaras informa- ções, as imagens etc. Resposta pessoal. Caso se atenham à ideia de receita, a receita de alguma comida ou bebida poderosa, ou ainda dicas para melhorar o humor. Podem ainda achar que o texto aborda sentimentos positivos, como alegria, paz etc. Resposta pessoal, dependendo da resposta anterior. O texto não é a receita de um prato, e sim um poema que traz maneiras de deixar a tristeza. Port5ºAnoPartePROF.indd 182Port5ºAnoPartePROF.indd 182 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 183 • P68 Relacionar o poema à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P73 Identifi car, com o auxílio do professor, possíveis elementos da organização interna do poema: observar segmentação do poema em versos e estrofes. Na questão 5, explore a aproxima- ção que o poema faz com o gênero receita, suas semelhanças no que se refere ao modo de fazer algo ou para chegar a um resultado. No quadro, destaque as diferenças en- tre os textos. Apesar de intitulado como receita, o texto de Roseana Murray é um poema, escrito em versos, que são organizados em estrofes. Ressalte também as ima- gens poéticas presentes, como em “apanhe a primeira estrela”. O texto não é do gênero receita, mas um poema. Esse título foi dado ao poema porque as ações sugeridas ao leitor seriam maneiras de espantar a tristeza. Essas ações estão expressas por verbos no imperativo, dando instruções ao leitor. Três A primeira estrofe tem quatro versos; a segunda, três; e a terceira, quatro. Port5ºAnoPartePROF.indd 183Port5ºAnoPartePROF.indd 183 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM 184 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P68 Relacionar o poema à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P73 Identifi car, com o auxílio do professor, possíveis elementos da organização interna do poema: observar segmentação do poema em versos e estrofes. Nos dois textos, todos os verbos estão no modo imperativo; são usados para dar ordem, para aconselhar como fazer, o que aproxima o poema do gênero receita. Elas podem simbolizar as etapas do modo de preparo. Como na receita de chantili e em qualquer outra, o modo de espantar a tristeza é apresentado passo a passo. Para apreciarmos o poema, nos divertirmos ou admirarmos o uso das palavras, como fruição estética. Em um livro de poesia. O poema costuma ser dividido em estrofes, que são formadas por versos. Para prepararmos um doce, o chantili. Em um livro de receitas. Em duas partes principais: “Ingredientes” e “Modo de preparo”. O modo de preparo. Port5ºAnoPartePROF.indd 184Port5ºAnoPartePROF.indd 184 9/16/10 12:20 PM9/16/10 12:20 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 185 • P69 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P73 Identifi car, com o auxílio do professor, possíveis elementos da organização interna do poema: observar segmentação do poema em versos e estrofes. • P74 Observar o funcionamento do ritmo e da rima nos poemas para compreender alguns de seus usos. Seria interessante retomar, neste momento, a primeira conversa so- bre os poemas e suas característi- cas. Com a leitura e comparação de diferentes poemas, pretende-se levar os alunos a perceber que um poema não precisa, neces- sariamente, apresentar rimas ou ter várias estrofes. Apesar de aqui não serem abordadas de maneira sistemática, você pode introduzir as noções de ritmo e de métrica. “A leitura do poema – mesmo quando feita em silêncio – é sem- pre ‘ouvida’. Esse tipo de compo- sição, tradicionalmente, é escrito para ser lido em voz alta, valori- zando a musicalidade e marcando o ritmo. Desta forma, ressaltam os recursos rítmicos e sonoros – que, no poema, consistem em recursos de coesão: rimas: sons semelhan tes no fi nal das palavras; aliterações: retomada de consoantes; assonân- cias: repetição de vogais; refrão: grupo de versos retomado duas ou mais vezes, ao longo do texto; repetição de palavras ou expres- sões” (Goldstein, 2006, p. 189). Percebe-se que há muitos versos sem rima e as rimas que acontecem não seguem um padrão regular. A primeira estrofe não tem nenhuma rima, mas seu último verso rima com o primeiro da terceira. Na segunda estrofe, rimam o segundo e o terceiro versos; na terceira, o primeiro e o último. É um poema porque tem rimas, a disposição do texto na página, o ritmo ou a organização em estrofes e versos. Não. Alguns poemas apresentam “versos brancos” ou “versos soltos”; são aqueles que não têm rimas em nenhuma posição dos versos. Port5ºAnoPartePROF.indd 185Port5ºAnoPartePROF.indd 185 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM 186 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Explore as rimas e o ritmo na lei- tura dos poemas. Mostre que mes- mo os poemas com versos brancos apresentam ritmo por causa da combinação das sílabas tônicas e átonas. Chame a atenção para o fato de que a organização em es- trofes e a presença de rimas ao fi nal de cada verso não são carac- terísticas obrigatórias dos poemas. • P69 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P70 Inferir, a partir de elementos presentes no próprio texto, o uso de palavras ou expressões de sentido fi gurado. • P73 Identifi car, com o auxílio do professor, possíveis elementos da organização interna do poema: observar segmentação do poema em versos e estrofes. • P74 Observar o funcionamento do ritmo e da rima nos poemas para compreender alguns de seus usos. • P77 Recitar ou ler poemas. • P78 Apreciar poemas lidos ou recitados. Port5ºAnoPartePROF.indd 186Port5ºAnoPartePROF.indd 186 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 187 Port5ºAnoPartePROF.indd 187Port5ºAnoPartePROF.indd 187 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM 188 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Sites com haicais: http://fi eiradehaicais. blogspot.com http://seabra.com/haikai http://varejosortido.blogspot. com/2007/11/olga-savary. html www.alfredorossetti.com/ frameset_alfredo.htm www2.uol.com.br/millor/ haikai/index.htm Port5ºAnoPartePROF.indd 188Port5ºAnoPartePROF.indd 188 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 189 • P73 Identifi car, com o auxílio do professor, possíveis elementos da organização interna do poema: observar segmentação do poema em versos e estrofes. • P74 Observar o funcionamento do ritmo e da rima nos poemas para compreender alguns de seus usos. Antes de realizar a visita à sala de leitura (questão 5), é interessante conhecer seu acervo e organizar os livros que contêm haicais para que os alunos possam ler e analisar. Caso não haja livros com haicais na escola, faça uma parceria com o professor orientador de infor- mática educativa e selecione na internet alguns poemas para que os alunos percebam suas caracte- rísticas e respondam à questão 6, na próxima página. “A namorada”, “Vênus” e “Lagoa”. “Mapa”, “Quem tem o quê”, “Hai-kai de outono” e “Autopsicografi a”. Os haicais nem sempre têm rima, em geral, são formados por uma estrofe de três versos, com dezessete sílabas poéticas: cinco no primeiro verso, sete no segundo e cinco no terceiro. Os poemas costumam traduzir emoções, desejos, sonhos e referências à natureza. Port5ºAnoPartePROF.indd 189Port5ºAnoPartePROF.indd 189 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM 190 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P73 Identifi car, com o auxílio do professor, possíveis elementos da organização interna do poema:observar segmentação do poema em versos e estrofes. • P74 Observar o funcionamento do ritmo e da rima nos poemas para compreender alguns de seus usos. O poeta seguiu o formato breve dos haicais e o tema da natureza, apesar de brincar com o próprio gênero ao usar a interjeição ai rimando com o verbo cai. O poema diferencia-se do que se espera de um haicai por apresentar humor. Ai e cai. A brincadeira sonora está nas palavras “ai” e “cai”, dando sentido ao poema e retomando o som que caracteriza esse tipo de poema. Assim, “ai” traduz o lamento pela folha caída, o que é reforçado pelo segundo verso, melancolicamente, e pela palavra “cai”, que explicita o motivo do lamento. Lidas em conjunto nos versos, temos o som “haicai”. “Vênus” e “Mapa”. No poema “Vênus”, não há rimas; portanto, tem versos brancos. “Mapa” apresenta rimas alternadas no segundo e quarto versos. Port5ºAnoPartePROF.indd 190Port5ºAnoPartePROF.indd 190 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 191 • P69 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. A atividade 3 introduz o tema “Lua”, que permanecerá até o fi - nal da Unidade. O objetivo inicial é perceber como as informações técnicas, astronômicas e até cren- dices sobre a Lua são trabalhadas nos poemas de maneira bastante particular. Combine com os alunos a melhor forma de fazer o diário da Lua. É possível, por exemplo, realizar uma produção coletiva, analisando todo dia as observações trazidas por eles. Discuta atentamente as crendi- ces sobre a Lua, alertando-os de que não são fatos cientifi camente comprovados, por isso são chama- dos de “crendices populares” ou “superstições”. Em seguida, ajude- -os a conhecer um pouco sobre as fases da Lua pelo conhecimento científi co. Oriente-os para realizar uma pesquisa sobre o assunto em casa ou na sala de leitura da es- cola. Se possível, leve-os para a sala de informática para acessar alguns sites sobre as fases da Lua: • http://calendario.incubadora. fapesp.br/portal/textos/profes- sor/ptexto05 Crescente, cheia, minguante e nova. Resposta pessoal Port5ºAnoPartePROF.indd 191Port5ºAnoPartePROF.indd 191 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM 192 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • www.cdcc.usp.br/cda/ensino- fundamental-astronomia/par- te3a.html • www.colegioweb.com.br/geo- grafi a/fases-da-lua • www.coolkids.guarda.pt/con- tent/as-fases-da-lua Peça que construam, em grupos, cartazes sobre a pesquisa, siste- matizando as informações e as observações levantadas ao longo do mês. Port5ºAnoPartePROF.indd 192Port5ºAnoPartePROF.indd 192 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 193 As letras de canção têm forma composicional (estrofes, versos) e estilo que se aproximam dos poe- mas. No entanto, deve-se destacar que a canção é um gênero híbrido, uma vez que a letra (linguagem verbal) está em harmonia com a música (linguagem sonora). Nesse caso, é importante que os alunos percebam a musicalidade não só por meio da letra, mas também do ritmo e da melodia. Promova a audição da canção ou a exibição de um vídeo (http://letras.terra. com.br/mpb4/47527) para que apreciem determinados aspectos do texto. Se achar pertinente, leia trechos do livro Viagem ao redor da Lua, de Júlio Verne, e realize uma discus- são sobre as viagens do homem à Lua. Sugestão de sites que podem ser explorados: • www.asterportal.org/artigos/ lua_fi nal.php • www.canalkids.com.br/tecnolo- gia/transporte/viagem.htm • www.youtube.com/watch?v=RMI NSD7MmT4&NR=1&feature=fvwp Apresentam o ciclo completo da Lua. As duas estrofes iguais têm o objetivo de mostrar o ritmo e o movimento circular característicos do ciclo da Lua. Port5ºAnoPartePROF.indd 193Port5ºAnoPartePROF.indd 193 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM 194 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Ela também mantém a repetição circular. Ao ler os dois versos, a palavra mente, que inicia a terceira estrofe, soa como terminação (sufi xo) da palavra nova – novamente. Reforçam a circularidade, tanto na junção dos elementos de cada verso, que nos remete às fases da Lua, em que vemos só uma parte do todo, como na temporalidade do advérbio que se cria – novamente/de novo. Mais uma vez a repetição nos remete à circularidade das mudanças da Lua. Port5ºAnoPartePROF.indd 194Port5ºAnoPartePROF.indd 194 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 195 • P73 Identifi car, com o auxílio do professor, possíveis elementos da organização interna do poema: observar segmentação do poema em versos e estrofes. • P74 Observar o funcionamento do ritmo e da rima nos poemas para compreender alguns de seus usos. É importante que os alunos per- cebam que a singularidade é algo essencial no poema, pois o poe- ta observa algo do cotidiano com olhar poético. Apreciar esse olhar poético é uma questão essencial no trabalho com o gênero, exi- gindo a percepção dos temas e da forma como são apresentados pelos poetas. Nesse caso, discuta com eles que quem fala no poema (eu lírico) não é necessariamente o autor. Se possível, recorra ao conhecimento que possuem de “narrador” e “autor”. O trabalho com a linguagem deve ser cen- tral, por isso leve-os a discutir o porquê das escolhas das palavras e expressões pelo poeta. As únicas palavras que rimam estão todas nos cinco primeiros versos. Algumas rimas não se encontram no fi nal do verso, mas no início. Port5ºAnoPartePROF.indd 195Port5ºAnoPartePROF.indd 195 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM 196 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP O eu lírico conta, resumidamente, todo o processo de conquista da Lua. Que a chegada do homem à Lua não mudou a forma e o valor que ela tem para as pessoas. A Lua continua sendo uma imagem da noite, tornando-a mais bela, mais misteriosa e mais lunática. Desse modo, reforça-se a imagem poética da Lua. A expressão “foi tudo em vão”. Inútil, desnecessário. Port5ºAnoPartePROF.indd 196Port5ºAnoPartePROF.indd 196 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 197 • P70 Inferir, a partir de elementos presentes no próprio texto, o uso de palavras ou expressões de sentido fi gurado. Está relacionada às mudanças de fase da Lua. O sentido no poema está mais relacionado com a segunda e a terceira defi nições do dicionário, seu sentido fi gurado. Além de infl uenciar as noites e as pessoas, a Lua torna as noites diferentes, excêntricas e até malucas, inconstantes. Port5ºAnoPartePROF.indd 197Port5ºAnoPartePROF.indd 197 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM 198 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Essa atividade dá início ao tra- balho com fi guras de linguagem e comparações. Auxilie os alunos a identifi car as imagens e a per- ceber de que os nomes derivam. É importante discutir outros exem- plos, como “pé de mesa”, “costas da cadeira”, “olho da notícia” etc. • P69 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P76 Analisar o efeito de sentido de comparações e metáforas. Cabelo de milho Boca do túnel Dente de alho Asa da xícara Pé da página Os elementos indicados são nomeados com base em uma semelhança estabelecida com outros objetos ou elementos, por comparação. Em geral, usamos essa expressão quando estamos contando algo difícil de os outros acreditarem. Provavelmente, o poema tratará de fenômenos quase impossíveis, em que é difícil acreditar. Port5ºAnoPartePROF.indd198Port5ºAnoPartePROF.indd 198 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 199 Port5ºAnoPartePROF.indd 199Port5ºAnoPartePROF.indd 199 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM 200 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Na questão 4, converse com os alunos sobre as situações do coti- diano em que usamos a expressão “Pura verdade”, que dá nome ao poema. Esclareça que nessas si- tuações queremos reforçar que o que contamos é verdade, apesar de ser difícil de acreditar. Discuta com os alunos as palavras e expressões do poema que pos- sivelmente tenham difi culdade de entender, procurando auxiliá-los na construção dos sentidos. “andorinha arrumando a mala” – É importante que eles saibam que as andorinhas, como muitas outras aves de países frios, durante o inver- no, vão para lugares onde é verão. “cavalo-motor” – Verifi que se já ouviram essa expressão e em que situação (se ouviram, deve ter sido em relação a carros). Conte que ela é usada para explicar a “força” de uma máquina para se movimentar. Por exemplo: dizemos que um carro comum tem a força de, aproxima- damente, 70 cavalos, ou seja, é como se 70 cavalos estivessem movimentando o carro. • P70 Inferir, a partir de elementos presentes no próprio texto, o uso de palavras ou expressões de sentido fi gurado. • P76 Analisar o efeito de sentido de comparações e metáforas. • P77 Recitar ou ler poemas. • P78 Apreciar poemas lidos ou recitados. Ao ler o título, pode-se ter a impressão de que os acontecimentos que serão apresentados são verdadeiros, mas, depois da leitura do poema, percebe-se que o título indica o contrário do que se quer dar a entender. Ele está brincando com a palavra obtuso, que tanto pode ser ângulo maior que 90 graus e menor que 180 graus como pouco inteligente. Port5ºAnoPartePROF.indd 200Port5ºAnoPartePROF.indd 200 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 201 “uma mosca entrando em boca fechada” – Lembre aos alunos o ditado “Em boca fechada não entra mosca”. Em qual situação ele se aplica? Quando é melhor não dizer nada que dizer alguma bobagem e ter de arcar com consequências de- sagradáveis e “engolir uma mosca”. Torna-se também essencial rela- cionar o título “Pura verdade” com o fi nal do último verso “primeiro de abril”, considerado o “dia da mentira”. Após essa análise, peça que alguns alunos leiam em voz alta e discu- tam o ritmo que cada um utilizou para expressar a musicalidade do poema. É importante garantir a compreensão do que é eu lírico pelos alunos. Você pode trazer outros exemplos para diferenciar o poeta do eu lírico e também músicas em que um compo- sitor do sexo masculino escreve com um eu lírico “criança” ou “animal”. A percepção das vozes sociais que compõem o poema é essencial para maior compreensão do texto. Ao discutir as metáforas, amplie com outros poemas para que os • P70 Inferir, a partir de elementos presentes no próprio texto, o uso de palavras ou expressões de sentido fi gurado. • P76 Analisar o efeito de sentido de comparações e metáforas. Todos os acontecimentos do poema podem ser selecionados. O importante é que os alunos expliquem as relações inusitadas criadas pelo poeta. Por exemplo, em “E a boca da noite / Palitar os dentes”, personifi ca-se a noite, que passa a ter boca e a palitar os dentes. A voz que nos conta o que viu deve ser de alguém que gosta de inventar histórias, imaginar fatos impossíveis, brincar com as expressões da língua e pregar peças. Primeiro de abril é o dia da mentira, o dia de pregar peças nos outros. Que inventou tudo o que disse ter visto; que mentiu. A ironia está no título e em sua relação com a conclusão do poema, pois imagina-se que o que vai ser dito é realmente verdade, mas, à medida que se lê o poema, descobre-se que a expressão é irônica. O desfecho, citando o dia primeiro de abril, confi rma a ironia do título. Um passarinho me contou. Port5ºAnoPartePROF.indd 201Port5ºAnoPartePROF.indd 201 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM 202 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP alunos percebam a relação entre o sentido próprio e o sentido fi gu- rado. A percepção das metáforas não é algo fácil para os leitores, por isso é necessário possibilitar discussões orais e (re)construções de sentido que sejam coerentes com os poemas lidos. Fale de outras situações em que usamos ironia, com interações orais. Por exemplo, quando provamos algu- ma comida estranha, com sabor exótico, podemos dizer “Humm, que delícia!” com uma expressão facial de desgosto, demonstrando a ironia. Peça que os alunos deem outros exemplos de uso de ironia. A visita à sala de leitura para conhecer outros poemas de José Paulo Paes permitirá que os alunos ampliem o contato com textos do autor e percebam aspectos de seu estilo. Promova “rodas de conver- sa” sobre os textos e livros na sala de leitura ou na classe. Você pode também organizar um peque- no sarau de poesias para iniciar as discussões sobre os poemas de que os alunos gostaram ou não. Resposta pessoal Resposta pessoal Resposta pessoal • P68 Relacionar o poema à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P69 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P77 Recitar ou ler poemas. Port5ºAnoPartePROF.indd 202Port5ºAnoPartePROF.indd 202 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 5O ANO 203 É importante que você já tenha se familiarizado com o poema para fazer a leitura oral para a turma. Ao ler em voz alta no primeiro contato com o poema, corre-se o risco de “tropeçar” nas palavras, por causa da repetição da consoante “T”. Além disso, é fundamental dar vida a essas palavras, por exemplo: enfatize “tricô tanto”, para que fi que per- ceptível a ideia de “muito tricô”, que, mais tarde, será reconhecido tanto pelo sentido de tecer com lã como pelo de falar dos outros. Além dessa análise relativa à sonoridade, explore outros aspectos referentes à utilização de linguagem fi gurada. • P68 Relacionar o poema à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P77 Recitar ou ler poemas. • P78 Apreciar poemas lidos ou recitados. Port5ºAnoPartePROF.indd 203Port5ºAnoPartePROF.indd 203 9/16/10 12:21 PM9/16/10 12:21 PM 204 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP O desenvolvimento dos exercícios sobre o poema “Três tias” explora os sentidos construídos com base na sonoridade (aliteração com a consoante “T”) e metáforas (tanto tango, tragédias, trejeitos). Garan- ta que os alunos compreendam os movimentos dessa construção de sentidos e as relações entre o voca- bulário (tanto, tragédias, trejeitos), a aliteração e o sentido do poema. • P69 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P70 Inferir, a partir de elementos presentes no próprio texto, o uso de palavras ou expressões de sentido fi gurado. • P74 Observar o funcionamento do ritmo e da rima nos poemas para compreender alguns de seus usos. • P75 Relacionar o tratamento dado à sonoridade (aliteração) aos efeitos de sentido que provoca. • P76 Analisar o efeito de sentido de comparações e metáforas. • P77 Recitar ou ler poemas. • P78 Apreciar poemas lidos ou recitados. Lembra alguma coisa batendo. O barulho das agulhas batendo enquanto as tias fazem tricô. A brincadeira com as palavras toca no jogo de sentidos de tricô como ato de tricotar vestimentas e como conversa, fofoca. Dessa forma, há dois sentidos possíveis: “tanto tricô”, ou seja, elas fazem
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