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L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 99 A pessoa que opina sobre os mais inusitados assuntos. A crônica descreve a situação de pessoas que aparecem com frequência na mídia expressando suas opiniões, sem necessariamente ser habilitadas para falar sobre o assunto. Port9ºAnoPROF.indd 99Port9ºAnoPROF.indd 99 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM 100 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 100Port9ºAnoPROF.indd 100 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 101 • P22 Relacionar o artigo de opinião ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momento em que se dá a interação) e suporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, suportes digitais). • P24 Estabelecer a relação entre o título e o corpo do texto. • P26 Interpretar a posição do autor em relação a conceitos ou acontecimentos. • P37 Comentar e justifi car opiniões. Nesta atividade, serão focalizadas questões controversas ou polêmi- cas, aquelas que, por excelência, são o núcleo central dos artigos de opinião. É importante que os alunos tenham claro que uma questão controversa é aquela para a qual não há uma respos- ta única, que, necessariamente, implica diferentes posicionamen- tos sobre um tema discutível. Sugerimos que a leitura do texto da questão 2 da atividade (após o quadrinho do Hagar), que aborda a situação de argumentação e as questões controversas, seja lido e discutido com a turma antes da realização das demais questões, para favorecer a compreensão dos alunos sobre o tema. Faça uma leitura dialogada: solicite outros exemplos de questões que envol- vam fatos e opiniões. Converse também sobre a diferença entre emitir opinião e argumentar (que supõe o uso de razões que susten- tem as opinões/teses), fornecen- do exemplos (se quiser, consulte a atividade 3 da Parte II da Unida- de 2 do 6o ano – Debate Público). Os articulistas são especialistas em um assunto e, por isso, são chamados a opinar. Os da crônica não necessariamente são especializados no assunto e são chamados a opinar pelos mais variados motivos, até mesmo pelo fato de serem artistas famosos ou frequentadores assíduos das telas de TV. X X X X Port9ºAnoPROF.indd 101Port9ºAnoPROF.indd 101 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM 102 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP A atividade ainda propõe a leitura de dois artigos de opinião, publi- cados originalmente na Seção Ten- dências/Debates do jornal Folha de S.Paulo, no aniversário de 450 anos da cidade de São Paulo. A leitura desses artigos pode es- clarecer melhor o que vem a ser levá-los a compreender o que abre possibilidade para posicionamen- tos. No caso do futebol, provavel- mente, haverá diferentes opiniões, porém há fatos que não se modifi - cam: um time ganhou ou perdeu. Com base nesse fato, é possível discorrer sobre questões que dão uma questão controversa e as diferenças de posições e argu- mentações presentes nos artigos. Faça a questão coletivamente, como estratégia para sensibilizar os alunos para questões opinati- vas, diferenciando-as das que se referem a fatos. Provoque-os para Com a ideia, na época das navegações, de que a Terra era plana. O ovo do Colombo com a famosa frase: “Um ovo e não uma mesa tipifi ca este planeta”. Port9ºAnoPROF.indd 102Port9ºAnoPROF.indd 102 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 103 margem às opiniões: “Por que per- deu?”, “Quem são os responsáveis pela situação?” etc. Leia com eles as perguntas da página 70, escla- recendo as diferenças entre fato e opinião. Na questão 4, será apro- fundada a compreensão sobre as questões polêmicas; aqui propõe- -se apenas o início da refl exão. Port9ºAnoPROF.indd 103Port9ºAnoPROF.indd 103 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM 104 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Para as questões formuladas há diversos argumentos favoráveis e desfavoráveis. A ideia é que o aluno refl ita sobre essa plurali- dade de opiniões, fazendo um exercício como: Questão: O Brasil deve permitir a livre produção de alimentos trans- gênicos? Posicionamento 2: Não, pois ainda não há comprovação científi ca de que os alimentos transgênicos não afetam a saúde humana, o que é preocupante. Além disso, por esse motivo, o mercado europeu valori- za os alimentos não transgênicos, o que o torna comprador em po- tencial desses produtos. Posicionamento 1: Sim, pois a produção de transgênicos é resul- tado do desenvolvimento biotec- nológico e, portanto, não produzi- -los signifi ca deixar o Brasil fora dos processos de avanço científi co e das grandes decisões comerciais. Resposta pessoal Port9ºAnoPROF.indd 104Port9ºAnoPROF.indd 104 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 105 Possibilidade: celulares devem ser proibidos nas escolas? Possibilidades: a desigualdade no Brasil é somente social?; há igualdade no acesso à cultura no Brasil? Port9ºAnoPROF.indd 105Port9ºAnoPROF.indd 105 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM 106 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Possibilidade: a juventude atual é politicamente apática? Port9ºAnoPROF.indd 106Port9ºAnoPROF.indd 106 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 107 Depois da leitura dos textos, abra espaço para o comentário dos alunos sobre o assunto aborda- do pelos autores. Sugerimos que pergunte a eles suas opiniões a respeito dos artigos lidos – com que artigo tendem a concordar? Não deixe de expressar também suas impressões a respeito das opiniões dos autores. Port9ºAnoPROF.indd 107Port9ºAnoPROF.indd 107 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM 108 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 108Port9ºAnoPROF.indd 108 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 109 Port9ºAnoPROF.indd 109Port9ºAnoPROF.indd 109 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM 110 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 110Port9ºAnoPROF.indd 110 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 111 Port9ºAnoPROF.indd 111Port9ºAnoPROF.indd 111 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM 112 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP “É bom morar em São Paulo?” Os textos de Marcelo Rubens Paiva e Ferréz foram escritos por ocasião do aniversário de 450 anos da cidade e publicados na Seção Tendências/Debates. A posição de Marcelo Rubens Paiva é a de que é bom morar em São Paulo. Como argumento, ele cita, entre outros, o fato de que na cidade há muitas possibilidades em termos gastronômicos, culturais e de serviços. Port9ºAnoPROF.indd 112Port9ºAnoPROF.indd 112 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 113 Ao explorar a resposta d, ques- tione com os alunos o sentido da seguinte frase extraída do arti- go de Ferréz: “Construímos e não moramos, fritamos e não come- mos, assistimos, mas não vivemos, passamos vontade, mas passamos adiante”. Com essa frase, o autor chama a atenção para a diferença entre os grupos sociais que vivem em São Paulo: há os que traba- lham e produzem, mas não usu- fruem, como descreve, e há os que usufruem das possibilidades da cidade, como descrito por Mar- celo Rubens Paiva. Ferréz defende que não é bom morar em São Paulo. Para enfatizar sua posição, ele até usa no título o termo “sobreviver”, em vez de “viver”. Como argumentos, afi rma que São Paulo é uma ilusão para grande parte de sua população,que convive com a fome, o desemprego, as desigualdades sociais, o descaso do poder público etc. O principal contraste é a diferença de perspectivas dos autores dos textos, que pode ser explicada por suas origens de classe: o primeiro pertence à elite socioeconômica e, como tal, tem acesso aos bens de serviço e culturais que a cidade oferece; já o segundo, expressa a voz da periferia, dos excluídos, que não usufruem das possibilidades que a cidade oferece e sofrem os efeitos da falta de infraestrutura. Port9ºAnoPROF.indd 113Port9ºAnoPROF.indd 113 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM 114 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Resposta possível: o uso da expressão intensifi ca o tom de denúncia que marca o artigo, especialmente no que se refere aos grupos excluídos: “uma porrada de gente” enfatiza mais a quantidade de pessoas que estão nesse grupo, do que, por exemplo, a expressão “outras pessoas”. Port9ºAnoPROF.indd 114Port9ºAnoPROF.indd 114 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 115 • P22 Relacionar o artigo de opinião ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momento em que se dá a interação) e suporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, suportes digitais). O objetivo desta atividade é criar oportunidade para que o aluno reflita sobre os elementos do contexto de produção, partindo do reconhecimento destes em um artigo de opinião. Estar atento a eles contribui para os processos de compreensão e produção de textos. Violência, desigualdade, falta de acessibilidade Atrações culturais, restaurantes, casas noturnas O autor pretende ressaltar o lado positivo. O esquema que se segue ilustra o sentido expresso pelo uso do conectivo: ASPECTOS NEGATIVOS MAS ASPECTOS POSITIVOS Port9ºAnoPROF.indd 115Port9ºAnoPROF.indd 115 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM 116 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Em geral, o produtor do artigo de opinião é um especialista no assunto (ou, no mínimo, alguém que estuda aspectos do tema em discussão), representante de determinada instituição social (como universidades, governo, sindicatos, organizações não governamentais etc.) que, de alguma forma, tem algo a dizer sobre a questão, ou, então, é um jornalista. São pessoas que frequentemente leem determinado jornal ou revista e estão de alguma forma interessadas na questão polêmica. Infl uenciar o pensamento de seus leitores, alterando, reforçando ou enfraquecendo a posição deles sobre uma questão controversa de interesse social e, eventualmente, modifi cando comportamentos. Em jornais e revistas impressos ou online Port9ºAnoPROF.indd 116Port9ºAnoPROF.indd 116 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 117 Port9ºAnoPROF.indd 117Port9ºAnoPROF.indd 117 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM 118 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 118Port9ºAnoPROF.indd 118 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 119 Port9ºAnoPROF.indd 119Port9ºAnoPROF.indd 119 9/16/10 5:15 PM9/16/10 5:15 PM 120 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Os jovens participam da vida política do Brasil? Patrícia Lânes – Socióloga, pesquisadora do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), membro da Rede Jovens em Movimento. Leitores do Jornal da Cidadania e pessoas que se interessam pelas discussões de questões sociais, incluindo as que podem pensar que o jovem de hoje não participa da vida política do país. Convencer os leitores de que o jovem de hoje, embora de maneira diferente da dos jovens das décadas de 60 e 70, participa, sim, da vida política do país. Internet e jornal impresso Port9ºAnoPROF.indd 120Port9ºAnoPROF.indd 120 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 121 • P30 Planejar o artigo de opinião: levantamento de informações e diferentes opiniões sobre o tema selecionado. • P39 Assistir a programas televisivos ou radiofônicos de entrevistas. Esta atividade pretende ser um planejamento inicial para a pro- dução escrita do artigo de opi- nião. A ideia é que os alunos identifi quem questões polêmicas em jornais e revistas impressas e online, assim como em situações da vida social. Converse com a turma e incentive os próprios grupos a apresentarem ideias que os mobilizem para a pesquisa dos argumentos. Caso você observe que eles não conseguiram trazer ideias, faça sugestões. Alguns temas estão sempre em pauta na mídia e geram boas polêmi- cas, por exemplo: a redução da maioridade penal, o movimento Hip-Hop, o trabalho infantojuve- nil etc. Alguns sítios também podem su- gerir vários temas: http://www.comciencia.br/ comciencia/handler.php? (clique no ícone Anteriores para ver os diversos temas abordados); http://www.cartanaescola.com.br (a pesquisa pode ser feita na edi- ção atual e nas anteriores). Boa parte da população. Há certa voz dominante a esse respeito na sociedade. Porque não participam da vida política da forma que se espera, forma essa semelhante à da participação das décadas de 60 e 70. Há diferentes formas de participação política, além da adesão a um partido e do voto. Por exemplo, para a autora, grupos de Hip-Hop, dança, teatro e música são formas de participação política a que muitos jovens estão vinculados. Port9ºAnoPROF.indd 121Port9ºAnoPROF.indd 121 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM 122 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 122Port9ºAnoPROF.indd 122 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 123 Port9ºAnoPROF.indd 123Port9ºAnoPROF.indd 123 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM 124 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 124Port9ºAnoPROF.indd 124 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 125 Port9ºAnoPROF.indd 125Port9ºAnoPROF.indd 125 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM 126 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 126Port9ºAnoPROF.indd 126 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 127 Port9ºAnoPROF.indd 127Port9ºAnoPROF.indd 127 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM 128 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 128Port9ºAnoPROF.indd 128 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 129 Port9ºAnoPROF.indd 129Port9ºAnoPROF.indd 129 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM 130 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 130Port9ºAnoPROF.indd 130 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 131 Port9ºAnoPROF.indd 131Port9ºAnoPROF.indd 131 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM 132 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Alexandre de Moraes Sim Lucas Pimentel Não • Aumento do número de pessoas expostas ao risco de acidente no trânsito. • Estudos indicam que pessoas inexperientes no uso da motocicleta podem se desequilibrar e cair com maior frequência. • O alto número de acidentes com motos aumentaria, causando ainda mais problemas ao trânsito. • Os poucos minutos ganhos no deslocamento com mototáxi não compensam o risco que se corre. • O número de acidentes envolvendo mototaxistas é pequeno. • Já foram desenvolvidos coletes com alças de apoio para o passageiro. • O mototáxi seria uma solução de deslocamento, em razão de sua rapidez e fl uidez. • Outrosestados implementaram o serviço e o regulamentaram. • A falta de higiene alegada do capacete já tem solução: o uso de toucas descartáveis. • O serviço seria incorporado pelas empresas de entregas rápidas, o que dá mais segurança ao passageiro e ao mototaxista no ato da contratação do serviço. • A atividade regulamentada reforça o conceito de transporte público. Port9ºAnoPROF.indd 132Port9ºAnoPROF.indd 132 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 133 Esta atividade pretende levar os alunos a observar as relações de sentido que os organizadores tex- tuais ajudam a estabelecer em re- lação às partes do texto, e os co- nectivos que dão coesão entre as frases. Sugerimos que, durante as atividades, você destaque para eles que o reconhecimento dos or- ganizadores e dos conectivos ajuda na compreensão dos textos e dos efeitos de sentidos, bem como na localização de argumentos e conclusões etc. Nesta atividade é importante retomar com eles os períodos nos artigos, explicitando as relações estabelecidas e tentan- do substituir os organizadores que aparecem por outros para ver em quais casos a coerência é mantida. Possibilidade: 1) (parágrafo 2) Quando aponta que “ao contrário do que muitas pessoas dizem...”, sobre o número de ocorrências de trânsito; 2) (parágrafo 9) Ao dizer “o problema apontado por quem, desconhecendo a realidade das ruas...”, ao se referir a uma possível falta de higiene do capacete; e 3) (parágrafo 10) quando destaca “Por sua vez, a alegada falta de apoio que o passageiro...”, rebatendo as alegações referentes à falta de segurança do passageiro. O texto contém, ainda, outros argumentos. Ainda assim (artigo 2) Nesse sentido (artigo 2) Mas (artigo 1) Embora (artigo 1) Porém (artigo 1) Além disso (artigo 1) Além de (artigo 2) Uma vez que (artigo 1) sendo certo (artigo 2) Portanto (artigo 1) Por isso (artigo 1) Por fi m (artigo 2) Port9ºAnoPROF.indd 133Port9ºAnoPROF.indd 133 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM 134 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P27 Correlacionar causa e efeito, problema e solução, fato e opinião relativa a esse fato, tese e argumentos, defi nição e exemplo, comparação ou contraste, para estabelecer a coesão da sequência de ideias. • P29 Aceitar ou recusar as posições ideológicas que reconheça nos textos que lê. Nesta atividade serão trabalhados alguns tipos de argumentos, a fi m de possibilitar o reconhecimento destes pelos alunos. O que está em jogo aqui não é fazê-los guar- dar os tipos de argumentos e clas- sifi cá-los corretamente, à exaus- tão (eles nem precisam reter os nomes dos tipos de argumento), mas ampliar suas possibilidades Propõe-se, ainda, a produção es- crita de um trecho argumentativo. É importante observar como os alunos vão lidar com argumentos contrários presentes no mesmo trecho. Pode-se chamar a atenção deles para o fato de que não há uma ordem fi xa entre a apresenta- ção da tese/posição, os argumen- tos que a sustentam e a conclusão de pensar formas de argumentar. Ou seja, a observação dos diferen- tes tipos de argumentos permite visualizar de forma mais concre- ta as estratégias argumentativas nos artigos de opinião. Por isso, destacamos que, nesta atividade, a preocupação não deve ser a me- morização das categorias, mas a ilustração destas. X Posição: a pena de morte não inibe a criminalidade. Argumento: nos Estados Unidos, país em que existe a pena de morte, não houve diminuição signifi cativa do índice de criminalidade. Port9ºAnoPROF.indd 134Port9ºAnoPROF.indd 134 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 135 (que pode ser apenas a retomada da tese). Assim, é possível elencar primeiro os argumentos e depois apresentar o posicionamento, ou vice-versa. Nos casos de inversão, é necessário fazer adaptações, e uma delas é a troca do tipo de organizador textual. Trabalhar es- sas possibilidades de inversão com eles pode ser muito interessante. Posição: atitudes racistas devem ser denunciadas e combatidas. Argumento: o racismo fere os princípios da Constituição brasileira. Posição: a redução dos impostos sobre o preço dos carros pode combater o desemprego. Argumento: a redução do preço eleva as vendas que, por sua vez, aumentam a produção que, por fi m, garantem os empregos. Port9ºAnoPROF.indd 135Port9ºAnoPROF.indd 135 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM 136 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Posição: a escola não deve ter como objetivo o preparo para o trabalho. Argumento: Einstein apontava a necessidade de a escola possibilitar ao jovem uma formação que o habilite para as diversas exigências da vida e não só para o trabalho especializado. Port9ºAnoPROF.indd 136Port9ºAnoPROF.indd 136 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 137 argumento por exemplifi cação argumento de princípio argumento por causa argumento de autoridade Port9ºAnoPROF.indd 137Port9ºAnoPROF.indd 137 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM 138 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 138Port9ºAnoPROF.indd 138 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 139 Contrário ao toque de recolher/ argumento de princípio. Port9ºAnoPROF.indd 139Port9ºAnoPROF.indd 139 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM 140 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Favorável ao toque de recolher. Contrário ao toque de recolher. Contrário ao toque de recolher/ argumento de autoridade. Favorável ao toque de recolher/ argumento de princípio. Port9ºAnoPROF.indd 140Port9ºAnoPROF.indd 140 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 141 Peça para alguns alunos lerem os trechos produzidos. Retome a for- ma usada para encadear tese e ar- gumento e os próprios argumen- tos. Possibilidades de respostas: O toque de recolher é uma medida acertada, já que nos estados em que foi adotado houve diminuição de 70% dessas ocorrências. Além disso, é melhor adotar medidas preventivas do que punitivas. Aceitando o desafi o de incluir uma posição contrária à defen- dida, uma produção possível se- ria: Aos que dizem que é papel do Estado zelar pela segurança de todos, é preciso responder que a liberdade de ir e vir é um direi- to de qualquer cidadão. Também cabe dizer que impedir jovens de circular nas ruas é uma medida preconceituosa. Contrário ao toque de recolher/ argumento por exemplifi cação. Favorável ao toque de recolher/ argumento de autoridade e por exemplifi cação. • P31 Produzir texto artigo de opinião, levando em conta o gênero e seu contexto de produção, estruturando-o de maneira a garantir a relevância das partes em relação ao tema e aos propósitos do texto e a continuidade temática. Port9ºAnoPROF.indd 141Port9ºAnoPROF.indd 141 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM 142 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P28 Reconhecer os efeitos de sentido provocados pela combinação, no texto, de sequências narrativas, descritivas, expositivas, conversacionais, instrucionais ou argumentativas. Esta atividade pretende traba- lhar com movimentos discursivos presentes em situações de argu- mentação. Sugerimos que, para sua realização, você leia trechos apresentados com os alunos, para que a entonação contribua com a observação deles sobre as estra- tégias argumentativas. Na ques- tão 1, o movimento argumen- o que a negociação visa não é exatamente a um acordo entre as partes, e sim a um enfraqueci- mento dos argumentos contrários ao defendido pelo enunciador ou, no mínimo, umaconcessão par- cial que continua visando a asse- gurar o que se pretende defender. tativo ilustra uma situação de negociação, que consiste em in- cluir a posição contrária à que se pretende defender na construção de um argumento. Vale a pena destacar para eles que o uso da negociação pode ser visto como uma aparente “diplomacia” no emprego da linguagem, mas, na verdade, na maior parte das vezes O primeiro trecho traz a voz da posição contrária à que se deseja defender; como estratégia argumentativa isso pode ser observado quando se considera que a redução da maioridade penal daria à população a sensação de maior segurança. Port9ºAnoPROF.indd 142Port9ºAnoPROF.indd 142 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 143 • P34 Examinar em textos o uso de construções verbais passivas e impessoais em sequências argumentativas ou expositivas. • P35 Examinar em textos o uso dos verbos “de dizer” para introduzir sequências dialogais ou para incorporar citações. • P36 Examinar em textos o uso de construções verbais do tipo “parece que”, “é necessário que”, ou de alguns advérbios como provavelmente, geralmente, em sequências argumentativas e expositivas. Explore o uso de passivas (grifa- das em vermelho) em sequências argumentativas e seu efeito de impessoalidade (e de aparente verdade) e dos advérbios e ex- pressões adverbiais assinalados em vermelho, que marcam o po- sicionamento do autor. Destaque a diferença entre dizer “são cha- mados de irresponsáveis” e “são frequentemente chamados de ir- responsáveis”; na segunda possi- bilidade há uma modalização que difi culta a refutação e transmite a imagem de um autor cuidadoso, que não faz afi rmações categó- ricas sobre fatos. Isso também vale para “em geral”, “não raro” e “muitos”. Já o “certamente” do fi nal confere assertividade, algo tido como verdade. Explore tam- bém as formulações com as pala- vras destacadas em azul. Propo- nha uma questão como: ao usar “dizem que” e “tido como”, o au- tor deixa claro que concorda ou que discorda da afi rmação feita? Peça que comparem as formula- ções: “para o trabalho, o jovem é inexperiente” e “para o trabalho, Perante o Congresso Nacional, que abriga políticos de vários partidos, tendências e opiniões, a estratégia argumentativa do primeiro trecho pode ser mais convincente, já que alguém que pense de forma contrária ao deputado em questão não poderá acusá-lo de não estar vendo outros ângulos. Port9ºAnoPROF.indd 143Port9ºAnoPROF.indd 143 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM 144 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP dizem que o jovem é inexperiente” e observem os diferentes efeitos. Repita o procedimento em “algum feito tido como rebelde” e “feito rebelde”. Port9ºAnoPROF.indd 144Port9ºAnoPROF.indd 144 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 145 O autor primeiro apresenta uma posição contrária à sua para, depois, expressar sua posição. Port9ºAnoPROF.indd 145Port9ºAnoPROF.indd 145 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM 146 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Esta atividade pode ser feita em duplas, pois a proposta de ex- perimentar as diferentes estra- tégias argumentativas pode ser facilitada e enriquecida na troca de ideias entre os alunos. No en- tanto, cada aluno deverá revisar o próprio texto. c a b Port9ºAnoPROF.indd 146Port9ºAnoPROF.indd 146 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 147 • P24 Estabelecer a relação entre o título e o corpo do texto. • P27 Correlacionar causa e efeito, problema e solução, fato e opinião relativa a esse fato, tese e argumentos, defi nição e exemplo, comparação ou contraste, para estabelecer a coesão da sequência de ideias. • P33 Identifi car possíveis elementos constitutivos da organização interna do artigo de opinião: introdução com a tese que será contestada, apresentação de dados que escora a conclusão, nova tese com a opinião do autor. O próximo passo é trabalhar as- pectos relativos às partes e ele- mentos que, em geral, compõem um artigo de opinião, a fi m de facilitar a leitura e a produção desse tipo de texto pelo aluno. Observe que a temática dos ar- tigos diz respeito a uma questão que, em geral, mobiliza bastante os jovens adolescentes, pois se refere ao exercício da sexualidade e à gravidez na puberdade. Dessa forma, sugerimos que antes e/ou depois da leitura dos textos você organize com a turma rodas de conversas em que os alunos po- derão fazer comentários, posi- cionando-se em relação a esses temas. Não se espera que todos falem sobre isso e muito menos que exponham sua intimidade, mas que se propicie um espaço para conversar a respeito. Even- tualmente, pode haver dúvidas sobre o tema, alguma que, até mesmo, no momento, você não possa esclarecer. O importante é que, nesse caso, sejam previs- tas outras ocasiões e estratégias para esclarecê-las. Aqui sugere-se uma classifi cação, embora outras, desde que justifi cadas, sejam possíveis. Port9ºAnoPROF.indd 147Port9ºAnoPROF.indd 147 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM 148 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 2 3 2 5 Port9ºAnoPROF.indd 148Port9ºAnoPROF.indd 148 9/16/10 5:16 PM9/16/10 5:16 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 149 Na questão 2, considere os se- guintes critérios para avaliar a adequação do título: a relação com o assunto (deve mencionar a pílula do dia seguinte) e com o posicionamento do autor (contrá- rio a seu uso indiscriminado) e o grau de apelo que tem para o leitor – se é chamativo. O título original do artigo é Pílula do dia seguinte não é solução pra tudo. 4 4 4 8 Port9ºAnoPROF.indd 149Port9ºAnoPROF.indd 149 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM 150 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 150Port9ºAnoPROF.indd 150 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 151 Port9ºAnoPROF.indd 151Port9ºAnoPROF.indd 151 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM 152 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP No item a há outras possibilida- des de preenchimento, avalie a coerência. Não. Há um fosso entre discurso e ação, que se deve, em grande parte, à falta de tempo. Os espaços de informação foram democratizados, mas não o tempo das pessoas, que, na correria, fazem de conta que entenderam a mensagem. Não. Há um fosso entre discurso e ação, em razão não só da falta de tempo como também das complexas emoções humanas. Sentimentos positivos e negativos deixam o jovem mais exposto ao risco. É possível e necessário juntar razão e emoção, de forma a lidar com as emoções e administrar as informações. Port9ºAnoPROF.indd 152Port9ºAnoPROF.indd 152 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 153 P33 Identifi car possíveis elementos constitutivos da organização interna do artigo de opinião: introdução com a tese que será contestada, apresentação de dados que escora a conclusão, nova tese com a opinião do autor. Artigo 1: Questão controversa discutida: Hip-Hop salva? (está no título). Posição do autor: sim, salva. Argumentos: dá autoestima para o jovem; serve como porta-voz da periferia; atinge objetivos da educação e da cultura; por meio do lazer, tem-se o conhecimento e a conscientização; o exemplo de Sabotage, que passou de tra- fi cante a rapper. Port9ºAnoPROF.indd 153Port9ºAnoPROF.indd 153 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM 154 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd154Port9ºAnoPROF.indd 154 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 155 Pergunte aos alunos como o au- tor inicia o artigo. Se for o caso, ofereça alternativas e, entre elas, respostas adequadas: contextuali- za o Hip-Hop, explicando um pou- co sua história e o que constitui o movimento. Comente que “Um grande salve a todos! Satisfação escrever mais uma vez! Hoje gos- taria de falar sobre...” parece in- dicar que o autor escreve sempre nessa coluna. Explore também a forma de en- cerramento: retomada da tese (Hip-Hop salva) acompanhada de frases sínteses que recuperam o já dito e acrescentam circuns- tâncias: “Essa é a mensagem do Hip-Hop: mostrar aos jovens po- bres e aos jovens negros que eles também podem ser vencedores.” “E é por isso que nos chamamos de guerreiros e guerreiras. Essa é a nossa luta: criar oportunidade para o nosso povo.”. Port9ºAnoPROF.indd 155Port9ºAnoPROF.indd 155 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM 156 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P38 Compreender criticamente os sentidos e a intencionalidade de comentários. Chame a atenção para a forma de começar o artigo: contextualiza o ECA no tempo – “O Estatuto da Criança e do Adolescente foi publicado em 13 de julho de 1990.”; situa a questão polêmi- ca – “Catorze anos depois, detra- tores ainda dizem que essa lei é boa para a Suíça.” – e explicita sua opinião – “Muito pelo contrá- rio: mudanças no ECA, só se for para impor penas aos governan- tes que o descumprem.”. E tam- bém para a forma de encerrá-lo: como no artigo anterior, a tese é retomada, acompanhada de sínteses e de frases de efeito: “Mudanças no ECA, só se for para estabelecer penas para os gover- nantes que o descumprem.”. Port9ºAnoPROF.indd 156Port9ºAnoPROF.indd 156 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 157 Artigo 2 Questão controversa: O Brasil pre- cisa de ECA? (variações de formu- lação são possíveis). Posição do autor: sim. Argumentos empregados: (O Bra- sil precisa do ECA), pois os di- reitos das crianças e dos jovens são frequentemente desrespei- tados (14 milhões de crianças e adolescentes têm seus direitos negados no Brasil). No restante do artigo, o autor ilustra outros desrespeitos. Port9ºAnoPROF.indd 157Port9ºAnoPROF.indd 157 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM 158 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 158Port9ºAnoPROF.indd 158 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 159 • P32 Revisar e editar o texto focalizando os aspectos estudados na análise e refl exão sobre a língua e a linguagem. O objetivo desta atividade é fazer o aluno avaliar o texto que produ- ziu, ganhando assim um pouco de autonomia no processo de produ- ção. Caso ele não consiga perce- ber problemas no próprio texto, pode-se trocá-lo entre os alunos e pedir que os colegas comentem entre si os textos lidos. Pode-se também fornecer pistas a propó- sito do que o aluno deve olhar no próprio texto. Recortar para ele o que deve observar é fundamen- tal, pois, diante da tarefa de sim- plesmente reler sua produção, ele tende a não enxergar os próprios erros, já que não sabe exatamente o que olhar. Por isso, na atividade fi nal dessa sequência didática se oferece um quadro com critérios de avaliação discriminados. Port9ºAnoPROF.indd 159Port9ºAnoPROF.indd 159 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM 160 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P30 Planejar o artigo de opinião: levantamento de informações e diferentes opiniões sobre o tema selecionado. Esta atividade pretende assegurar ainda mais a alimentação temáti- ca. Os alunos precisam ter funda- mentos para argumentar. Por essa razão, a atividade propõe uma síntese do que foi discutido até o momento, considerando o que pode ser usado como argumento nos vários posicionamentos em jogo, e a ampliação de referências (e conteúdos), se necessário. Port9ºAnoPROF.indd 160Port9ºAnoPROF.indd 160 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 161 A ideia é que o aluno reescreva seu artigo, partindo ou não do já escrito. Às vezes, dependendo da quantidade de alterações, é mais fácil recomeçar do que aprovei- tar o já feito. Depois da escrita (no mesmo dia ou em outro), o aluno deve reler seu texto, con- siderando o quadro de critérios de avaliação apresentado e fazer as alterações necessárias. Ava- lie o texto dos alunos com base na mesma matriz de critérios. É importante que você compa- re o texto fi nal com a primeira produção, observando se houve desenvolvimento signifi cativo, para avaliar o processo integral- mente. Essa avaliação deve ser partilhada com os alunos, para que tomem consciência de seu processo de aprendizagem. Para facilitar, tire cópias do quadro de avaliação e preencha um para cada aluno, devolvendo-o a ele, com o texto corrigido, depois de sua avaliação. Port9ºAnoPROF.indd 161Port9ºAnoPROF.indd 161 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM 162 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 162Port9ºAnoPROF.indd 162 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 163 Para começar o trabalho com esta Unidade, sugerimos que organize uma roda de conversa com os alu- nos, perguntando o que já ouvi- ram a respeito de currículo e em que circunstâncias. Abra espaço para a fala deles e procure rela- cionar os sentidos que apresenta- rem da palavra “currículo” com as experiências pessoais e de traba- lho que relatarem. Port9ºAnoPROF.indd 163Port9ºAnoPROF.indd 163 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM 164 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Em seguida, leia a introdução, destacando a ideia de currículo como caminho de vida. A atividade 1 objetiva principal- mente a construção da linha do tempo dos alunos com foco nas aprendizagens mais signifi cativas. Para introduzir a aprendizagem como atividade inerente ao ser humano, propomos que retome a conversa, abrindo espaço para que comentem as principais ideias. Em seguida, proponha a elaboração da linha do tempo. É provável que eles precisem de duas aulas para concluir esta atividade, pois terão de procurar informações sobre seus primeiros anos de vida (época de suas pri- meiras aprendizagens). Deixe-os à citação de Guimarães Rosa: o que será que ele quis dizer ao afi rmar que as pessoas “ainda não foram terminadas”? O narrador acha que isso é bom? De certa forma, as mudanças mencionadas no texto têm relação com novas e contí- nuas aprendizagens. Leia o texto da página seguinte com os alunos, em uma roda de • P81 Relacionar o currículo ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momento em que se dá a interação) e suporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, papéis administrativos, periódicos, documentos em geral). • P82 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios. • P87 Planejar o currículo: reunir informações pessoais presentes e passadas (documentos, escolaridade, experiências, cursos) e colocar em ordem cronológica. Port9ºAnoPROF.indd 164Port9ºAnoPROF.indd 164 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 165 vontade para registrar o que qui- serem, pois dependerão das infor- mações de que se lembrarem ou mesmo conseguirem com outras pessoas. Por último, proponha que individualmente sistematizem respostas para as perguntas que tentam registrar as percepções deles acerca de suascapacidades e conhecimentos. Port9ºAnoPROF.indd 165Port9ºAnoPROF.indd 165 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM 166 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Sugerimos que, para esta ativida- de, você organize os alunos em duplas, para poderem elaborar jun- tos as questões que orientarão a busca por essas informações. Auxi- lie-os indicando outras perguntas, além das sugeridas no questioná- rio de dados autobiográfi cos: • Com que idade falou? Quais foram suas primeiras palavras? algum aprendizado interessante a respeito das matérias da esco- la (Ciências, História, Geogra- fi a, Matemática, Inglês etc.)? • Já fez alguma viagem? Para onde? O que aprendeu de novo sobre esse(s) lugar(es)? • Fez algum curso além da esco- la? Sobre o quê? Quando? • Tem irmãos? Quando nasceram? O que aprendeu ou ensinou para eles? • Com que idade foi para a es- cola? Quando aprendeu a ler? Lembra de algum livro interes- sante que leu? Em que época? Quando aprendeu a escrever? Pratica algum esporte? Qual? Desde quando? Lembra-se de Port9ºAnoPROF.indd 166Port9ºAnoPROF.indd 166 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 167 Em duplas, os alunos poderão pensar em outras situações de vida nas quais aprenderam no- vos conhecimentos, incluindo no questionário mais informações para a linha do tempo. Depois de complementar o questionário com as perguntas que conside- rarem importantes, eles deverão, exercício de ordenar fatos de sua vida, em especial no que se refere às aprendizagens, pode levá-los a refl etir sobre seu currículo de vida e, mais especifi camente, se considerarmos as aprendizagens mais formais, o que virá a ser sistematizado nesta Unidade: o currículo profi ssional. individualmente, procurar essas informações com as pessoas mais próximas. Com as informações coletadas, proponha em sala de aula que eles preencham a linha do tempo e socializem as produções. Suge- rimos que conclua a atividade 1 relacionando a ideia de que o Port9ºAnoPROF.indd 167Port9ºAnoPROF.indd 167 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM 168 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 168Port9ºAnoPROF.indd 168 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 169 Port9ºAnoPROF.indd 169Port9ºAnoPROF.indd 169 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM 170 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Resposta pessoal Resposta pessoal Resposta pessoal Resposta pessoal Resposta pessoal Port9ºAnoPROF.indd 170Port9ºAnoPROF.indd 170 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 171 A atividade 2 tem um caráter prospectivo. A linha do tempo é uma atividade individual e deve ser complementada indicando o que pretende aprender em bre- ve – esses aprendizados podem, ou não, estar diretamente rela- cionados aos conteúdos escola- res. A pesquisa proposta no item 2 da atividade pode ser feita em aprendizagem que você tenha tido, de forma a propiciar-lhes a percepção de seu ponto de vista. As questões 1a e 1b podem ser respondidas com base em uma discussão coletiva. Na questão 1a, a tirinha dá uma sugestão de resposta que é a ideia de or- ganização da vida e defi nições mais planejadas. Essa ideia pode grupos. Preveja uma aula para a socialização e a organização dos dados da pesquisa. Para a organi- zação, sugira a elaboração de um painel (feito em folhas de papel craft) de divulgação dos lugares identifi cados pelos alunos. Enco- raje-os a participar de atividades artístico-culturais. Não deixe de expor para eles experiências de • P87 Planejar o currículo: reunir informações pessoais presentes e passadas (documentos, escolaridade, experiências, cursos) e colocar em ordem cronológica. Port9ºAnoPROF.indd 171Port9ºAnoPROF.indd 171 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM 172 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP ser seguida, mas outras respos- tas que apontem para a perspec- tiva de que podemos/devemos planejar nossa vida, para não sermos vítimas das circunstân- cias, são possíveis. Na questão 1b, é possível atribuir um sentido, partindo da ponde- são possíveis, desde que estejam relacionadas à ideia de planeja- mento e realização. A questão 2 requer que os alu- nos naveguem em sites na inter- net para pesquisar lugares onde há os cursos que desejam fazer e constituir planos para seu projeto ração do garoto, de que há dife- rença entre o que se planeja e o resultado a que se chega. Apesar do planejamento, a vida é muitas vezes imprevisível. Mesmo assim, a ideia é que esse planejamen- to é necessário para que não se viva ao acaso. Outras respostas Port9ºAnoPROF.indd 172Port9ºAnoPROF.indd 172 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 173 de vida. Assim, será necessário organizar com eles essa pesquisa, de acordo com a disponibilidade de computadores conectados à internet. Nesse planejamento, é fundamental prever um momento de socialização dos achados, pois esses podem, até mesmo, sugerir aos demais alunos opções de pla- nos para a construção de seu cur- rículo de vida. Consultas perma- nentes a esses sites e comentários sobre os eventos programados se- riam muito pertinentes, uma vez que podem mobilizar os alunos para a realização de algum curso ou ofi cina, ou para a participa- ção em algum evento cultural. Para a realização do item 2 da atividade, estabeleça parceria com o professor orientador da sala de informática. Resposta pessoal Resposta pessoal Port9ºAnoPROF.indd 173Port9ºAnoPROF.indd 173 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM 174 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP O objetivo desta atividade é pro- porcionar aos alunos uma refl exão sobre alguns aspectos sócio-histó- ricos atuais relativos à juventude e ao mundo do trabalho. Até agora, a Unidade abordou aspectos indi- viduais, relacionados às escolhas e às disposições pessoais para o currículo. Porém, essa questão não diz respeito apenas a aspectos de vários fatores, como escolari- dade, qualifi cação, pobreza etc. Para que esse debate não se per- ca, enfoque os aspectos que os jovens apontam na entrevista e a opinião de seus alunos, que po- dem, até mesmo, fazer suas obser- vações em sala de aula. De qual- quer modo, para não encerrar o debate com uma visão pessimista, individuais, mas também a condi- ções sócio-históricas. Assim, esta atividade é um momento para os alunos discutirem os desafi os da inserção do jovem no mundo do trabalho, tema que pode gerar um debate no fi m desta ativida- de. Esse assunto é complexo, pois envolve diversos aspectos, entre os quais, desemprego, resultado Port9ºAnoPROF.indd 174Port9ºAnoPROF.indd 174 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 175 é importante que eles percebam que, em linhas gerais, quanto maior a escolaridade e melhor a qualifi cação profi ssional, maiores as chances de encontrar um bom trabalho (o que pode vir a ser observado – caso haja possibi- lidade – em uma atividade de mentários e para relatos de expe- riências semelhantes às situações apresentadas. Para responder às perguntas seguintes à leitura da entrevista, proponha que, indi- vidualmente, os alunos releiam o texto, levando em conta as questões formuladas. leitura de classifi cados, verifi - cando a escolaridade requerida). Também é fundamental relacionar essa qualifi cação aos trabalhos propostos desde a atividade 2 desta Unidade. Leia coletivamente a entrevista a seguir, abrindo espaço para co- Port9ºAnoPROF.indd 175Port9ºAnoPROF.indd 175 9/16/10 5:17PM9/16/10 5:17 PM 176 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 176Port9ºAnoPROF.indd 176 9/16/10 5:17 PM9/16/10 5:17 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 177 Port9ºAnoPROF.indd 177Port9ºAnoPROF.indd 177 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM 178 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 178Port9ºAnoPROF.indd 178 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 179 Port9ºAnoPROF.indd 179Port9ºAnoPROF.indd 179 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM 180 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP • P83 Recuperar informações explícitas. • P82 Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios. Dentre vários, há a necessidade de ter o próprio dinheiro, ser independente, ajudar os pais, ter responsabilidade e sustentar a família. Complementos a essa resposta são possíveis. Conciliar trabalho e estudo; há pouca oferta de cursos gratuitos, entre outros. Port9ºAnoPROF.indd 180Port9ºAnoPROF.indd 180 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 181 Ao discutir o item c, enfatize que os planos dos entrevistados rela- cionam-se ao fato de, hoje, boa parte das ocupações exigir o uso de computador e o domínio da língua inglesa. Essa exigência tem levado as pessoas a procurar esses cursos. Quanto às suges- tões, podem ir na direção do que os entrevistados desejam e física e psicológica. Na entrevis- ta, alguns depoimentos ilustram quanto um trabalho inadequado à faixa etária e o período de es- colaridade podem prejudicar a pessoa. O melhor exemplo é o de Alan, que parou de estudar para trabalhar e hoje suas possibili- dades estão restritas ao pequeno comércio e à informalidade. pretendem. Por exemplo: Vanes- sa poderia tentar se aproximar da área de cinema, frequentando curso de audiovisual. No item d, discuta as razões de garantir a permanência de crian- ças e jovens na escola e a dedi- cação a ela, sem que demandas de trabalho prejudiquem esse processo ou mesmo sua saúde Port9ºAnoPROF.indd 181Port9ºAnoPROF.indd 181 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM 182 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Os sites do CEFET-SP e do Cen- tro Paula Souza fornecem im- portantes informações sobre as diferentes possibilidades de cursos técnicos. É fundamental que você conheça essas opções, pois a conversa a seguir também deve ser informativa para que os alunos pensem a respeito de um projeto para o Ensino Médio. permita cursar o técnico em de- trimento do regular. A visita aos sites sugeridos deve ser acompanhada de uma ano- tação dos cursos/profi ssões que mais chamaram a atenção – “lis- ta dos cursos/profi ssões que nos interessaram”, ou algo assim, além do preenchimento da fi cha com dados sobre as profi ssões. Valorize a importância de darem continuidade aos estudos no En- sino Médio e, se for do interesse deles, considerar a possibilidade de fazer um curso técnico. Escla- reça que o Ensino Médio regular é obrigatório por lei: mas ele pode estar vinculado a um curso téc- nico (com maior carga horária), muito embora a legislação não Port9ºAnoPROF.indd 182Port9ºAnoPROF.indd 182 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 183 Caso não seja possível o acesso à internet, proponha entrevistas a profi ssionais como indicado no item d. Se a pesquisa na internet tiver sido feita, avalie a pertinência de propor a realização do item d. Observe se os alunos mantêm o interesse pelo assunto e se há efetivamente pessoas disponí- veis, cujas profi ssões tenham sido mencionadas. Caso eles façam essa atividade, mantenha o pai- nel de profi ssões por alguns dias, de forma que ele possa ser com- plementado após as entrevistas. Port9ºAnoPROF.indd 183Port9ºAnoPROF.indd 183 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM 184 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 184Port9ºAnoPROF.indd 184 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 185 Port9ºAnoPROF.indd 185Port9ºAnoPROF.indd 185 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM 186 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Na questão 3, procure problema- tizar um pouco as respostas dos alunos, procurando justifi cativas para seus posicionamentos. A atividade 5 destaca a situação de entrevista profissional para busca de emprego. Ao trabalhar as respostas hipotéticas de dois can- didatos a uma vaga, explore desde o acentuado grau de informalidade fundamental em uma entrevista de emprego. Chame a atenção para o uso de um vocabulário mais espe- cializado (hardware, formação con- tínua) e construções mais comple- xas. O uso de modalizadores (como “muito provavelmente”) demonstra certo cuidado com a precisão, o que também ajuda na construção de uma imagem positiva. do primeiro candidato até a maior clareza e objetividade demons- tradas pelo segundo. O primeiro parece estar na área por acaso, decorrência de um gosto da in- fância. O segundo investe em sua carreira: analisa a área, se preocu- pa com sua formação. Além disso, fez uma pesquisa sobre a empresa em que pretende trabalhar, algo • P94 Relatar e comentar experiências que envolvam entrevistas profi ssionais. • P95 Encenar situações de entrevista profi ssional. • P96 Empregar palavras ou expressões que funcionam como modalizadores para atenuar críticas, proibições ou ordens potencialmente ameaçadoras ao interlocutor como talvez, é possível, por favor. • P97 Ampliar o uso de vocabulário diversifi cado e de estruturas com maior complexidade sintática. Port9ºAnoPROF.indd 186Port9ºAnoPROF.indd 186 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 187 Na cena 1, as inadequações re- ferem-se à forma de se vestir, de cumprimentar, ao fato de um dos candidatos estar mascando chi- clete. Em uma entrevista de em- prego, é preciso cuidar da aparên- cia, evitando bonés, minissaias, shorts, bermudas, calças justas, blusas curtas ou decotadas. Deve- -se evitar o uso de gírias ou pala- apropriado. Não é aconselhável antecipar-se ao entrevistador, perguntando a respeito de salário, benefícios etc. Na cena 3, o excesso de timidez também prejudica. Não olhar no olho é uma atitude inadequada. A simulação do que ela terá de fazer (venda por telefone) tam- bém não foi feliz. Ela parece não vrões, por mais que a situação pareça ser (ou seja) informal. Na cena 2, o comportamento é inadequado. Recomenda-se evitar cruzar os braços e as pernas, pro- curando manter uma postura ade- quada na hora de se sentar. Tam- bém não se deve deixar o celular ligado. Falar mal do ex-emprego e/ou do ex-chefe também não é Port9ºAnoPROF.indd 187Port9ºAnoPROF.indd 187 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM 188 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP ser capaz de convencer o cliente, pois não usa argumentos em fa- vor do produto. Faz apenas ava- liações e afi rmações genéricas (“É muito bom”; “Muita gente já experimentou”). Para encerrar a atividade 5, pro- põe-se que os alunos façam es- quetes de dramatização, partin- do de uma entrevista de seleção, trevistador. Em todos os casos, eles deverão avaliar a adequação do entrevistado. Antes de organizar os grupos para as dramatizações, pergunte-lhes se já tiveram oportunidade de participar de alguma entrevista de seleção ou se já ouviram pes- soas comentando suas experiên- cias nessa situação. É possível articulando o que trabalharam até aqui: os conhecimentos e as capacidades que reconhecem em si e a busca por colocação profi s- sional. As vagas a serem dramati-zadas devem estar relacionadas às profi ssões pesquisadas por eles. Discuta a necessidade de o can- didato se adaptar à especifi cidade da vaga e/ou à empresa e ao en- Port9ºAnoPROF.indd 188Port9ºAnoPROF.indd 188 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 189 que a maioria ainda não tenha tido essa oportunidade, uma vez que a idade deles (em torno de 14 anos) é o limite mínimo para o trabalho na condição de apren- diz. É essencial ressaltar os parâ- metros legais e a importância dos direitos infantojuvenis na pers- como se preparar e se comportar na entrevista exploradas na ativi- dade 5. Para tornar esse trabalho mais animado e possibilitar a re- fl exão por contraposição, propo- nha que alguns alunos façam o contrário do sugerido pela dica. pectiva do cuidado em relação ao período de vida para o tipo de trabalho. Conte eventuais si- tuações de entrevistas de seleção pelas quais passou ou vividas por outras pessoas. Para ajudá-los na dramatização, retome as dicas a respeito de Port9ºAnoPROF.indd 189Port9ºAnoPROF.indd 189 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM 190 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Antes de os alunos passarem à produção, propomos a análise de um currículo e a exploração de um modelo, possibilitando a visuali- zação e a compreensão da orga- nização de um documento desse tipo. Ressalte para os alunos a di- versidade de modelos de currículos mescla todas as informações em um texto corrido e não as orga- niza, nem por categorias, nem cronologicamente. Sugerimos que leia o texto com eles, fazen- do uma simulação, como se você fosse o responsável pela seleção! Proponha-lhes que imaginem existentes que podem, também, ser encontrados na internet. Pretende-se que nesta atividade o aluno perceba que há uma razão para usar tópicos, marcadores e justaposição de enunciados na elaboração de um currículo. O cur- rículo apresentado na página 156 • P81 Relacionar o currículo ao seu contexto de produção (interlocutores, fi nalidade, lugar e momento em que se dá a interação) e suporte de circulação original (objetos elaborados especialmente para a escrita, como livros, revistas, papéis administrativos, periódicos, documentos em geral). • P83 Recuperar informações explícitas. • P84 Estabelecer a relação entre o título ou subtítulos e o corpo do texto. • P85 Comparar currículos quanto ao tratamento temático ou estilístico. • P86 Reconhecer os efeitos de sentido decorrentes da diagramação, de recursos gráfi co-visuais (tipo, tamanho ou estilo da fonte). • P91 Examinar em textos o uso da justaposição de enunciados. • P92 Examinar em textos o uso de numerais na orientação da subdivisão do tema ou na enumeração de propriedades. • P93 Examinar em textos o uso de recursos gráfi cos no currículo. Organizar as informações cronologicamente e por categorias e colocar marcadores para dividir os tópicos. Port9ºAnoPROF.indd 190Port9ºAnoPROF.indd 190 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 191 a situação daqui a 10 anos, quan- do a candidata Luana tiver pelo menos mais dez informações a dar! Como esse texto fi caria? Imenso, mais confuso ainda e sem organização. Proponha aos alunos, em trios, que refaçam o currículo de Luana com base em um modelo. Rua da Lua Nova, 345 – Centro – São Paulo – SP lvsantos@meuemail.com – (11) 6666-5555 Estudante do 3o ano do Ensino Médio, 18 anos, experiência com projetos comunitários, busca oportunidade para atuar como monitora em eventos infantis. 3o ano do Ensino Médio, Escola Estadual Paulo Freire, em andamento. Curso de teatro na Ofi cina Cultural Oswald de Andrade, em 2008. Cursos complementares: Informática (Offi ce e Internet, em 2005). Recepcionista no Congresso EDUCAR, em 2009. Vendedora temporária na loja Sul-surf, em dezembro de 2007. Palestra Meio Ambiente e Sustentabilidade, organização ONG Salve a Natureza, em 2007; Participação em atividades na Associação Comunitária de Moradores do Centro, desde 2006. Autora de poema apresentado no sarau literário da Cooperifa, em 2009. Disponibilidade para trabalhos no fi m de semana. Port9ºAnoPROF.indd 191Port9ºAnoPROF.indd 191 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM 192 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP Port9ºAnoPROF.indd 192Port9ºAnoPROF.indd 192 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM L IVRO DO PROFESSOR L ÍNGUA PORTUGUESA · 9O ANO 193 Desenvolvimento de programas e manutenção de sistemas. Espera-se que os alunos digam que sim. Organiza as informações e torna sua localização mais rápida. As informações devem estar organizadas em ordem decrescente, da atual para a mais antiga, pois o entrevistador se interessa, primeiro, pelas experiências mais recentes. Dados de contato do candidato, algo importante para que ele possa ser localizado e informado se foi ou não selecionado. Faz uma síntese dos dados pessoais e de formação e explicita o cargo ou a função pretendida. Port9ºAnoPROF.indd 193Port9ºAnoPROF.indd 193 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM 194 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP É fundamental que esta atividade preveja o momento de produção do currículo pelo aluno. Sugeri- mos que, para a primeira reda- ção, você organize a turma em duplas, a fi m de permitir que os alunos tirem dúvidas e ponderem a respeito das informações que devem constar no documento e em qual seção. Depois dessa con- cuidadosa é importante. Desta- que a seriedade desse momento de aprimoramento do currículo. Também consideramos relevante que, durante essa produção, você acompanhe as duplas de trabalho. Se possível, leia os currículos e faça as devidas correções, já que esses documentos, eventualmen- te, podem vir a ser enviados para versa inicial, cada aluno deverá redigir seu currículo. Em seguida, proponha que troquem com seu parceiro os currículos, leiam-no e façam sugestões ao texto do colega. Alerte-os sobre como fa- zer essas sugestões: com cuidado e respeito à produção do colega. Sabemos quanto esse aprendiza- do de criticar/corrigir de forma • P84 Estabelecer a relação entre o título ou subtítulos e o corpo do texto. • P90 Identifi car possíveis elementos constitutivos da organização interna do currículo: identifi cação (nome, endereço, telefones, fax, e-mail), formação (escolaridade), experiência. Informações relativas à escolaridade, indicando o nome das instituições de ensino, o curso e o período de duração. Além disso, podem ser incluídos cursos complementares à formação. Com os alunos, elenque alguns cursos feitos por eles. Informações sobre trabalhos profi ssionais realizados, incluindo nome da empresa, cargo e tempo de permanência. Podem ser indicadas atividades relacionadas a atuações como palestrante, monitor ou organizador de eventos. Outras atividades, inclusive, comunitárias, que acrescentem informações sobre as capacidades e as habilidades do candidato. Grau de conhecimento em idiomas e informática, além de eventuais experiências de viagem que agregam conhecimentos e experiências distintas. Port9ºAnoPROF.indd 194Port9ºAnoPROF.indd 194 9/16/10 5:18 PM9/16/10 5:18 PM
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