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Trabalho Direito Penal

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Instituto de Ciências Jurídicas
Curso de Direito
TRABALHO: PROTEÇÃO PENAL. INTER. ADM. PUBLICA.
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2017
SUBTRAÇÃO OU INITILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTOS.
“Art. 337” – subtrair, inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento confinado á custódia de um funcionário, em razão de oficio, ou particular em serviço publico.
Pena – reclusão de dois a cinco anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Bem Jurídico Tutelado – (todos protegem a Administração Publica).
Protege a segurança e o normal funcionamento da Administração Publica (União, Estado e Municípios), de maneira especial no que diz respeito a guarda dos agentes públicos da administração.
SUJEITOS DO CRIME.
Sujeito Ativo – Sempre será o funcionário publico que é elementar do crime, logo se comunica.
Qualquer pessoa, funcionário publico(despido dessa qualidade) ou particular em serviço publico, pode ser sujeito ativo do crime. Caso o sujeito ativo seja advogado ou procurador e pratique o fato nessa condição, o crime pode dentro do artigo 356 do Código Penal (sonegação de papel mou objeto probatório). 
Sujeito Passivo – O Estado, administração publica (sempre diretamente o Estado e indiretamente o particular lesado). 
Objeto Típico.
Pune-se a conduta de subtrair (arrebatar, suprimir, retirar, sujeitando de disponibilidade do sujeito ativo) ou inutilizar (suprimir a utilidade, prejudicar a utilização, tornar imprestável ao fim a que se destina) livro oficial (destinado legalmente á finalidade publica), documento publico ou particular ( que se destina a prova ou demonstração de algum ato ou fato),m processo (autos) é imprescindível que o objeto material do crime esteja entregue, custodiado a funcionário publico em razão e por força do seu oficio e também, em hipótese especiais ao particular que esteja em serviço publico.
Elemento Subjetivo – (Dolo)
Em ambas as figuras, o crime só é punido a titulo de dolo, consubstancia na vontade livre, firme e definida de praticar qualquer ações descritas, sempre com a consciência de que o livro oficial, o documento ou o processo estejam confiados á guarda de agente publico ou de quem esteja a serviço publico. Pode o crime ser praticado com dolo eventual. Os motivos do agente não interferem na qualidade de crime, mas na quantidade da pena.
Consumação e Tentativa – (sempre admissível nos crimes comissivos, mas não nas formas omissivas).
Consuma-se o crime no momento e instante em que ocorre a subtração ou inutilização total ou parcial dos livros e documentos mencionados no tipo penal, independente mente de outro resultado (intenção de causar prejuízo), basta, portanto, a violação da respectiva guarda pela pratica de qualquer das condutas incriminadas, ainda que ausente o efetivo prejuízo. Entende-se que a posterior reconstituição de processo subtraído ou inutilizado não descaracteriza o crime, admite-se a tentativa em qualquer das modalidades. 
Ação Penal.
Publica Incondicionada, sujeito a pena de dois a cinco anos, se ofato não constituir crime mais grave.
SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIARIA.
“Art. 337-A”. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:
I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciários segurados empregados, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; 
II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços;
III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessam as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.
§ 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social.
Bem Jurídico Tutelado
Este dispositivo acrescentado pela lei 9983-2000 visa proteger o patrimônio do Estado - Administração Publica especialmente do sistema de Previdência social, contra ato que possa lesar suprimir ou reduzir as contribuições sociais.
Sujeito do Crime
O sujeito ativo é aquele responsável pelos documentos de informações, títulos de contabilidade e outros documentos relacionados com os deveres e as obrigações com a previdência social.
Tipicidade Objetiva
Varias são as condutas típicas trazidas no dispositivo em analise que representam supressão ou redução de contribuição social previdenciária e de qualquer acessório:
a) Inciso I do artigo 337 A do código Penal - omitir informações de folha de pagamento de empresa ou de documentos, relativamente ao numero correto de segurados, empregados, empresários, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado, quando obrigatório pela legislação previdenciária. Tal omissão se equivale a falsidade ideológica, gerando recolhimento menor do que devido a Previdência Social .
b) Inciso II do artigo 337 A do código Penal – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços, não lançado ,quando devida, as quantia descontadas dos segurados, como ainda as quantias devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviço.
c) Inciso III do artigo 337 A do código Penal-omitir receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuição sociais previdenciárias, total ou parcial.
Elemento Subjetivo
O crime é punido a titulo de dolo, caracterizado pela intenção firme,definida e consciente de suprimir ou reduzir a contribuição previdenciária e qualquer acessório ,omitindo informações ,declarações ,lançamentos e outros mencionados nos incisos I,II E III do artigo 337 A do código penal .
Consumação e tentativa
O crime no caput e em todas as hipóteses trazidas nos incisos I,II e III do artigo 337 A do código penal se consuma no momento e instante de pratica das condutas indicadas.
Havendo possibilidade de fracionamento das condutas, é possível a tentativa.
Extinção da Punibilidade
De acordo com o parágrafo I do artigo 337 A do código Penal, extingue-se a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas a previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do inicio da ação fiscal.
Se já iniciada a ação fiscal, a declaração e a confissão,desde que feita antes do recebimento da denuncia ,podem configurar o arrependimento posterior,gerando a diminuição da pena e não mais a extinção da punibilidade.
Perdão judicial e aplicação de multa
Conforme disposto no parágrafo II do artigo 337 A do código Penal, é facultado ao juiz deixar deaplicar à pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que observados os critérios administrativos da Previdência Social para o ajuizamento de suas execuções fiscais. Assim permite-se a incidência de pequeno valor sonegado do órgão previdenciário como parâmetro para a aplicação do perdão judicial ou apenas da aplicação de pena ou multa, que embora seja faculdade do juiz, deve ser interpretada como direito subjetivo do réu sonegador, desde que estejam presentes todos os requisitos já apreciados.
Forma Privilegiada
Os parágrafos 3 e 4 do artigo 337-A do código Penal estabelecem critérios para a redução da pena u aplicação apenas de multa, na hipótese de sonegador que não seja considerado pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassar valor determinado pelo reajuste dos benefícios da previdência social.
Ação Penal.
Ação Penal é publica incondicionada.
CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA ESTRANGEIRA – CORRUPÇÃO ATIVA EM TRANSAÇÃO COMERCIAL INTERNACIONAL.
“Art. 337-B”. Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a funcionário público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à transação comercial internacional: (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário público estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. (“Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)”.
A corrupção ativa citada no tipo penal foi mais completa do que a prevista no art. 333 do CP, este último não esta enunciada no núcleo verbal DAR, o tipo penal do art. 337-B expressamente previsto no núcleo verbal.
Nestas modalidades, PROMETER e OFERECER o crime de FORMAL. Já no lado da formalidade DAR o crime é MATERIAL. Sento assim, essas três ações típicas são voltadas a oferecer, prometer ou dar uma vantagem indevida, que não necessariamente será dinheiro, mas tendo que estar sempre no âmbito da repercussão econômica da vantagem (joia, imóvel, etc.). Com isso a vantagem será do funcionário público estrangeiro (conforme no art. 337-D) ou à terceira pessoa, que não obrigatoriamente será funcionária pública, mas que deve ter participação no ato relacionado à transação comercial internacional.
A pessoa que dar ou fornecer uma vantagem para obter facilidade da transação internacional, mesmo que a vantagem tenha sido solicitada pelo funcionário público estrangeiro, fica responsável por esse crime, respondendo assim por corrupção ativa. E a conduta do funcionário será atípica no ordenamento penal brasileiro.
A transação comercial privada, ainda que internacional, não poderão ser tratadas nesse tipo penal, que exige o envolvimento da Administração Pública Estrangeira, que com esse a transação envolver o Brasil e o Fundo Monetário Internacional. Estará sendo caracterizado o crime em questão porque o FMI não é instituição pública.
No tipo penal são direcionadas, que o funcionário público não poderá praticar omitir ou retardar ato de oficio. Sendo assim, se o funcionário público estrangeiro contratar no Brasil uma empresa que, 6 meses antes, houver presenteado com um carro, não existirá o crime pelo simples fato de que, naquela época do recebimento da vantagem não tinha nenhum vinculo com o ato de ofício.
Em penal exige que o sujeito ativo dê a vantagem para o funcionário estrangeiro para que com isso ele pratique um ato X ou Y. Se não houver qualquer vinculação o ato de ofício não será considerado uma vantagem, não entrar na característica de crime do tipo penal. Vinculando as três modalidades de conduta com ato de ofício.
O ato de ofício tem nada mais que o efeito de consumação no caput, não precisa ter sido efetivado ou praticado, omitido ou retardado. Mas quando ocorre, terá o aumento da pena que esta prevista no art. 333 do Código Penal.
Bem jurídico tutelado.
Citado assim por, Regis Prado em 2002, v 4, p. 592. “A Administração Pública não é o bem jurídico tutelado, uma vez que não é correto supor que o Estado que tipificou o tráfico de influência sobre atos praticados pelos funcionários públicos estrangeiros visa tutelar a Administração Publica de outro país”.
Em busca da preservação da autoridade, da boa-fé, da probidade, e normalidade das relações comercias entre países contra atos prejudiciais (fraudulentos ou ilegais) à honestidade da concorrência entre empresas internacionais e países resultantes de atos de corrupção de funcionários encarregados dos setores públicos envolvidos em transações econômicas transnacionais.
Conceito de funcionário público estrangeiro.
 “Considera-se o funcionário público estrangeiro, para os efeitos penais, quem ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro, sendo previsto no parágrafo único equipara a funcionário público estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em empresas controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público de país estrangeiro ou em organizações públicas internacionais”. Sendo assim, o conceito de funcionário público do artigo 327 do Código Penal, é idêntico, diferenciando-se apenas, quanto ao último, que pelo fato exercer suas atribuições funcionais em entidade estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro.
- Sujeitos do Crime.
Pode ser qualquer pessoa que seja ativo do crime, inclusive e funcionário público que age como particular (crime comum). Também pode ser o sujeito passivo do crime, além do Estado nacional, é a pessoa física ou jurídica eventualmente prejudicada na relação comercial internacional, com a razão da ação do sujeito ativo.
A Tipicidade objetiva.
É a ação semelhante à do crime de corrupção, punindo o sujeito que promete (se obriga a dar), oferece (coloca à disposição) ou dá (entrega), direta ou indiretamente, uma vantagem indevida (beneficio ou proveito, material ou moral, contrário ao Direito), buscando corromper funcionário público estrangeiro ou terceira pessoa.
Para que com o fim do agente, o crime ficará determinado ao funcionário público estrangeiro a realizar, deixando de atuar ou protelar ato de oficio, porém relacionado ao comércio internacional, fica imprescindível que a vantagem indevida esteja relacionada a ato ou função especifica de atribuição do funcionário público estrangeiro, Caso não seja de atribuição do funcionário, não haverá o delito em estudo.
Elemento Subjetivo.
No crime é feita a punição, a titulo de dolo, consubstanciado na vontade firme, definida e consciente de oferecer, prometer ou dar vantagem indevida a funcionário público estrangeiro ou terceira pessoa, com o fim de fazer que ele. Nos limites de sua atribuição legal, pratique, retarde o ato de oficio, no âmbito de comercio transnacional.
Com característica do delito, não exige a obtenção da meta pela qual se optou, bastando a simples oferta, promessa ou dação. Sendo sem previsão para a punição por culpa.
Consumação e tentativa.
Consumação e tentativa é um crime, que se consuma no momento e instante da prática das condutas incriminadas no tipo penal, com a evidencia da qual o conhecimento do funcionário público estrangeiro, ressaltando-se que, nas condutas prometer e oferecer, o crime é formal, enquanto a modalidade, dar o crime é de resultado. Embora toda ela não se exige a consumação, a aceitação da oferta, promessa ou dação pelo funcionário público estrangeiro. Com a tentativa é admissível na conduta de dar, porém só é admissível quando às condutas de oferecer e prometer quando o crime é realizado através de meio escrito.
Ação penal: ”A ação penal é publica incondicionada, sendo possível a suspensão da pena nos termos do artigo 89 da Lei nº 9.099/995”.
Forma qualificada.
Este disposto no parágrafoúnico do artigo 337-B do Código Penal, “a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário público estrangeiro retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional”. Tendo em vista se for exaurido o crime, pune-se com maior regi o agente que atinge o seu objetivo, prejudicando a autoridade e a probidade das relações comerciais transnacionais, revelando dessa forma, maior reprovabilidade na conduta e justificando tratamento diferenciado.
Tráfico de Influência em Transação Comercial Internacional
“Art. 337 – C” - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional.
“Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa”
Bem Jurídico Tutelado
Como no artigo 337 - B, aqui também se busca preservar a autoridade, a boa-fé, a probidade e a normalidade das relações comerciais entre países contra atos atentatórios (fraudulentos ou ilegais) á honestidade da concorrência entre empresas internacionais e países, resultantes de atos criminosos, especialmente que denotem tráfico de influencia, por parte de funcionários encarregados dos setores públicos envolvidos em transações econômicas transnacionais.
 
Sujeito do Crime 
Tratando-se de crime comum, sujeito ativo do delito é qualquer pessoa que solicite, exija, cobre ou obtenha para si ou para outrem vantagem ou promessa de vantagem e pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro.
Sujeito passivo do crime é o Estado e toda pessoa (física ou jurídica) eventualmente prejudicada pela ação do sujeito ativo.
Tipicidade Objetiva 
Cuida-se de modalidade especial do crime de tráfico de influência do artigo 332 do Código Penal, sendo incriminadas no tipo penal as condutas: solicitar (pedir), exigir (reclamar imperativamente), cobrar (ato de impor algum pagamento), obter (conseguir) para si ou para outrem (terceira pessoa direta ou indiretamente), vantagem ou promessa de vantagem (patrimonial ou moral), a pretexto de influir sobre ato de funcionário público estrangeiro.
Aqui o agente realiza as condutas nucleares, afirmando fraudulentamente ter influencia sobre agente público estrangeiro, visando a vantagem ou promessa de alguma vantagem como troca.
Mais uma vez, não se exige no anuncio fraudulento que seja identificado pelo agente o suposto funcionário público estrangeiro, mas, se for possível a sua identificação, deve necessariamente tratar- se de funcionário público estrangeiro para a configuração do delito, Se brasileiro e não estrangeiro, o delito será o de tráfico de influencia (art. 332 do Código Penal).
Elementos subjetivos 
O crime é punido a título de dolo, integrado, ainda pelo elemento especial do injusto, que é obter para si ou para outrem vantagem ou promessas de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro.
Não há previsão para punição por culpa.
Consumação e Tentativa 
O crime se consuma nas condutas de solicitar, exigir e cobrar, no exato momento e instante das suas práticas, Na forma obter, o crime só se consuma com o recebimento da vantagem ou promessa de vantagem.
Em todas as suas formas, admite-se a tentativa
Forma Qualificada
De acordo com o parágrafo único do artigo 337 - C do Código Penal, a pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada a funcionário estrangeiro, em razão da maior reprovabilidade na conduta do agente, relevando torpeza diferenciada a justificar a exasperação da pena.
Ação Penal (pública incondicionada)
A ação penal será pública incondicionada,
FUNCIONARIOS PUBLICOS ESTRANGEIROS.
“Art. 337-D”. Considera-se funcionário público estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo Poder Público de país estrangeiro ou em organizações públicas internacionais. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002).
Referencia:
OLIVEIRA E COSTA, Paulo Sergio de. Crime Contra Administração Publica Direito Penal.
OLIVEIRA, Willian Sampaio de. Atlas, 2ª Edição, ED. Jurídico.
Ligação Concurso, disponível em: <http://ligacaoconcurso.files.wordpress.com>, Acesso em 9 de abril de 2017.
Jurídico High. Tech, disponível em: <http://www.juridicohightech.com.br/2011/09/breves-comentarios-sobre-crimes-contra.html>, Acesso em 9 de abril de 2017

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