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LEGISLAÇÃO 
PENAL 
APLICADA
Mariana Gloria de Assis
Revisão técnica:
Gustavo da Silva Santanna
Bacharel em Direito
Especialista em Direito Ambiental Nacional 
e Internacional e em Direito Público
Mestre em Direito
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB -10/2147
L514 Legislação penal aplicada / Mariana Gloria de Assis... [et al.] ; 
[revisão técnica: Gustavo da Silva Santanna]. – Porto 
Alegre: SAGAH, 2018.
418 p. : il. ; 22,5 cm
ISBN 978-85-9502-433-5
1. Direito penal. I. Assis, Mariana Gloria de.
CDU 343
Crimes contra a 
administração pública 
praticados por 
funcionários públicos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: 
  Definir funcionário público para efeitos penais.
  Explicar as diversas espécies de peculato e distinguir corrupção passiva 
de ativa.
  Analisar os demais tipos penais dos crimes praticados por funcionário 
público contra a administração em geral.
Introdução
Muito se fala sobre improbidade administrativa no caso de servidores 
públicos responsabilizados por atos desidiosos em sua função. Entretanto, 
muito antes da promulgação da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, o 
Código Penal brasileiro (CP) já apresentava os crimes cometidos contra 
a administração pública por servidores e por pessoas comuns. Essa dis-
tinção entre os agentes se dá com base na responsabilidade subjetiva 
do agente público de agir de forma diligente, ética e proba em todas 
as funções com as quais foi investido ou que lhe foram delegadas pelo 
superior hierárquico.
Neste capítulo, você vai ver que servidor público não é só a figura do 
agente concursado. Funcionários públicos são aqueles que possuem de-
terminada ligação com a atuação da administração pública. Você também 
vai compreender que a alteridade dos crimes se dá quanto ao agente 
do fato e aos seus deveres para com o órgão. Além disso, quando se fala 
em crimes praticados contra a administração pública, é preciso conhecer 
os bens juridicamente tutelados pelos atos tipificados. A autoria é outro 
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elemento essencial do crime. Nesse sentido se dá a formatação do Título 
XI do Código Penal, que possui três capítulos: o primeiro trata dos crimes 
praticados por funcionários públicos contra a administração em geral; o 
segundo, dos crimes praticados por particulares contra a administração 
em geral; e o terceiro, dos crimes praticados contra a administração 
da Justiça. Neste capítulo, você vai estudar o Capítulo I do Título XI do 
Código Penal e a sua articulação com as demais áreas do Direito Penal. 
Conceito de servidor público
Anteriormente à Constituição Federal de 1988, a expressão utilizada para 
designar as pessoas que possuíam vínculo de trabalho com a administração 
pública era funcionário público. Após a promulgação da constituinte, essas 
fi guras passaram a ser chamadas de servidores públicos e agentes públicos. 
Entretanto, essa denominação não foi alterada no Código Penal brasileiro 
— Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Assim, se criou uma 
distinção entre o conceito de servidor público para o Direito Administrativo 
e para o Direito Penal. (BRASIL, 1940).
Na prática, o servidor público é uma espécie de agente público, caracteri-
zando-se por uma atuação permanente e profissional a serviço dos interesses 
da administração pública (RIO GRANDE DO SUL, 2011). Esses profissionais 
têm como particularidade a prestação de serviços diretamente no órgão ou 
entidade no qual foram lotados, mediante vínculo de emprego ou estatutário 
devidamente remunerado pelo erário: “Ainda que não tenha tomado posse do 
cargo, a pessoa poderá ser considerada funcionário público e assim enquadrar-
-se nos crimes contra a administração pública” (NORONHA, 1978 apud 
MIRABETE, 2001, p. 308).
Nesse sentido, observe que a definição apresentada pelo Código Penal 
brasileiro é mais ampla, abrangendo todos aqueles que — ainda que de forma 
transitória ou sem remuneração — exerçam cargo, função ou emprego público. 
Ademais, para efeitos de responsabilização criminal, o funcionário público 
vai se equiparar a todo aquele que venha a prestar serviços, mediante entidade 
paraestatal ou empresa prestadora de serviços contratada ou conveniada, em 
atividade tipicamente da administração. 
Crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos2
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Funcionário público
Art. 327 Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, 
embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou 
função pública.
§ 1º Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou fun-
ção em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de 
serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da 
Administração Pública. 
§ 2º A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes pre-
vistos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função 
de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de 
economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. 
(BRASIL, 1940, documento on-line).
Apesar de a definição de funcionário público apresentada pelo Código Penal também 
mencionar agentes com cargos eletivos, o Supremo Tribunal Federal manifestou-se 
quanto à impossibilidade de enquadrar nessa condição réu investido no mandato 
eletivo de deputado estadual para fins de exasperação da pena. Veja:
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL. RECOR-
RENTE CONDENADA PELO DELITO DE PECULATO. ART. 312 DO 
CP. DOSIMETRIA. EXASPERAÇÃO DA PENA-BASE EM RAZÃO 
DO GRAU DE RESPONSABILIDADE DO CARGO PÚBLICO EXER-
CIDO. AGRAVO IMPROVIDO. 1. A condição de Deputada Estadual 
não se confunde com a qualidade funcional ativa exigida pelo tipo 
penal previsto no art. 312 do Código Penal, que leva em consideração, 
entre outras condicionantes, a circunstância de o agente ser funcionário 
público. A quebra do dever legal de representar fielmente os anseios 
da população e de quem se esperaria uma conduta compatível com as 
funções por ela exercidas, ligadas, entre outros aspectos, ao controle e à 
repressão de atos contrários à administração e ao patrimônio públicos, 
distancia-se, em termos de culpabilidade, da regra geral de moralidade 
e probidade administrativa imposta a todos os funcionários públicos, 
cujo conceito está inserido no art. 327 do Código Penal. Daí ser possível 
a elevação da pena-base em razão do grau de responsabilidade do cargo 
exercido pelo agente (1ª fase), sem que isso importe em bis in idem. 2. 
Agravo regimental a que se nega provimento. (RHC 125478, Relator 
(a): Min. TEORI ZAVASCKI, 2º Turma, Julg. 10/02/2015). (BRASIL, 
2015, documento on-line). 
3Crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos
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A responsabilização de funcionários de autarquias, sociedades de economia 
mista, empresas públicas e fundações é considerada uma corrente ampliativa 
do Direito Penal. Assim, esses funcionários se equiparam por arrastamento 
aos funcionários públicos. Sobre o tema, Di Pietro (1990, p. 305 apud MI-
RABETE, 2001, p. 297) afirma que agente público é “toda pessoa física que 
presta serviço ao Estado e às pessoas jurídicas da administração indireta”.
Assim, aqueles prestadores de serviços contratados para função típica da 
administração pública também serão funcionários públicos, porém a atividade 
contratada deve ser típica da administração pública. A atividade típica do 
Estado não tem uma definição legal, de modo que Hungria, Lacerda e Fragoso 
(1981) entende que ela é toda atividade material cuja responsabilidade a lei 
atribui ao Estado, diretamente ou por meio de seus delegados, para satisfação 
das necessidades coletivas.
Em que pese o entendimento doutrinário sobre o tema, há que se considerar 
a posição jurisprudencialespecialmente em relação ao disposto no §1º do 
art. 327 do CP. Há resistência em incluir no conceito de funcionário público 
aqueles que exercem cargo, emprego ou função pública nas entidades para 
estatais (HUNGRIA; LACERDA; FRAGOSO, 1981). Essa corrente discute 
particularmente os casos de pessoas vinculadas a entidades que prestam 
serviços industriais ou comerciais que não são reflexo dos fins próprios do 
Estado (FRAGOSO, 1981, p. 393–394).
A doutrina é unânime ao afirmar que nos crimes funcionais — como o peculato — não 
incide a agravante da violação ao dever funcional. Conforme ensina Mirabete (2001), 
a parte final do art. 61 do CP assevera a impossibilidade de agravamento da pena 
quando a circunstância é elemento do tipo penal, sob pena de bis in idem. Ou seja, não 
se pode aumentar a pena de um funcionário público condenado por crime contra a 
administração pública, em razão do dever de ser diligente e probo, se o motivo pelo 
qual a conduta está tipificada é, justamente, ter sido cometida por funcionário público 
contra o ente estatal.
Crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos4
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Peculato e corrupção
Peculato
O Título IX do Código Penal, ao versar sobre os crimes contra a administração 
pública, segmentou-os de acordo com o agente do fato. Isso porque a doutrina 
distingue os crimes funcionai sem próprios e impróprios. Ensina Mirabete 
(2001, p. 292): 
Os primeiros têm como elemento essencial a função pública, indispensável 
para que o fato constitua infração penal. Sem ela a conduta seria penalmente 
irrelevante. [...] os crimes funcionais impróprios são os que se destacam 
apenas por ser o sujeito ativo funcionário público. Se o agente não estivesse 
revestido dessa qualidade o crime seria outro. 
Assim, o crime tipificado como peculato possui diversas facetas. Ele tem 
como matriz principal a prática de ato ilícito por um agente público contra a 
administração à qual é vinculado, sendo hipótese de crime próprio, portanto. 
A primeira parte do art. 312 do Código Penal prevê o chamado peculato 
próprio, ou seja, a qualificação do crime por si. Ele ocorre quando o funcio-
nário público se apropria de valores do erário ou bens utilizando de seu cargo 
para esse fim. Se ele não fosse funcionário público, seria hipótese dos crimes 
tipificados como apropriação de valores ou desvio. Por isso, o pressuposto 
material do crime é a posse (em sentido amplo, abrangendo guarda, depósito, 
arrecadação, administração, exação, custódia, etc.) (FRAGOSO, 1981).
A primeira hipótese seria o caso daquele lotado no cargo de contador ou 
tesoureiro que transfere valores públicos para sua conta bancária particular 
em vez de pagar o título que originou o empenho dos valores, tratando-se de 
apropriação indébita.
Art. 312 Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer 
outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, 
ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa. (BRASIL, 1940, documento 
on-line).
5Crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos
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O objetivo do tipo penal é a proteção ao patrimônio público ou ao interesse 
patrimonial do Estado. Entretanto, Mirabete (2001) ressalta que não é apenas 
o valor da coisa em si, mas o interesse do Estado, no sentido de zelar pela 
probidade e fidelidade da administração. A seguir, você pode ver os elementos 
do peculato próprio.
Bem jurídico tutelado
  Patrimônio público e probidade administrativa;
  Proteção dos interesses do Estado.
Sujeito ativo
  Funcionário público;
  Admite-se a participação de terceiro estranho à administração no con-
curso de agentes.
Sujeito passivo
  União, estados, municípios, autarquias, entidades paraestatais (empresas 
públicas, sociedades de econômica mista);
  Proprietário do bem apropriado ou desviado, se de terceiro em posse 
ou guarda do Estado.
Tipo subjetivo
  Dolo e dolo específico de ter a coisa como se fosse sua.
Consumação
  No momento em que o autor passa a ser o animus domini — crime 
instantâneo;
  Há corrente doutrinária que compreende tratar-se de crime material, 
na modalidade desvio — exigido o prejuízo.
Tentativa
  Admite em todas as modalidades.
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Ação penal
  Pública incondicionada.
A segunda parte do artigo fixa o peculato-desvio. Nele, o funcionário 
público desvia um bem público (sejam valores ou bens materiais) para benefício 
próprio ou alheio. Por exemplo, comete peculato-desvio aquele que, sendo 
responsável por efetuar pagamentos em nome da administração, não o faz ou 
liquida empenho de mercadoria não recebida; isso independentemente de o 
benefício ser para si — ficando com a coisa — ou para terceiro que a venda. 
O benefício do agente não precisa ser material, podendo ser moral, mediante 
aferição de outro tipo de vantagem que não a econômica (MIRABETE, 2001). 
Sobre o tema, versou o Supremo Tribunal Federal:
PENAL E PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS 
CORPUS. PECULATO. MODALIDADE DESVIO. ATIPICIDADE. INOCOR-
RÊNCIA. DOLO ESPECÍFICO. FUNCIONÁRIO PÚBLICO. CONCEITO. 
[...]. In casu, Juiz Federal detinha em seu poder duas pistolas apreendidas no 
curso de processo-crime em tramitação perante a Vara da qual era titular. 
Ao entregar os armamentos a policial federal desviou bem de que tinha posse 
em razão da função em proveito deste, emprestando-lhe finalidade diversa 
da pretendida ao assumir a função de depositário fiel. [...] É cediço que “o 
verbo núcleo desviar tem o significado, nesse dispositivo legal, de alterar o 
destino natural do objeto material ou dar-lhe outro encaminhamento, ou, em 
outros termos no peculato-desvio o funcionário público dá ao objeto material 
aplicação diversa da que lhe foi determinada, em benefício próprio ou de 
outrem. Nessa figura não há o propósito de apropriar-se, que é identificado 
como animus remsibihabendi, podendo ser caracterizado o desvio proibido 
pelo tipo, com simples uso irregular da coisa pública, objeto material do 
peculato” (BITENCOURT, 2013, p. 47).
O peculato de uso tem como característica a apropriação do bem para uso temporário, 
com animus de devolução imediata após o uso. Por isso não é considerado crime, 
tratando-se de fato atípico, conforme definição de Capez (2012). Se estiver ausente a 
elementar do funcionário público como agente, o crime é desqualificado e torna-se 
apropriação indébita.
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O peculato-furto é previsto no §1º do art. 312 do CP. Ele é definido como 
crime impróprio, uma vez que o sujeito ativo não é o funcionário, ele apenas 
concorre (auxilia) para a sua ocorrência. (BRASIL, 1940).
Capez (2012, p. 617) é categórico ao dizer que o elemento subjetivo do 
tipo é o dolo, “uma vez que é necessária a ciência do agente que se vale da 
facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário público”.
§ 1º Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a 
posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, 
em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a 
qualidade de funcionário. (BRASIL, 1940, documento on-line). 
Mirabete cita exemplo de peculato-furto apresentado por Noronha, que 
descreve a atuação do funcionário público em distrair o responsável pelo 
cofre da repartição pública para que o terceiro subtraia os valores lá existentes 
(NORONHA apud MIRABETE, 2001). Caso não seja consumada a ação, o 
terceiro responderá pela tentativa de peculato-furto.
O peculato também admite a forma culposa. Ela ocorre quando o funcioná-
rio público contribuipara a prática delituosa de alguém mediante negligência, 
imprudência ou imperícia. Veja: “§ 2º Se o funcionário concorre culposamente 
para o crime de outrem: Pena – detenção, de três meses a um ano”. (BRASIL, 
1940, documento on-line).
Mirabete (2001) ressalta que não se trata de concurso de agentes, mas de 
uma oportunidade criada por culpa do funcionário público. É preciso que 
esteja cabalmente provada a falta de cautela, a diligência e o agir desidioso 
do agente público. 
Obviamente que o agente que realizou um desses crimes deve ter se aproveitado 
das facilidades proporcionadas pelo comportamento culposo do funcionário, 
do contrário este não responderá por crime algum (CAPEZ, 2012, p. 618). 
O §3º do art. 312 do CP traz a possibilidade de a punibilidade ser extinta, desde que 
ocorra a reparação do dano — de forma integral — antes de a sentença transitar em 
julgado. Caso a reparação ocorra após o trânsito — quando já não há mais possibilidade 
de impetrar recursos —, reduzirá pela metade a pena imposta. (BRASIL, 1940).
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Você deve diferenciar a forma culposa do peculato mediante erro de 
outrem do peculato-estelionato. Alguns doutrinadores, como Mirabete e 
Noronha, compreendem que este último tipo permite a participação direta 
de um particular, mesmo que o texto legal mencione somente o funcionário 
público. Veja: “Art. 313 Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, 
no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: Pena – reclusão, de um a 
quatro anos, e multa”. (BRASIL, 1940, documento on-line).
Esse erro descrito no tipo pode ser de direito ou de fato por aquele que 
disponibiliza a coisa ao sujeito ativo. Ele pode guardar relação com a própria 
coisa entregue, coma pessoa para quem foi entregue, coma quantidade da 
coisa a ser entregue, com a obrigação que leva à entrega, etc. — de forma que 
o erro pode ter sido cometido pelo particular ou pela administração (FARIA, 
1959 apud MIRABETE, 2001, p. 309).
Em que pese essa afirmação, aquele que obra em erro não concorre para o 
crime. A punibilidade se limita àquele que recebe a coisa, de forma que fica 
caracterizado o dolo. 
Haverá estelionato e não peculato mediante erro de outrem se o funcionário 
induziu a vítima ao enganado ou se, percebendo no momento do recebimento 
o equívoco, mantém o ofendido neste estado. Haverá concussão se a entrega 
não se faz espontaneamente, mas por exigência do funcionário. (MIRABETE, 
2001, p. 310–311).
Você não pode se esquecer da última espécie de peculato criada, o pe-
culato eletrônico. Essa conduta foi tipificada a partir da informatização dos 
órgãos públicos, caracterizando uma mudança no modus operandi que tem 
por objetivo a proteção e a regularidade dos sistemas informatizados e dos 
bancos de dados do Estado. O primeiro tipo trata da hipótese de inserção de 
dados falsos em sistema de informações:
Art. 313–A Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados 
falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas infor-
matizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter 
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: (Incluído 
pela Lei nº 9.983, de 2000). 
Pena — reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 
9.983, de 2000). (BRASIL, 2000, documento on-line).
9Crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos
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Veja que existem quatro verbos nucleares de ação: inserir, alterar, excluir 
e facilitar. O agente transfigura a informação por conta própria ou facilita 
acesso ao terceiro— mediante vontade livre e consciente — no intuito de 
inserir o dado falso (CAPEZ, 2012, p. 620). É necessário estar presente o 
elemento subjetivo que consiste na obtenção de vantagem, para si ou para 
outrem, inclusive na hipótese da facilitação. O tipo admite a tentativa nos quatro 
núcleos. Observe ainda que o texto do diploma legal menciona expressamente 
funcionário autorizado. Não havendo essa prerrogativa, será cometido o crime 
dos arts. 297 ou 299 do CP. 
O segundo tipo de peculato eletrônico é a modificação ou alteração não 
autorizada de sistema de informações.
Art. 313–B Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou 
programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade com-
petente: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000).
Pena — detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. (Incluído pela 
Lei nº 9.983, de 2000).
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da 
modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para 
o administrado. (BRASIL, 2000, documento on-line).
Nesse caso, a autorização para acesso ao conteúdo não existe, mas a mo-
dificação acontece. Tratando-se de crime próprio — que não admite terceiro 
como sujeito ativo principal— em que a ação pode gerar dano à administra-
ção, apresenta-se como crime formal, cuja consumação é irrelevante. Eis o 
entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema: 
Supressão de documento (CP, art. 305). Violação do painel do Senado. A 
obtenção do extrato de votação secreta, mediante alteração nos programas 
de informática, não se amolda ao tipo penal previsto no art. 305 do CP, mas 
caracteriza o crime previsto no art. 313-B da Lei 9989, de 14.07.2000. Impos-
sibilidade de retroação da norma penal a fatos ocorridos anteriormente a sua 
vigência (CF, art. 5º, XL). Extinção da punibilidade em relação ao crime de 
violação de sigilo funcional (CP, art. 325). Denúncia rejeitada por atipicidade 
de conduta. Inquérito 1879. (Inq 1879, Relator (a): Min. ELLEN GRACIE, 
Tribunal Pleno, julgado em 10/09/2003). (BRASIL, 2004, documento on-line).
Crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos10
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Capez (2012) apresenta substanciosa distinção entre os tipos de peculato 
eletrônico feita por Monteiro (2000 apud CAPEZ, 2012, p. 621):
No primeiro, o computador é o meio utilizado. No segundo, será ele próprio 
o objeto material. Aquele é conhecido como crime de informática comum, 
enquanto este seria crime de informática autêntico, visto que o computador 
é essencial para a existência do delito. 
O STF abordou os crimes contra a administração pública em uma das suas radionovelas. 
Você pode acessá-la no link a seguir:
https://goo.gl/PfPQ3G
Corrupção
O crime tipifi cado no Código Penal como corrupção possui duas formas de 
ocorrência. Essas formas estão cingidas de acordo com o sujeito ativo do fato: 
no caso da corrupção passiva, o sujeito é o funcionário público; tratando-se 
de corrupção ativa, o sujeito ativo será o terceiro que não guarda vínculo 
com a administração. 
Nesse sentido, a matriz nuclear do ato (ou o verbo de ação) é o mesmo: 
utilização de vantagem indevida para obtenção de conduta diversa da origi-
nalmente prevista, em prejuízo à administração pública. 
Assim, a corrupção passiva é o agir do funcionário público por meio de 
dois verbos: solicitar ou receber. Veja que, quando se fala em solicitar, não há 
qualquer tipo de ameaça para obtenção — seja implícita ou explícita. Capez 
(2012) ensina que a vítima cede por deliberada vontade.
Art. 317 Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, 
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem 
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena — reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
§ 1º A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou 
promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício 
ou o pratica, infringindo dever funcional.
11Crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos
C22_Legislacao_penal_aplicada.indd 11 15/05/2018 09:52:56https://goo.gl/PfPQ3G
§ 2º Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com 
infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena — detenção, de três meses a um ano, ou multa. (BRASIL, 1940, do-
cumento on-line). 
Quando diante do verbo solicitar, para a caracterização não é preciso que 
antes tenha ocorrido o delito da corrupção ativa; diferente do que ocorre 
com o verbo nuclear receber, que requer a atuação do terceiro. É importante 
você notar que tanto a solicitação quanto o recebimento podem ocorrer por 
interposta pessoa, ou seja, mediante auxílio de terceiro que não a vítima. Veja 
a seguinte decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ):
PENAL E PROCESSO PENAL. RECURSO ESPECIAL. ALÍNEAS “A” E 
“C”, ART. 105, CF. Corrupção ativa e corrupção passiva, nas modalidades de 
“dar” e “receber”. CONCURSO NECESSÁRIO. Absolvição do codenunciado 
detentor da prerrogativa de função. Aplicação do disposto no art. 81, do 
CPP. [...] 1. Nas formas de “dar” e “receber” — como também de “prometer” 
e “aceitar promessa” —, os tipos penais da corrupção ativa e passiva são 
interdependentes, ainda que o legislador tenha definido cada conduta em 
figura autônoma. Trata-se de hipótese de concurso necessário — diz-se ne-
cessário porque integra a própria definição típica, diferentemente do concurso 
eventual do artigo 29, do CP. [...] 5. Imprescindível para a configuração do 
delito tipificado no artigo 317, do CP, não é a “realização ou a omissão” de 
ato de ofício, bastando a solicitação, recebimento ou aceitação da promessa 
de vantagem indevida, ainda que não efetivamente praticado, omitido ou 
retardado ato da esfera de atribuição do funcionário. A efetiva realização 
do ato é exigência típica constante do parágrafo primeiro do mesmo artigo 
e não do caput.[...]7. O “ato de ofício” presente expressamente no tipo pe-
nal do artigo 333 e integrante também da definição do artigo 317 é um ato 
da competência do intraneus, ato que guarda relação com a função, e que 
assim deverá ser identificado. Essa é a identificação que requer o tipo: ato 
que guarda relação com o ofício, a função (“ainda que fora dela ou antes de 
assumi-la o funcionário público”). Não é preciso identificar o específico 
ato de ofício de interesse do corruptor, para o efeito do disposto no caput 
do art. 317, CP.8. O que importa para a figura típica do art. 317, CP, é a 
mercancia da função, demonstrada de maneira satisfatória, prescindindo-
-se da necessidade de apontar e demonstrar um ato específico da função, 
dentro do âmbito dos atos possíveis de realização pelo funcionário. [...]. 
(REsp 440.106/RJ, Rel. Ministro PAULO MEDINA, 6º TURMA, julgado 
em 24/02/2005). (BRASIL, 2006, documento on-line).
Crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos12
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Esse crime é exceção à teoria monista (em que ambos os partícipes respon-
dem pelo mesmo crime), de modo que o particular responde por um delito e o 
agente público, por outro. Apesar disso, via de regra o delito de corrupção é 
unilateral, tanto que existem as formas passiva e ativa, conforme a qualidade 
do agente (MIRABETE, 2001).
A seguir, veja os elementos que integram a corrupção.
Bem jurídico tutelado
  Protege a regularidade e a probidade na atuação do agente público.
Sujeitos
  Agir mútuo do funcionário público (sujeito ativo) e um terceiro.
Tipo objetivo
  Em três modalidades: quando o funcionário público solicita ou recebe, 
para si ou para outrem, vantagem indevida;
  Quando aceita promessa de vantagem;
  Quando solicita ou recebe, mesmo que fora da função ou antes de 
assumi-la.
Tipo subjetivo
  Dolo (vontade);
  É crime formal que se consubstancia na simples solicitação, recebimento 
ou aceitação de promessa.
Tentativa
  É admitida na hipótese de que a exigência não seja praticada por meio 
verbal (CAPEZ, 2012).
Ação penal
  Pública incondicionada.
13Crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos
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Por sua vez, a corrupção ativa é o agir pelo terceiro não vinculado à ad-
ministração pública, que para buscar o resultado pretendido oferta vantagem 
a funcionário público. 
Art. 333 Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para 
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena — reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.(Redação dada pela 
Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
Parágrafo único — A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vanta-
gem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica, 
infringindo dever funcional. (BRASIL, 1940, documento on-line).
Portanto, esse tipo penal tem por ação nuclear os verbos oferecer e pro-
meter vantagem, que deve ser indevida, ocorrendo por meio de instrumento 
escrito, pela via falada, por gestos, atos e por interposta pessoa. Você deve 
notar que há uma distinção essencial entre os tipos, conforme descreve 
Capez (2012, p. 666):
É que o próprio dispositivo penal é expresso no sentido de que o particular 
deve oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário para determiná-
-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício, isto é, o ato deve ser praticado 
após o oferecimento ou promessa de vantagem, e não antes.
O crime ocorre com a simples oferta, independentemente de o funcionário 
aceitá-la. Caso o faça, responderá pelo crime de corrupção passiva. 
Em entrevista concedida à TV Justiça, o advogado Antônio Rodrigo Machado fala 
sobre o combate ao crime de corrupção, explicitando a influência da corrupção no 
processo democrático. Assista no link a seguir: 
https://goo.gl/nrk17E
Crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos14
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https://goo.gl/nrk17E
Outros crimes em espécie
Além do peculato e da corrupção, que são os tipos penais mais conhecidos, 
quando se fala em crimes contra a administração pública, existem outras 
condutas tipifi cadas. 
Os crimes cometidos por funcionários públicos são denominados crimes funcionais 
próprios que exigem o funcionário público como sujeito ativo. Entretanto, conforme 
o art. 30 do CP, existe a conexão de elementares. Assim, se um particular, sabendo da 
situação da pessoa que é funcionária pública, participar do crime, poderá responder 
também pelo crime funcional na qualidade de coautor.
Circunstâncias incomunicáveis
De acordo com o art. 30, “Não se comunicam as circunstâncias e as condições de 
caráter pessoal, salvo quando elementares do crime”. (BRASIL, 1940, documento on-line). 
O Código Penal adota a teoria monista temperada, de modo que, exceto por poucas 
exceções, o coautor e o partícipe responderão pelo mesmo crime que o autor, desde 
que haja comunicação de elementar.
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou 
documento
Veja o que afi rma o art. 314: “Extraviar livro ofi cial ou qualquer documento, 
de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou 
parcialmente: Pena — reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui 
crime mais grave”. (BRASIL, 1940, documento on-line). 
O objeto juridicamente tutelado são os livros e documentos da administra-
ção. Assim, esse delito constitui crime próprio e formal, que tem por sujeitos o 
funcionário público (sujeito ativo) e a administração (sujeito passivo), admitindo 
o concurso de agentes por participação criminosa.
A tentativa é admitida quanto ao extravio e à inutilização (crimes pluris-
subsistentes), mas não quanto à sonegação.
15Crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos
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Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
Está tipifi cado para resguardar a aplicação de verbas em conformidade legal. 
Trata-se de crime próprio, que admite concurso de agentes por participação 
criminosa.Veja o que afi rma o art. 315: “Dar às verbas ou rendas públicas 
aplicação diversa da estabelecida em lei: Pena — detenção, de um a três meses, 
ou multa”. (BRASIL, 1940, documento on-line). 
A subjetividade do tipo está vinculada ao dolo de destinar as verbas ou 
rendas em desacordo com a norma. Admite excludente de antijuridicidade em 
caso de estado de necessidade extrema. 
Concussão
Protege a regularidade e a probidade na atuação do agente púbico e tem como 
tipo objetivo a exigência de vantagem indevida. É crime formal que se con-
substancia na simples exigência da vantagem indevida — independentemente 
de ela ser devolvida, posteriormente, ou de não ocorrer prejuízo.
Veja o que afirma o art. 316: “Exigir, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão 
dela, vantagem indevida: Pena — reclusão, de dois a oito anos, e multa”. 
(BRASIL, 1940, documento on-line).
Esse tipo não admite tentativa. Ademais, é importante você observar alguns 
aspectos do crime de concussão. Um deles indica que a violência ou grave 
ameaça desqualifica o tipo penal, conforme a visão do STJ:
[...] 2. Ainda que a conduta delituosa tenha sido praticada por funcionário 
público, o qual teria se valido dessa condição para a obtenção da vantagem 
indevida, o crime por ele cometido corresponde ao delito de extorsão e não ao 
de concussão, uma vez configurado o emprego de grave ameaça, circunstância 
elementar do delito de extorsão. Precedentes. (HC 54.776/SP, Rel. Ministro 
NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 18/09/2014). (BRASIL, 
2014, documento on-line). 
Nesse aspecto, a desclassificação ocorre do crime de concussão para o de 
extorsão (crime classificado pela doutrina como impróprio, pois não depende 
da figura qualificada, no caso, de agente público). 
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Excesso de exação
É um crime especial que protege a regularidade e a probidade na atuação do 
agente púbico, em situação específi ca. É crime próprio, que tem por sujeito 
passivo a administração e, secundariamente, o cidadão atingido. 
Art. 316 [...]
§ 1ºSe o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria 
saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou 
gravoso, que a lei não autoriza: (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Pena— reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei 
nº 8.137, de 27.12.1990)
§ 2º Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu 
indevidamente para recolher aos cofres públicos:
Pena — reclusão, de dois a doze anos, e multa. (BRASIL, 1940, documento 
on-line).
A primeira parte do tipo corresponde a exigir exação indevida que não 
corresponde ao dispositivo legal. Já a segunda implica situação em que o 
tributo é devido, mas cobrado de forma vexatória. Tem como tipo subjetivo 
o dolo da vontade de exigir; enquanto o elemento subjetivo, a culpa, aparece 
na primeira parte da conduta (deveria saber indevido). É a desídia do agente. 
Por isso, constitui crime formal que se consubstancia com a mera exigência 
ou no gravame de emprego vexatório. A tentativa é admitida quando não 
utilizado o meio verbal.
Facilitação de contrabando ou descaminho
É o tipo penal especial que protege a regularidade e a probidade nas im-
portações, exportações e impostos legais. É crime formal — consuma-se 
independentemente de se ter completado o contrabando ou descaminho. Veja:
Art. 318 Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando 
ou descaminho (art. 334):
Pena — reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei 
nº 8.137, de 27.12.1990). (BRASIL, 1940, documento on-line).
17Crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos
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Quando se tratar de conduta comissiva, admite tentativa. Não se fala em 
tentativa quando há omissão, pois o funcionário poderia impedir a sua ocor-
rência. Você pode ver um exemplo da ocorrência do delito no julgado a seguir, 
oriundo do STJ:
PENAL E PROCESSUAL PENAL. OPERAÇÃO SUCURI. CORRUPÇÃO 
PASSIVA. FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO. 
QUADRILHA OU BANDO. INÉPCIA DA DENÚNCIA. INOCORRÊNCIA. 
[...] 11. Cometem os delitos de corrupção passiva e facilitação de contrabando/
descaminho os agentes policiais que, mediante o recebimento de propinas, 
permitem a entrada de mercadorias contrabandeadas ou descaminhadas no 
território nacional. [...] Sendo assim, e pelas razões expostas, nego seguimento 
aos recursos especiais interpostos. (STJ. REsp n. 1.460-327 – PR. Recorrente 
Newton Ishii e outros. Rel. Min. Felix Fischer. Pub. 24/02/2016). (BRASIl, 
2016, documento on-line)
Prevaricação
A prevaricação consiste em:
Art. 319 Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou 
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sen-
timento pessoal:
Pena — detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 319–A Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público de cumprir 
seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, 
que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: 
(Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007). 
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (BRASIL, 1940, documento 
on-line).
Esse tipo protege a regularidade e a probidade da administração, lesada pela 
omissão ou atividade irregular do agente. Ele se consuma, independentemente 
de estar sujeito a confirmação ou recurso. Admite a tentativa na conduta 
comissiva do verbo nuclear realizar (MIRABETE, 2001). 
O art. 319–A versa sobre a modalidade de crime omissivo em que o diretor 
da penitenciária ou o agente público que possui o dever de vedar acesso a 
aparelho telefônico permite sua utilização. É um crime omissivo próprio 
(como se comissivo fosse). Observe a jurisprudência:
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APELAÇÃO CRIMINAL. PREVARICAÇÃO. ARTIGO 319 DO CÓDIGO 
PENAL. FATO ATÍPICO. SENTENÇA CONDENATÓRIA REFORMADA. 
Para a caracterização do crime tipificado no artigo 319 do CP, é de rigor a 
comprovação do dolo, consistente na vontade livre e consciente de praticar 
as ações e omissões indicadas no tipo penal, assim como o dolo específico 
de “satisfazer interesse” ou “sentimento pessoal”, os quais não restaram de-
monstrados, extreme de dúvidas, no caso dos autos. Impositiva a absolvição. 
RECURSO PROVIDO (Recurso Crime Nº 71005854856, Turma Recursal 
Criminal, Relator: Luiz Antônio Alves Capra, Julgado em 06/06/2016) (RIO 
GRANDE DO SUL, 2016, documento on-line).
Condescendência criminosa
Tem por objetivo a regularidade da administração. É a indulgência em subor-
dinar funcionário que cometeu infração (crime omissivo puro). Na segunda 
parte do tipo, se o superior não tem competência, deve levar o caso a quem 
tenha. O crime é omissivo puro e não admite a tentativa.
Art. 320 Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado 
que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, 
não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena — detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. (BRASIL, 1940, do-
cumento on-line). 
Advocacia administrativa
Pretende proteger a administração da infl uência ou prestígio daqueles agentes 
que intentam atuar em interesse privado. É crime formal que admite tentativa.
Art. 321 Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a 
administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena — detenção, de um a três meses, ou multa.
Parágrafo único. Se o interesse é ilegítimo:
Pena — detenção, de três meses a um ano, além da multa. (BRASIL, 1940, 
documento on-line).
Abandono de função
É tipo penal que visa à proteçãoda administração e ao desempenho regular 
de competências pelo agente. Difere do conceito de agente público, adotado 
pelo art. 327. 
19Crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos
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Art. 323 Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
Pena — detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
§ 1º Se do fato resulta prejuízo público:
Pena — detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 2º Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:
Pena — detenção, de um a três anos, e multa. (BRASIL, 1940, documento 
on-line).
Exercício funcional ilegal, antecipado ou prolongado
Esse é um crime próprio, praticado por servidor detentor de cargo público 
concursado (sujeito ativo) contra a administração (sujeito passivo). Porém, 
admite a participação do servidor aposentado ou de particular (MIRABETE, 
2001, p. 349–350). Veja:
Art. 324 Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências 
legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente 
que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso:
Pena — detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Art. 325 Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva per-
manecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena — detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui 
crime mais grave.
§ 1º Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído pela Lei nº 9.983, 
de 2000).
I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de 
senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas 
de informações ou banco de dados da Administração Pública; (Incluído pela 
Lei nº 9.983, de 2000).
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluído pela Lei nº 9.983, 
de 2000).
§ 2º Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: 
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000).
Pena — reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 
9.983, de 2000). (BRASIL, 1940, documento on-line). 
O crime está consumado quando qualquer pessoa não autorizada acaba 
tendo a ciência do segredo. Veja:
APELAÇÃO. CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. VIOLA-
ÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL. ART. 325, § 1º, INC. I, DO CP. POLICIAL 
CIVIL. PERMITE OU FACILITA O ACESSO AO SISTEMA DE CON-
SULTAS INTEGRADAS. (...) II – Demonstradas a materialidade e autoria 
Crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos20
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do crime de violação de sigilo funcional, mediante permissão e facilitação 
de acesso, com o uso de dados pessoais do denunciado (ex-policial civil) no 
Sistema de Consultas Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Estado 
do Rio Grande do Sul, efetivadas por pessoas não habilitadas, impositiva a 
manutenção da sentença condenatória. Número demasiado de acessos que se 
manteve mesmo após a prisão do denunciado. PRELIMINARES AFASTA-
DAS. APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação Crime Nº 70053877676, Quarta 
Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rogerio Gesta Leal, 
Julgado em 25/07/2013). (RIO GRANDE DO SUL, 2013, documento on-line).
Observe o disposto sobre a aplicabilidade do princípio da insignificância nos crimes 
contra a administração pública: “Súmula 599 – O princípio da insignificância é inaplicável 
aos crimes contra a administração pública” (BRASIL, 2017, documento on-line).
Para complementar seu estudo sobre o tema, você pode ler no link a seguir a Edição 
nº 57 do Boletim de Jurisprudência em Teses, do Superior Tribunal de Justiça: 
https://goo.gl/Tj6QBH
Entretanto, há exceção para a aplicação da Súmula nº 599: a jurisprudência é pacífica 
em admitir a aplicação do princípio da insignificância ao crime de descaminho, previsto 
no art. 334 do CP (BRASIL, 1940). Esse crime faz parte do Título XI do Código Penal, 
tendo como sujeito passivo o Estado — tratando-se, portanto, de crime contra a 
administração pública.
Assim dispôs o STJ: “a insignificância nos crimes de descaminho tem colorido próprio, 
diante das disposições trazidas na Lei n. 10.522/2002”, o que não ocorre com outros 
delitos, como o peculato, etc. (AgRg no REsp 1346879/SC, Rel. Min. Marco Aurélio 
Bellizze, julgado em 26/11/2013). (BRASIL, 2013, documento on-line). Mais do que isso, 
você deve notar a existência de decisões admitindo a aplicação do princípio em mais 
duas hipóteses: HC nº 107.370 e HC nº 112.388. Neles, a prática de crime contra a admi-
nistração pública, por si só, não inviabiliza a aplicação do princípio da insignificância, 
exigindo-se a análise do caso concreto. Leia as decisões nos links a seguir.
HC nº 107.370
https://goo.gl/52iq4Y
HC nº 112.388
https://goo.gl/RWmzM4
21Crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos
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https://goo.gl/Tj6QBH
https://goo.gl/52iq4Y
https://goo.gl/RWmzM4
1. Considerando a definição de 
funcionário público disposta 
pelo art. 327 do Código Penal, 
identifique a alternativa que se 
enquadra nos vínculos previstos.
a) Servidor público, agente político, 
estagiário e terceirizado
b) Servidor público, estagiário, 
servidor temporário e 
agente político.
c) Estagiário, agente 
político, terceirizado e 
servidor temporário.
d) Terceirizado, estagiário, agente 
público e servidor público
e) Terceirizado, servidor temporário, 
agente político, servidor público.
2. Identifique a alternativa 
que apresenta as hipóteses 
corretas do peculato.
a) Peculato próprio e 
peculato impróprio.
b) Peculato próprio, peculato-
desvio e peculato-furto.
c) Peculato próprio, peculato-
desvio, peculato-furto e 
peculato eletrônico.
d) Peculato próprio, peculato-
desvio e peculato-estelionato.
e) Peculato próprio e 
peculato-desvio.
3. Escolha a alternativa que melhor 
representa os crimes de corrupção 
ativa e corrupção passiva. 
a) Na primeira, o sujeito ativo 
é um terceiro e na segunda, 
um funcionário público.
b) A corrupção ativa caracteriza-se 
por demonstrar interesse 
em receber vantagem. 
c) A corrupção ativa é quando 
o agente público exige o 
pagamento de propina 
para fazer sua função.
d) A corrupção ativa é crime e 
a corrupção passiva, não.
e) O crime de corrupção passiva 
não admite tentativa.
4. Considere os verbos nucleares da 
frase “retardar ou deixar de praticar, 
praticá-lo contra disposição expressa 
de lei” e escolha a alternativa que 
contém o tipo penal descrito.
a) Prevaricação.
b) Facilitação de contrabando 
ou descaminho.
c) Excesso de exação.
d) Concussão.
e) Condescendência criminosa.
5. João, na qualidade de chefe do 
departamento em que trabalham 
José e Pedro, ao tomar ciência 
de que estes desviaram para 
proveito próprio itens adquiridos 
pela administração pública para 
reforma de uma escola, chama-os 
para conversar. Depois de ouvir 
de ambos a promessa de que o 
ato não seria repetido, João deixa 
de efetuar registro nas respectivas 
fichas funcionais e de reportar o 
ocorrido ao seu superior hierárquico. 
No caso concreto, qual é a conduta 
tipificada praticada por João?
a) Condescendência criminosa.
b) Exercício funcional ilegal, 
antecipado ou prolongado.
c) Advocacia administrativa.
d) Facilitação.
e) Corrupção ativa.
Crimes contra a administração pública praticados por funcionários públicos22
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BITENCOURT, C. Tratado de direito penal. 7. ed., Saraiva, São Paulo: 2013. p. 47 (v. 5).
BRASIL. Decreto-Lei nº. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Disponível em 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm>. Acesso 
em: 13 abr. 2018.
BRASIL. Lei nº. 9.983, de 14 de julho de 2000. Altera o Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezem-
bro de 1940 – Código Penal e dá outras providências. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9983.htm>. Acesso em 1 maio 2018.BRASIL. Supremo Tribunal Federal. AG. REC. no Recurso Ordinário em Habeas Corpus: 
AgR RHC 125.478 ES. Relator: Min. Teori Zavascki. AGTE(S): Maria de Fátima Rocha Couzi. 
Órgão Julgador: Segunda Turma. Julgamento: 10 de fevereiro de 2015. Disponível em: 
<https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/178733321/agreg-no-recurso-ordinario-
-em-habeas-corpus-agr-rhc-125478-es-espirito-santo-0000822-1220141000000>. 
Acesso em: 1 maio 2018.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Inquérito: Inq. 1879. Relator (a): Min. Elle Gracie, 
Órgão Julgador: Tribunal Pleno. Julgado em 10/09/2003. Disponível em: <https://
stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/14744111/inquerito-inq-1879-df>. Acesso em: 1 
maio 2018.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Ordinário em Habeas Corpus: RHC 103.559 
SP. Relator: Min. Luiz Fux. RECTE. (S): Cesar Herman Rodrigues. Órgão Julgador: Primeira 
Turma. Julgamento: 19 de agosto de 2014. Disponível em: <https://stf.jusbrasil.com.
br/jurisprudencia/25286556/recurso-ordinario-em-habeas-corpus-rhc-103559-sp-
-stf>. Acesso em: 1 maio 2018. 
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Processo: REsp 440.106/RJ. Órgão Julgador: T6 
– Sexta Turma. Relator: Ministro Paulo Medina. Julgamento 24 de fevereiro de 2005. 
Disponível em: <https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/7139451/recurso-especial-
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