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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL -UFMS-
LIZINETH VALDES PINTO
RESENHA
TESTAGEM E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA- introdução a Testes e Medidas 
CORUMBÁ-MS
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL -UFMS
LIZINETH VALDES PINTO
RESENHA
TESTAGEM E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA- introdução a Testes e Medidas 
Resenha apresentada à disciplina de Avaliação Psicológica I, do 6º semestre do Curso de Psicologia, sob a orientação da professora Me. Cristiane Vinholi de Brito. 
CORUMBÁ-MS
2016
COHEN, R. J; SWERDLIK, M. E; STURMAN, E. D. Testagem e avaliação psicológica. Introdução a testes e medidas. 8. ed. Porto Alegre: AMGH Editora Ltda, 2014. 
Nos capítulos Um e Dois de Testagem e Avaliação Psicológica os autores lançam mão de uma linguagem acessível ao leitor para que o mesmo se familiarize com as medidas psicológicas, instrumentos de mensuração, testagem e avaliação psicológica. Introduzindo de modo dinâmico o leitor na história da medida em Psicologia, desde Alfred Binet que com um simples teste para organizar classes escolares até sua utilização na Primeira Guerra Mundial, avaliando emocional e mentalmente os recrutas militares em relação a problemas emocionais e intelectuais, preparando-os para o período da guerra. O termo avaliação começou a surgir na Segunda Guerra Mundial, sendo que o pós-guerra produziu um fenômeno de receptividade mundial para os testes de Binet, produzindo não apenas mais testes, como também mais editores e desenvolvedores de testes e consequentemente, aplicadores de testes, tudo isso em um franco mercado de Testagem em que este termo referia-se a tudo desde a administração de um teste (como “Testagem em andamento”) e até a interpretação do seu escore (“A Testagem indicou que...”). Os autores pontuam que para a sociedade como um todo é altamente positivo que se tenha uma definição clara e precisa entre testagem e avaliação psicológica, bem como dos seus termos relacionados como aplicador de testes e avaliador psicológico sendo que este último termo está dentro de uma condução maior do que simplesmente administrar um teste. Segue então definições fundamentais de primeiro para avaliação psicológica como sendo a coleta e a integração de dados relacionados à psicologia com a finalidade de fazer uma estimação psicológica, que é realizada por meio de instrumentos como testes, entrevistas, estudo de casos, observação comportamental, aparatos e procedimentos de medida especialmente projetados. E a definição de testagem psicológica, para os autores é o processo de medir variáveis, relacionados à Psicologia por meio de instrumentos ou procedimentos projetados para obter uma amostra do comportamento. 
O processo de Avaliação começa a partir da fonte que originou o encaminhamento, quer seja um professor, psicólogo da escola, conselheiro, juiz, médico ou à pedido dos familiares. O avaliador lançará mão de sua experiência e treinamento para contextualizar a origem da solicitação, se é de um ambiente corporativo, escolar, militar e quais os instrumentos a serem empregados. Formalizado o atendimento, o avaliador estabelecerá a sua meta de trabalho, as suas anotações no relatório desde o encaminhamento das sessões adicionais de feedback com o avaliando ou com as pessoas que o cercam. São condições essenciais que norteiam as partes envolvidas no processo de avaliação, do contexto em que são conduzidas, por quem e como são conduzidas. Enfim, é um processo que começa a partir dos desenvolvedores e editores de testes, se há alguma consideração nos manuais de testes que os aplicadores devam seguir quando da utilização nos testandos.
Os avaliadores diferentes atuam na tarefa, no trabalho de avaliação de formas distintas, pois alguns avaliadores a abordam com a participação mínima dos avaliandos e outros consideram o processo como colaboração mútua, em que há uma parceria desde o contato inicial até o final, podendo ainda ser designada como avaliação psicológica colaborativa, em que o avaliador e o avaliando podem trabalhar como “parceiros”, uma parceria de trabalho desde o contato inicial até o final da avaliação. A outra variedade da avaliação colaborativa acrescenta um elemento de terapia como a autodescoberta e novos entendimentos são encorajados durante o processo da avaliação psicológica terapêutica. 
Nos últimos anos uma outra abordagem ganhou grandes impulsos, sobretudo em contextos educacionais, que é a avaliação dinâmica, dinâmica porque comporta uma natureza interativa e variável, é muito empregada em termos educativos, corporativos, correcionais e clínicos seguindo um padrão interativo de avaliação, intervenção e reavaliação, num processo dinâmico de feedback e sugestões para constatar como o avaliando processa a intervenção. 
Dentre os instrumentos de avaliação psicológica, o teste psicológico refere-se a um procedimento que visa medir as variáveis relacionadas à psicologia, tais como: Inteligência, personalidade, aptidão, interesse, atitudes e valores. Os testes psicológicos e outros instrumentos de avaliação podem diferenciar-se em inúmeras variáveis, procedimentos de administração, de pontuação, de interpretação, de qualidade, de conteúdo de como é o assunto e como varia conforme o foco do teste em particular, a segunda variável diz respeito à forma ou formato do arranjo, dos limites de tempo, de como o teste é administrado se é escrito ou computadorizado.
Conforme a estrutura dinâmica que entrelaça os temas, os autores adentram nos procedimentos de como os testes são pontuados. Nesse processo, pontuação em testagem significa atribuir códigos avaliativos, não necessariamente numérico, ao desempenho de alguma atividade com o avaliando. Pontuar é um processo de atribuir um código avaliativo para o desempenho em alguma tarefa, testes, entrevistas ou quaisquer amostra do comportamento, logo a partir de um ponto de corte, ou seja de uma referência apresentada. Alguns testes são auto pontuados pelos próprios avaliandos, outros por computadores ou por examinadores treinados. Os testes diferem conforme sua solidez psicométrica ou qualidade técnica, que refere-se ao grau de consistência e precisão com que um teste mede o que se propõe a medir. A psicometria pode ser definida como a ciência da mensuração psicológica, os sinônimos desse termo são psicométrico que é a mensuração de natureza psicológica e psicometrista para o profissional que usa, analisa e interpreta os dados dos testes psicológicos. A entrevista é o instrumento de avaliação mais abrangente do que uma conversa, quando conduzida face a face, uma vez que o entrevistador pode observar e anotar a linguagem corporal, expressões faciais, comportamento verbal, a aparente cooperação e as reações às demandas da entrevista, que pode ser feita por telefone, em que se observa o tom de voz ou pausas. Desta forma, entrevista é um método de obter informações em uma comunicação direta, envolvendo uma troca recíproca entre as partes, considerando ainda o propósito, duração e natureza. Pode ser feita ainda pela língua de sinais ou por e-mail. A entrevista pode ser utilizada por psicólogos em várias áreas tais como: escolas, tribunais, empresas (setor de RH ou de demanda de consumidores), na medicina (no pré ou pós operatório).
De grande importância é a observação criteriosa quanto ao contexto dos ambientes das avaliações ou orientações psicológicas desde escolas, prisões e instituições governamentais ou privadas em que objetiva a melhora do avaliando em termos de ajustamento, produtividade, orientações de carreira, habilidades sociais para uma criança se concentrar melhor nas atividades ou alguma variável relacionada. O avaliador também utiliza no seus registros ou anotações de contato com o examinando dois modelos de observações do comportamento. O primeiro modelo é a observação comportamental que pode ser definida como a monitoração das ações do avaliando como um auxílio diagnóstico, com pacientes internados, emlaboratórios ou para fins de seleção seja em contextos corporativos ou organizacional. O segundo modelo é a observação naturalista, feitas em ambientes naturais, fora das clínicas ou laboratório e é frequentemente usada em contextos escolares para se observar a socialização ou dificuldades de aprendizagem.
Os autores levantam questões fundamentais com uma clara preocupação quanto ao aplicador de testes e quem deve ter acesso aos testes psicológicos, pois testes psicológicos e metodologias de avaliação são usados desde o pessoal de recursos humanos, de conselheiros, clínicos e outros profissionais com pouco ou nenhum conhecimento da área de psicologia.
Por meio de perguntas e respostas, os autores explicam, de modo detalhado quem são as partes no processo de avaliação, por que e em que contexto são conduzidas. Segundo a APA (American Psycological Association), 20 mil novos testes são criados a cada ano, para pesquisas específicas, para serem publicados ou para modificar os já existentes. No Brasil apenas os psicólogos registrados nos CRPs (Conselhos Regionais de Psicologia) podem adquirir e usar testes psicológicos.
Os assuntos relevantes são enfatizados ou reforçados em tópicos, como no capitulo “em foco”, no qual se preocupam não apenas com quem aplica os testes, mas também com o avaliando. Naquele tópico, em particular, afirma-se que o avaliador e o avaliando são duas partes em qualquer avaliação e uma terceira parte pode ser um observador, quer seja amigo, parente ou qualquer outro interessado. O processo de avaliação nos seus primórdios era empírico e eivado de preconceitos e superstição, sendo nos dias atuais conduzido cientificamente, mediante métodos sistemáticos, que podem fornecer evidências convincentes. 
A condução para a aplicação das avaliações requer muita responsabilidade, quer seja antes, durante e após qualquer procedimento de mensuração. Dentre as obrigações do aplicador de testes está na familiarização dos materiais e procedimentos, que o avaliando não conheça o conteúdo do teste, ter um local apropriado sem ruídos excessivos, interrupções, com ventilação adequada, devendo estar munido com cronometro, lápis e o protocolo para inserir respostas do testando.
No estabelecimento do rapport, que é o relacionamento de trabalho entre examinador e examinando, deve-se assegurar o não comprometimento sobre quaisquer regras na administração dos testes. Terminada a aplicação, os aplicadores tem obrigação de preservar os protocolos do teste e transmitir seus resultados de modo claro e preciso. Finalizam assim o capitulo 1 apresentando um paralelo dos prós e contras das fontes de informações sobre testes; dos catálogos que são de fácil acesso quando solicitados, porém raramente apresentam uma revisão crítica sólida; dos manuais que normalmente contém alguma informação relativa à solidez psicométrica do teste, mas muitas vezes conduzidas pelo autor ou editor; dos livros de referência são semelhantes a um relatório de consumidor para testes e desta forma apresenta em si já revisões críticas de terceiros; e os autores fazem uma advertência quanto aos bancos de dados e sites da internet para testes psicológicos que não pretendem informar de modo científico.
A partir do controverso experimento de testes em imigrantes na Ilha de Ellis, supervisionado por Henry A. Goddard onde muitos indivíduos com pontuações baixas tiveram seu visto negado, surge a necessidade de testes específicos da cultura com clareza de idiomas para o avaliando. O desafio que segue para o avaliador é atuar na relatividade cultural no processo de avaliação verificando em que medida o avaliando foi assimilado pela cultura e qual a influência nos resultado dos testes. Atuar ainda na promoção de oportunidades iguais de maneira ativa na sociedade, considerando que testes e outros instrumentos de avaliação tem um impacto na vida dos avaliandos, quer seja na obtenção de um emprego, para a adoção de uma criança, em custódias e na área de educação.
Nas considerações legais e éticas está exposto que enquanto lei é um conjunto de regras, a ética está para um conjunto de princípios que atravessam uma conduta que definirá um padrão de cuidados do avaliador no fornecimento de serviços. Cuidados estes que foram esquecidos quando houve uma avalanche de testes na sociedade norte americana como um todo em decorrência da Lei de Educação para Defesa Nacional na busca e formação de crianças superdotadas. A promulgação da referida Lei foi uma resposta americana de indignação com o lançamento em 1957 do satélite Sputnik da União das Repúblicas Socialista Soviética. A preocupação atual da American Psychological Association recai sobre a avaliação psicológica assistida por computador (CAPA) em que há um grande número de testes de qualidades duvidosa vendidos na internet que muitas vezes não alcançam os padrões de cuidados de um avaliador. Consta nestes padrões de cuidados um rol de ritos imprescindíveis quanto ao direitos dos testando relativo ao consentimento informado que deve ser por escrito e não oral, do avaliador dar informações claras e objetivas quanto ao propósito do teste, perguntar se o ambiente e o momento estão adequados para o testando, se o mesmo deseja compartilhar ou não sua experiência a fim de se preservar de algum sofrimento emocional.
Dois capítulos foram resenhados neste trabalho e para tanto segue algumas considerações finais. Ainda que os capítulos tenham uma linguagem clara e em tom conversacional com o leitor, apresentando recortes laterais que instigam a procura por novos saberes, esta obra pode funcionar como um suporte que se somará à outros livros da área, desta feita, considero a obra altamente recomendável como um suporte, um auxílio de leitura que deva ser somado a outros livros técnicos científicos da área. Saliento ainda que, os capítulos apresentados estão intrinsicamente relacionados aos modelos de avaliação psicológica da cultura estadunidense, pois não há referência no corpo dos capítulos de uma revisão ou atualização periódica da obra referente aos testes psicológicos utilizados no Brasil, apenas em alguns excertos laterais. Podendo desta forma abrir a possibilidade para a inserção na avaliação psicológica e nos instrumentos de testagem apresentados neste livro uma padronização dentro aspectos culturais brasileiros.

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