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resenha controle de constitucionalidade

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Direito Constitucional III (Matutino)
Resenha Aula 2
Inconstitucionalidade formal
Quanto ao vício de forma, ou inconstitucionalidade orgânica, quando há vício de competência para a edição do ato. Como exemplo, a edição de lei em matéria penal pela Assembleia Legislativa de um Estado da Federação, violando a competência da União legislar prescrita na CF. A inconstitucionalidade formal somente ocorreria caso houvesse inobservância do processo legislativo próprio.
Inconstitucionalidade material
Quando há uma incompatibilidade de conteúdo, entre a lei ou ato normativo e a nossa Lei Maior. A inconstitucionalidade material em sentido amplo é a desconformidade do conteúdo dos atos dos poderes públicos com a constituição. Em sentido estrito, é a incompatibilidade do conteúdo dos atos normativos com o conteúdo da constituição. Tanto o desvio formal ou material de uma norma, tem a sua eficácia paralisada, a norma torna-se invalida.
Inconstitucionalidade por ação e por omissão
A constituição tem como essência a imperatividade, pois uma norma não sugere ou recomenda algo, ela determina comandos, materializados em normas cogentes, que podem ter caráter proibitivo e preceptivo, vetando ou impondo determinados comportamentos. Há violação da Constituição praticando ato contrário ao que ela interdita ou deixando de praticar ato que prescreva.
Inconstitucionalidade por ação 
A inconstitucionalidade por ação abrange os atos legislativos incompatíveis com o texto constitucional, destinando-se a invalidar a eficácia ou retirar do ordenamento um ato inconstitucional. As condutas a serem controladas podem se originar de órgãos integrantes dos três Poderes do Estado, seja ato praticado por agente da administração pública, atos do Legislativo ou próprio do Judiciário.
Inconstitucionalidade por omissão
A inconstitucionalidade por omissão refere-se à falta de ato que deixa de seguir norma programática estabelecida na Constituição, ou seja, não pode o Poder Executivo deixar de cumprir com determinadas prestações positivas que foram estipuladas constitucionalmente, como nas matérias de educação, saúde.
Inconstitucionalidade total e parcial 
A inconstitucionalidade será total quando atacar a íntegra do diploma legal objeto de discussão ou parcial, quando recair apenas sobre alguns ou um único dispositivo, fração e até mesmo sobre uma palavra. A inconstitucionalidade resultante de vício formal, por defeito de incompetência ou procedimento será total, por resultar de problema no nascimento da norma, a material pode recair sobre a totalidade do ato normativo ou, parcialmente, sobre a parte viciada.
Inconstitucionalidade direta e indireta 
A inconstitucionalidade direta é aquela caracterizada pela prática de um ato, pela edição de uma lei ou, ainda, pela materialização de um comportamento incompatível com a CF. Sua característica essencial será a de atacar o vício da lei em tese, e indireta tem por função reprimir a omissão por parte dos poderes competentes, que atentem contra a Constituição (art. 102, I, a, cc art. 103, § 2°). 	
Inconstitucionalidade originária e superveniente
Há inconstitucionalidade originária quando a norma legal é editada após a constituição e sob seu império, mas sendo ela compatível, porém será inconstitucional desde a origem pelos vícios formais ou matérias, se a norma precede a Constituição e é com ela incompatível, a doutrina se divide: para uns seria caso de inconstitucionalidade superveniente; já para outros, seria caso de mera revogação (direito intertemporal).
Modalidades de controle de constitucionalidade
O controle de constitucionalidade pode ser dividido quanto ao momento: Preventivo, aquele que tem por finalidade impedir que um projeto de lei inconstitucional venha a ser uma lei; Repressivo, quando a lei já está em vigor. E dividido quanto ao órgão que exerce o controle de constitucionalidade: Político, ato de bem governar em prol do interesse público. É a corte constitucional, não integra a estrutura do Poder Judiciário; Jurisdicional que é exercido por um órgão do Poder Judiciário, e só o juiz ou tribunal pode apreciar o controle constitucional sob o aspecto jurisdicional; Misto, quando é exercido tanto sob o âmbito difuso quanto pelo concentrado, tanto pelo órgão jurisdicional quanto pelo político (abstrato); Em regra, cabe ao órgão jurisdicional o papel repressivo, já a prevenção ao órgão político, porém aos dois órgãos há exceções.
Legitimidade do Controle de Constitucionalidade
Conforme dispõe o art. 103 da Constituição Federal de 1988, possuem legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade o Presidente da República, a Mesa do Senado Federal, a Mesa da Câmara dos Deputados, a Mesa da Assembleia Legislativa, o Governador de Estado, o Governador do Distrito Federal, o Procurador-Geral da República, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, partido político com representação no Congresso Nacional e as confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional.
Referencia:
BARROSO, Luís Roberto. O Controle de Constitucionalidade No Direito Brasileiro. São Paulo, Saraiva, 2014.

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