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Conhecimento linguístico, Enciclopédico e Interacional.

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Universidade Estadual Da Paraíba
Campus III – Guarabira
Letras – Português
	Disciplina: Leitura e Produção de Texto I
	Carga horária: 60 h
	Ano letivo: 2013.2
	Turma: 2013.1 
	Nota:
	Aluno/a: Liliane Maria Barbosa Barreto
	e-mail: lilianenatu@gmail.com
	Professora: Edilma de Lucena Catanduba
	TEMA: Conhecimento linguístico, enciclopédico e interacional.
Guarabira – PB
Novembro/2013
Conhecimento linguístico
Segundo Koch e Elias (2006), o conhecimento linguístico abrange o conhecimento gramatical e lexical, em outras palavras, a língua escrita e suas regras.
O humor é causado pela ambiguidade gerada em nível sintático. Isso ocorre quando a personagem feminina diz que vai “acertar um” no homem com quem discute. Quando o homem questiona a mulher sobre ela ter coragem de bater em alguém com óculos, a expressão “com óculos” é entendida pela mulher como o instrumento com o qual ela lhe bateria, mas, na realidade, o homem questiona a ameaça por se considerar alguém indefeso, já que usa óculos, logo, isento de qualquer agressão. Porém, a mulher elimina essa isenção quando afirma que usaria os próprios punhos para agredi-lo. Dessa forma a expressão “com meus próprios punhos”, na fala da personagem feminina é que se torna o instrumento da agressão.
Conhecimento enciclopédico
Também conhecido como conhecimento de mundo
Refere-se a conhecimento gerais sobre o mundo, bem como a conhecimentos alusivos a vivências pessoais e eventos espaço-temporal situado, assim, permitindo a produção dos sentidos.
KOCH, Ingedore Villaça & ELIAS, Vanda Maria. (2006).
Exemplo 01:
A tirinha nos remete ao nosso realidade social atual. Hagar não demonstra surpresa ao entrar na floresta e se deparar com as criaturas da floresta encantada mendigando, tentando ganhar alguns trocados com truques de ilusionismo etc.
Trazendo para o nosso contexto social atual, as criaturas encantadas são as pessoas que sobrevivem na rua e da rua. O fato de Hagar não se surpreender vem do fato que este tipo de cena ocorre em todos lugares do país diariamente.
Quando Hagar diz “esta floresta encantada realmente está decadente”, ele está se referindo a nossa sociedade.
Exemplo 02:
O humor da tirinha ocorre em nível fonológico. O personagem Cebolinha convida Mônica para brincar de carrinho, no entanto, cebolinha tem problema de dicção e sempre troca o fonema R pelo fonema L, o que fez com que ele pronunciasse calinho, sendo assim, Mônica confunde-se e acaba por pensar que cebolinha está convidando-lhe pra brincar de carinho.
Conhecimento interacional
É o conhecimento sobre as ações verbais, ou seja, as formas de interação por meio da linguagem. Se divide em: ilocucional, comunicacional, metacominicativo e superestrutural.
Ilocucional
É o tipo de conhecimento que nos permite ler nas entrelinhas. Nos permite ler no textos coisas que o autor insinuou, mas não disse claramente. Também utilizamos desse conhecimento quando identificamos malícia na fala de alguém.
Exemplo :
		- Você está bem?
		- Não como você, mas vou tentando.
O humor na tirinha se dá devido ao duplo sentido proporcionado pela ambiguidade dos significados da palavra como.
Notamos que a palavra como pode ser entendida como comparação entre os dois termos ou como do ato de comer, que neste contexto tem um teor sexual.
Comunicacional
Refere-se a:
• Quantidade de informação necessária, numa situação comunicativa concreta, para que o parceiro seja capaz de reconstruir o objetivo da produção do texto;
• Seleção da variante linguística adequada a cada situação de interação;
• Adequação do gênero textual à situação comunicativa.
• Reflexão sobre o que e como escrever para os interlocutores do texto.
KOCH, Ingedore Villaça & ELIAS, Vanda Maria. (2006). Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto. 
Exemplo:
	
“E Dona Benta começou a ler: Num lugar da Mancha, de cujo nome não quero lembrar-me, vivia, não há muito, um fidalgo dos da lança em cabido, adarga antiga e galgo corredor”.
– Ché! – exclamou Emília. – Se o livro inteiro é nessa perfeição de língua, até logo! Vou brincar de esconder com o Quindim. Lança em cabido, adarga antiga, galgo corredor... Não entendo essas viscondadas, não...
– Pois eu entendo – disse Pedrinho. – Lança em cabido quer dizer lança pendurada em cabido; galgo corredor é cachorro magro que corre e adarga antiga é... é...
– Engasgou! – disse Emília. Eu confesso que não entendo nada. 
 		 (Monteiro Lobato, D. Quixote para crianças)
 
No exemplo acima podemos observar que a linguagem utilizada no livro que Dona Benta lia para as crianças era complexa demais para Emília compreender.
Metacominicatico
É o conhecimento que permite ao autor assegurar que a informação que ele quis passar ao leitor seja compreendida da forma correta e de maneira que proporcione a aceitação dos mesmos para os objetivos produzidos no texto.
KOCH, Ingedore Villaça & ELIAS, Vanda Maria. (2006).
	
Um advogado de Nova Iguaçu, formado em faculdade de fim de semana, disse no Foro de Teresópolis que não fazia citações em Latim, em suas defesas, por se tratar de idioma "estrangeiro". Nada a estranhar: advogados não sabem mais redigir petições, médicos escrevem com-pre-mi-dus nas receitas.
O termo “formado em faculdade de fim de semana” serve para mostrar a falta de conhecimento por parte do advogado que, se quer, tinha conhecimento que a língua portuguesa deriva do latim.
Superestrutural
Permite a identificação de textos como exemplares adequados aos diversos eventos da vida social. Envolve também conhecimentos sobre as macrocategorias ou unidades globais que distinguem vários tipos de textos, bem como sobre a ordenação ou sequenciação textual em conexão com os objetivos pretendidos.
KOCH, Ingedore Villaça & ELIAS, Vanda Maria. (2006). Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto. 
Exemplo 01:
	
Um cara engravatado entra na lojinha do Salim, na Rua 25 de Março, e olha com desprezo para o balcão escuro, as roupas penduradas em ganchos e o chão de tacos de madeira sem polimento.
O Salim se irrita com o desprezo do sujeito e resmunga:
 – Está olhando feio bro lodjínia de Salim burquê? Com este lodjínia, Salim tem abartamento na Guarujá, tem casa na Búzios, casa na Cambos da Jordão, tem casa no Riviera da Zão Lorenço, tem abartamento no Beirute, tem filho estuda medicina no Estados Unidos, tem filha estuda moda na Baris, tudo só com lodjínia!
O sujeito vira e diz: 
– O senhor sabe quem eu sou? Eu sou fiscal do Imposto de Renda!
– Muito brazer!  Eu Salim, maior mentiroso do 25 de Março!  
								 (Gênero textual: Piada)
Salim viu o homem menosprezando sua loja e lhe joga na cara tudo que conseguiu com ela. O humor dá tirinha se faz a partir do momento que Salim diz “Muito brazer! Eu Salim, maior mentiroso do 25 de março!” Para se safar da situação na qual ele mesmo se colou.
Exemplo 02:
	As decisões do dia não dependerão exclusivamente de sua vontade hoje. Com a lua em Peixes, outras pessoas estão interferindo e até mesmo determinando o que você deve fazer neste dia. 						
 	 				 (Gênero textual: Horóscopo)
O texto serve como um alerta para os leitores, para deixa-los por dentro de possíveis acontecimentos no seu cotidiano.
HQs:
A utilização de desenhos, ligados ou não à linguagem verbal, para estabelecer comunicação entre os povos, é muito antiga. Segundo Eisner (1989), as HQs tiveram início nas pinturas rupestres, o que evidencia que essa arte atravessou milênios, utilizadas por muitas civilizações. Ianonne e Ianonne (apud MENDONÇA, 2003, p. 194) “admitem que, embora se possam encontrar rudimentos das HQs na arte pré-histórica, os precursores desse gênero, tal como o conhecemos hoje, surgiram apenas na Europa,em meados do século XIX, com as histórias de Busch e Topffer”. Em 1964, “Joaquim Salvador Lavado (Quino) publica pela primeira vez uma tira, a sua grandiosa obra-prima: Mafalda” (Ravagnani). De lá para cá, esse gênero ganhou um público variadíssimo. Leem tirinhas jovens, adultos e crianças, atraídos pela forma como é apresentado o tema, e encantados pelas imagens. Além disso, as tiras apresentam uma linguagem que aguça a mente do leitor, já que, muitas vezes, o sentido do texto depende das escolhas linguísticas feitas pelo autor, o que leva o leitor a um ato de percepção e de esforço intelectual. Segundo Eisner (1078, p. 8), a leitura é uma forma de atividade e de percepção. Nesse sentido, o leitor de tiras precisa estar atento às nuances da linguagem, por trás das quais está a mensagem que as tiras pretendem que o leitor perceba.
Atualmente, as tiras constituem um importante veículo de leitura presente nos mais diversos jornais e livros didáticos de que se tem conhecimento. Elas atraem a atenção dos leitores por seu caráter humorístico e também pelo modo como se organiza o texto que as compõe. Além disso, apresenta ilustrações e imagens que contribuem para a significação da mensagem e personagens estereotipados por suas características e comportamentos típicos.
Nas tiras, consegue-se identificar a personagem tanto pelo seu discurso, quanto pelos seus hábitos, como é o caso de Manolito, Susanita, Cebolinha, entre outros que fazem parte do gênero em questão, os quais, a cada nova tira, despertam a curiosidade do leitor, que já os conhece e fica na expectativa do que vem em cada quadrinho, uma vez que a surpresa se dá sempre pelo não esperado, e no último quadro. Ademais, nas tiras, as personagens possuem um comportamento que infringe os padrões sociais considerados lógicos, gerando, assim, certa incongruência, tendo em vista que esperamos dessas personagens uma atitude, e elas se comportam de modo contrário, o que causa o humor. É também nessa incongruência que se percebe a crítica e, em alguns casos, a denúncia que o autor das tiras pretende que o leitor as perceba.
NETO, José Teixeira. Escolhas linguísticas na construção do humor em tirinhas: uma proposta para o ensino da língua materna. Cadernos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 1 – Anais do XVI CNLF, pág. 545-546
Referências bibliográficas:
KOCH, Ingedore Villaça & ELIAS, Vanda Maria. (2006). Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto. 
NETO, José Teixeira. Escolhas linguísticas na construção do humor em tirinhas: uma proposta para o ensino da língua materna. Cadernos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 1 – Anais do XVI CNLF. Disponível em: http://www.filologia.org.br/xvi_cnlf/tomo_1/048.pdf

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