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CASOS CONCRETOS DE EMPRESÁRIAL.docx

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CASOS CONCRETOS DE EMPRESARIAL II
CASO CONCRETO
Carolina emitiu três cheques nominais, em favor de Móveis Nova Iorque Ltda.. Os títulos
foram endossados pelo tomador em favor de Bacuri Fomento Mercantil Ltda. Vinte dias
após a emissão dos títulos, a faturizadora apresentou os cheques ao sacado e este
informou que havia ordem de sustação promovida pela emitente dentro do prazo de
apresentação, fato este que impossibilitava o pagamento.
Tentando uma cobrança amigável da devedora, o advogado da faturizadora procurou-a
para receber o pagamento ou obter o cancelamento da ordem de sustação. Carolina se
recusou a efetuar o pagamento ou cancelar a sustação, argumentando que os cheques
foram emitidos em razão da aquisição de móveis, mas como não ficou satisfeita com a
qualidade do produto, resolveu sustar o pagamento, sendo tal justificativa eficaz tanto
para o endossante quanto para o endossatário.
O advogado da faturizadora, insatisfeito com os argumentos da emitente do cheque,
prepara petição inicial de ação executiva por título extrajudicial e, nas razões jurídicas da
peça, tecerá argumentos para sustentar a legalidade da pretensão de seu cliente com base
na teoria e legislação sobre títulos de crédito.
Com base na hipótese apresentada, responda: considerando os princípios da cartularidade,
literalidade, autonomia e abstração, presentes nos títulos de crédito, qual deles pode ser
utilizado pelo advogado para refutar o argumento apresentado por Carolina para o não
pagamento dos cheques? Justifique.
RESPOSTA: A questão refere-se aos títulos de crédito e objetiva aferir o conhecimento do examinando sobre dois aspectos
primordiais do direito cambiário: i) aplicação prática da característica (ou atributo) da abstração; ii) distinção
quanto aos efeitos do endosso e da cessão de crédito.
A) Na transferência dos cheques por endosso, opera-se a abstração quanto à causa de emissão ou àquela que
determinou a transferência anterior. Passando o título ao endossatário, os vícios ou questões relativos aos
negócios entre as partes anteriores, inclusive o emitente, não podem ser opostos ao portador atual do título,
exceto se estiver de má fé ou se tratar de vício de forma. Estas considerações sobre a teoria dos títulos de crédito
devem ser aplicadas no caso proposto, em especial à argumentação de Carolina, emitente do cheque, para
embasar o direito da faturizadora, na condição de endossatária.
Para refutar o argumento apresentado por Carolina para não efetuar o pagamento ou cancelar a sustação dos
cheques, o advogado poderá invocar a característica da abstração dos títulos de crédito à ordem em relação ao negócio ou causa anterior à atual transferência. Com isto, a insatisfação de Carolina com a qualidade do produto
é uma exceção pessoal oponível apenas ao vendedor, que não pode ser alegada perante o faturizador, diante da
abstração dos cheques em relação à causa de sua emissão no momento do endosso, com base no Art. 25 da Lei
nº 7.357/85.
B) O examinando deverá identificar na legislação sobre o cheque (Lei nº 7.357/85) que a cláusula não à ordem
importa na transmissão do cheque obrigatoriamente pela forma e efeito de cessão de crédito. Ademais, é preciso
demonstrar que o examinando conhece a distinção entre endosso e cessão de crédito em seus efeitos, de modo a
afirmar que na cessão de crédito, regulada pelo Código Civil, são cabíveis exceções pessoais tanto em relação ao
cedente quanto ao cessionário. Portanto, o argumento levantado por Carolina seria analisado de modo diverso
caso a transferência dos cheques tivesse sido feita por cessão de crédito.
O cheque nominal “não à ordem” só é transferido pela forma e efeitos de cessão de crédito, com base no Art. 18,
§ 1º, da Lei nº 7.357/85. Portanto, Carolina pode opor ao cessionário (faturizador) as exceções que, no momento
em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente, Móveis Nova Iorque Ltda., amparada pelo Art.
294 do Código Civil. 
QUESTÃO OBJETIVA:
As principais características de um título de crédito cambial são:
A) literalidade, forma, causa.
B) forma, causa, abstração.
C) negociabilidade, autonomia e literalidade.
D) modelo, cártula, autonomia
CASO CONCRETO: SEMANA 2
Pedro emitiu uma nota promissória em favor de Carlos, que circulou através de diversos
endossos até chegar ao atual portador, que decidiu executar um dos endossantes, face à
inadimplência do devedor original. Uma vez executado, o endossante apresentou
exceção de pré-executividade, para demonstrar sua total incapacidade processual, já que
que ele teve o título transferido de um incapaz, o que prejudicaria a cadeia de endossos.
1. A defesa deve ser acolhida pelo Juiz da causa?
Não, pois as obrigações são autônomas.
Não merece ser acolhida a defesa apresentada, tendo em vista que ao lançar sua assinatura no título o endossante vincula sua obrigação de pagar como garantidor, sendo que as obrigações são autônomas e independentes.
2. Determine o princípio cambiário aplicável ao caso em tela.
 R: Principio da autonomia; aplicáveis a espécie os princípios da autonomia , em que cada obrigação é autônoma com relação as demais , independentemente da situação do obrigado e o da inoponibilidade das exceções pessoais, cuja relação pessoal com qualquer dos obrigados não pode ser alegada como defesa ( art. 7 e 17 LUG 57663/1966).
 QUESTÃO OBJETIVA:
Assinale a assertiva correta sobre títulos de crédito. A) Pelo princípio da abstração, os direitos decorrentes do título são independentes do negócio que deu lugar ao seu nascimento, a partir do momento em que ele é posto em circulação
CASO CONCRETO SEMANA 3
Um empresário que trabalha no ramo de venda a varejo pretende utilizar, nas suas
operações a crédito, duplicatas ao invés de cheques, em virtude da alta taxa de
inadimplência. Procura você para consulta acerca das diferenças básicas entre tais títulos.
Responda ao consulente de acordo com as classificações dos títulos de crédito.
RESPOSTA: Ambos quanto ao modelo são vinculados, e quanto a estrutura, ambos são ordem de pagamento.
Enquanto a Duplicata é causal e nominativa, o cheque é não causal e nominativo apenas nos valores acima de R$ 100,00.
CLASSIFICAÇÃO DUPLICATA CHEQUE
Quanto a titulo de crédito É um titulo de crédito próprio, pois e na sua essência uma relação de credito. É um título de credito impróprio, pois na sua essência e uma ordem de pagamento à vista. 
Quanto a emissão Causal – por que a lei determina que a causa mantenha vinculo com a emissão do título Abstrato – pois a causa da emissão do título se desvincula dele no momento de sua emisão.
Quanto à estrutura Ordem de pagamento, onde existem três figuras jurídicas envolvidas; Sacador – Sacado –Beneficiário. Ordem de pagamento, onde existem três figuras jurídicas envolvidas; Sacador – Sacado –Beneficiário.
Quanto ao modelo Vinculado – pois são títulos que adotam um padrão especial de acordo com o previsto em lei. Vinculado – pois são títulos que adotam um padrão especial de acordo com o previsto em lei.
Quanto à circulação Nominativo – sempre por endosso Portador, nos casos de cheque ate R$ 100,00/ Nominativo (à ordem/ não a ordem)
QUESTÃO OBJETIVA: São títulos de crédito que contêm ordem de pagamento:
correta ⇒ D) letra de câmbio e cheque
 CASO CONCRETO SEMANA 4
CASO CONCRETO
Mário comprou de Fernanda um apartamento no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil
reais) que, com o crédito venda de seu imóvel, também comprou um apartamento, pelo
mesmo valor, de seu amigo Carlos. Por ter ouvido falar em um título capaz de vincular
todas as partes, Fernanda lhe procura para prestar as seguintes orientações:
1. É possível a emissão de uma letra de câmbio, a fim de vincular Mário ao pagamento e
ainda assim dar garantia a Carlos?
Sim, é possível uma vez que Mario é devedor de Fernanda, que é devedor da mesma quantia de Carlos. Assim, ao sacar uma letra cambio, envolverá a Mario como sacado no pagamento e dará garantia a Carlos. Pois se aquele nãoaceitar ou não pagar a letra, Fernanda como sacador garante o pagamento, com base no art. 9 da LUG.
2. Por nunca ter visto uma letra de câmbio, questiona acerca dos requisitos necessários
para validade do título em tela.
requisitos art.1 e 2 da LUG.
Art. 1º - A letra contém:
1 - A palavra "letra" inserta no próprio texto do título é expressa na língua empregada para a redação desse título;
2 - O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada;
3 - O nome daquele que deve pagar (sacado);
4 - A época do pagamento;
5 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento;
6 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga;
7 - A indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada;
8 - A assinatura de quem passa a letra (sacador).
Art. 2º - O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como letra, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes:
A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista.
Na falta de indicação especial, a lugar designado ao lado do nome do sacado considera-se como sendo o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do sacado.
A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador.
Os elementos essenciais serão:
1 - A palavra "letra" inserta no próprio texto do título é expressa na língua empregada para a redação desse título;
2 - O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada;
3 - O nome daquele que deve pagar (sacado);
6 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga;
8 - A assinatura de quem passa a letra (sacador).
Os elementos acessórios serão:
4 - A época do pagamento;
5 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento;
7 - A indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada;
QUESTÃO OBJETIVA 1 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
Fontoura Xavier sacou letra de câmbio à ordem no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil
reais) em face de Sales Oliveira, pagável à vista na praça de Itaocara, indicando como
beneficiário Rezende Costa. Com base nos dados apresentados e na legislação sobre letra
de câmbio, assinale a afirmativa INCORRETA.
C) O beneficiário e portador, Rezende Costa, pode inserir no título a cláusula “não à
ordem” antes de transferi-lo a terceiro.
***Resposta da Questão 50 do XII Exame da OAB: C
Comentário da Questão 50 do XII Exame da OAB: A letra de câmbio é outro tema bastante recorrente na prova da OAB, assim como as sociedades anônimas, isso porque, ambos são exceção à regra geral dos títulos de crédito e das sociedades empresariais, respectivamente. A letra de câmbio é regulamentada pelo Decreto 57.663/1966 e pelo Decreto-Lei n. 2044/1908.
Segundo as disposições legais, em um título à vista, ele é contra-apresentação, ou seja, apresentado para pagamento, deve ser adimplida a obrigação pela presente, estando correta a assertiva A.
Em relação a assertiva B, a cláusula “sem despesas” é sinônimo da cláusula “sem protesto” e inserido no título de crédito dispensa o protesto, ou seja, não precisa do protesto por falta de pagamento para comprovar a inadimplência do devedor.
Em relação as assertivas C e D, ambas decorrem do mesmo pensamento. Somente o emitente do título, no caso o sacador pode inserir qualquer cláusula válida na letra de câmbio, assim, a assertiva C está errada, pois não é permitido ao portador/beneficiário inserir qualquer tipo de cláusula no título. Por sua vez, a assertiva D está correta, pois a inserção da cláusula foi feita pelo sacador.
OUTRA RESPOSTA: Resposta: Letra C.
A alternativa “C” considerada incorreta parte da premissa de que a transferência não seria possível neste caso, já que a cláusula não à ordem impede a transferência por endosso, por isso, o gabarito a considerou errada.
Para a FGV, seria impossível a inserção de tal cláusula se o objetivo seria transferir a terceiro.
Porém, não haveria qualquer problema na inserção da cláusula não à ordem, já que mesmo com ela seria possível transferir o crédito por meio da cessão civil de crédito, razão pela qual entende-se passível de anulação a questão, já que não está errada a alternativa.
CASO CONCRETO SEMANA 5
CASO CONCRETO
João Garcia emite, em 17/10/2010, uma Letra de Câmbio contra José Amaro, em favor de
Maria Cardoso, que a endossa a Pedro Barros. O título não tem data de seu vencimento.
Diante do caso apresentado, na condição de advogado, responda aos itens a seguir,
empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao
caso.
a) Pedro poderá exigir o pagamento da letra de câmbio em face da omissão da data do seu
vencimento?
b) Que efeitos podem ser verificados com a transmissão do título por meio do endosso?
a) a figura da letra de câmbio que não possui data de vencimento é considerada à vista (artigo 2º, alínea 2º do Decreto 57.663/66 - LUG), e pagável à apresentação (artigo 34 do Decreto 57.663/66 - LUG).
Considerando que o prazo de apresentação de 1 (um) ano foi ultrapassado desde 17/10/2011 (a prova foi realizada em 04/12/2011), o portador apenas terá direito de ação contra o devedor principal (artigos 34 e 53 do Decreto 57.663/66 – LUG); e
b) o endosso, em princípio, transmite não só a propriedade, mas também todos os direitos emergentes da Letra (artigo 14 do Decreto 57.663/66 - LUG), mas como foi ultrapassado o prazo de apresentação de 1 (um) ano desde 17/10/2011 (a prova foi realizada em 04/12/2011), o portador apenas terá direito de ação contra o devedor principal (artigo 53 do Decreto 57.663/66 – LUG).
QUESTÃO OBJETIVA 1 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
Sobre a distinção entre endosso e cessão de crédito, assinale a afirmativa correta.
A) A cessão de crédito é a forma de transmissão dos ordem, enquanto o endosso é a
forma de transmissão dos títulos não à ordem.
Comentário: Questão Incorreta. Tanto títulos à ordem quanto títulos não à ordem podem ser transmitidos por meio de cessão de crédito, mas somente os à ordem são transmitidos por endosso.
B) A cessão de crédito ao cessionário pode ser parcial ou total, enquanto o endosso deve
ser feito pelo valor integral do título, sob pena de nulidade.
CORRETA
C) A eficácia do endosso em relação aos devedores do título depende de sua notificação;
na cessão de crédito, a eficácia decorre da simples assinatura do cedente no anverso do
título.
Comentário: Questão Incorreta. A eficácia do endosso independe de notificação, bastando a assinatura do cedente no verso do título. A eficácia da cessão é que depende de notificação.
D) O direito de crédito do endossatário é dependente das relações do devedor com
portadores anteriores do cessionário é literal e autônomo em relação aos portadores
anteriores.
Comentário: Questão Incorreta: O direito do endossatário é literal e autônomo em relação aos portadores anteriores, já o direito do cessionário depende das relações do devedor com portadores anteriores.
QUESTÃO OBJETIVA 2 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
Glória vendeu um automóvel a prazo para Valente. O pagamento foi realizado em quatro
notas promissórias, com vencimentos em 30, 60, 90 e 120 dias da data de emissão. Os
títulos foram endossados em branco para Paulo Afonso, mas foram extraviados antes dos
respectivos vencimentos. Sobre a responsabilidade do emitente e do endossante das notas
promissórias, assinale a afirmativa correta.
A) Apenas o emitente responde pelo pagamento dos títulos porque o endossante não é
coobrigado, salvo cláusula em contrário inserida na nota promissória.
B) A responsabilidade do emitente e do endossante perante o portador subsiste ainda que
os títulos tenham sido perdidos ou extraviados involuntariamente. (CORRETA)
C) O endossante e o emitente não respondem perante o portador pelo pagamento das
notas promissórias em razão do desapossamento involuntário.
D) O emitente e o endossante não respondem pelo pagamento dos títulos porque só é
permitido ao vendedor sacar duplicataem uma compra e venda.
QUESTÃO OBJETIVA 3 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
Fontoura Xavier sacou letra de câmbio à ordem no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil
reais) em face de Sales Oliveira, pagável à vista na Praça de Itaocara, indicando como
beneficiário Rezende Costa. Com base nos dados apresentados e na legislação sobre letra
de câmbio, assinale a afirmativa INCORRETA.
A) O vencimento da letra de câmbio ocorrerá na data de sua apresentação pelo
beneficiário ao sacado, Sales Oliveira.
B) Se o sacador, Fontoura Xavier, inserir a cláusula “sem despesas” será facultativo o
protesto por falta de pagamento.
C) O beneficiário e portador, Rezende Costa, pode inserir no título a cláusula “não à
ordem” antes de transferi-lo a terceiro. A INCORRETA
Resposta: Letra C.
A alternativa “C” considerada incorreta parte da premissa de que a transferência não seria possível neste caso, já que a cláusula não à ordem impede a transferência por endosso, por isso, o gabarito a considerou errada.
Para a FGV, seria impossível a inserção de tal cláusula se o objetivo seria transferir a terceiro.
Porém, não haveria qualquer problema na inserção da cláusula não à ordem, já que mesmo com ela seria possível transferir o crédito por meio da cessão civil de crédito, razão pela qual entende-se passível de anulação a questão, já que não está errada a alternativa.
D) Se o sacador, Fontoura Xavier, inserir na letra de câmbio cláusula de juros e sua taxa,
essa estipulação será considerada válida.
QUESTÃO OBJETIVA 4 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
Com relação aos títulos de crédito, assinale a afirmativa correta.
A) No endosso de letra de câmbio após o protesto por falta de pagamento, o portador tem
ação cambiária contra o seu endossante.
B) A cláusula não à ordem inserida no cheque impede sua circulação tanto por endosso
quanto por cessão de crédito.
C) O endosso de cheque poderá ser realizado pelo sacado ou por mandatário deste com
poderes especiais.
D) A duplicata pode ser apresentada para aceite do sacado pelo próprio sacador ou por
instituição financeira. CORRETA
CASO CONCRETO SEMANA 6 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – 2ª FASE – FGV)
Em 9 de novembro de 2010, João da Silva adquiriu, de Maria de Souza, uma TV de 32
polegadas usada, mas em perfeito funcionamento, acertando, pelo negócio, o preço de R$
1.280,00. Sem ter como pagar o valor integral imediatamente, lembrou-se de ser
beneficiário de uma Letra de Câmbio, emitida por seu irmão, José da Silva, no valor de
R$ 1.000,00, com vencimento para 27 de dezembro do mesmo ano. Desse modo, João
ofereceu pagar, no ato e em espécie, o valor de R$ 280,00 a Maria, bem como endossar a
aludida cártula, ressalvando que Maria deveria, ainda, na qualidade de endossatária,
procurar Mário Sérgio, o sacado, para o aceite do título. Ansiosa para fechar negócio,
Maria concordou com as condições oferecidas e, uma semana depois, em 16 de
novembro de 2010, dirigiu-se ao domicílio de Mário Sérgio, conforme orientação de João
da Silva. Após a vista, porém, Maria ficou aturdida ao constatar que Mário Sérgio só
aceitou o pagamento de R$ 750,00, justificando que esse era o valor devido a José. Sem
saber como proceder dali em diante, Maria o(a) procura, como advogado(a), com
algumas indagações.
Com base no cenário acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos
jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) É válida a limitação do aceite feita por Mário Sérgio ou estará ele obrigado a pagar o
valor total da letra de câmbio?
b) Qual é o limite da responsabilidade do emitente do título?
c) Quais as condições por lei exigidas para que ele fique obrigado ao pagamento?
A) É válida a limitação do aceite, pois tal modo de proceder encontra base normativa no art. 26 da Lei Uniforme de Genebra, incorporada ao nosso ordenamento por meio do Decreto 57.663/68, que assim dispõe: “O aceite é puro e simples, mas o sacado pode limitá-lo a uma parte da importância sacada.”
B) Aquele que emite a letra de câmbio (sacador) está obrigado por todo o valor do título, conforme prevê o art. 9o da Lei Uniforme de Genebra, devendo considerar-se como não escrita a cláusula pela qual ela se exonera do pagamento.
C) Para que o emitente do título fique obrigado ao pagamento, basta que a letra de câmbio se mostre formalmente válida, conforme art. 1o e 2o da Lei Uniforme de Genebra, e que haja o protesto com base no art. 44 da mencionada lei
QUESTÃO OBJETIVA 1 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
Com relação ao instituto do aceite de títulos de crédito, assinale a alternativa correta.
(A) A duplicata pode não ser aceita, sem qualquer fundamentação pelo sacado; neste
caso, ele não será responsável pelo pagamento do título.
(B) Para a cobrança de uma duplicata não aceita, é necessária apenas a realização de seu
protesto.
(C) O aceite de cheque é condição essencial para que o beneficiário possa executar o
sacado.
(D) O aceite de uma letra de câmbio torna o sacado devedor direto do título. CORRETA
CASO CONCRETO SEMANA 7 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
Alan saca uma letra de câmbio contra Bernardo, tendo como beneficiário Carlos. Antes
do vencimento e da apresentação para aceite, Carlos endossa em preto a letra para
Eduardo, que, na mesma data, a endossa em preto para Fabiana. De posse do título,
Fabiana verifica que na face anterior da letra há a assinatura de Gabriel, sem que seja
discriminada a sua responsabilidade cambiária.
Com base nessa questão, responda aos itens a seguir.
A) Gabriel poderá ser considerado devedor cambiário?
B) Caso Fabiana venha a cobrar o título de Gabriel e ele lhe pague, poderia este
demandar Eduardo em ação cambial regressiva?
Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a
fundamentação legal pertinente ao caso.
RESPOSTA
A) Sim. O examinando deverá demonstrar conhecimento sobre o instituto do aval, especialmente sobre a possibilidade de concessão de aval em branco, pela simples assinatura do avalista aposta na face anterior do título. O aval em branco dado por Gabriel é considerado outorgado ao sacador (Art. 31, última alínea da LUG).
B) Não, porque Eduardo é endossante, portanto obrigado posterior ao avalista do sacador, Gabriel. O pagamento feito pelo avalista do sacador desonera os coobrigados posteriores, dentre eles os endossantes, com base no Art. 24, caput, do Decreto nº 2.044/1908.
RESPOSTA:
A) A assinatura no anverso do título de crédito basta para fins de aval, consoante art. 898, § 1º, do CC. Assim, Gabriel é devedor cambiário, podendo ser cobrado pela letra de câmbio.
B) Caso Fabiana cobre Gabriel, este pagará o valor constante da letra de câmbio, porém não poderá ingressar com ação de regresso contra Eduardo, por ser este endossante. Gabriel, avalista, deverá ingressar com a referida ação em face do devedor do título, avalizado, ao qual se comprometeu a pagar, ou seja, Bernardo.
QUESTÃO OBJETIVA 1 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
Em relação ao Direito Cambiário, é correto afirmar que
(A) o aceite no cheque é dado pelo banco ou instituição financeira a ele equivalente,
devendo ser firmado no verso do título.
(B) a duplicata, quando de prestação de serviços, pode ser emitida com vencimento a
tempo certo da vista.
(C) o protesto é necessário para garantir o direito de regresso contra o(s) endossante(s) e
o(s) avalista(s) do aceitante de uma letra de câmbio.
(D) o aval dado em uma nota promissória pode ser parcial, ainda que sucessivo. CORRETA
QUESTÃO OBJETIVA 2 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
Em relação aos Títulos de Crédito, é correto afirmar que, quando
(A) presente na letra de câmbio, a cláusula “não à ordem” impede a circulação do crédito.
(B) insuficientes os fundos disponíveis, o portador de um cheque pode requerer a
responsabilidade cambiária do banco sacado pelo seu não pagamento.
(C) firmado em branco, o aval na notapromissória é entendido como dado em favor do sacador. CORRETA
(D) não aceita a duplicata, o protesto do título é a providência suficiente para o
ajuizamento da ação de execução contra o sacado.
SEMANA 8 CASO CONCRETO:
Na cidade de Malta, uma nota promissória foi emitida por João em benefício de Maria. A
beneficiária, Maria, transfere o título para Pedro, inserindo no endosso a cláusula
proibitiva de novo endosso. Em função de acordos empresariais, Pedro realiza novo
endosso para Henrique, e este um último endosso, sem garantia, para Júlia.
Com base no caso apresentado, responda aos questionamentos a seguir, indicando os
fundamentos e dispositivos legais pertinentes.
A) Júlia poderia ajuizar ação cambial para receber o valor contido na nota promissória?
Em caso positivo, quais seriam os legitimados passivos na ação cambial?
B) Caso Pedro pague o valor da nota promissória a Henrique e receba o título quitado
deste, como e de quem Pedro poderá exigir o valor pago?
Gabarito comentado:
AA) Sim, porque a cláusula de proibição de novo endosso não impede a circulação ulterior da nota promissória, sendo possível seu endosso a terceiros pelo endossatário, mas afasta a responsabilidade cambiária do endossante que a apos em relação aos portadores subsequentes ao seu endossatário (artigo 15, alínea 2ª do Decreto n. 57.663 – LUG)
Dessa forma, os endossos realizados por Maria e Pedro são válidos: Júlia poderá cobrar dos demais devedores (João e Pedro) com base no art. 47, alínea 1ª ou no art. 43, alínea 1º do Decreto n. 57.663 – LUG, exceto de Maria, pois esta só responderá perante o seu endossatário, no caso Pedro. Júlia não poderá cobrar de Henrique, pois este realizou um endosso sem garantia (art.15, alínea 1ª do Decreto n. 57.663/66).
 Sim, poderá ajuizar ação cambial exclusivamente em face de João e Pedro, nos termos do art. 47, alínea 1ª ou art. 43, alínea 1º, ambos da LUG (0,25).
B) Caso pague a Henrique, Pedro poderá ajuizar ação por falta de pagamento, regressivamente, contra Maria e João (artigo 47, alínea 3ª do Decreto n. 57.663 – LUG).
Pedro poderá cobrar a dívida por meio de ação cambial regressiva em face de João e Maria , com fundamento no artigo 47, alínea 3ª do Decreto n. 57.663 – LUG.
QUESTÃO OBJETIVA 1 (Exame de Ordem Unificado – FGV)
Uma letra de câmbio no valor de R$ 13.000,00 (treze mil reais) foi endossada por Pilar
com cláusula de mandato para o Banco Poxim S/A. Não tendo havido pagamento no
vencimento, a cambial foi apresentada a protesto pelo endossatário mandatário, tendo
sido lavrado e registrado o protesto pelo tabelião. Dez dias após o protesto, Rui Palmeira,
aceitante da letra de câmbio, compareceu ao tabelionato e apresentou declaração de
anuência firmada apenas pelo endossante da letra de câmbio, com identificação do título
e firma reconhecida. Não houve apresentação do título no original ou em sua cópia. À luz
das disposições da Lei nº 9.492/97 sobre o cancelamento do protesto, é correto afirmar
que o tabelião:
A) não poderá realizar o cancelamento do protesto por faltar no documento apresentado a
anuência do endossatário mandatário.
B) não poderá realizar o cancelamento do protesto, porque esse ato é privativo do juiz,
diferentemente da sustação do protesto.
C) poderá realizar o cancelamento do protesto, porque é suficiente a declaração de
anuência firmada pelo endossante-mandante. CORRETA
D) poderá realizar o cancelamento do protesto, porque o pedido foi feito no prazo legal
(30 dias) e pelo aceitante, obrigado principal.
Comentário da Questão 49 do XVI Exame da OAB: Primeiramente, é importante identificar sobre o que está sendo perguntado. Apesar da questão tratar sobre letra de câmbio e sobre endosso da cambial, a pergunta é sobre cancelamento do protesto.
O cancelamento do protesto é um ato extrajudicial. Sua regulamentação está no artigo 26 da Lei n. 9.492/1997.
A assertiva A está errada, pois o cancelamento do protesto pode ser solicitado por qualquer interessado, independente da aunência dos demais, inclusive pelo endossatário-mandatário, no caso de transferência por endosso-mandato, nos termos do § 1º e § 2º do supra citado artigo.
A assertiva B está errada, pois o cancelamento é dirigido ao tabelião do cartório, nunca ao Juiz. Para fins de conhecimento, a Ação de Sustação de Protesto é que é dirigida ao Juiz.
A assertiva C está correta, pois nos termos do § 1º: Na impossibilidade de apresentação do original do título ou documento de dívida protestado, será exigida a declaração de anuência, com identificação e firma reconhecida, daquele que figurou no registro de protesto como credor, originário ou por endosso translativo. Essa foi a situação descrita na questão.
A assertiva D está errada, pois não há qualquer relação entre o cancelamento e o prazo.
SEMANA 9 CASOS CONCRETOS
CASO CONCRETO:
(EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV - ADAPTADA)
Lauro emitiu uma nota promissória com vencimento a dia certo em favor da sociedade
empresária W Corretora de Imóveis Ltda. Embora o título esteja assinado pelo emitente,
nele não constam a data e o lugar de emissão. Há cláusula de juros remuneratórios, com
fixação de taxa anual de 12%. Antes do vencimento, o título recebeu aval em branco
prestado por Pedro, irmão de Lauro. Sendo certo que os dados omitidos na nota
promissória não foram preenchidos pela sociedade empresária antes da cobrança judicial.
Analise a questão com base no estudo do Direito Cambiário. assinale a afirmativa correta.
A) Por se tratar de nota promissória com vencimento a dia certo, é válida a cláusula de juros remuneratórios.
B) O avalista em branco poderá alegar vício de forma como exceção ao pagamento perante a sociedade empresária.
C) A ausência do lugar de emissão na nota promissória acarreta sua nulidade, em razão da autonomia das obrigações cambiais.
D) Todos os dados omitidos na nota promissória deveriam ter sido preenchidos pela sociedade empresária até o dia do vencimento. Portanto, a ação de cobrança deverá observar o procedimento da ação monitória.
Gabarito: B
Nota promissória é um título de crédito caracterizado por ser uma promessa de pagamento de certa quantia em dinheiro, feita por escrito por uma pessoa, devedor, em favor de outra pessoa, credor. O emitente é quem assina a nota promissória e é o que prometeu pagar e o principal devedor, a pessoa que vai ser o titular da nota é chamado de beneficiário e é o credor.
É um título de crédito regido pela Lei Uniforme de Genebra que dita as regras das letras de câmbio e das notas promissórias e que embasaram a resposta da questão. E ainda supletivamente podemos utilizar o Decreto 2.044 de 1908.
 a) Errada – A LUG prevê que a nota promissória, para poder ter cláusula de juros, precisa ser emitida com o vencimento à vista. A nota promissória da questão foi emitida com vencimento “a dia certo”. A nota com vencimento “a dia certo” não comporta cláusula de juros remuneratórios.
A nota promissória é uma promessa de pagamento que pode ser passada à vista, a dia certo e a tempo certo da data, mas não pode ser passada a tempo certo da vista, porque não lhe é cabível o aceite.
À vista – o seu vencimento é no dia da apresentação do título, ou seja, não tem uma data específica, no dia que o credor quiser receber o pagamento é só levar o título.
A dia certo – o vencimento ocorre na data prevista no título.
A tempo certo da data – vence após um determinado prazo dado pelo emitente que começa a correr a partir da emissão do título.
LUG - Artigo 77 (...) São também aplicáveis às notas promissórias as disposições relativas às letras(...) a estipulação de juros (art. 5º),
Artigo 5 - Numa letra pagável à vista ou a um certo termo de vista, pode o sacador estipular que a sua importância vencerá juros. Em qualquer outra espécie de letra a estipulação de juros será considerada como não escrita.
Portanto, na nota promissória com vencimento a dia certo, a estipulação de juros é considerada não escrita, por isso a cláusula NÃO é válida. A cláusula de juros remuneratóriosde 12% ao ano não é válida.
b) Correta – A nota promissória é um título que, para ser considerado como tal, precisa ser feita de acordo com os requisitos previstos na lei e com o conteúdo exigido pela LUG.
LUG - Artigo 75: A nota promissória contém:
1. denominação "nota promissória" inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título;
2. a promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada;
3. a época do pagamento;
4. a indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento;
5. o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga;
6. a indicação da data em que e do lugar onde a nota promissória é passada;
7. a assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor).
A regra deve ser a de que a nota promissória seja emitida com todos os elementos acima transcritos. O artigo 76 estabelece a regra de que a FALTA de qualquer desses requisitos descaracteriza o título como uma nota promissória, porém, o mesmo artigo prevê algumas exceções, estipulando que a falta de alguns desses requisitos pode acontecer, sem que o título deixe de ser uma nota promissória. Exemplo: se faltar na nota o vencimento, não tem problema, pois a nota será considerada à vista. Se faltar o lugar de emissão, como na nota da questão, pode ser considerado outro local como no artigo abaixo. 
Assim sendo, não há problema no fato de o título da questão ter sido emitido sem a indicação do lugar da emissão, porém, há problema sim, em ter sido a nota promissória emitida sem a previsão da DATA DE EMISSÃO, já que ela consta como uma cláusula obrigatória (item 6 do artigo 75). Então, a nota promissória emitida sem a data da emissão é um título emitido com um vício formal.
Artigo 76 - O título em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como nota promissória, salvo nos casos determinados das alíneas seguintes.
A nota promissória em que se não indique a época do pagamento será considerada à vista.
Na falta de indicação especial, o lugar onde o título foi passado considera-se como sendo o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do subscritor da nota promissória.
A nota promissória que não contenha indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado ao lado do nome do subscritor.
O avalista é o garantidor do pagamento do título de crédito e por ser uma responsabilidade autônoma, o avalista responde da mesma maneira que a pessoa por ele garantida, que no caso da questão é o emitente do título, e além disso a obrigação do avalista é mantida mesmo que a obrigação resultante da nota promissório seja nula. Entretanto, se a nulidade da obrigação for decorrente de um vício de forma no título, o avalista não será obrigado pelo título. Nós já concluímos que a nota promissória foi emitida com vício de forma, então, o avalista da questão pode alegar vício de forma para se eximir da obrigação perante a sociedade empresária que é a credora do título. 
Artigo 32: O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada.
A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula por qualquer razão que não seja um vício de forma. 
c) Errada - Já vimos nos comentários acima que, se a nota promissória for emitida sem o local da emissão, incorrerá em um erro sanável, ou seja, apesar de ser um requisito que precisa estar no título, a falta desse requisito é uma exceção prevista na própria lei que indica qual deve ser considerado o local da emissão em caso de omissão. Então, a ausência do lugar da emissão na nota promissória não acarreta a nulidade do título.
d) Errada – Apesar de toda a análise sobre o vício de forma constatada acima, é possível, pela lei, que o credor do título preencha os dados que estão faltando na nota para torna-la válida. O vício de forma anteriormente constatado pode ser sanado pelo portador do título, basta que ele preencha o lugar e a data de emissão. Essa regra está prevista no Decreto 2.044 de 1908 que é a legislação que rege as notas promissórias de maneira suplementar em relação à LUG. 
Decreto 2.044 – Art. 54 - § 1º Presume-se ter o portador o mandato para inserir a data e lugar da emissão da nota promissória, que não contiver estes requisitos.
A questão disse que esses dados não foram preenchidos e a lei não estabelece até que momento existe essa possibilidade de preenchimento por parte do credor, então, o STF sumulou tal questão, dizendo que o título emitido com omissões pode ser completado pelo credor que faça esse preenchimento de boa-fé antes da COBRANÇA ou DO PROTESTO e a questão diz que teria que ter sido preenchido até o vencimento. Aqui está o erro da questão.
Súmula nº 387/STF: A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto.
Em relação à ação a ser proposta para cobrança dessa nota, temos que a regra aplicada aos títulos de crédito em geral é a de que os títulos de crédito constituem título executivo extrajudicial, ou seja, o credor de um título de crédito, esse título não foi pago, para isso ele deve entrar na justiça com uma ação de execução. A jurisprudência tem firmado posicionamento de que a falta da DATA DE EMISSÃO de uma nota promissória, não completada depois pelo credor, constitui um vício de forma e descaracteriza a nota como um título executivo extrajudicial, portanto, a ação de cobrança devida deve ser a ação monitória. Esse tipo de ação é mais usado nos títulos prescritos. 
QUESTÃO OBJETIVA 1 (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
Nanci, empresária individual, contraiu empréstimo com instituição financeira,
formalizado em contrato de abertura de crédito. A esse contrato foi vinculada nota
promissória avalizada, emitida pela mutuária em favor da mutuante. Em relação à
obrigação firmada pelo avalista, assinale a afirmativa correta.
A) A nota promissória vinculada ao contrato de abertura de crédito não goza de
autonomia em razão da iliquidez do título que a originou.
B) A nota promissória vinculada ao contrato de abertura de crédito goza de autonomia em
razão do contrato de abertura de crédito ser título executivo extrajudicial.
C) O avalista poderá arguir exceção de pré-executividade em razão da iliquidez do título
que originou a nota promissória, mesmo que esta tenha força executiva e autonomia.
D) A nota promissória gozará de autonomia somente com a anuência do avalista no
contrato de abertura de crédito, além da sua assinatura no título.
Comentários
 Um dos princípios vigentes no âmbito dos títulos de crédito é o da autonom ia. Isto é, tão logo emitidos, os títulos deixam de ter vinculação à causa que origino u a sua emissão. Assim, quando A emite um cheque para B, relativo à compra de um carro , no montante de R$ 10.000,00 e B transfere, mediante endosso, a pro priedade deste título a C, por ser seu cre dor, não poderá A alegar que não pagará a C porque o veículo está com defeito ou não atendeu ao que era esperado, posto que o título de crédito é au tônomo e, tão logo emitido, deixa de ter v inculação à causa que o originou. Esta regra, todavia, é afastada pelo STJ nos casos de contratos de abertura de crédito Súmula 258 STJ: A nota promissória v inculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou. Gabarito  D
SEMANA 10
CASO CONCRETO
João da Silva sacou um cheque no valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), em 26 de
março de 2012, para pagar a última parcela de um empréstimo feito por seu primo
Benedito Souza, beneficiário da cártula. A praça de emissão é a cidade “X”, Estado de
Santa Catarina, e a praça de pagamento a cidade “Y”, Estado do Rio Grande do Sul.
O beneficiário endossou o cheque para Dilermando de Aguiar, no dia 15 de agosto de
2012, tendo lançado no endosso, além de sua assinatura, a data e a menção de que se
tratava de pagamento “pro solvendo”, isto é, sem efeitonovativo do negócio que motivou
a transferência.
No dia 25 de agosto de 2012 o cheque foi apresentado ao sacado, mas o pagamento não
foi feito em razão do encerramento da conta do sacador em 20 de agosto de 2012.
Considerando os fatos e as informações acima, responda aos seguintes itens.
A) O endossatário pode promover a execução do cheque em face de João da Silva e de
Benedito Souza? Justifique com amparo legal.
B) Diante da prova do não pagamento do cheque é possível ao endossatário promover
ação fundada no negócio que motivou a transferência do cheque por Benedito Souza?
Justifique com amparo legal.
A questão tem por finalidade verificar o conhecimento do candidato dos prazos referentes à apresentação do cheque para pagamento, em especial quando for sacado para pagamento entre praças distintas, como apontado no enunciado. Portanto, verifica-se o decurso de mais de 60 (sessenta) dias entre a emissão (26/3/2012) e a apresentação (25/8/2012), porém isto não atinge a responsabilidade do sacador pelo pagamento, eis que ainda não foi atingido o prazo prescricional (Art. 59, da Lei do Cheque). Outro objetivo é aferir se o candidato identifica no enunciado a possibilidade de o endossatário exigir o pagamento de Benedito Souza, ainda que seu endosso tenha efeito de cessão de crédito (Art. 27, da Lei n. 7.357/85), haja vista não ter ocorrido novação da obrigação que motivou a transferência, nos termos do Art. 62, da Lei n. 7.357/85.
A. O endossatário pode promover a execução do cheque em face do sacador João da Silva, com fundamento no Art. 47, I, da Lei n. 7.357/85 e/ou Súmula n. 600 do STF (“Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária”).
O endossatário não pode promover a execução em face de Benedito Souza uma vez que o endosso para Dilermando de Aguiar ocorreu após o prazo de apresentação e, como tal, tem efeito de cessão de crédito, com fundamento no Art. 27, da Lei n. 7.357/85 (“O endosso posterior [...] à expiração do prazo de apresentação produz apenas os efeitos de cessão”).
Alternativamente poderá o candidato fundamentar a ilegitimidade passiva de Benedito Souza no Art. 47, II, da Lei n. 7.357/85, a contrario sensu. Como o cheque não foi apresentado a pagamento no prazo legal (60 dias, Art. 33 da Lei n. 7.375/85), o portador não poderá promover a execução em face do endossante.
B. Sim, é possível ao endossatário promover ação fundada no negócio que motivou a transferência do cheque por Benedito Souza (ação causal, extracambial), uma vez que o endosso foi em caráter “pro solvendo”, ou seja, sem efeito novativo do negócio que motivou a transferência. Nos termos do Art. 62 da Lei n. 7.357/85, “Salvo prova de novação, a emissão ou a transferência do cheque não exclui a ação fundada na relação causal, feita a prova do não-pagamento”.
Comentários à Questão 04 da Prova da OAB, Prático-Profissional de Direito Empresarial: 
A) Em relação a primeira pergunta, o endossatário pode sim promover ação de execução do cheque, pois apesar de o mesmo está fora do prazo de apresntação, ainda está dentro do prazo de prescrição que é de 6 meses após o término do prazo de apresentação, ou seja, até 26 de novembro de 2012, nos termos do artigo 59 da Lei n. 7.357/85:
Art . 59 Prescrevem em 6 (seis) meses, contados da expiração do prazo de apresentação, a ação que o art. 47 desta Lei assegura ao portador.
Parágrafo único – A ação de regresso de um obrigado ao pagamento do cheque contra outro prescreve em 6 (seis) meses, contados do dia em que o obrigado pagou o cheque ou do dia em que foi demandado.
B) Em relação a segunda pergunta, deve-se levar em consideração que os títulos de crédito não se vinculam a obrigação que lhe deu causa, muito menos em relaçaõ as obrigações que geraram o endosso, desta forma, não é possível a cobrança do cheque através do negócio que motivou a transferência do cheque
QUESTÃO OBJETIVA 1 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
Um cheque no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) foi sacado em 15 de agosto de 2012,
na praça de Santana, Estado do Amapá, para pagamento no mesmo local de emissão. Dez
dias após o saque, o beneficiário endossou o título para Ferreira Gomes. Este, no mesmo
dia, apresentou o cheque ao sacado para pagamento, mas houve devolução ao
apresentante por insuficiência de fundos, mediante declaração do sacado no verso do
cheque.
Com base nas informações contidas no enunciado e nas disposições da Lei n. 7.357/85
(Lei do Cheque), assinale a afirmativa incorreta.
A) O apresentante, diante da devolução do cheque, deverá levar o título a protesto por
falta de pagamento, requisito essencial à propositura da ação executiva em face do
endossante.
B) O emitente do cheque, durante ou após o prazo de apresentação, poderá fazer sustar
seu pagamento mediante aviso escrito dirigido ao sacado, fundado em relevante razão de
direito.
C) O prazo de apresentação do cheque ao sacado para pagamento é de 30 (trinta) dias,
contados da data de emissão, quando o lugar de emissão for o mesmo do de pagamento.
D) O portador, apresentado o cheque e não realizado seu pagamento, deverá promover a
ação executiva em face do emitente em até 6 (seis) meses após a expiração do prazo de
apresentação.
Resposta da Questão
Comentários à Questão 
Mais uma vez a presente avaliação pediu que seja analisada a assertiva incorreta. É muito importante está atento.
Em relação a cheque, regulamentado pela Lei n. 7.357/85, apesar de ser o título de crédito que se popularizou pelo uso, ele é uma exceção a várias das regras de Direito Cambiário. Entre elas o endosso, que pode ser feito após o vencimento sem modificação da sua natureza e a dispensa de protesto caso o mesmo seja sem fundo.
No presente caso, a assertiva errada é a letra A, pois o sacado tem fé pública e a informação de que não há fundos para o pagamento do título supre o protesto, nos termos do artigo 47, § 4º da Lei supracitada.
Assim, a assertiva B está certa, pois a sustação pode ser feita a qualquer tempo, antes da apresentação, desde que por documento escrito e relevante razão de direito – artigo 36, caput da Lei dos Cheques.
A assertiva C também está certa, a apresentação do cheque deverá ocorrer em 30 dias, se na mesma praça, ou 60 dias, se em praças diferentes – artigo 33. No presente caso, sendo na mesma cidade, ou seja, mesma praça, o prazo é de 30 dias.
Por fim, a assertiva D também está correta, pois a ação executiva deve ser promovida dentro do prazo de prescrição que é de 6 meses após o término do prazo de apresentação – artigo 59.
QUESTÃO OBJETIVA 2 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
Laurentino recebeu um cheque nominal sacado na praça de “Z” no valor de R$ 20.000,00
(vinte mil reais) e pagável na praça de “A”. Vinte dias após a emissão e antes da
apresentação ao sacado foram furtados vários documentos da residência do tomador,
dentre eles o referido cheque. Com base nestas informações, assinale a afirmativa correta.
A) A medida judicial cabível para impedir o pagamento do cheque pelo sacado é a
contra-ordem ou oposição, que produz efeito durante o prazo de apresentação.
B) A medida extrajudicial cabível para impedir o pagamento do cheque pelo sacado é a
sustação ou oposição, que depende da prova da existência de fundos disponíveis.
C) A medida judicial cabível para impedir o pagamento do cheque pelo sacado é a
sustação ou oposição, que produz efeito apenas após o prazo de apresentação.
D) A medida extrajudicial cabível para impedir o pagamento do cheque pelo sacado é a sustação ou oposição, que está fundada em relevante razão de direito.
Comentários: Quando se trata de títulos de crédito o aluno, infelizmente tem que conhecer todas as leis que os regem, sendo que no caso do cheque é regulado pela Lei n. 7.357/1985. E nesta questão específica, o avaliando deveria saber que a sustação ou contra-ordem ou oposição é uma ato extrajudicial proferido pelo emitente do título ou pelo seu portador– tomador, nos termos do artigo 36:
Art . 36 Mesmo durante o prazo de apresentação, o emitente e o portador legitimado podem fazer sustar o pagamento, manifestando ao sacado, por escrito, oposição fundada em relevante razão de direito.
§ 1º A oposição do emitente e a revogação ou contra-ordem se excluem reciprocamente.
§ 2º Não cabe ao sacado julgar da relevância da razão invocada pelo oponente.
Assim, já estariam excluídas as assertivas A e C, restando as assertivas B e D para análise, sendo que a distinção entre elas está na fundamentação, no motivo que enseja o requerimento de sustação.
O fundamento, como se observa no transcrito artigo 36 acima, é a relevante razão de direito, sendo omisso a questão da existência ou não de fundos, e portanto, não podendo ser exigido. Estando correta a assertiva D.
QUESTÃO OBJETIVA 3 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
Com relação ao instituto do cheque, assinale a afirmativa correta.
A) O cheque pode ser sacado contra pessoa jurídica, instituições financeiras e instituições
equiparadas.
B) O portador não pode recusar o pagamento parcial do cheque.
C) O cheque pode consubstanciar ordem de pagamento à vista ou a prazo.
D) A ação de execução do cheque contra o sacador prescreve em 1 (um) ano contado do
prazo final para sua apresentação
Resposta – B, Comentário: O cheque é uma ordem de pagamento à vista, independentemente de manifestação em contrário. Ou seja, no tocante ao vencimento, ainda que seja nele lançada data futura e certa, a mesma não pode ser oposta à instituição financeira, valendo somente entre as partes. Desta forma, a assertiva C está totalmente incorreta.
Quanto ao fato de ser uma ordem, significa que o cheque deve ser pago através de um terceiro, pré-estabelecido na relação cambiária, a saber a instituição financeira a qual o emissor do título de crédito tem conta corrente. Desta forma, a assertiva A está totalmente errada, pois não pode haver cheque sacado contra instituições equiparadas, pois somente as instituições financeiras sem sentido estrito é que estão autorizadas pelo Banco Central a operar conta corrente.
No tocante a letra D, temos que verificar a questão da prescrição. O cheque, por força de determinação do artigo 59 da Lei n. 7.357/85, Lei do Cheque, o mesmo prescreve em 06 (seis) meses contados do fim do prazo de apresentação.
A presente questão, desta forma, podia ser resolvida por dedução, pois, ainda que reste dúvida em relação a letra B (correta), todas as demais são claramente incorretas.
Mas somente para ficar claro, o artigo 38, parágrafo único, da Lei n. 7.357/85 – Lei do Cheque trás tal determinação, determinando que o portador não se pode recusar a receber pagamento parcial, devendo tal pagamento constar expressamente no cheque a fim de que seja oposto a endossatários e avalistas.
QUESTÃO OBJETIVA 4 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
A sociedade empresária Congelados da Vovó Ltda., com sede na cidade de Montanha,
realizou o pagamento a um fornecedor por meio de cheque administrativo. Sobre esta
espécie de cheque, assinale a afirmativa correta.
A) É aquele sacado para ser creditado em conta, podendo ser emitido ao portador até o
valor de R$ 100,00 (cem reais).
B) É aquele que contém visto em seu verso, atestando a existência de fundos durante o
prazo de apresentação.
C) É aquele sacado contra o próprio banco sacador, sendo necessariamente nominal
qualquer que seja seu valor.
D) É aquele sacado em favor de órgão ou entidade da administração pública para
pagamento de taxa ou emolumento.
Comentário: Questões sobre cheque são recorrentes nas provas da OAB, assim, é bom se dedicar um pouco a ler a Lei n. 7.357/85 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7357.htm), famosa Lei do Cheque.
A questão sob análise trata especificamente sobre o cheque administrativo, que tem denominação conferida pela doutrina e não pela lei. A legislação apenas determina que:
Art . 9º O cheque pode ser emitido:
I – à ordem do próprio sacador;
II – por conta de terceiro;
Ill – contra o próprio banco sacador, desde que não ao portador.
Tendo em mente que o cheque é uma ordem de pagamento, ou seja, o emitente do cheque (correntista) ao emiti-lo, dá uma ordem para que terceiro (instituição financeira) o pague ao seu portador. No caso do cheque administrativo, o emitente e a instituição financeira são a mesma pessoa.
Feitos os comentários, passo a analisar as assertivas da questão:
A assertiva ‘A’ está errada por dois motivos: primeiro não corresponde ao cheque administrativo e, segundo, porque para o cheque a ser creditado em conta não há limitação de valor, como disposto no artigo 46 da Lei do Cheque:
Art . 46 O emitente ou o portador podem proibir que o cheque seja pago em dinheiro mediante a inscrição transversal, no anverso do título, da cláusula ‘’para ser creditado em conta’’, ou outra equivalente. Nesse caso, o sacado só pode proceder a lançamento contábil (crédito em conta, transferência ou compensação), que vale como pagamento. O depósito do cheque em conta de seu beneficiário dispensa o respectivo endosso.
§ 1º A inutilização da cláusula é considerada como não existente.
§ 2º Responde pelo dano, até a concorrência do montante do cheque, o sacado que não observar as disposições precedentes.
A assertiva ‘B’ também está errada, por corresponde ao conceito do cheque visado, previsto no artigo 7º da lei supramencionada:
Art . 7º Pode o sacado, a pedido do emitente ou do portador legitimado, lançar e assinar, no verso do cheque não ao portador e ainda não endossado, visto, certificação ou outra declaração equivalente, datada e por quantia igual à indicada no título.
§ 1º A aposição de visto, certificação ou outra declaração equivalente obriga o sacado a debitar à conta do emitente a quantia indicada no cheque e a reservá-la em benefício do portador legitimado, durante o prazo de apresentação, sem que fiquem exonerados o emitente, endossantes e demais coobrigados.
A assertiva ‘C’ está correta, nos termos do artigo 9º, III, transcrito acima e comentado.
E por fim, a assertiva ‘D’ está incorreta, pois não existe esse tipo de cheque. A menção dele na questão tem o intuito somente de confundir o aluno que não tem conhecimento sobre cheque administrativo.
SEMANA 11 CASO CONCRETO:
Aragominas Jardinagem e Paisagismo Ltda. EPP sacou duplicata de prestação de serviços
à vista em face de Bernardo Sayão no valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais). O título foi
endossado antes da apresentação a pagamento para o Banco Filadélfia S.A. Na data da
apresentação ao sacado, para pagamento, este solicitou prorrogação da apresentação por
dois meses, o que foi aceito pelo credor. Foi firmada declaração escrita na duplicata,
assinada por mandatário do endossatário com poderes especiais, concedendo a referida
prorrogação.
O sacado não efetuou o pagamento da duplicata na data acordada. O endossatário exigiu
o pagamento do endossante, que se recusou a fazê-lo alegando que não anuiu com a
prorrogação do vencimento, fato inconteste.
A) Sendo certo que o endosso em favor do Banco Filadélfia é translativo e não houve
aposição de cláusula sem garantia, é cabível a exceção ao pagamento apresentada?
B) A anuência com a prorrogação do prazo de vencimento da duplicata, firmada por
mandatário com poderes especiais, poderia ser invalidada por não ter sido dada pelo
próprio credor?
O objetivo da questão é verificar o conhecimento pelo examinando da possibilidade de reforma ou prorrogação do prazo de vencimento da duplicata, seja à vista ou a prazo, e as exigências legais para este ato, bem como a aplicação dos dispositivos da duplicata de compra e venda à duplicata de prestação de serviços, por força do Art. 20, § 3º, da Lei nº 5.474 /68.
A) Sim, porque em caso de prorrogação do prazo de vencimento, para manter a coobrigação do endossante é preciso anuência expressa deste, o que não se verificou, com base no Art. 20, § 3º, c/c o Art. 11, parágrafo único, ambos da Lei nº 5.474 /68.
B) Não, porque a declaração autorizandoa prorrogação do prazo de vencimento também pode ser firmada pelo representante com poderes especiais do endossatário, com base no Art. 11, caput, da Lei nº 5.474 / 68.
QUESTÃO OBJETIVA 1 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
Na duplicata de compra e venda, entende-se por protesto por indicações do portador
aquele que é lavrado pelo tabelião de protestos
A) em caso de recusa ao aceite e devolução do título ao apresentante pelo sacado, dentro
do prazo legal.
B) quando o sacado retiver a duplicata enviada para aceite e não proceder à devolução dentro do prazo legal.
COMENTARIOS DA RESPOSTA: A Lei nº 5.474/1968
define que o protesto por indicações somente deve ser efetuado na hipótese de
o sacado não devolver a duplicata remetida para aceite no prazo legal:
Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de
devolução ou pagamento.
§ 1º Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o
protesto será tirado, conforme o caso, mediante apresentação
da duplicata, da triplicata, ou, ainda, por simples indicações
do portador, na falta de devolução do título.
C) na falta de pagamento do título pelo aceitante ou pelo endossante dentro do prazo
legal.
D) em caso de revogação da decisão judicial que determinou a sustação do protesto.
SEMANA 12 Caso concreto
Quanto a contratos mercantis, Julgue os itens abaixo:
(A) Os contratos serão considerados mercantis quando pelo menos um dos contratantes
for empresário. Esses contratos podem ser regulados por dois regimes jurídicos, o Código
Civil, quando as duas partes estiverem em posição de igualdade, ou o CDC, quando uma
das partes estiver em situação de vulnerabilidade econômica em relação à outra.
(B) No contrato de prestação de serviços, se o serviço for prestado por quem não possua
título de habilitação ou não satisfaça requisitos estabelecidos em lei, não poderá o
prestador cobrar a retribuição normalmente correspondente ao trabalho executado, mas,
se da prestação dos serviços resultar benefício para a parte contratante, o juiz atribuirá a
quem o prestou uma compensação razoável, ainda que tenha ocultado dolosamente sua
falta de habilitação. Isso ocorre porque o direito repudia o enriquecimento sem causa.
(C) No contrato de compra e venda mercantil, é defeso às partes fixar o preço em função
de índices ou parâmetros, ainda que estes sejam suscetíveis de determinação objetiva.
CORRETA (D) No contrato de leasing, uma pessoa jurídica é proprietária de um bem de interesse de
seu cliente e, em seguida, transfere a posse direta desse bem ao interessado mediante
pagamento periódico de certo valor, por um prazo previamente determinado. Ao final
desse prazo, aquele que usufrui o bem pode optar por renovar o contrato por igual prazo,
adquirir o bem em definitivo, mediante pagamento de certo valor residual previamente
definido, ou simplesmente devolver o bem.
SEMANA 13 Caso Concreto:
Contrato oneroso, em que alguém assume, em caráter profissional e sem vínculo de
dependência, a obrigação de promover, em nome de outrem, mediante retribuição, a
efetivação de certos negócios, em determinado território ou zona de mercado.
A definição acima corresponde a que tipo de contrato empresarial? Analise de acordo
com a Legislação vigente.
a) Comissão mercantil.
b) Agência.
c) Corretagem.
d) Mandato.
Gabarito: B
Comentários: A resposta da questão está no art. 710 do CC (***): “Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada.”
 
(*) A letra C está realmente correta (arts. 1.082 e 1.083 do CC), mas o uso da expressão "cartório competente" pode gerar reclamações dos examinados, com a conseqüente interposição de recurso e possível anulação da questão. É que a sociedade limitada pode ser uma sociedade empresária ou uma sociedade simples (art. 983 do CC). Se for empresária, seus atos devem ser averbados na Junta Comercial; se for simples, seus atos devem ser averbados no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas (art. 1.150 do CC).
(**) O problema aqui é que o CC veda o aval parcial em seu art. 897, parágrafo único. No entanto, como a questão trata de uma nota promissória, essa regra do CC veda o aval parcial não se aplica, por força do disposto no art. 903 do próprio CC, já que a nota promissória é regulada por lei especial, a Lei Uniforme de Genebra (Dec. 57663/66). Em meu livro Direito Empresarial Esquematizado (editora Método), assim me manifesto: “As disposições do Código Civil de 2002, portanto, em princípio não se aplicam aos títulos de crédito próprios/típicos, que possuem legislação especial. É o caso da duplicata, da letra de câmbio, da nota promissória e do cheque, por exemplo. O Código Civil funciona, pois, na parte relativa aos títulos de crédito, como uma teoria geral para os chamados títulos atípicos ou inominados, que não possuam lei específica. Nesse sentido é a disposição do enunciado 52 do CJF, aprovado na I Jornada de Direito Civil: ‘por força da regra do art. 903 do Código Civil, as disposições relativas aos títulos de crédito não se aplicam aos já existentes’. Algumas observações, todavia, precisam ser feitas. (...) Assim como ocorre com o endosso, o aval também foi disciplinado pelo Código Civil de forma contrária, em alguns pontos, ao que prescreve a legislação cambiária uniforme. Com efeito, dispõe o art. 897, parágrafo único, do Código Civil que ‘é vedado o aval parcial’. No entanto, o art. 30 da Lei Uniforme de Genebra dispõe que ‘o pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval’, o que deixa bastante clara a possibilidade de aval parcial. Portanto, deve-se mais uma vez destacar que, conforme determinação do próprio art. 903 do Código Civil, a regra do seu art. 897, parágrafo único, aplica-se tão somente aos títulos de crédito que não possuam regulamentação por lei especial que disponha de forma distinta – títulos atípicos ou inominados. Assim, numa nota promissória, por exemplo, é plenamente admissível o aval parcial, em consonância com a regra do art. 30 da Lei Uniforme, acima transcrita.”
(***) O contrato de agência, segundo alguns autores, corresponde ao contrato de representação comercial, disciplinado na Lei nº 4.886/65. Em meu livro Direito Empresarial Esquematizado (editora Método), assim me manifesto: “A representação comercial autônoma é modalidade especial de contrato de colaboração em que o colaborador, chamado de representante, assume a incumbência de obter pedidos de compra e venda para os produtos comercializados pelo colaborado, chamado de representado. Trata-se de contrato que possui regulamentação legal específica (Lei 4.886/1965, que sofreu relevantes alterações provocadas pela Lei 8.420/1992). Não obstante, o Código Civil também trouxe disciplina legal para esse contrato, denominando-o de contrato de agência (arts. 710 a 721), expressão que, segundo alguns autores, é mais apropriada. Embora nós tenhamos optado por considerar representação comercial e agência como uma mesma figura contratual, é importante destacar que há autores que distinguem esses contratos, entendendo que a agência seria modalidade contratual de maior amplitude, que englobaria qualquer contrato firmado com pessoa que exerça a intermediação com habitualidade. São os casos, por exemplo, de agentes de atletas ou artistas.”
Questão objetiva:
É uma cláusula acessória ao contrato de comissão, no qual o comissário assume o
gravame de responder solidariamente pela insolvência das pessoas com quem contratar
em nome do comitente.
Essa cláusula é denominada
(A) del credere.
1. Garantia de pagamento pelas vendas efetuadas, dada por representante comercial ou consignatário a quem, por seu intermédio, oferece a mercadoria.
2. Comissão cobrada pela prestação de tal garantia.
Adj.
3. Diz-se de cláusula de contrato de consignaçãona qual se estipula tal garantia.
4. Diz-se do representante ou consignatário que oferece tal garantia.
Lei 10406
Art. 698. Se do contrato de comissão constar a cláusula del credere, responderá o comissário solidariamente com as pessoas com que houver tratado em nome do comitente, caso em que, salvo estipulação em contrário, o comissário tem direito a remuneração mais elevada, para compensar o ônus assumido.
(B) pacto comissório.
(C) venda com reserva de domínio.
(D) hedge.
SEMANA 14 CASO : Uma sociedade empresária, com problemas em capital de giro, celebra com uma outra
sociedade empresária, financeira não banco, contrato de antecipação de crédito, mediante
entrega dos títulos emitidos a seu favor, e recebimento antecipado de um percentual do
valor de emissão de cada cambial.
1. Determine a modalidade de contrato celebrado.
 Contrato de Fomento Mercantil (FACT ORING) 
2. Em caso de inadimplência do título pelo devedor principal, a financeira poderá
cobrar o valor da sociedade empresária?
Não, a Faturiz agora deve assumir o risco do negócio, e cobrar apenas do d evedor principal, sob o risco d e assumir operação bancá ria de forma ilegal. 
QUESTÃO OBJETIVA
Com relação ao contrato bancário:
a) para que se considere um contrato como bancário, é necessário é necessário que as
duas partes envolvidas sejam instituições financeiras;
b) Não cabe indenização quando a instituição financeira envia para seus clientes faturas
de cartão de crédito sem que este tenha sido soclitado
CORRETA c) As empresas administradoras de cartão de crédito são equiparadas ás instituições
financeiras e, por tal motivo, os juros remuneratórios por elas cobrados não sofrem
limitações
d) As operações bancárias ativas são as de captação de recursos, nas quais os bancos se
tornam devedores de seus clientes, enquanto que nas passivas o banco assume a posição
de credor.
SEMANA 15 CASO CONCRETO:
Silva Jardim é sócio minoritário da Companhia Saquarema de Transportes de Carga, com
sede em Volta Redonda/RJ. Em razão de dificuldades financeiras, a sociedade empresária
recebeu empréstimo no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) de Silva Jardim,
com pagamento integral após dois anos da data da transferência do crédito. A taxa de
juros remuneratórios pactuada é de 12% ao ano.
Com escopo de garantia do pagamento do mútuo, a companhia transferiu ao credor dois
caminhões de sua propriedade, sob condição resolutiva do adimplemento. Também foi
estabelecido pacto comissório em favor de Silva Jardim, em caso de não pagamento da
dívida no vencimento.
Ao tomar conhecimento da celebração do contrato, o sócio Cardoso suscita a nulidade do
pacto comissório em assembleia geral ordinária da companhia.
Com base na hipótese narrada, responda aos itens a seguir.
A) Tem razão o sócio Cardoso em considerar nulo o pacto comissório?
B) O contrato que instituiu o gravame sobre os caminhões em favor do credor deve ser
levado ao Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor para sua validade?
A questão tem por objetivo verificar os conhecimentos básicos do(a) examinando(a) sobre a disciplina da propriedade fiduciária instituída como garantia ao credor do cumprimento de obrigações oriundas de contratos empresariais. O examinado deverá ser capaz de identificar a nulidade de cláusula do pacto comissório (autoriza o credor a ficar com o bem dado em garantia se a dívida não for adimplida no vencimento) e o procedimento que deve ser adotado pelo fiduciário na realização do crédito. Também se espera que o examinando demonstre conhecimento sobre a distinção entre validade e eficácia da inscrição do documento que institui a propriedade fiduciária, não sendo necessária a prévia inscrição no RTD e sim na repartição competente para o licenciamento do veículo, sendo indispensável, para fins de publicidade e eficácia erga omnes, a anotação do gravame no certificado de registro do veículo.
A) Sim. O pacto comissório consiste em cláusula que autoriza o credor a ficar com o bem (apreendê-lo para promover sua venda independentemente de qualquer ato judicial ou extrajudicial) se a dívida não for paga no vencimento. Tratando-se de propriedade fiduciária disciplinada pelo Código Civil, é nula tal cláusula, de acordo com o Art. 1.365 do Código Civil. O fiduciário deverá vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, aplicar o preço no pagamento de seu crédito e das despesas de cobrança, e entregar o saldo, se houver, ao fiduciante, como determina o Art. 1.364 do Código Civil.
B) Não. O registro no Registro de Títulos e Documentos (RTD) do documento que instituiu o direito real de aquisição sobre os caminhões (propriedade fiduciária) não é requisito de validade do negócio jurídico, pois a eficácia erga omnes depende da anotação no certificado de registro do veículo perante a repartição competente para o licenciamento, com base no Art. 1.361, § 1º, do Código Civil e na Súmula 92 do STJ: “A terceiro de boa-fé não é oponível a alienação fiduciária não anotada no Certificado de Registro do veículo automotor”. 
QUESTÃO OBJETIVA 1 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
A alienação fiduciária, regulada pela Lei n. 9.514/1997, é o negócio jurídico pelo qual o
devedor, ou fiduciante, com o escopo de garantia, contrata a transferência ao credor, ou
fiduciário, da propriedade resolúvel de coisa imóvel.
Sobre este tipo de contrato, assinale a afirmativa correta.
A) Constitui-se a propriedade fiduciária de coisa imóvel mediante registro do contrato
que lhe serve de título no Registro de Imóveis competente.
B) Somente poderá ser contratada por pessoa jurídica que integre o Sistema de
Financiamento Imobiliário – SFI.
C) Não pode ter como objeto a propriedade superficiária do imóvel do fiduciante.
D) O fiduciante poderá transmitir os direitos de que seja titular sobre o imóvel objeto da
alienação fiduciária independentemente da anuência do fiduciário.
Assertiva Correta: letra a)
Justificativa: Letra da lei n. 9.514/97 art. 23 § único
Art. 23. Constitui-se a propriedade fiduciária de coisa imóvel mediante registro, no competente Registro de Imóveis, do contrato que lhe serve de título.
 Parágrafo único. Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o fiduciante possuidor direto e o fiduciário possuidor indireto da coisa imóvel.
A lei n. 9514/1997 dispõe sobre o Sistema de Financiamento Imobiliário e instituiu a alienação fiduciária de coisa imóvel. Segundo seu artigo. 17. "As operações de financiamento imobiliário em geral poderão ser garantidas por: ... IV - alienação fiduciária". Em complementação, o artigo 23 da mesma lei diz que "constitui-se a propriedade fiduciária de coisa imóvel mediante registro, no competente Registro de Imóveis, do contrato que lhe serve de título."
Art. 17. As operações de financiamento imobiliário em geral poderão ser garantidas por:
 I - hipoteca;
 II - cessão fiduciária de direitos creditórios decorrentes de contratos de alienação de imóveis;
 III - caução de direitos creditórios ou aquisitivos decorrentes de contratos de venda ou promessa de venda de imóveis;
 IV - alienação fiduciária de coisa imóvel.
 § 1º As garantias a que se referem os incisos II, III e IV deste artigo constituem direito real sobre os respectivos objetos.
 § 2º Aplicam-se à caução dos direitos creditórios a que se refere o inciso III deste artigo as disposições dos arts. 789 a 795 do Código Civil.
 § 3º As operações do SFI que envolvam locação poderão ser garantidas suplementarmente por anticrese.
QUESTÃO OBJETIVA 2 – (EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV)
Sobre o contrato de arrendamento mercantil, assinale a afirmativa incorreta.
A) No arrendamento mercantil na modalidade financeira, as despesas com a manutenção,
assistência técnica e serviços correlatos à operacionalidade do bem arrendado são de
responsabilidade da arrendatária.
B) No arrendamento mercantil operacional,a manutenção, a assistência técnica e os
serviços correlatos à operacionalidade do bem arrendado podem ser de
responsabilidade da arrendadora ou da arrendatária.
C) Os contratos de arrendamento mercantil devem conter, dentre outras cláusulas, a
descrição dos bens que constituem o objeto do contrato, com todas as características que
permitam sua perfeita identificação.
D) A constituição e o funcionamento das pessoas jurídicas que têm como objeto principal a prática de operações de arrendamento mercantil dependem de autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
SEMAMA 16: CASO CONCRETO:
Uma letra de câmbio foi sacada tendo como beneficiário Carlos e foi aceita.
Posteriormente, Carlos endossou a letra em preto para Débora, que, por sua vez, a
endossou em branco para Fábio. Após seu recebimento, Fábio cedeu, mediante tradição,
sua letra para Guilherme. Na data do vencimento, a letra não é paga e Guilherme exige o
pagamento de Carlos, que se recusa a realizá-lo sob a alegação de que endossou a letra de
câmbio para Débora e não para Guilherme e de que Débora é sua devedora, de modo que
as dívidas se compensam.
Com base situação hipotética, responda aos itens a seguir, indicando os fundamentos e
dispositivos legais pertinentes.
A) Guilherme poderá ser considerado portador legítimo da letra de câmbio? Contra quem
Guilherme terá direito de ação cambiária?
A1) Sim, porque Guilherme é considerado portador legítimo da letra de câmbio e justifica seu direito por uma série ininterrupta de endossos, mesmo que o último seja em branco, nos termos do Art. 16 da LUG .
2) Guilherme poderá promover a ação cambial em face do sacador, do aceitante, de Carlos e de Débora, com fundamento no Art. 47 da LUG.
B) A alegação de Carlos é correta? 
B) A alegação de Carlos não está correta, porque é fundada em exceção pessoal oponível a Débora, mas não em face do portador/endossatário Guilherme, com fundamento no Art. 17 da LUG.
comentarios das respostas
A. O examinando deverá demonstrar conhecimento sobre a definição de portador legítimo da letra de câmbio objeto de endossos sucessivos (artigo 16 da LUG), assim como as possibilidades que dispõe o endossatário em branco em relação à transferência do título sobre (artigo 14 da LUG). Exige-se também conhecimento sobre a responsabilidade solidária do aceitante e dos endossantes, tanto em branco quanto em preto, perante o portador da letra de câmbio (art. 47 da LUG). Assim, Guilherme é considerado portador legítimo do título e justifica seu direito pela série de endossos regular, ainda que um deles seja em branco (princípio da literalidade). Guilherme poderá promover ação cambial em face do sacador, do aceitante, de Carlos (endossante) e de Débora (endossante).
Fábio não é legitimado passivo na ação cambial porque não endossou o título, apenas realizou a tradição do mesmo a Guilherme, autorizado pelo art. 14, 3º, da LUG. Por conseguinte, pelo princípio da literalidade, não se obriga como devedor cambiário.
B. O examinando deverá identificar que, pelo princípio da inoponibilidade das exceções pessoais, eventuais exceções fundadas sobre relações pessoais do devedor em face de portadores anteriores ao atual não podem ser opostas a esse. Portanto, a alegação de Carlos sobre a compensação de dívidas não é procedente, porque é fundada em exceção pessoal oponível a Débora, mas não em face do portador/endossatário Guilherme, com fundamento no Art. 17 da LUG, nos termos do artigo 17 da LUG.

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