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Melo CL, Machado BCA, Alexandre ZL. Características e limitações do método START no... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 1):2413-21, jul., 2014 2413 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.5927-50900-1-SM.0807supl201429 CARACTERÍSTICAS E LIMITAÇÕES DO MÉTODO START NO ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR: REVISÃO INTEGRATIVA CHARACTERISTICS AND LIMITATIONS OF THE START METHOD ON THE PREHOSPITAL CARE: INTEGRATIVE REVIEW CARACTERISTICAS Y LIMITACIONES DEL MÉTODO START EN LA ATENCIÓN PRE-HOSPITALARIA: REVISIÓN INTEGRADORA Clayton Lima Melo1, Bruno César Amorim Machado2, Zélia Lopes Alexandre3 RESUMO Objetivo: analisar a produção científica sobre o método de triagem Simple Triage and Rapid Treatment (START), em acidentes com múltiplas vítimas e suas limitações. Método: revisão integrativa com vistas a responder a questão << Quais as características e limitações do método START no atendimento pré- hospitalar? >>, com busca de publicações entre 2002 e 2012 nas bases de dados IBECS, Medline, no portal Google Acadêmico e na biblioteca virtual SciELO. Resultados: seis artigos selecionados publicados a partir de 2004, no idioma inglês, escritos por médicos, 50% apresentaram nível de evidência 3. Evidenciou-se que o START baseia-se na capacidade do paciente andar, permeabilidade das vias aéreas, taxa de respiração, presença de pulso e seguir comandos simples. O método não considera mecanismos de lesão específica e tem pontos de avaliação limitados. É desenvolvido para adultos e apresenta significativa taxa de triagem indevida em grandes incidentes, por falta de treinamento. Conclusão: o START não apresenta especificidade e sensibilidade adequadas quando utilizado para triagem de crianças ou pacientes com menor ou moderado risco. Descritores: Triagem; Incidentes com Feridos em Massa; Serviços Médicos de Emergência. ABSTRACT Objective: to analyze the scientific production on the triage method Simple Triage and Rapid Treatment (START), in accidents with multiple victims and their limitations. Method: integrative review aiming at answering the question << What are the characteristics and limitations of the START method in prehospital care? >>, by searching for publications between 2002 and 2012 based on the database IBECS, Medline, Google Scholar and the virtual library SciELO. Results: six selected articles published since 2004, in English, written by physicians, 50% had level 3 evidence. It was evident that the START is based on the patient's ability to walk, the airway permeability, breathing rate, the presence of pulse and ability to follow simple commands. The method does not consider mechanisms specific of injury and has limited points of evaluation. It is designed for adults and presents significant rate of improper triage in major incidents, for lack of training. Conclusion: the START does not have adequate sensitivity and specificity when used for screening children or patients with minor or moderate risk. Descriptors: Triage; Mass Casualty Incidents; Emergency Medical Services. RESUMEN Objetivo: analizar la producción científica sobre el método de selección Simple Triage and Rapid Treatment (START), en accidentes con múltiples víctimas y sus limitaciones. Método: revisión integradora con el objetivo de responder a la pregunta << ¿Cuáles son las características y limitaciones del método START en la atención pre-hospitalaria? >>, con búsqueda de publicaciones entre 2002 y 2012 en las bases de datos IBECS, Medline, en el portal Google Académico y en la biblioteca virtual SciELO. Resultados: seis artículos seleccionados publicados a partir de 2004, en el idioma inglés, escritos por médicos, 50% presentaron nivel de evidencia 3. Se evidenció que el START se basa en la capacidad del paciente andar, permeabilidad de las vías aéreas, tasa de respiración, presencia de pulso y seguir comandos simples. El método no considera mecanismos de lesión específica y tiene puntos de evaluación limitados. Es desarrollado para adultos y presenta significativa tasa de selección indebida en grandes incidentes, por falta de entrenamiento. Conclusión: el START no presenta especificidad y sensibilidad adecuadas cuando utilizado para selección de niños o pacientes con menor o moderado riesgo. Descriptores: Selección; Incidentes con Heridos en Masa; Servicios Médicos de Emergencia. 1Enfermeiro, Professor, Doutorando e Mestre em Enfermagem pela UFMG, PUC Minas e Centro Universitário UNA. Belo Horizonte (MG), Brasil. E-mail: claytonmelobh@yahoo.com.br; 2Enfermeiro, Especialista em Enfermagem em Urgência, Emergência e Atendimento Pré- Hospitalar. Oficial do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte (MG), Brasil. E-mail: brunochedidsports@yahoo.com.br; 3Enfermeira, Especialista em Enfermagem em Urgência, Emergência e Atendimento Pré-Hospitalar, Hospital Municipal José Lucas Filho. Contagem (MG). E-mail: zelllya@hotmail.com ARTIGO REVISÃO INTEGRATIVA Melo CL, Machado BCA, Alexandre ZL. Características e limitações do método START no... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 1):2413-21, jul., 2014 2414 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.5927-50900-1-SM.0807supl201429 A situação emergencial de atendimento de múltiplas vítimas é aquele evento súbito, que produz um número de vítimas que leva a um desequilíbrio entre os recursos disponíveis e os necessários, onde se pretende manter um padrão de atendimento adequado com os recursos locais.1 Principalmente nas ocorrências de múltiplas vítimas, classificadas como desastres, é preciso estabelecer um sistema de, no mínimo, quatro ordens de contato: primeira, a comunidade; segunda, pré-hospitalar; terceira,infraestrutura; quarta, ordem; o nível regional, pelo contato com as autoridades a fim de minimizar os danos em escala interestadual. Adotando esta abordagem é possível assegurar que as atividades de resposta ocorrerão de forma abrangente, com minimização da carga de atendimento ao paciente em cada despacho posterior, e redução da necessidade global de forma eficaz, justa e equitativa.2 O enfermeiro, dependendo da composição do serviço de emergência, assume conjuntamente com a equipe, a responsabilidade pelos cuidados prestados às vítimas, atuando em ambientes diversos, com espaços físicos restritos e com limites de tempo.3 As equipes que trabalham no atendimento pré-hospitalar deparam-se com diversas situações, dentre elas catástrofes:“acontecimento súbito de consequências trágicas e calamitosas, é um grande desastre ou desgraça” e Acidentes com Múltiplas Vítimas: “eventos súbitos que produzem um número de vítimas que levam a um desequilíbrio entre os recursos médicos disponíveis e as necessidades. 3 Na fase pré-hospitalar, o método para triagem mais utilizado no Brasil e no mundo é o método Simple Triage and Rapid Treatment (START), traduzido como Simples Triagem e Rápido Tratamento, utilizado no Brasil desde 1999. A triagem é o termo dado ao reconhecimento da situação e seleção das vítimas por prioridades na cena da emergência.4Este algoritmo, foco desta revisão, foi criado em 1983 pelos pesquisadores do Hospital Hoag, em conjunto com o Corpo de Bombeiros da “Newport Beach”, Califórnia, nos Estados Unidos da América (EUA).5Mas, a verdadeira origem desse método é francesa, datada provavelmente de 1792 e vinculada ao Barão Dominique Jean Larrey, cirurgião-chefe da Guarda Imperial de Napoleão.6 O método START é oficialmente adotado no Brasil no Manual de Regulação Médica das Urgências1, do qual consta a ordem de prioridadede atendimento segundo este algoritmo e que corrobora com o Colégio Americano de Cirurgiões7, que preconiza que os pacientes com maior prioridade de atendimento são aqueles mais graves, quando o sinistro excede os recursos e aqueles com maior chance de sobrevida, quando não excede os recursos disponíveis. PRIORIDADE 1 (VERMELHA): vítimas que necessitam de algum tratamento médico antes de um transporte rápido ao hospital, ou que precisam ir rapidamente ao hospital para cirurgia. PRIORIDADE 2 (AMARELA): vítimas que necessitam de algum tipo de tratamento no local enquanto aguardam transporte ao hospital, não apresentam risco de vida imediato. PRIORIDADE 3 (VERDE): vítimas que não necessitam de tratamento médico ou transporte imediato, possuem lesões sem risco de vida. PRIORIDADE 4 (PRETA): vítimas em óbito ou que não tenham chance de sobreviver.1:103 Internacionalmente, existem outros algoritmos para triagem no atendimento de múltiplas vítimas no pré-hospitalar. São eles: Health Emergency Operations Center (STARTHEOC); Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS); Secondary Assessment of Victim Endpoint (SAVE); Sort, Assess, Lifesaving interventions, Treatment and/or transport (SALT); Move, Assess, Sort, Send (MASS); Sacco Treatment Method (STM); Circulação, Respiração, Abdome, Motilidade e Psiquismo (CRAMP) e Simple Triage and Rapid Treatment for Children (JUMPSTART). Pela análise destes outros métodos, os trabalhos selecionados vão estabelecer, além das características básicas do protocolo START, algumas limitações e, ainda defender a importância da padronização de sistemas de triagem primária adotados, uma vez que os acidentes com múltiplas vítimas não obedecem às fronteiras políticas.5 Há pouco mais de um ano, no município de Bandeira do Sul, Minas Gerais, Brasil, uma serpentina metalizada foi jogada, de cima de um trio elétrico, em um cabo de energia durante uma festa de pré-carnaval, no dia 27 de fevereiro de 2011. O cabo teria se partido e caído no chão, atingindo também o trio- elétrico e vitimando 16 pessoas.8 Nesse incidente, classificado como de múltiplas vítimas, o protocolo START foi provavelmente adotado e há dúvidas quanto a sua INTRODUÇÃO Melo CL, Machado BCA, Alexandre ZL. Características e limitações do método START no... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 1):2413-21, jul., 2014 2415 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.5927-50900-1-SM.0807supl201429 aplicabilidade, uma vez que ele deve ser utilizado para a classificação específica de vítimas de trauma, e no acidente em questão tratam-se de vítimas de acidente elétrico. Além desse episódio ocorrido no município mineiro em 2011, há escassa familiaridade das equipes de atendimento pré-hospitalar da RMBH com o método de triagem de múltiplas vítimas. Por ser um tema com pouca exploração científica e buscando levantar informações relevantes sobre o método START, os autores investigaram o seguinte problema: quais as características e limitações do método start no atendimento pré-hospitalar? Considerando os próximos eventos de grande concentração de público no país, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas Rio 2016, faz- se necessário proporcionar uma maior familiaridade com os métodos de triagem de múltiplas vítimas, principalmente o algoritmo START, em função da previsão de recebimento de grande contingente populacional em estádios, aeroportos e demais ambientes de recepção de público. Além disso, é necessário conhecer as limitações do método em situações específicas descritas na literatura, a fim de possibilitar ações preventivas e pactuações de algoritmos complementares como forma alternativa de atendimento em incidentes com múltiplas vítimas envolvendo instituições de mais de um estado. Então, buscou-se a realização dessa revisão integrativa a fim de contribuir com a ampliação dos acervos científicos sobre o tema e sintetizar as especificidades desse método. ● Analisar a produção científica sobre o método de triagem Simple Triage and Rapid Treatment (START) em acidentes com múltiplas vítimas e suas limitações. Neste estudo utilizou-se como estratégia metodológica, a revisão integrativa da literatura, que apresenta forte influência na prática baseada em evidências, buscando desvendar a questão em estudo: caracterização do método de triagem de pacientes START e suas limitações durantes os atendimentos de acidentes com múltiplas vítimas, na fase pré-hospitalar.9-10 A revisão integrativa combina a pesquisa com a experiência clínica/operacional e as preferências dos profissionais para justificar uma decisão sobre um problema específico, propiciando um saber fundamentado e uniforme, com enriquecimento da prática profissional.9,11Para tal, utilizou-se as etapas descritas abaixo.12 Identificação do problema: é a fase inicial deste empreendimento de pesquisa. É uma identificação clara do problema e do propósito de revisão associada. Subsequentemente, o método e as variáveis de interesse são determinados. Nesse estudo busca-se responder a questão << Quais as características e limitações do método START no atendimento pré-hospitalar? >> Pesquisa bibliográfica: fase essencial para construir uma revisão de qualidade, pois consiste na busca de literatura pertinente ao problema especificado, em banco de dados, a fim de mostrar um escopo de trabalhos que serão avaliados criticamente. Avaliação dos dados: uma vez que a literatura pertinente tenha sido coletada, os dados comuns são extraídos dos estudos primários para análise subsequente. Análise dos Dados: a análise dos dados requer que o pesquisador ordene, categorize, e resuma dados de estudos primários individuais em uma conclusão unificada sobre o problema de pesquisa. Apresentação dos resultados: os resultados da pesquisa podem ser apresentados como: um resumo, uma análise ou uma síntese. O total de dados primários constou de 354 artigos na base de dados Medline, 803 no IBECS, 782 na biblioteca virtual Scielo e 399 no portal Google Acadêmico. Apenas uma amostra de 6 artigos responderam de forma mais próxima a variável de interesse, sendo esses, obtidos na base de dados Medline e no site Google Acadêmico, e apenas em língua inglesa, conforme figura 1. Base de Dados/Portal/Biblioteca virtual População % Amostra % Google Acadêmico 399 17 1 17 Medline 354 15 5 83 Scielo 782 34 0 0 IBECS 803 34 0 0 TOTAL 2338 100 6 100 Figura 1. Distribuição da população e amostra da pesquisa, segundo base de dados, Belo Horizonte – MG, 2012. OBJETIVO MÉTODO Melo CL, Machado BCA, Alexandre ZL. Características e limitações do método START no... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 1):2413-21, jul., 2014 2416 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.5927-50900-1-SM.0807supl201429 Ao longo da investigação foram avaliados 2.338 artigos. Os mesmo foram incluídos na população, segundo o seguinte critério: artigos publicados em Inglês, Espanhol e Português, com os textos completos disponíveis na base de dados da Literatura Internacional em Ciências da Saúde (Medline), Índice Bibliográfico Espanhol em Ciências da Saúde (IBECS) e Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e o site de busca Google Scholar (Google Acadêmico), no período compreendido entre 2002 a 2012,utilizando as terminologias em saúde: incidentes com feridos em massa, serviços médicos de emergência e triagem, conforme consulta nos Descritores em Ciência da Saúde (DeCS/BIREME). A coleta de dados foi realizada através de um instrumento de pesquisa conforme proposto pelo autor13, com o objetivo de facilitar a análise dos estudos, contendo dados relacionados ao pesquisador, ao artigo e ao objetivo do estudo. A busca foi realizada, na íntegra, pelo acesso livre online, utilizando como eixo norteador a questão: Quais as características e limitações do método start no atendimento pré-hospitalar? Para síntese e posterior discussão dos artigos, foi elaborado um quadro sinóptico contendo dados relacionados ao autor, ano, periódico de publicação e conclusões a respeito do método START. A apresentação e discussão dos resultados foram realizadas de forma descritiva, a partir de três categorias (estudos pediátricos, estudos de conceituação e estudos relacionados à preparação de socorristas), possibilitando ao leitor a avaliação da aplicabilidade das evidências obtidas na busca bibliográfica acerca das melhores indicações do método de triagem START no atendimento pré-hospitalar. Nesta revisão integrativa foram analisados 6(seis) artigos que atenderam aos critérios de inclusão da pesquisa.Todos os artigos do conjunto amostral foram publicados a partir do ano 2004, sendo a primeira, considerada com ano de publicação em 2004 e as demais, uma a cada ano, a partir de 2006 até 2010. Todos os estudos avaliados foram escritos por médicos e, em sua maioria absoluta (83,3%) realizados nos Estados Unidos da América (EUA) em função de grandes desastres como o terremoto de Northridge de 1989 e 1992 e ataques em 1995, em Oklahoma City, e 2001, em New York (World Trade Center).5 Um único estudo foi realizado na cidade Manchester/Reino Unido. Para análise da qualidade dos periódicos de publicação do grupo amostral, utilizamos o nível de evidência científica descrito pelo autor: 12:104 Nível 1: evidências resultantes da meta- análise de múltiplos estudos clínicos controlados e randomizados; Nível 2: evidências obtidas em estudos individuais com delineamento experimental; Nível 3: evidências de estudos quase- experimentais; Nível 4: evidências de estudos descritivos (não-experimentais) ou com abordagem qualitativa; Nível 5: evidências provenientes de relatos de caso ou de experiência; Nível 6: evidências baseadas em opiniões de especialistas. Observamos que os trabalhos encontrados estão classificados como estudos de média validade, dentre os extratos da produção intelectual, 17% são classificados com nível de evidência 6, 33% foram revisões de literatura e 50% artigos originais com nível de evidência 3. Nas figuras 2, 3 e 4 a seguir, apresentamos a síntese dos seis artigos científicos do grupo amostral desta pesquisa. RESULTADOS Melo CL, Machado BCA, Alexandre ZL. Características e limitações do método START no... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 1):2413-21, jul., 2014 2417 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.5927-50900-1-SM.0807supl201429 Artigo, autores e ano de publicação e periódico. Características e limitações do método START no atendimento pré-hospitalar Título: Triagem pré-hospitalar em acidentes com múltiplas vítimas, PLUS: uma estratégia para abordar mecanismos de lesões incomuns. Autores: Daniel J. Neal; Joseph A. Barbera; John R. Harrald Ano: 2010 Periódico: Pre Hospital and Disaster Medicine O protocolo START foi concebido em torno de três avaliações: (1) respirações, (2) pulso, e (3) estado mental, e baseia-se na reação fisiológica de como o corpo humano reage ao trauma contuso. Os pacientes são classificados em quatro categorias: (1) Vermelho (2); Amarelo; (3) Verde; (4) e preto. Limitações: não considerar mecanismos de lesão específica, ter pontos de avaliação limitados, não refinar verdadeiramente a prioridade entre os pacientes com "Menor" ou "Moderado" risco. Título: O método START: funciona? Autores: Mark E. Gebhart; Robert Pence Ano: 2007 Periódico: Disaster Management and Response Avaliou se o sistema START é um real preditor de vítimas potencialmente sobreviventes, através da atribuição de scores de 0-3 para o somatório dos três parâmetros avaliados no método START (FR, Pulso e Consciência), simbolizando a nota 0 parâmetro ruim e 1 parâmetro bom em cada um dos 3 sinais avaliados. Entre os sobreviventes (96% dos pacientes avaliados), 92,68% realmente tinham FR<30, 96,06% tinham pulso detectável e 78,31% tinham Escala de como de Glasgowde 15. Indica que há uma tendência de receber maior escore aqueles com maior chance de sobrevivência, quando o START é aplicado aos pacientes de trauma, o que justifica a utilização do algoritmo na triagem primária. Título: Acidentes com múltiplas vítimas: tempo para uma evidência Autores:Jennifer Lee Jenkins; Melissa L. McCarthy; Lauren M. Sauer; Gary B. Green; Stephanie Stuart; Tamara L.Thomas; Edbert B. Hsu Ano: 2008 Periódico: Pre hospital and Disaster Medicine O START é um método de triagem primário que prioriza pacientes na área de evacuação e transporte para definição de assistência médica operacional. Ele atribui tratamento prioritário com base na capacidade do paciente para andar, avaliação da permeabilidade das vias aéreas, taxa de respiração, presença de pulso radial ou recarga capilar em mais ou menos tempo do que dois segundos, e capacidade para seguir comandos simples. Reconhecendo que os parâmetros fisiológicos normais das crianças diferem dos adultos desenvolveu-se uma versão pediátrica do START, conhecido como JumpStart, em que apenas é ofertado cinco respirações de resgate em uma tentativa de estimular a respiração espontânea nas crianças de 1-8 anos. Figura 2. Apresentação da síntese de artigos de caracterização do método START na amostra, período de 2002 a 2012. Belo Horizonte-MG, 2012. Artigo, autores e ano de publicação e periódico. Características e limitações do método START no atendimento pré-hospitalar Título: Eficácia de uma simples ferramenta de treinamento de triagem pela internet Autores: Amado Alejandro Baez; Matthew D. Sztajnkrycer; Pablo Smester; Ediza Giraldez Ano: 2005 Periódico: Prehospital Emergency Care No estudo utilizaram o método para avaliar o conhecimento e as potencialidades de uma ferramenta via internet para treinar prestadores de serviços de pré-hospitalar. Cinco (9,1%) dos 55 participantes responderam corretamente quatro ou mais cenários propostos como cenas reais de atendimento, quando arguidos em um pré-teste de intervenção, em comparação com 53 (96,4%) de 55 no pós-teste o risco [p <0,001, e IC 95%]. E resultados semelhantes foram obtidos quando se avaliou a precisão na triagem de todos os cinco cenários, com zero em 55 no pré-teste, para 49 em 55 no pós-teste (p <0,001). Nenhuma diferença estatística foi encontrada em sub-análise comparando o grupo imediato de escores de intervenção dos 38 indivíduos que participaram durante apenas um mês de acompanhamento em relação aos 17 participantes que participaram de todo ciclo de treinamentos, o que pode atestar a rápida assimilação da ferramenta START. Os autores justificam a necessidade de treinamento no relato de vários estudos que têm demonstrado uma significativa taxa de triagem indevida em grandes incidentes e os perversos efeitos de triagem inadequada na evolução dos doentes. Figura 3. Apresentação da síntese do artigo sobre capacitaçãoquanto ao método START, período de 2002 a 2012. Belo Horizonte - MG, 2012. Artigo, autores e ano de publicação e periódico. Características e limitações do método START no atendimento pré-hospitalar Título: Múltiplas vítimas pediátricas, triagem e planejamento para no pré- hospitalar. Autores: Kristin Lyle; Tonya Thompson; James Graham Ano: 2009 Periódico: Pediatric Mass Casualty A triagem primária deve ser realizada muito rapidamente, exigindo cerca de 30 segundos por paciente, e deve ser baseada unicamente na fisiologia do paciente. Ressaltam as diferenças anatômicas e fisiológicas em crianças, o que impõe uma necessidade de uma viável ferramenta para vítimas pediátricas. E não há, até o momento, nenhuma ferramenta para atendimento pré-hospitalar a múltiplas vítimas especificamente desenvolvido para crianças com menos de 1 ano, apenas o JumpStart para crianças de 1-8 anos e sem dados de resultados científicos concretos, o que torna muito difícil endossar uma única ferramenta. Em julho de 2008, um painel de peritos emitiu uma proposta intitulada SALT (Classificar, Avaliar, Salvar Vidas, Transportes e Tratamento), que permite uma categoria cinza a mais que aquelas do START e que é aplicada para qualquer faixa etária. Pacientes na categoria cinzento têm lesões graves ou sinais de morte iminente, mas não são os moribundos no momento da triagem primária, segundo o START. Título: Comparação de ferramentas de triagem primaria para incidentes pediátricos em massa Autores: LA Wallis e S Carley Ano: 2006 Periódico: Emerg Med J. O estudo testou a sensibilidade e especificidade de quatro ferramentas de priorização de atendimento pré-hospitalar, a PediatricTriage Tape (PTT), oCareflight, o START e o JumpStart (voltados para avaliação infantil). Nenhuma das ferramentas mostrou uma alta sensibilidade e especificidade, inclusive o método START. De acordo com este estudo, os métodos Careflight ou PTT de triagem devem ser utilizados em incidentes pediátricos, preferencialmente, aos métodos Jumpstart ou START, uma vez que a pontuação Careflight teve o melhor desempenho em termos de sensibilidade e especificidade e o desempenho do PTT foi muito semelhante. Figura 4. Apresentação da síntese dos artigos sobre aplicação do método START com vítimas pediátricas, período de 2002 a 2012. Belo Horizonte - MG, 2012. Melo CL, Machado BCA, Alexandre ZL. Características e limitações do método START no... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 1):2413-21, jul., 2014 2418 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.5927-50900-1-SM.0807supl201429 A partir da análise dos artigos do grupo amostral, a distribuição dos mesmos, conforme as três categorias de análise foram: 50% de estudos de conceituação, 33% de estudos pediátricos e 17% de estudos relacionados à preparação de socorristas. Categoria1: Estudos de caracterização do método START Nos estudos selecionados, esta temática foi abordada a fim de possibilitar a caracterização do START e levantar suas deficiências a partir das definições dos autores e da comparação com outros métodos. No algoritmo abaixo é possível visualizar como as cores são atribuídas às vítimas: 14 Figura 5. Algorítimo de avaliação START. Belo Horizonte - MG, 2012. Dentre os estudos analisados, um estudo14 demonstra que entre os 96% sobreviventes, 92,68% realmente tinham frequência respiratória (FR)<30, 96,06% tinham pulso e 78,31% tinham Escala de Coma de Glasgow (ECG) = 15 e apenas 0,85% tinha ECG igual a 15 no grupo de não-sobreviventes. Desta forma, este estudo indica que há uma tendência de receber maior escore aquelas vítimas com maior chance de sobrevivência. No entanto, quando o START é aplicado aos pacientes de trauma, enfatiza que a maioria avaliada neste estudo teve traumatismo contuso. Vítimas de um acidente com múltiplas vítimas podem estar sujeitos a apresentar traumas penetrantes e exposição a agentes químicos e/ou biológicos. O uso de armas de destruição em massa poderia complicar ainda mais as deficiências dos protocolos de triagem. Esses implicam na utilização de equipamento de proteção individual e fazem com que a avaliação e o tratamento sejam ainda mais difíceis. Não há realmente nenhum meio pelo qual se pode considerar o impacto das armas químicas e biológicas, a menos que um estudo retrospectivo seja conduzido. 15 Corroborando com este autor14, outro estudo16 descreve que o protocolo START consiste numa triagem rápida e tem limitações significativas: não considera mecanismos de lesão específica, tem pontos de avaliação limitados e não refina verdadeiramente a prioridade entre os pacientes com "menor" ou "moderado" risco, situações onde o transporte dos mesmos pode ser adiado. Esses autores16 propõem o Sistema de Triagem de Vítima no Pré-Hospitalar denominado PLUS, para poder expandir os pontos fortes do método START, já existente e amplamente aceito. Pelo PLUS, a triagem inicial forneceria orientações aos socorristas para realizar posteriormente uma retriagem das vítimas consideradas de menor e moderada gravidade, a fim de identificar e considerar os sintomas sutis e os sinais de predição de lesão crítica específicos para os relevantes mecanismos, como lesões penetrantes, outras não convencionais, fumaça e inalação de produtos tóxicos.16 Um fator que prejudica a avaliação da validade do START é a ausência de estudos realizados em um cenário real, uma vez que os estudos analisados foram elaborados com pacientes vítimas de trauma na porta de entrada de instituições hospitalares, podendo, portanto, não ser representativos das vítimas de um acidente com múltiplas vítimas. Observa-se que estudos focados na apresentação do paciente não traumático podem questionar a ampla utilização do método START. Isso contraria os achados dos autores15 que sugerem que a utilização do START é preditiva em identificar vítimas que possivelmente sobreviveriam em um MCI, VERMELHO VERMELHO VERMELHO VERMELHO OBITO AMARELO VERDE Melo CL, Machado BCA, Alexandre ZL. Características e limitações do método START no... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 1):2413-21, jul., 2014 2419 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.5927-50900-1-SM.0807supl201429 através da avaliação rápida da respiração, a perfusão, e comunicação. Portanto, o START é um método adequado, mas não suficiente no direcionamento de recursos para atender os pacientes em um MCI. Categoria 2: Estudos relacionados à preparação de socorristas Segundo autores17, a Sociedade Dominicana de Medicina Pré-Hospitalar revelou uma persistente falta de padronização de procedimentos entre os prestadores latino- americanos dos serviços de emergência. Para eles, a literatura corrente demonstra a importância de uma triagem adequada durante um desastre, mostrando como uma triagem imprópria pode afetar negativamente os resultados e deixando clara a necessidade de treinamento. Um estudo17 avaliou a preparação dos atendentes de serviços de pré-hospitalar da Colômbia, Cuba, República Dominicana, Porto Rico, e Venezuela quanto à correta avaliação de cinco cenários de MCI com o método START, nos Estados Unidos, considerado como rápido de executar e fácil de ensinar. Apesar de ser um algoritmo de fácil compreensão em relação aos demais já propostos internacionalmente, o estudo17 não corroborou tal ideia.No levantamento feito pela internet, mesmo havendo uma média ± desvio padrão dos anos de experiência dos participantes de 5,9 ±3,6 anos, 54,5% autodeclarados com um nível mais avançado de treinamento, por exemplo, técnicos em emergência médica, enfermeiros ou médicos, e experiência em desastres reais relatada em 36,4%, com 34,5% de relatos de conhecimento prévio sobre o sistema START,os achados foram: quatro ou mais cenários no pré-teste da intervenção foram respondidas corretamente por apenas cinco (9,1%) dos 55 participantes, em comparação com 53 (96,4%) dos 55 participantes no pós-teste intervenção [p <0,001, em relação risco (RR) 10,60 (IC 95% 4,59-24,49)]. Achados similares foram obtidos para aqueles com precisão na triagem de todos os cinco cenários, com zero de 55 (0%) encontrado no pré-teste comparados com 49 de 55 (89,1%) no pós-teste (p <0,001). Categoria 3: Estudos pediátricos Verifica-se uma grande preocupação com a avaliação de ferramentas voltadas para o atendimento pré-hospitalar de múltiplas vítimas pediátricas. Atentados como o de Oklahoma City, numa escola em 1995, e as inúmeras vítimas pediátricas do Furacão Katrina induziram essa reflexão.5 Um grande desafio enfrentado pelas equipes de socorro é cuidar de crianças em um evento de vítimas em massa, uma vez que a fisiologia e a anatomia das crianças diferem dos adultos. As crianças são particularmente vulneráveis a um desastre e os protocolos desenvolvidos para adultos pode não funcionar bem. 18 As crianças são fisiologicamente e psicologicamente menos aptos do que os adultos para sobreviver em um desastre, pois têm o corpo com maior relação superfície / massa, o que leva a uma predisposição à perda de calor e aumento da capacidade para contato com toxinas. Os bebês têm uma cabeça maior em relação ao corpo, quando comparadas aos adultos, o que oferece maior risco para lesão no crânio, tornando-se o Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE) mais prevalente nessa faixa etária. 18 Dependendo do estágio de desenvolvimento da criança, pode haver comunicação limitada e habilidades de autoproteção. Quando deitado em decúbito dorsal, o queixo é dobrado e a cabeça é lançada para frente, tornando mais difícil manter o posicionamento adequado da via aérea. Tais características podem influenciar na escolha de um protocolo de triagem direcionado às crianças envolvidas em um MCI.18 Um estudo18 mostra que não há até o momento nenhuma ferramenta para atendimento pré-hospitalar a múltiplas vítimas especificamente desenvolvido para crianças com menos de 1 (um) ano de idade, apenas o JumpStart, voltado para crianças de 1 a 8 anos e sem dados de resultados científicos concretos, o que torna muito difícil endossar uma única ferramenta. Em um estudo pioneiro19 com 3.461 crianças da África do Sul, comparou-se a sensibilidade e especificidade de quatro ferramentas de priorização de atendimento pré-hospitalar, a Pediatric Triage Tape (PTT), o Careflight, o START e o JumpStart, voltados para avaliação infantil. Tal estudo evidenciou que nenhuma das ferramentas mostrou eficácia adequada nos critérios avaliados. No trabalho dos autores18 reavaliou-se crianças internadas em uma unidade de emergência Sul-Africana através dos quatro algoritmos e comparação dos casos com as ferramentas Injury Severity Score (ISS), sua nova versão (NISS), e uma modificação dos critérios Garner (uma medida da necessidade de intervenção clínica urgente). O resultado mostrou que as pontuações JumpStart e START tiveram sensibilidades muito baixas, o que significava que eles não conseguiriam identificar os pacientes com ferimentos graves ou que os serviços teriam perdido a maioria de vítimas gravemente feridas nos modelos de grandes Melo CL, Machado BCA, Alexandre ZL. Características e limitações do método START no... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(supl. 1):2413-21, jul., 2014 2420 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.5927-50900-1-SM.0807supl201429 incidentes. A conclusão dos autores é que devido ao baixo desempenho apresentado no estudo, o uso do START para triagem de crianças não é recomendado. Os estudos avaliados demonstram semelhança quanto às características e a definição do método START. Os autores apontam que, apesar de não ser fundamentado em evidências científicas, sua ampla utilização o qualifica na predição de gravidade entre os pacientes em acidentes com múltiplas vítimas, especialmente quando envolve mecanismo de lesão por trauma contuso em pacientes adultos. Entretanto, é indispensável que estudos bem delimitados e com alto grau de evidência, preferencialmente em cenários reais, sejam realizados a fim de consolidar o nível de excelência deste método. De acordo com os trabalhos analisados neste estudo, o algoritmo START, amplamente utilizado no Brasil, tem as seguintes limitações: a) Não considera mecanismos de lesão específica, tem pontos de avaliação limitados e não refina verdadeiramente a prioridade entre os pacientes com "menor" ou "moderado" risco, situações onde o transporte desses pode ser adiado. b) Não apresenta especificidade e sensibilidade adequadas quando utilizado para triagem de crianças, uma vez que não considera as variações fisiológicas, anatômicas e psicológicas presentes em pacientes pediátricos; mesmo no JumpStart, vítimas abaixo de um ano não são consideradas. c) Apesar de ser considerado de fácil assimilação e não haver diferenças significativas de aprendizado com treinamentos longos ou reduzidos é necessário ser exercitado, pois os índices de triagem errônea de cenários, mesmo entre profissionais experientes são altos. Esta revisão integrativa nos proporcionou analisar as características do método START, amplamente utilizado no Brasil como instrumento de triagem de pacientes em acidentes com múltiplas vítimas, e levantar as limitações do algoritmo. A partir da análise desses estudos, podemos perceber que é necessário estimular novos trabalhos sobre triagem em incidentes com múltiplas vítimas, e com foco em vítimas pediátricas e de avaliação quanto à capacitação dos prestadores. Dentre as publicações utilizadas para a construção deste artigo, nota-se que a grande maioria tem importante relevância científica. Entretanto quando se busca a compreensão dos resultados de uma revisão é necessário avaliar além dos resultados puramente técnicos. È indispensável avaliar os aspectos relacionados ao conhecimento, como a necessidade de comprometer o profissional com as mudanças organizacionais, sociais e culturais, para as mudanças do comportamento individual. Além disso, destaca-se a necessidade de desenvolver métodos que encorajem a tomada de decisão baseada em evidências cientificas, ajustando o contexto em que o profissional está inserido, o que interfere positivamente na qualidade da assistência. Os resultados encontrados podem subsidiar a construção de novos estudos voltados para os atendimentos pediátricos, conceituação e treinamentos sobre o método START, auxiliando os prestadores em sua prática rotineira. 1. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Regulação médica das urgências. Brasília [Internet]; 2006 [cited 2011 Nov 28]. Available from: http://www.saude.gov.br/bvs 2. Bostick NA, Subbarao I, Burkle Jr. FM, Hsu EB, Armstrong JH, James JJ. Disastertriage systems for large-scale catastrophic events. Disaster Med Public Health Preparedness. [Internet]. 2008 [cited 2011 Nov 28];2(suppl 1):S35-S39. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18769 264 3. Salvador PTCO, Alves KYA, Dantas RAN, Dantas DV. 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