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Resenha: História das agriculturas no mundo: do neolítico a crise contemporânea - MAZOYER, Marcel e ROUDART, Laurence

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Universidade Estadual do Ceará – UECE
Centro de Ciência e Tecnologia – CCT
Curso de Licenciatura em Geografia
Disciplina: Geografia Agrária
Professora: Ms. Camila Dutra dos Santos
Aluno: Rian Kelvin Sousa do Nascimento
MAZOYER, Marcel e ROUDART, Laurence. História das agriculturas no mundo: do neolítico a crise contemporânea. São Paulo/Brasília, UNESP/NEAD,2010. 
Marcel Mazoyer é professor emérito de agricultura comparada e de
desenvolvimento agrícola no Instituto Nacional Agronômico Paris - Grignon, onde sucedeu o professor René Dumont. Já Laurence Roudart, é mestre de conferências de economia política agrícola e alimentar no Instituto Nacional Agronômico Paris-Grignon.
Ao iniciarem o capítulo dois, os autores fazem um breve resumo de como se deu as relações sociais no fim do paleolítico, onde a predação é substituída pela agricultura. O termo protocultura e protocriação são mencionados como uma nova classificação aos animais e plantas que não perderam suas características selvagens, mas sim domesticados. 
O primeiro desafio das novas sociedades de agricultores seriam os ecossistemas originais, locais que têm características peculiares, mas que favoreceram o desenvolvimento agrícola da época. 
Os autores citam seis centros de origem da revolução agrícola neolítica, tais centros foram fundamentais na época, e atualmente, para podermos aperfeiçoar as técnicas criadas naquele tempo e utilizarmos nos tempos atuas. Por um tempo a agricultura neolítica foi pensada como uma invenção emergencial devido à falta de recursos, uma teoria baseada na teoria dos oásis que dizia que o alimento (caça) estaria reduzido por conta de uma população que já estava bem numerosa.
É falado sobre como ocorreram os processos das criações dos centros irradiantes, dos quais, quatro são detalhados pelos autores. Os materiais de pedra polida nessa época são de grande utilidade para a derrubada das árvores, para a queimada e posteriormente plantio, já que os materiais de pedra lascada seriam quebrados com facilidade. As primeiras semeaduras ocorreram por acidente, os locais onde eram preparados os alimentos favoreciam o crescimento da semente, locais esses ricos em matérias sedimentados e de matéria orgânica (dejetos humanos), mesmo sem querer os primeiros povos começaram a semeadura, em pequenas proporções até alcançarem uma área maior.
É mencionado que a medida que os indivíduos caçadores-coletores sedentários de um vilarejo aumentam, os recursos disponíveis para aqueles indivíduos caem, tornando com o tempo a necessidade de buscar alimentos fora de seus vilarejos e de possíveis esgotamentos de recursos, surge daí inquietações provocadas por perguntas que serviriam para resolver esse problema, a taxa de nascimento poderia ser controlada? Existiriam meios de conseguir novos recursos? Com base nisso e sem os conhecimentos atuais, mas sim, os da época uma das melhores soluções seria a exploração de áreas desocupadas ou pela conquista de territórios já explorados. Com isso surge os primeiros lampejos de uma sociedade agrícola, aquela capaz de subsidiar os grupos dos vilarejos e que tenha uma certa gerência dos alimentos para todos os grupos, uma espécie de divisão igual do que era produzido.
Outro fator importante para essa mudança de modo de vida, foi a instalação da linguagem, não poderia existir uma formação social ou formação econômica sem um dos maiores recursos da época, a língua. Alguns pesquisadores falam da existência de diferentes línguas para os centros mencionados pelos autores.
As áreas de extensão são as regiões segundo os autores por onde os centros irradiantes se estenderam, nelas eram praticadas a protocultura e a protocriação já citado antes, uma forma de adaptação ao novo meio, por conta do maior número de indivíduos caçadores-coletores sedentários, onde o número de indivíduos aumenta e o número de alimentos cai. 
Com o passar do tempo as técnicas melhoram, os indivíduos passam a melhorar o manejo da terra, passam a ser mais seletivos, tanto na domesticação dos animais quanto nas plantas. 
Com base no que foi dito pelos autores a expansão agrícola neolítica permitiu um crescimento da população mundial, mas não se deve pensar que foi a solução para a crise da predação que os caçadores-coletores vivenciaram, os estudos das formações agrícolas são de grande utilidade para compreensão dos modelos atuais, com isso, a obra de Marcel e Laurence Roudart proporciona uma nova visão dos conceitos biológicos, sociais, culturais e agrários, concebendo uma visão macro do objeto de estudo.
Fortaleza, 17 de junho de 2015

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