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Samia Nogueria Atividade avaliativa - Geografia Agrária

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e-mail: lazaro.teles@ifpa.edu.br 
	Professor: Lázaro Wandson de Nazaré Teles Data: _19_/_10_/2023
Disciplina: Geografia Agrária___ Curso: Geografia Turma: C836TA_
Aluno(a): Samia Santa Brigida Nogueira_________________________
	Valor: 
Nota: ______
	ORIENTAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE DE GEOGRAFIA AGRÁRIA
· Leia atentamente todas as questões da Prova.
· A atividade deverá ser respondida nesse documento e depois convertida em PDF.
· Todas as atividades deverão ser enviadas à representante de turma que posteriormente enviará ao e-mail lazaro.teles@ifpa.edu.br em única mensagem.
· O prazo de entrega será até 23:59 do dia 19/10/2023.
01 - Segundo o Atlas da Questão Agrária Brasileira de autoria de Eduardo Paulon Girardi, “A definição do conceito de campesinato é indispensável para o entendimento da questão agrária”. Sendo a partir desta definição que os diversos estudos sobre a questão agrária são orientados e articulados por dois importantes paradigmas. Identifique os dois paradigmas e explique cada um deles. 
Resposta: Os paradigmas de Fernandes (2005) são o paradigma da questão agrária (PQA) e o paradigma do capitalismo agrário (PCA). O PQA vai analisar o campo a partir da teoria marxista e o eixo central de discussão é a renda da terra, com o processo de diferenciação e de recriação do campesinato. Através da solução desses problemas vai ocorrer o desenvolvimento da agricultura camponesa, mas isso vai de contra as leis do capitalismo. Já o PCA, é baseado no trabalho de Abramovay (1992), traz uma quebra com o paradigma marxista e afirma que a importância da agricultura familiar nos países desenvolvidos é resultado da mudança do camponês em agricultor familiar. E o problema da agricultura família se resolveria com o desenvolvimento do capitalismo até um bom grau, igual aos países desenvolvidos. 
A principal discussão dos dois paradigmas é o posicionamento em relação ao capitalismo. O PQA busca observar os conflitos e as desigualdades geradas pelo capitalismo no campo, lutando contra o capital como forma de sobrevivência e desenvolvimento. O PCA busca entender as melhores formas dos agricultores familiares se integrarem no sistema capitalista.
02 - Na obra “MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA, AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA”, o Professor Ariovaldo Umbelino de Oliveira traz questões importantes para o entendimento das questões atinentes a Agricultura. Sendo assim, explique os aspectos da Agricultura sob o Feudalismo e sob o Capitalismo.
Resposta: A agricultura feudal antecedeu a produção capitalista. No sistema feudal, a propriedade da terra era descentralizada. A terra era dividida em feudos, que eram propriedades dos senhores feudais. Os camponeses servos trabalhavam nessas terras em troca de proteção e o direito de cultivar uma parte da terra para sua subsistência. Essa agricultura se baseava na relação de produção e serviços. Os camponeses, abrem uma parte de sua produção ao senhor feudal em troca do direito de permanência na terra. A agricultura era formada por hortas onde cultivavam plantas necessárias, legumes, frutas, linho etc. A comunidade aldeã era marcada por um conjunto de casas e quintais dos camponeses do feudo. Ao redor da aldeia ficavam os campos de cultivo e os campos de uso comum. 
A transição da agricultura feudalista para a capitalista foi se dando através da urbanização industrial aumentou a procura de dinheiro por parte camponês. Nesse aspecto a agricultura é baseada em relações de produção capitalistas, onde os trabalhadores vendem sua mão de obra, chamada de mais-valia. Marcada por técnicas de propriedade, tecnologia e uma ênfase na produção para o mercado global. Esses aspectos e diferenças são fundamentais na distribuição de terras e nos desafios enfrentados.
03 - O Atlas da Questão Agrária Brasileira apresenta um quadro que consegue sintetizar as diferenças/oposições entre campesinato e agronegócio. A partir desse quadro, apresente ao menos sete diferenças entre esses modelos distintos de desenvolvimento no campo.
Resposta: A centralização do agronegócio em ter um controle da produção, processamento e do mercado. O campesinato tem uma descentralização de sua produção pensando apenas na comunidade local.
O agronegócio tem uma dependência na tecnologia e uma abordagem cientifica para a produção, dependem de grandes fontes de energia e insumos. Já o campesinato consegue ter essa independência em sua produção porque sua produção é em menor escala, menores insumos e energia.
O agro é uma relaçao de competitividade e ganancia em vender mais, ter mais terras, mais produção e assim lucrar muito mais. O campesinato não, conseguimos observar sua agricultura como um modo de vida, uma abordagem mais leve. 
A relação do agronegócio com a natureza é de domino desses recursos sem pensar nos grandes impactos que causam para o planeta. No campesinato o ser humano vive em harmonia com a natureza, cuida e valoriza. 
04 – Explique as relações de produção na Agricultura sob o capitalismo, caracterizando as relações “capitalistas” e “não capitalistas” de produção. 
Resposta: A relação de produção na agricultura sob o capitalismo é baseada na separação dos trabalhadores dentro do meio de produção. Nesse momento temos a relação da venda da mão de obra já mencionada anteriormente. Os trabalhadores agrícolas são contratados para realizar o trabalho, eles não possuem os meios de produção, mas sim, sua força de trabalho. O objetivo geral dessa relação capitalista é gerar lucros por meio dessa produção agrícola tirando a ideia de subsistência. Com essa nova relação gera grandes conflitos por conta de terras, o grande agricultor que detém dessa produção sempre busca mais terras, mas a maioria das vezes há conflitos com a população da região, da população tradicional também.
As relações não capitalistas de produção são características diferentes das mencionadas acima. A propriedade era comum e coletiva. As áreas rurais, a terra e outros recursos eram mantidos de forma coletiva, onde a população tinha um controle sobre essa distribuição e uso da terra. A agricultura era de subsistência para consumo local e o uso de trocas também. O trabalho não era assalariado e se observava uma produção familiar e sem foco com lucros e sim atender as necessidades básicas da comunidade local.
Lázaro W. N Teles

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