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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO – SEGUNDA PROVA
RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS E CONSULARES
Relações diplomáticas: direito diplomático consiste no conjunto de normas e costumes, aceitos internacionalmente, para regular as relações diplomáticas entre os Estados e Organizações Internacionais. Trata-se de um direito autossuficiente, construído pela via costumeira e consolidado por diferentes tratados multilaterais e bilaterais. É o meio através do qual os Estados praticam suas relações políticas, econômicas, etc.
Aspectos gerais: O princípio do consentimento mútuo norteia o direito das relações diplomáticas. As negociações entre sujeitos de direito internacional são feitas por representantes diplomáticos enviados e aceitos por estes. Apenas os sujeitos de direito internacional têm direito de legação, que é o direito e receber e enviar diplomatas. Trata-se, portanto, de um direito inerente à personalidade jurídica de direito internacional. O direito de legação depende do reconhecimento do sujeito de direito internacional. A inexistência de relações diplomáticas pode decorrer de questões econômicas ou ser resultado de sanções não militares por descumprimento do direito internacional. Neste sentido temos direito de legação ativo: direito de enviar representantes diplomáticos. E direito de legação passivo: direito de receber representantes diplomáticos. O Estado que envia os diplomatas é chamado de Estado de origem. O Estado que acolhe os diplomatas é chamado de Estado de acolhimento. A acreditação é o ato pelo qual o Estado de acolhimento reconhece os poderes do representante do Estado de origem. A acreditação é realizada por meio de uma cerimônia formal, que segue um rito específico em cada Estado, com a presença do chefe do Estado acreditador e o chefe da missão diplomática do Estado de origem.
Missão diplomática: é formada pelo conjunto de agentes diplomáticos que representam os Estados ou Organizações Internacionais.
Permanente: a instalação da missão permanente inicia-se coma comunicação do Estado acreditante manifestando ao Estado de acolhimento o interesse em constituir uma missão em seu território. O estabelecimento das relações diplomáticas por meio de uma missão permanente é considerado um ato positivo de reconhecimento da importância do Estado de acolhimento para o Estado acreditante. A missão permanente pode ter competências gerais, quando atua nas relações diplomáticas com um Estado, ou competências específicas, como as missões que atual perante as Organizações Internacionais, por exemplo. Pode ser de diferentes naturezas. 
- embaixadas: responsáveis pela representação política dos Estados.
- consulados e vice-consulados: responsáveis pela representação comercial e administrativa, sobretudo de caráter notarial. 
- delegações, missões ou escritórios: responsáveis pela representação política, comercial ou mesmo administrativa perante Organizações Internacionais ou perante Estados, mas com dimensões menores, geralmente ocupando um espaço físico menos importante e com um número reduzido de pessoas.
Temporária: ou especial. Ad hoc. É enviada por um Estado a outro para uma negociação específica ou para executar uma tarefa determinada. A missão temporária pode ser acreditada da mesma forma que a missão permanente, muito embora procedimentos menos burocráticos, acordados entre as partes envolvidas, sejam mais comuns nessas situações. Nada impede que a mesma missão especial seja acreditada em diferentes Estados. Não é necessário que os Estados que enviam missões especiais também tenham missões diplomáticas permanentes nos Estados com quem irão negociar ou mesmo que tenham relações diplomáticas estáveis. A concessão de imunidades e privilégios aos diplomatas que participam de missões especiais é facultativa, e cada Estado reage de uma maneira distinta. 
Artigo 3º
As funções de uma missão diplomática consistem, entre outras, em:
a) representar o Estado 
acreditante
 perante o Estado acreditado;
b) proteger no Estado acreditado os interesses d
o Estado 
acreditante
 e se seus 
nacionais, dentro dos limites permitidos pelo direito internacional;
c) negociar com o Governo do Estado acreditado;
d) inteirar-se por todos os meios lícitos das condiçõe
s existentes e da evolução dos 
acontecimentos no Estado acreditado e informar a est
e respeito o Governo do Estado 
acreditante
;
e) promover relações amistosas e desenvolver as re
lações econômicas, culturais e 
científicas entre o Estado 
acreditante
 e o Estado acreditado.
2. Nenhuma disposição da presente Convençã
o poderá ser interpretada como 
impedindo o exercício de funções consulares pela Missão diplomática.Membros: os sujeitos de direito internacional têm a liberdade de escolher seus representantes que, em geral, são nacionais seus. O chefe da missão diplomática, na maioria das vezes, o diplomata de maior posto hierárquico na carreira, tem ampla liberdade sobre as atividades da missão. O chefe da missão é chamado de embaixador, núncio, enviado ou ministro ou encarregado de negócios. 
Local: o local da missão é onde a mesma funciona, compreendendo o conjunto de suas instalações físicas. É adquirido pelo Estado de origem e, em diversos países, é cedido pelo Estado de acolhimento. O local da missão diplomática é território do Estado de acolhimento. Não é extensão do território do Estado de origem. Mesmo assim é inviolável. 
Funções: entre as principais funções da missão diplomática (art. 3º, CVRD) encontram-se: 
Representar o Estado de origem junto ao Estado de acolhimento
Proteger os interesses do Estado de origem e de seus nacionais junto ao Estado de acolhimento, dentro dos limites estabelecidos pelo direito internacional.
Negociar com o Governo do Estado de acolhimento.
Obter licitamente informações sobre a evolução dos eventos de toda natureza no Estado de acolhimento e informar seu próprio governo.
Promover relações de amizade e desenvolver relações econômicas, culturais, científicas entre o Estado de acolhimento e o Estado de origem. 
No exercício dessas funções, os diplomatas devem agir com respeito em relação ao governo e às autoridades locais, recorrendo aos órgãos governamentais para atingir suas finalidades. Não devem intervir na política interna (art. 41, CVRD)
Artigo 41
1. Sem prejuízo de seus privilégios e imunidades, tod
as as pessoas que gozem desses 
privilégios e imunidades deverão respeitar as leis e os regu
lamentos do Estado acreditado. 
Tem também o dever de não se imiscuírem nos assuntos internos do referido Estado.
2. Todos os assuntos oficiais que o Estado 
acreditan
te
 confiar à Missão para serem 
tratados com o Estado acreditado 
deverão
 sê-lo com o Ministério das Relações Exteriores,
 ou 
por seu intermédio, ou com outro Ministério em que se tenha convindo.
3. Os locais da Missão não devem ser utilizados 
de maneira incompatível com as 
funções da Missão, tais como são enunciadas na presente 
Convenção, em outras normas de 
direito internacional geral ou em acordos especiais em vigor 
entre o Estado 
acreditante
 e o 
Estado acreditado.Imunidades e privilégios diplomáticos: imunidades diplomáticas são benefícios previstos no direito internacional e concedidos pelo Estado de acolhimento ao Estado de origem, para que este exerça certas capacidades e competências soberanas em seu território. Privilégios são benefícios concedidos pelo direito dos próprios Estados de acolhimento, além de suas obrigações assumidas pelas normas multilaterais. 
Imunidades de missão diplomática: a imunidade diplomática garante o direito à inviolabilidade do local da missão, correios e documentos e arquivos. A inviolabilidade do local da missão diplomática é a impossibilidade de qualquer autoridade do Estado de acolhimento ingressar no local da missão, ainda que com mandado judicial, sem a expressa autorização do Estado de origem. 
Imunidades de agentes diplomáticos: imunidades de natureza trabalhista. Os agentes diplomáticos submetem-se às normas trabalhistas do Estado de acolhimentoquando contratam nacionais deste como membro do pessoal de serviço. Já os membros do pessoal técnico e os agentes diplomáticos contribuem para a seguridade social do Estado de origem. 
Caso prático – irmãos McKenzie
Ernesto: dupla nacionalidade (banania e mexicana). Ministro das relações exteriores da Banania. 
Douglas: nacionalidade banania, é embaixador no México. Foi acusado de corrupção, persona non grata, se recusa a sair, Banania não ratificou a CVRD’s. 
Caso: acidente de carro, com carro oficial, em viagem não oficial, alcoolizados. Ernesto era motorista, houve danos materiais e pessoais. Policia federal prende os dois irmãos. 
RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS E ORGANIZAÇOES INTERNACIONAIS
As imunidades e os privilégios dos agentes diplomáticos se estendem aos agentes diplomáticos em missões perante OI. 
Relação triangular entre o Estado de Origem, a Organização Internacional e o Estado sede da relação diplomática. Se o Brasil pede à OMC para estabelecer uma missão permanente frente a OMC na Genebra, a Suíça que vai credenciar os parlamentares. (Genebra é a capital da Suíça).
Organizações internacionais não têm territórios próprios e operam no território de algum Estado. Daí a Organização Internacional depende do Estado onde se localiza. 
Se o país que pede a missão não for reconhecido como independente pelo Estado sede (Kosovo, Palestina, Síria) não tem problema, não quer dizer que se credenciar vai estar reconhecendo como independente, não é uma relação bilateral direta entre os Estados, é triangular com a Organização Internacional como intermediária.
A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados entre Estados e Organizações Internacionais ou entre Organizações Internacionais de 1975 ainda não está em vigor porque alguns países não estão concordando com algumas regras fundamentais do tratado.
O Estado pode recusar o credenciamento, porém não acontece muito, pois se o país aceitou ser Estado sede da OI ele deve aceitar e cumprir os objetivos da OI e não pode rejeitar países. 
Normalmente a OI firma um acordo com o país sede para que ele outorgue o credenciamento, as imunidades e privilégios dos delegados que irão participar da convenção.
Especialistas temporários – tem imunidades e privilégios diplomáticos se estiver viajando (ou em seu país de origem) se estritamente vinculados ao exercício da função na missão.
Convênio – 
RELAÇÕES CONSULARES
Fundado no princípio do consentimento mútuo.
O consulado tem funções administrativas e comerciais. As embaixadas têm funções políticas, têm peso político grande. Ambos são independentes um do outro, ou seja, o rompimento das relações diplomáticas não impõe o rompimento das relações consulares. 
A Convenção de Viena sobre Relações Consulares foi adotada em 1963 e entrou em vigor em 1967. Mais de 153 países fazem parte dessa convenção. As relações consulares são regidas por atos bilaterais. 
ARTIGO 3.º 
As funções consulares serão exercidas por postos consulares. Serão também exercidas por missões diplomáticas em conformidade com as disposições da presente Convenção. Repartição consular: é todo consulado, agência ou seção consular. O estabelecimento de relações consulares é uma iniciativa do Estado que envia a missão, que depende da aceitação pelo Estado que a recebe. Art. 3º, CVRC – 1963). Cada Estado tem apenas uma embaixada no território de outro Estado, em geral na sua capital. No entanto, pode ter diversos consulados (ou nenhum), conforme a integração entre os dois Estados. A repartição consular pode ser exercida por meio:
Seção consular: normalmente é dentro da própria embaixada, não tem autonomia, não tem independência e é supervisionada pelo embaixador. Sem autonomia, com um órgão da própria embaixada.
Posto/agência consular: dirigido pelo cônsul honorário (agente consular), que é externo à carreira diplomática. Ele descentraliza as atividades consulares. Documentos, trâmites... para facilitar os trâmites administrativos. O cônsul honorário não tem imunidades. Há uma só embaixada, e pode haver vários consulares ou postos consulares. Geralmente vinculado a um consulado mais próximo ou à embaixada.
ARTIGO 23.º 
Funcionário declarado «
persona
 
non
 grata» 
1. O Estado receptor poderá a qualquer 
momento 
informar o Estado que envia que um funcionário consular é 
persona
 
non
 grata ou que qualquer
 
outro membro do pessoal consular não é aceitável. Nestas circunstâncias, o Estado que envia retirará 
a pessoa 
em causa ou porá termo às 
suasfunções
 nesse posto consular, conforme o caso. 
2. Se o Estado que envia se recusar a cumprir ou não cumprir num prazo razoável as obrigações que lhe incumbem, nos termos
 
do parágrafo 1 do presente artigo, o Estado receptor pode, conforme o caso, retirar o 
exequátur
 à pessoa em causa ou deixar de 
a considerar
 como membro do pessoal consular. 
3. Uma pessoa nomeada membro de um posto consular pode ser declarada inaceitável antes de chegar ao território do Estado receptor, ou, se já lá se encontrar, antes de assumir as suas funções no posto consular. Em qualquer dos casos o Estado que envia deverá anular a nomeação. 
4. Nos casos mencionados nos parágrafos1 e 
3
 do presente artigo, o Estado receptor não é obrigado a comunicar ao
 
Estado que envia os motivos da sua
 d
ecisão
. Consulado ou vice-consulado: cônsul (chefe) é um agente diplomático. Pode estar fisicamente no mesmo edifício da embaixada, mas será independente. Representações autônomas, dirigidas por um cônsul e com pessoal administrativo próprio.
Pessoal da repartição consular: o chefe da repartição consular é indicado pelo Estado de origem e aceito pelo de acolhimento. O ato de aceitação do chefe da missão consular pelo Estado de acolhimento chama-se exequatur. 
Funcionários consulares: qualquer encarregado de funções consulares
De carreira 
Honorários 
Empregado consular: responsável por serviços administrativos ou técnicos no consulado, como secretários, atendentes, tradutores, entre outros.
Pessoal de serviço: os demais funcionários responsáveis pela manutenção da missão, como o serviço de jardinagem, garçons, cozinheiros e limpeza, por exemplo. Responsáveis por serviços domésticos no consulado, como copeiras, segurança, jardineiros, entre outros. 
Pessoal privado: empregados privados que prestam serviços particulares a membros do pessoal consular.
O país de acolhimento pode decretar o cônsul ou os funcionários consulares como persona non grata. Art. 23 (princípio da reciprocidade).
ARTIGO 5.º 
Funções consulares 
As funções consulares consistem em: 
a) Proteger no Estado receptor os interesses do Estado que envia e dos seus nacionais, pessoas singulares
 
ou 
colectivas
, dentro dos limites permitidos pelo direito internacional; 
b) Fomentar o desenvolvimento das relações comerciais, 
económicas
, culturais e científicas entre o Estado que envia e o Es
tado receptor e promover por 
quaisquer outros meios 
as
 relações amistosas entre eles dentro do espírito da presente Convenção; 
c) Informar-se, por todos os meios lícitos, das condições e da evolução da vida comercial, 
económica
, cultural e científica do Estado receptor, informar a esse respeito o Governo do Estado que envia e fornecer informações às pessoas interessadas; 
d) Emitir passaportes e outros documentos
 
de viagem aos nacionais do Estado que envia, assim como vistos e documentos apropriados às pessoas que desejarem viajar para o Estado que envia; 
e) Prestar socorro e assistência aos nacionais, pessoas físicas ou jurídicas, do Estado que envia; 
f) Agir na qualidade de notário de conservador do regist
r
o civil e exercer funções similares, assim como certas funções de
 
carácter
 administrativo, desde que não contrariem as leis e os regulamentos do Estado receptor; 
g) Salvaguardar os interesses dos 
nacionais,
pessoas físicas ou jurídicas, do Estado que envia, nos casos de sucessão verificados no território do Estado receptor, de acordo comas leis e os regulamentos do Estado receptor; 
h) Salvaguardar, dentro dos limites fixados pelas leis e regulamentos do Estado receptor, os interesses dos menores e dos incapazes nacionais do Estado que envia, particularmente quando para eles for requerida a instituição da tutela ou curatela; 
i) Representar, de acordo com as práticas e procedimentos que vigoram no Estado receptor, os nacionais do Estado que envia e tomar as medidas convenientes para a sua representação apropriada perante os tribunais e outras autoridades do Estado receptor, de forma a conseguir a 
adopção
 de medidas provisórias para a salvaguarda dos direitos e interesses destes nacionais quando, por estarem ausentes ou por qualquer outra 
causa,
não possam os mesmos defendê-los em tempo útil; 
j) Transmitir os 
actos
 judiciais e extrajudiciais e dar cumprimento a cartas rogatórias em conformidade com os acordos internacionais em vigor, ou, na sua falta, de qualquer outra maneira compatível
 
com as leis e regulamentos do Estado receptor; 
k) Exercer, em conformidade com as leis e regulamentos do Estado que 
envia,
 os direitos de fiscalização e de 
inspecção
 sobre as em
barcações, tanto marítimas como 
fluviais, que tenham a nacionalidade do Estado que envia e sobre as aeronaves matriculadas neste Estado, bem como sobre as suas tripulações; 
l) Prestar assistência às embarcações e aeronaves a que se refere 
a
 alínea k) do presente artigo, assim como às suas equipagens, receber as declarações sobre as viagens dessas embarcações, examinar e visar os documentos de bordo e, sem 
do
 receptor, abrir inquéritos sobre os incidentes ocorridos durante a travessia e resolver qualquer litígio que possa surgir entre o capitão, os oficiais e os marinheiros, sempre que assim o autorizem as leis e regulamentos do Estado que envia; 
m) Exercer todas as demais funções confiadas ao posto consular pelo Estado que 
envia,
 que não sejam proibidas pelas leis e regulamentos do Estado receptor, ou às quais este não se oponha, ou ainda as que lhe sejam atribuídas pelos acordos internacionais em vigor entre o Estado que envia e o Estado receptor. 
ARTIGO 41.º 
Inviolabilidade pessoal dos funcionários consulares 
1. Os funcionários consulares não poderão 
ser
 presos ou detidos, 
excepto
 em casos 
de
 crime grave ou em virtude de decisão da autoridade judicial competente. 
2. 
Excepto
 no caso previsto no parágrafo 1 do presente artigo, os funcionários consulares não poderão ser presos nem submetidos a qualquer outra forma 
de
 
limitação
 à sua liberdade pessoal, salvo em execução de uma decisão judicial definitiva. 
3. Quando um processo penal for instaurado contra um funcionário consular, este será obrigado a comparecer perante as
 
autoridades competentes. Todavia, o 
processo
 deverá ser conduzido com as deferências que são devidas ao funcionário consular em virtude da sua posição oficial e, com 
excepção
 do caso previsto no parágrafo 1 do presente artigo, de maneira a perturbar o menos possível o exercício das funções consulares. Quando, nas circunstâncias previstas no parágrafo 1 do presente artigo, for necessário colocar o funcionário consular em estado de detenção, o processo contra el
e instaurado deverá iniciar-
se sem a menor demora. Funções: emitir passaporte, visto. Art. 5º CVRC. Registro de nascimento, casamento, óbito. Assistência (representar interesses nacionais perante tribunais no Estado acreditador). Favorecer relações econômicas e culturais. Autenticar documentos oficiais...
ARTIGO 43.º 
Imunidade de 
jurisdição 
1. 
Os funcionárias
 consulares e os em
pregados
 consulares não estão sujeitos à 
jurisdição
 das autoridades judiciárias e administrativas do Estado receptor pelos 
actos
 realizados no exercício das funções consulares. 
2. Todavia, as disposições do parágrafo 1 do presente artigo não se aplicarão em caso de 
acção
 civil: 
a) Resultante da conclusão de um contrato
 
feito por um funcionário consular ou um 
empregado
 consular que não o tenha cumprido expressa ou implicitamente como mandatário do Estado que envia; ou 
b) Intentada por um terceiro como consequência de danos causados por acidente de veículo, navio ou 
aeronave
 
ocorrido
 no Estado receptor. Privilégios e imunidades: não são tão amplos quanto o de natureza diplomática. cap. II da CVRC. De carreira: o consulado é inviolável, mas a residência do cônsul não (diferente da residência do embaixador). Correspondência do consulado é inviolável, mas se o Estado acreditador tiver alguma suspeita, pode pedir para abrir, se o Estado acreditante não autorizar, volta-se as encomendas para o Estado de Origem. Se houver alguma situação de risco/perigo, o Estado acreditante pode invadir sem permissão, para salvar. Imunidade de jurisdição, funcionários consulares podem ser presos em crimes graves (art. 41, CVRC – imunidade penal) e o chefe consular tem que ser avisado imediatamente. Se o próprio cônsul que cometer o delito tem que avisar o embaixador ou o ministro das relações exteriores. Delito grave perde a imunidade de jurisdição. A convenção não trás os crimes considerados graves, é previsto em outro documento. Art. 43, CVRC – imunidade civil. Exceção: VIDE ARTIGO. Acidente de carro/avião/barco tem que indenizar os prejuízos causados a terceiros. As imunidades não se estendem aos familiares e é só no exercício da função se for do Estado, se não tiver morada permanente nem for nacional tem imunidade fora do exercício da função (CONFERIR ISSO!). cap. III honorários – não tem inviolabilidade. Tem imunidade de jurisdição somente para suas atividades estritamente ligadas à função. Não alcança familiares. IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS: não são automáticas e dependem de acordos entre os dois Estados. IMUNIDADES TRABALHISTAS: os empregados estrangeiros permanentes da repartição consular não precisam de visto de permanência no país, tal como aplicável aos estrangeiros em geral. IMUNIDADES DO LOCAL DA MISSÃO: o prédio do consulado é inviolável, devendo o Estado receptor proteger o local e seus arquivos, mesmo em caso de guerra. Em caso de incêndio ou outro sinistro de natureza grave, no entanto, presume-se a permissão. No entanto, a residência do cônsul não tem imunidade, como ocorre com a residência do chefe da missão diplomática. IMUNIDADE DO CORREIO CONSULAR: tem proteção relativa e, caso haja suspeita séria de que porta objetos estranhos à atividade consular, o Estado acreditador pode solicitar sua abertura, sem o que a mala é retornada a sua origem. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO: os membros do pessoal consular podem ser presos, em casos de crimes graves. Nesta situação, o chefe do serviço consular deve ser informado de imediato e o processo deve iniciar seu curso normalmente, mas o funcionário irá ou não responder em liberdade, de acordo co ma lei do Estado onde está servindo. A imunidade de jurisdição cível não abrange as ações movidas por terceiros, em decorrência de acidentes com veículos, barcos ou aeronaves no Estado receptor, conforme bem delimitado pelo STF. EXTENSÃO AOS FAMILIARES: as imunidades não se estendem aos familiares, como ocorre em relação às imunidades diplomáticas.
Ruptura de relações diplomáticas e consulares: atos discricionários. Não confundir os objetivos das relações diplomáticas com os objetivos das relações consulares. A retirada/fechamento de um, não implica, nem interfere nada no outro. Gera uma mensagem política muito forte em relação às relações diplomáticas bilaterais desses países. Mas diretamente não implica nada. A ruptura das relações diplomáticas é um ato discricionário de qualquer um dos Estados envolvidos. O Estado de acolhimento pode expulsar os diplomatas de seu território, assim como o Estado de origem pode retirá-los e fechar o local da missão diplomático. O ato tem um significado importante, porque transmite a informação de que o canal de diálogo entre os mesmos será interrompido. Ocorre, portanto, em situações de conflito entreos dois Estados. Em caso de guerra, a ruptura das relações diplomáticas é automática. NO ENTANTO, IMPORTA RESSALTAR QUE A RUPTURA DAS RELAÇOES DIPLOMÁTICAS NÃO SIGNIFICA A RUPTURA DAS RELAÇÕES CONSULARES. 
 
 DIREITO INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 
Carta da ONU: fim da 2ª GM. 1945. Genocídio na Alemanha. Prevenção de uma 3ª GM. Manutenção da paz e segurança nacional. Proteção dos direitos humanos.
Comissão de direitos humanos: 1946. Cria um documento de natureza universal para proteger o ser humano. Adoção de um tratado universal, mas não houve consenso entre os países.
Declaração universal de direitos humanos: 1948. O tratado vincula juridicamente, a declaração não. É um passo prévio para o tratado. Incorpora vários princípios guias. A declaração se adora, o tratado se ratifica. Mas hoje em dia a declaração tem força de vínculo jurídico. Busca consolidar princípios e direitos inerentes à pessoa humana, independente de raça, etnia, nacionalidade... ênfase no contexto da UNIVERSALIDADE. Depois da declaração pede-se que faça um pacto. Na guerra fria houve ênfase maior nos direitos civis e políticos (direito ao voto, liberdade de expressão...), pelos países capitalistas. Os países socialistas deram ênfase aos direitos sociais, econômicos e culturais (educação, moradia, alimentos...), daí criou-se dois pactos ao invés de um só pacto universal (logo abaixo).
PIDESC: Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. 1966. Todos os direitos humanos são interdependentes e estão interligados. Dá a internacionalização dos direitos humanos.
PIDCPs: Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos. 1966. Todos os direitos humanos são interdependentes e estão interligados. Dá a internacionalização dos direitos humanos.
Tratados de grupos pessoais/situação: Convenção Internacional contra discriminação racial. Convenção Internacional para eliminação da discriminação contra a mulher (CEDAW – sigla em inglês.)
Convenção para proteção da criança e do adolescente.
Convenção para proteção de trabalhadores migrantes e seus familiares
Convenção internacional sobre desaparição forçada (ditadura militar)
Convenção contra tortura.
Estrutura do trabalho (para entregar no dia da prova)
Normas ABNT
Mínimo de 10 páginas
Introdução
Desenvolvimento (dividido em capítulos)
Conclusão
Bibliografia 
DIREITOS HUMANOS 
Mecanismos de fiscalização
Convencionais: estabelecido no próprio tratado, são órgãos do tratado.
Exame dos informes do Estado parte: relatório do Estado em que ele fala que implantou tal tratado, falando o que fez para implantá-lo, os efeitos, se está dando certo, etc.
Informe alternativo: feito pela sociedade civil e não pelo Estado. As discussões dos comitês sobre os informes será em Genebra, que irá estabelecer sugestões para o Estado.
Comunicações individuais: o indivíduo apresenta uma denúncia individual contra seu Estado perante o comitê referente à matéria. Há requisitos para apresentar essa denúncia:
- o Estado tem que ter ratificado o tratado.
- aceitação da competência do comitê para receber essas denúncias individuais.
- esgotamento dos recursos internos (Exceções: demora da prestação jurisdicional; inexistência do sistema judicial efetivo e existência de jurisdição contrária).
Extraconvencionais: estabelecido pela carta de direitos humanos. Procedimentos especiais (especialistas independentes):
Mandato temático: analisa um tema no mundo todo.
Mandato geográfico: analisa um tema em apenas um país.
Não são veiculados a um país
Pessoa de renome no assunto determinado
Como atuam: se o país não reconhecer a competência dos comitês, o individuo pode mandar para um especialista independente.
Requisitos para apresentar a denúncia: não é necessário que o país tenha ratificado o tratado ou que se esgotem os recursos internos.
- o ECOSOC criou o Conselho de Direitos Humanos
- Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais supervisiona o PIDESC.
Visitas aos países: quando relatar vai ao país, para saber, mas como estão sendo tratadas as violações, conversar com as vítimas. O país tem que aceitar a visita.
SOLUÇÕES PACÍFICAS DE CONTROVÉRSIAS: o direito internacional obriga os Estados a resolverem seus conflitos de forma pacífica. Em geral há proibição do uso da força, mas há algumas exceções. Não há uma forma dita única, o Estado pode escolher qualquer uma das formas, agindo dentro do espírito de cooperação e de boa fé. Somente será obrigado a algum meio de solução se o Conselho de Segurança interferir para determinar qual meio será utilizado. Art. 33, Carta da ONU. Exceção do modo discricionário: quando o Conselho de segurança determinar o meio a ser utilizado, é obrigatório seguir a decisão do Conselho de Segurança. Existem dois tipos de solução de controvérsias:
Instrumentos não jurisdicionais: o elemento político é mais forte que nos instrumentos jurisdicionais, portanto, um Estado mais forte tem mais influência, causando um desequilíbrio real. também chamado de meios políticos. Aqui os Estados que têm a decisão final. Os Estados envolvidos são livres para aceitar ou não a solução. OBJETIVO: criar um ambiente favorável para as partes negociarem e chegarem a uma solução. CARACTERÍSTICAS GERAIS: tem que ter base em um acordo mútuo (liberdade discricionária de acordo); conservação de liberdade de ação/decisão (os dois Estados são livres); se estiverem de acordo com a decisão tomada, aí sim firmam um acordo internacional (que é juridicamente vinculante); a solução tem que ter base no direito internacional público e também nos elementos políticos. 
Negociação diplomática: é uma iniciativa dos próprios Estados para resolver seus conflitos. Não há presença de terceiros para interferência. Os próprios Estados vão escolher seus diplomatas. Fundado no princípio da boa fé. Em muitos casos não se chega a uma solução específica, porque depende muito da boa fé dos Estados. Serve para avançar e clarear as questões do problema, os pontos de flexibilidade dos Estados, etc, para posteriormente levar a outro meio. Inicialmente serve como um passo para outro meio de solução de conflitos.
Bons ofícios: há duas polaridades. Não chegaram a uma solução e os Estados romperam as relações diplomáticas. Necessita de um terceiro para buscar uma solução, que busca aproximar os dois Estados para reatarem suas relações diplomáticas, criando ambiente propício. O autor, o terceiro, pode ser o diretor da OMC, o secretário geral da ONU, um Estado, uma pessoa. O terceiro intermedia para reaproximar as partes. Se der certo, bem, se não der podem buscar um meio jurisdicional. Aqui busca-se somente reconciliar os Estados.
Mediação: a diferença dos bons ofícios é que o mediador escolhido, o terceiro, tem competências maiores, vai propor a base jurídica e a metodologia a serem seguidas. Busca-se diminuir a controvérsia e aproximar a relação das partes para solução. A mediação pode ser feita por chefe de Estado, autoridade religiosa (Papa) ou por representantes de Organizações Internacionais, como o secretário geral da ONU. Ex: EUA atuou como mediador entre Israel e Palestina em 1978, a mediação deu resultado aos chamados Acordos de Camp David. Tem que dar/indicar uma proposta de solução, não somente reconciliar os Estados, é um passo além dos bons ofícios. Alguns casos de bons ofícios terminam com mediação. Geralmente quando o conselho de segurança escolhe o meio a ser utilizado, escolhe também o terceiro interventor.
Investigação: busca-se terceiro ou terceiros. Muitas vezes a controvérsia é por uma divergência do que realmente aconteceu, de um fato. Por isso nomeia-se uma Comissão de Investigação para averiguar o que realmente aconteceu, funciona com base em algumas regras: os dois Estados tem que agir de boa fé pela natureza contraditória (navios de Estado A e B se chocam, a comissão vai atrás de colher informações de ambos os lados para a investigação); investigação “in situ”, pode ir onde ocorreu o fato, para colher depoimento de testemunhas, provas, etc.;solicitação de documentação, informações, etc e por fim emite seu informe legal, não averigua nada, não tem pode jurisdicional, vai só informar o que aconteceu. Com o informe legal as partes podem escolher o que fazer com as informações finais do informe. Se não seguir as regras a comissão é extinta. Existe comissão de investigação em mais dois marcos no Conselho de Segurança e no Conselho de Direitos Humanos, não confundir os 3! Porque nos conselhos a palavra final é dos conselhos, na solução de conflitos a palavra final é dos Estados. Se os Estados resolverem seguir em gente com o informe podem buscar outro meio não jurisdicional ou até mesmo jurisdicional (submeter ao Tribunal Internacional). Em determinadas circunstâncias a Comissão de Investigação são determinadas para resolver conflitos, como Tratado de Direito do Mar, por exemplo. Um só Estado pode levar o informe à Corte internacional, não necessita da autorização ou concordância do outro.
Conciliação: um dos meios mais comuns.
Instrumentos jurisdicionais: também chamado de meios jurídicos. Delega-se a um terceiro, um árbitro, a solução da lide, mas aqui o Estado é obrigado a aceitar a solução a qual se chegue. 
Arbitragem: um dos meios mais comuns. 
Decisão jurisdicional

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