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INSERÇÃO HISTÓRICA DA PSIQUIATRIA NO BRASIL - Enfermagem / Saúde Mental / Resumo do contexto histórico da psiquiatria

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INSERÇÃO HISTÓRICA DA PSIQUIATRIA NO BRASIL 
 
1.2 A psiquiatria no período colonial brasileiro 
 Até o século XVIII os “loucos” que viviam nas ruas eram recolhidos às 
prisões ou confinados em aposentos-prisões construídos nos fundos de 
suas casas, sendo, posteriormente, enviados à Europa; 
 Hospital = espaço para doentes e abrigo de desvalidos; 
 Santas casas de misericórdia: Santos, Salvador, Olinda, RJ, SP, Paraíba, 
Belém e São Luís; 
 A institucionalização da psiquiatria ocorreu com o surgimento das Santas 
Casas; 
 Santas Casas (1852) = local em que os doentes mentais eram recolhidos, 
sem que qualquer tratamento fosse oferecido. 
 Os espaços de atendimento aos portadores de saúde mental eram os 
porões, sendo comum o uso de castigos físicos como forma de 
contenção de comportamentos inapropriados; 
 RJ – Hospício Pedro II –primeira instituição psiquiátrica do brasil; 
 Santa Casa de Misericórdia = assistência por freiras, auxiliadas por 
funcionários leigos – Enfermeiros. 
 1852 em SP – Asilo provisório do Largo dos Curros; 
 Hospital do Juquery – 534 pacientes em 1895 e 823 pacientes em 1904; 
 A partir das experiências do RJ e SP iniciou-se a construção de hospitais 
psiquiátricos públicos por todo o país. 
 
1.3 A psiquiatria no período republicano brasileiro 
 Em 1890 o hospício Pedro II passou da Santa Casa para o governo 
republicano passando a chamar Hospício Nacional de Alienados pelo 
decreto 147 - A. 
 As irmãs de caridade foram excluídas de trabalhar na seção masculina 
que foi entregue aos enfermeiros e guardas; 
 Para remediar a falta de profissionais o governo criou a escola de 
enfermeiros e enfermeiras aos moldes da França; 
 Até o século XX o enfermeiro não deteve um papel terapêutico, pois 
exigia apenas alguma experiência com os enfermos e sua atuação foi 
voltada para a manutenção da ordem do local. 
 
1.4 A psiquiatria brasileira no século XX 
 A primeira metade do século XX foi fortemente marcada pelo surgimento 
da insulinoterapia, da eletroconvulsoterapia, da psicocirurgia, dos 
medicamentos psicotrópicos e pela fundação das comunidades 
terapêuticas; 
 Movimentos de contestação das práticas psiquiátricas no cenário mundial: 
Psiquiatria de Setor (França), Comunidades terapêuticas (Inglaterra), 
Psiquiatria Preventiva (EUA); 
 Eram todos a favor de uma “reforma” da assistência psiquiátrica, que 
apontava para um rearranjo técnico e administrativo da psiquiatria; 
 Institucionalização da loucura com espaços divididos entre os “loucos” e 
os “loucos deliquentes”; 
 O decreto nº 1.132/1903 legalizou a reclusão. O ato proibiu que alienados 
fossem mantidos em cadeia pública e determinou a extinção dos 
“manicômios criminais”. Desse modo os alienados delinquentes, 
condenados só poderiam permanecer em asilos públicos nos pavilhões 
especializados para tais pacientes; 
 Em 1921 foi criado o Manicômio judiciário no RJ, visando a detenção e a 
correção dos internos considerados perigosos; 
 O decreto-lei nº 5.148ª, em 1927, determinou a ilegalidade da pratica da 
prisão a um portador de transtornos mentais em cela de delegacia com 
presos comuns; 
 A partir dos anos 1950 surgiu novos serviços ao atendimento de pacientes 
psiquiátricos, como leitos em hospitais gerais, emergências e 
ambulatórios; 
 Em 1954 na Bahia foi criada a primeira unidade de internação psiquiátrica 
em hospital geral (UIPHG), logo importada em SP e expandindo por todo 
o território brasileiro; 
 Em 1955 o RJ inaugurou o primeiro serviço de emergência psiquiátrica, 
denominado Pronto-Socorro psiquiátrico do Instituto de psiquiatria 
do centro psiquiátrico; 
 Os anos 1960 trouxeram a psiquiatria previdenciária e a psiquiatria de 
massa; 
 Em 1965 a unificação dos institutos de aposentadoria e pensão, gerou um 
acréscimo expressivo no aumento de leitos na rede privada financiada 
pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS); 
 Devido à crise houve a ampliação da rede ambulatorial de assistência a 
psiquiatria; 
 Os anos de 1970 foram marcados pelas revelações dos profissionais de 
saúde mental contra a “indústria da loucura”. 
 Movimento da reforma psiquiátrica; 
 Década de 1980 – proposta de ampliação da rede ambulatorial. No 
sentido de diminuir a hospitalização psiquiátrica, o modelo unicamente 
medicamentoso foi questionado, propondo-se a introdução de formas 
psicodinâmicas de tratamento, embora a atenção psiquiátrica manteve-se 
prioritariamente hospitalocêntrica; 
 Reforma psiquiátrica – I conferência nacional de saúde mental e o II 
encontro nacional dos trabalhadores em saúde mental. A conferência 
representou o fim da trajetória sanitarista e o início da trajetória de 
desconstrução (desisntitucionalização): por uma sociedade sem 
manicômios; 
 Usuários (não mais pacientes); 
 18 de maio: Dia nacional da luta antimanicomial; 
 Substituir a psiquiatria baseada no hospital por uma sustentada em 
dispositivos diversificados, abertos e de natureza comunitária foi a 
principal meta da reforma psiquiátrica; 
 Em 1987 criou-se o primeiro CAPS, em Santos iniciou também a 
intervenção na casa de saúde Anchieta, construção da rede extra 
hospitalar com a criação do NAPS; 
 Em 1989, tal intervenção pode ser considerada a primeira experiência 
concreta de desconstrução do aparato manicomial no Brasil e de 
construção de estruturas substitutivas; 
 Em 1989 – projeto de lei nº 3.657 que propôs a extinção progressiva dos 
leitos em hospitais psiquiátricos por meios substitutivos, tal projeto 
enfrentou muitas dificuldades e foi substituído por outro mais tímido. 
 Em 1990, iniciou uma legislação do MS, sobre o tratamento apropriado 
aos portadores de transtornos mentais; 
 RS – Lei da reforma psiquiátrica, nº 9.716/92 
 As portarias nº 189/91 e 224/92, do MS, institucionalizaram a reforma 
psiquiátrica, regulamentando nacionalmente os CAPS e os NAPS; 
 Desde 1992 8 leis estaduais a vigorar, todas elas incluem: substituição 
progressiva da assistência no hospital psiquiátrico, incentivo dos CAPS, 
leitos em hospitais gerais, notificação de internação voluntária, e a 
definição dos direitos das pessoas com transtornos mentais; 
 Em 1996 havia 72.514 leitos em hospitais psiquiátricos e 145 CAPS; 
 Portaria 1.077/99 dispõe de medicamentos básicos de saúde mental para 
usuários de serviços públicos; 
 O novo modelo de atendimento levou a reconstrução do processo de 
trabalho dos profissionais em saúde mental. 
 
1.5 A psiquiatria brasileira no início do século XXI 
 A portaria 106/2000 criou as residências terapêuticas; 
 Lei 10.216 – proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais 
e redireciona o modelo assistencial em saúde mental; 
 Portaria 336/2002 – CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPSi, CAPSad, 
ambulatoriais de atenção diária, possibilitando o crescimento da rede 
substitutiva; 
 Portaria SAS/MS 345/2002 – protocolo e diretrizes terapêuticas para 
esquizofrenia refrataria; 
 PNASH – técnica e usuários: pesquisa de satisfação negativa em 71% 
para os hospitais psiquiátricos; 
 Em 2003 – lei 10.708: auxilio reabilitação: “De volta para casa”; 
 Publicada a portaria GM/MS nº 1.612/2005 criação de leitos em hospitais 
gerais para momentos de crises, depois encaminha para o CAPSad; 
 Lei nº 11.343/2006 supriu a pena de prisão para usuários de drogas; 
 Em 2009 tinha 57% de cobertura em saúde mental; 
 Em 2009 o país possuía 1.394 CAPS, e em funcionamento 533 serviços 
residências terapêuticos, 208 hospitais psiquiátricos, e 35.426 leitos pelos 
SUS.

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