Suspensão e extinção da execução

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5.6 Suspensão da execução em decorrência de recuperação judicial
Todos os créditos que estiverem sujeitos a recuperação judicial e forem objetos de execução, a recuperação judicial provocará a suspensão da execução.
Essa suspensão será pelo prazo de 180 dias, sendo possível ao juiz da recuperação ampliar este prazo.
A suspensão só vai ocorrer se o crédito estiver submetido à recuperação judicial.
Exceções Quando os créditos não estão sujeitos à recuperação judicial 
§3º art. 49 lei 11.101 “Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4o do art. 6o desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial”.
Hipóteses de créditos não sujeitos à recuperação judicial, portanto não suspendem a execução
Execução fiscal
Débitos garantidos por alienação fiduciária 
Requisitos de validade de alienação fiduciária
Bens móveis: somente quando registrada no cartório de registro de títulos e documentos
Bens imóveis registrada no cartório de registro de imóveis
Alienação fiduciária não levada a registro suspende a execução
5.7 Suspensão decorrente de Ação Rescisória (impugnação da coisa julgada) 
Ope judicio: depende de decisão judicial, porque depende de tutela provisória
É um sucedâneo recursal externo, ou seja, é uma ação autônoma de impugnação de decisão judicial.
Objetivo de impugnação de uma decisão judicial
Objeto é a sentença, título judicial, (visa rescindir a coisa julgada)
Peço a tutela provisória e demonstro o risco de dano ou do resultado útil probabilidade do direito (risco de prosseguir com a execução) preenchendo esses requisitos o juiz pode determinar a suspensão da execução.
Suspensão durará até que seja julgada a ação rescisória
Art. 969 CPC
Como regra durante a suspensão da execução Não poderão ser praticados atos processuais
Exceções 
Primeira exceção: poderão ser praticados atos de urgência (Ex: devedor tentando dilapidar o patrimônio e ficar insolvente)
Segunda exceção: na suspensão em virtude de embargos à execução, podem ser praticados atos de penhora ou avaliação de bens suficientes para garantir a execução.
Se os embargos forem julgados improcedentes a minha execução pode ser satisfeita e eu já tenho bens suficientes. Feita a avaliação suspendeu...
Terceira exceção: a suspensão por ausência de bens penhoráveis, o devedor não tem bens penhoráveis ou o que ele tem são penhoras inúteis (pode praticar qualquer ato) caso apareça algum bem do executado para indicação inclusive para evitar a prescrição intercorrente.
Essas exceções não são aplicáveis em duas hipóteses 
Alegação de arguição impedimento do juiz
Alegação de arguição de suspeisão do juiz, ou seja, nesses casos o juiz não pode toma medidas de urgência.
Extinção da execução
Art. 925. A extinção só produz efeito quando declarada por sentença.
Aplica-se à execução as causas do art. 485 CPC
Causas específicas estão no artigo 924CPC
Art. 924. Extingue-se a execução quando:
 
I - a petição inicial for indeferida; neste caso poderá o juiz se retratar da decisão no prazo de 05 dias 
II - a obrigação for satisfeita; (satisfação da obrigação) pode ocorrer pelo cumprimento da obrigação de fazer ou de não fazer, pela entrega da coisa ou quando na execução por quantia certa, pela entrega do dinheiro ou com a adjudicação dos bens, ou pela convenção entre as partes.
III - o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida; ou seja outros meios que atinja a obrigação
IV - o exequente renunciar ao crédito; não precisa da anuência do devedor
V - ocorrer a prescrição intercorrente. 
Aula 24/04/2017