Buscar

Mastite e Tratamentos

Prévia do material em texto

MASTITE 
Doenças infecciosas 
 
1) DEFINIÇÃO 
A mastite bovina é uma doença inflamatória 
e infecciosa da glândula mamária que 
acarreta a diminuição da produção láctea e 
pode levar e pode levar a uma perda total 
dessa capacidade 
2) IMPORTÂNCIA ECONÔMICA 
 É a maior causa de prejuízos na pecuária leiteira 
(1,5 bilhão de dólares / ano) 
 
 Responsável pela diminuição da produção e 
qualidade do leite 
 
 Descarte leite 
 
 Descarte precoce dos animais 
 
 Depreciação do leite na indústria 
3) QUALIDADE DO LEITE 
 Ausência de resíduos: 
 - antibióticos e pesticidas 
 
 Baixa carga microbiana: 
 - higiene = CBT 
 
 Baixa contagem de células somáticas: 
 - saúde do úbere = CCS 
 
 Composição (sólidos): 
 - valor nutritivo e rendimento industrial 
- % gordura e proteína 
INSTRUÇÃO NORMATIVA N0. 51 / MAPA 
 
4) ETIOLOGIA 
 Origem bacteriana, tendo como principal agente o 
Staphilococcus aureus 
 
 Em menor frequência por fungos, vírus e algas 
 
 Pode ser causada também por injúria 
química ou mecânica 
ETIOLOGIA 
 Staphilococcus aureus 
 
 Gram + 
 Agente piogênico (mobilização de leucócitos) 
 Proteína A: parede celular impede ação 
imunoglobulinas 
 Toxina alfa e beta: poros na membrana celular 
 Toxinas esfoliativas 
 Cápsula propriedade antifagocítica 
 
 Inflamação aguda acompanhada por fibrose 
 Tecido secretor – tecido conjuntivo fibroso 
 
 
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
1
%
Staphylococcus sp.
Corynebacterium sp.
Staphylococcus aureus
Streptococcus sp.
Bacilo gram - ox. -
Streptococcus uberis
Streptococcus dysgalactiae
Levedura
Pseudomonas sp.
Escherichia coli 
Nocardia sp.
Enterobacter sp.
Enterococcus sp.
Streptococcus agalactiae
Staphylococcus intermedius
Bacillus cereus
Acinetobacter sp.
Klebsiela sp.
Prototheca sp.
Proteus sp.
 
5) FONTES DE INFECÇÃO 
 Meio ambiente: solo, cama, água, moscas 
 
 Ambiente da ordenha: mãos, material de limpeza 
do úbere, equipamento de ordenha 
 
 
6) FORMAS DE APRESENTAÇÃO: CLÍNICA X 
SUBCLÍNICA 
 Mastite clínica: infecção do úbere torna-se 
evidenciada pelas mudanças físicas na aparência 
do leite e do úbere 
 
 Mastite subclínica: não são observadas mudanças 
na aparência do leite ou no úbere, sendo 
necessários testes adicionais para detectar o 
problema 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO - ICEBERG 
 
IMPORTÂNCIA DA MASTITE SUBCLÍNICA 
1. É 15 - 40 vezes mais prevalente que a forma 
clínica 
2. Normalmente precede a forma clínica 
3. Longa duração 
4. Detecção difícil 
5. Reduz a produção de leite 
6. Afeta a qualidade do leite 
7. Pode ser causa de novas infecções no rebanho 
(fonte de infecção permanente) 
 
MASTITE CLÍNICA – SINAIS CLÍNICOS 
 Edema no úbere 
 Aumento da temperatura 
 Enrijecimento 
 Sensibilidade na glândula mamária 
 Aparecimento de grumos, pus ou quaisquer 
alterações das características do leite 
 
 
SINAIS CLÍNICOS 
 
7) MASTITE PATOGÊNICA X AMBIENTAL 
 
 
MASTITE PATOGÊNICA X MASTITE AMBIENTAL 
 
 Bactérias patogênicas: vivem quase 
exclusivamente no úbere 
 
 
 Bactérias ambientais: vivem no ambiente e 
ocasionalmente podem infectar o úbere 
MASTITE AMBIENTAL 
 
 
 Bactérias presentes em: 
 
 
 
 Instalações 
 Material fecal 
 Unidade de ordenha contaminada 
 Condições de muita umidade e sujeira 
 
MASTITE AMBIENTAL 
 
MASTITE AMBIENTAL 
 
MASTITE AMBIENTAL 
 
PATOGENIA – MASTITE AMBIENTAL 
 Bactérias no úbere (sujidades) 
 Penetração no momento da ordenha 
 Baixa aderência do microorganismo 
 Induzem pouco aumento na CCS devido ao curso 
rápido 
 Quadro clínico persiste por pouco tempo 
 Raramente o quadro se cronifica 
 Poucos casos de mastite subclínica 
 Mastites agudas 
 
TRATAMENTO MASTITE AMBIENTAL 
 Ordenhas frequentes 
 
 ATB sistêmico 
 
 ATB local 
 
 Antiinflamatórios (flunixin meglumine) 
 
 
PREVENÇÃO MASTITE AMBIENTAL 
 Prevenção é o ponto chave!!!! 
 
 Estratégias de manejo 
 
 Pré e pós dipping 
 
 
PRÉ DIPPING 
 Desinfetante em contato com a pele por 30 
segundos 
 Secar os tetos antes da ordenha com papel toalha 
 A imersão do teto deve ser completa 
 Hipoclorito de sódio 2 a 4% 
 
 Técnica reduz em 50% a taxa de reinfecção da 
glândula mamária por patógenos ambientais 
 
PÓS DIPPING 
 Iodo 0,7 a 1,0% 
 Clorexidine 0,5 a 1,0% 
 Hipoclorito de sódio 0,3 a 0,5% 
MASTITE PATOGÊNICA 
 Principais grupos de patógenos: 
 
 Staphylococcus aureus 
 Streptococcus agalactiae 
 Corynebacterium bovis 
 Mycoplasma sp. 
PATOGENIA MASTITE PATOGÊNICA 
 Habitantes em vacas infectadas 
 Transmissão via fômites: momento da ordenha 
 Responsável pela maior parte dos casos 
subclínicos 
 Grande responsável pela mastite crônica 
 Aumento das células somáticas, curso longo 
 
MASTITE PATOGÊNICA 
 Staphylococcus aureus 
 
 Grande destruição tissular CCS ˃ 500.000 
células/ml 
 
 Encistamento no tecido ou penetração no interior 
citoplasmático do neutrófilo: 
- - Formação de micro abscessos 
 
 Baixa resposta a ATB: 
- Mastites recorrentes 
 
MASTITE CONTAGIOSA 
 
8) DIAGNÓSTICO 
 Caneco de fundo escuro 
DIAGNÓSTICO – CANECO DE FUNDO ESCURO 
 
DIAGNÓSTICO - CMT 
 
DIAGNÓSTICO - CMT 
 
DIAGNÓSTICO - CMT 
 
DIAGNÓSTICO 
 CCS – Contagem de Células Somáticas 
(importante no diagnóstico da mastite subclínica= 
células epiteliais + células inflamatórias) 
 
 Depende da implantação de um programa 
sanitário: 
- - Descarte de animais 
- - Tratamento de vacas secas 
- - Tratamento de casos clínicos 
- - Depende do acompanhamento individual 
- - Assistência técnica especializada 
 
DIAGNÓSTICO 
 CBT – Contagem Bacteriana Total 
 
 Depende basicamente de medidas de higiene 
 Controle fácil e rápido 
 Implantação de planos de ação: normatização das 
atividades de limpeza de utensílios, tanques de 
expansão e equipamento de ordenha 
 
 Clínica do leite (Pirassununga) 
 
 
CULTURA E ANTIBIOGRAMA 
9) CONTROLE MASTITE 
 INVESTIGAÇÃO INDIVIDUAL: 
 ação imediata 
 alto custo 
 
 MÉTODO PRÁTICO: 
 prevenir novas infecções 
 eliminar número grande de patógenos 
 
TERMOGRAFIA 
 
CONTROLE 
 BEM ESTAR ANIMAL 
 
 ORDENHA ADEQUADA 
 
 EMBEBIÇÃO DE TETOS APÓS A ORDENHA 
 
 TRATAMENTO DOS CASOS CLÍNICOS 
 
 TRATAMENTO DE VACAS AO SECAR 
 
 DESCARTE DOS ANIMAIS CRONICAMENTE 
INFECTADOS 
 
BEM ESTAR ANIMAL 
 
MANEJO DA ORDENHA 
 Ambiente calmo 
 Retirar os três primeiros jatos 
 Tetos limpos e secos no início 
 Evitar lavar a parte alta do úbere 
 Se precisar lavar os tetos, utilizar água com 
desinfetante e toalha de papel 
 Mãos limpas do ordenhador 
 Ajustar teteiras (vácuo) 
 
 
SEQUÊNCIA DA ORDENHA 
1- NOVILHAS DE 1ª CRIA 
 
2- VACAS QUE NUNCA TIVERAM MASTITE 
 
3- VACAS CURADAS 
 
4- VACAS ENFERMAS 
 
TRATAR TODOS OS CASOS CLÍNICOS 
 
TRATAR TODOS OS CASOS CLÍNICOS 
 
MANEJO DE VACAS SECAS 
 Aplicação de ATB de longa ação em todos os 
quartos mamários no momento da secagem 
 Selantes internos: subnitratode bismuto (barreira 
física) 
 Permanência das vacas em locais limpos 
MONITORAMENTO DOS ÍNDICES DE MASTITE 
 Contagem de células somáticas (CCS) 
 
 California Mastitis Test (CMT) 
 
 Caneca de fundo escuro 
 
 Análise microbiológica do leite 
RESPOSTA IMUNOLÓGICA 
 Nutrição adequada 
 
 Condição corporal 
 
 Bem estar 
 
 Selênio (céls. defesa), cobre, zinco, vit A e E 
LIMPEZA E DESINFECÇÃO EQUIPAMENTOS 
 Enxágue imediato água morna 35 a 45C 
 Detergente alcalino circulando por 10 min 70 a 45C 
(desincrustante, degradação gordura, pH 9) 
 Hipoclorito de sódio por 5 min 
 Detergente ácido por 10 min 1 vez na semana 
(resíduos minerais) 
 
 Teteiras 
 Hipoclorito de sódio 
10) MASTITE EM OUTRAS ESPÉCIES 
 Ovinos e caprinos

Continue navegando