Buscar

Pleuropneumonia em Suínos

Prévia do material em texto

1
PLEUROPNEUMONIA
Prof. Dr. José Maurício Gonçalves dos Santos
1 DEFINIÇÃO
Doença infecto-contagiosa que causa 
graves lesões nos pulmões e na pleura
Caracterizada por alta mortalidade 
nos casos agudos e perda de 
desempenho na forma crônica
2 ETIOPATOGENIA
Cocobacilo gram negativo, anaeróbio 
facultativo  Actinobacillus
pleuropneumoniae
Biotipo 1 é NAD (Fator V) dependente 
e biotipo 2 não
12 sorogrupos, 6 antígenos somáticos 
e 12 sorotipos capsulares (LPS)
2 ETIOPATOGENIA
Sorotipos Capsulares Antígenos Somáticos
1, 9, 11 1
2 2
3, 6, 8 3
4, 7, 12 4
5 5
10 6
GOTTSCHALK (1999)
2 ETIOPATOGENIA
No Brasil predominam os sorotipos 3, 
5, 7 e 8 (1, 3, 5, 7, 8, 9 e 11)
Produz diferentes citotoxinas: ApxI, 
ApxII, ApxIII e ApxIV
Sorotipos: 2, 3, 6, 8, 10 e 12 pouco 
frequentemente associados com casos 
clínicos
3 EPIDEMIOLOGIA
Além do suíno, o App pode ser isolado 
de outras espécies
Transmissão aerógena e por contato 
direto (principalmente)  baias 
intercaladas ou distância de 4 metros 
são eficiente em evitar o contágio 
entre animais.
2
3 EPIDEMIOLOGIA
Botas, roupas e equipamentos são 
fontes de contágio pouco importantes
Todos os suínos são susceptíveis, 
porém a fase mais acometida de surto 
é a de 70 a 100 dias (recria), após há 
a cronificação
Morbidade: 8,5 a 40%
3 EPIDEMIOLOGIA
Mortalidade: 0,4 a 24%
A doença é mantida por suínos 
assintomáticos (nódulos pulmonares, 
abscessos ou tonsilas)
Porcas infectadas ou vacinadas 
desenvolvem imunidade específica 
protegem os leitões por algumas 
semanas
3 EPIDEMIOLOGIA
Fatores de Risco:
Reagrupamento na recria/terminação
Terminação de animais de várias 
origens
Sistema contínuo de produção
Instalações muito grandes
Divisórias vazadas
3 EPIDEMIOLOGIA
Fatores de Risco:
Superlotação
Amplitude térmica elevada
Ventilação
Rinite atrófica
Pneumonia enzoótica....
4 SINAIS CLÍNICOS
Forma superaguda: morte sem sinais 
clínicos aparentes, com sangue pelas 
narinas e boca
Forma aguda: anorexia, prostração, 
febre, dispneia e tosse profunda, postura 
de cão sentado ou decúbito esternal, 
cianose e até vômito
4 SINAIS CLÍNICOS
Forma crônica: acessos de tosse e 
perda de desempenho  condenações 
em frigoríficos por aderência de pleura 
e pericárdio
3
5 LESÕES (MACRO)
Principalmente nos lobos cardíacos e 
diafragmáticos com acometimento da 
pleura adjacente
Consolidação pulmonar hemorrágica, 
com fibrina e exsudação serofibrinosa 
a fibrinopurulenta em pleura e 
pericárdio
5 LESÕES (MACRO)
Suínos sobreviventes, ao abate, 
apresentam nódulos pulmonares 
encapsulados, abscessos pulmonares, 
pleurite e pericardite fibrinosas com 
aderências
4
5 LESÕES (MICRO)
Pleuropneumonia exsudativa fibrino-
hemorrágica
Predomínio de células mononucleares
Trombose de vasos sangüíneos e 
linfáticos  necrose coagulativa
6 DIAGNÓSTICO
Sinais clínicos + avaliação pulmonar + 
exames histopatológicos
Confirmação através do isolamento 
(A. suis e Trueperella pyogenes)
Imunofluorescência e 
Imunoperoxidase
6 DIAGNÓSTICO
ELISA
Monitoria Sorológica: sangue ou 
colostro
Granjas com doença subclínica: 
isolamento de tonsílas (esferas 
magnéticas) ou PCR
5
7 CONTROLE
Erradicação: somente com 
depopulação e repovoamento com 
animais livres da doença
Desmame Ultra-precoce
Corrigir fatores de risco
8 TRATAMENTO
Via água
Via ração
“Parenteral”
Macrolídeos, sulfa/trimetoprim, 
quinolonas, penicilinas, cefalosporinas
Medicar todo o plantel
8 TRATAMENTO
Vacinação: leitoas e porcas (cachaços)
Vacinação: leitões 2 doses aos 30 e 50 
dias de idade (15 dias antes do contato 
com o agente)
Vacina: bacterina e toxinas purificadas 
(ApxI, ApxII e ApxIII)
9 PREVENÇÃO
Prevenção: aquisição de animais livres 
e medicação
Adotar medidas de biossegurança

Continue navegando