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Resumo de IED
Exercícios
Casos1. 
Os diversos significados da palavra “direito”O direito (1) à vida e à saúde é tutelado no direito (2) brasileiro e cabe ao Estado cuidar da saúde e da assistência pública. Com base nestes argumentos, Pedro teve reconhecido o direito (3) a receber medicamentos do Estado para tratamento de uma doença que contraíra. Realmente, não parece direito (4) deixar um cidadão direito (5) desassistido. Mas, nem sempre foi assim: apenas com o passar do tempo, o estudo do direito (6) reconheceu esses direitos (7) sociais, transformando - os em direito (8).Com base neste texto, responda justificadamente:a) 
 a) Identifique os diversos significados da palavra “direito” no texto acima, estabelecendo correspondências com os seguintes significados: direito subjetivo, direito objetivo, direito positivo, justo, correto e ciência jurídica
Resposta:1. Direito subjetivo; 2. Direto positivo; 3. Direito subjetivo; 4. Justo; 5. Correto; 6. Ciência jurídica; 7. Direito subjetivo 8. Direito objetivo
a) Diferencie direito positivo de direito objetivo.
Direito positivo: é aquele imposto coercitivamente pelo Estado enquanto poder institucionalizado, com o objetivo de reger a vida social e manter a ordem. São as leis e as demais fontes do direito. 
-Direito Objetivo: é o gênero do qual o Direito positivo é espécie, assim como os costumes e, por exemplo, cláusulas contratuais entre os particulares. 
b) Quando nos referimos ao direito de uma pessoa ou de muitas, estamos nos referindo a que tipo de direito? Conceitue este direito. Resposta: Referimo-nos ao direito subjetivo. Dentre outras definições possíveis, podemos dizer que o direito subjetivo pode ser entendido como o poder de submeter alguém a um interesse seu preestabelecido na norma jurídica.
c) Qual a distinção entre direito e justiça?
Em primeiro lugar, é preciso estabelecer a que direito estamos nos referindo. Aqui o vocábulo tem o sentido de direito objetivo. Justiça, no enunciado, não significa o aparelhamento do Estado para fazer valer o direito positivo, mas tem relação com um ideal, como um objetivo a ser alcançado. Muito embora a justiça guarde relação com o “bem comum”, tem ela, também, um conteúdo interno , subjetivo, no sentido de que cada pessoa pode entendê -la de uma forma, dependendo da situação a ser analisada, da época em que o fato se deu e da cultura da sociedade. Direito coosinônimo de Justiça, consiste em dar a cada um o que lhe pertence.
Direito Natural: O Direito Natural não é escrito, não é criado pela sociedade, nem é formulado pelo Estado. (...) É um Direito espontâneo, que se origina da própria natureza social do homem e que é revelado pela conjugação de experiência e razão. É constituído por um conjunto de princípios, e não de regras, de caráter universal, eterno e imutável.
DIREITO PUBLICO: Normas Jurídicas que te m como matéria o Estado, suas funções e organização, a ordem e segurança interna, com a tutela do interesse público, tendo em vista a paz social.
DIREITO PRIVADO: Normas Jurídicas que tem como matéria os particulares e as relações entre eles estabelecidas, cujos interesses são privados, tendo por fim a perspectiva individual.
 O que objetivam as regras de direito público? E as de direito privado? As regras do direito publico se objetivam em reger as relações entre particulares e o Estado, já as regras do direito particular rege as regras entre particulares. 
Por que o Direito Penal uma característica do Direito Público? Porque regula as relações entre indivíduo e a sociedade, mantendo uma harmonia entre eles. Os bens protegidos pelo Direito Penal não interessam ao indivíduo, EXCLUSIVAMENTE, mas à coletividade como um todo.
Características do Direito Positivo e Direito Natural: São Características do direito positivo: É Temporal; Formal; Hierárquico; tem vigência; escrito; Dimensão espacial e Mutável;
São Características do direito natural: é atemporal; informal; não-hierárquico; independe de vigência; não escrito; independe de qualquer local; imutável.
Em síntese, o direito natural seria aquilo que nossa consciência acredita e o direito positivo, as leis que temos que obedecer, porque impostas pela sociedade. O primeiro é o ordenamento jurídico em vigor num determinado país e numa determinada época; o segundo, o ordenamento ideal, correspondente a uma justiça superior e suprema.
DIREITO SUBSTANTIVO E DIREITO ADJETIVO: O direito material (substantivo) define as normas de conduta para a paz na convivência social, por isso dita as normas. Já o direito processual (adjetivo) visa assegurar o cumprimento das normas, ou seja, se preocupa em garantir a obediência das normas de direito material”.
Conceitue Moral: Conceituada como conjunto de normas ou regras destinadas a regular as relações dos indivíduos em uma determinada sociedade, em um determinado momento histórico.
Qual a Distinção entre Direito e Moral?
Direito: Heteronomia; Bilateral; Coercível; Conduta externa.
Moral: Autônoma; unilateral; incoercível; Conduta interna. 
Diferencie Direito de Moral. 
No direito encontramos coação, imposição de deveres , é um momento externo e visa evitar que lese o prejudique alguém. A moral é mais ampla que o direito, é incoercível, impõe deveres, visa a abstenção do mal.
 A partir do Preâmbulo da CF/88, ident ifique as finalidades do ordenament o jurídico brasileiro (direito positiv o brasileiro). As finalidades da CF/8 8 são: assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade, e a justiça. 
 Podemos dizer que o direito que regia o Estado Nazista de Hitler (direito positivo alemão de 1940) tinha a mesma finalidade que o nosso ordenamento jurídico? Justifique. O que há de comum entre ambos? Embora não se tenha à mão o direito alemão daquela época, é possível se ter a noção de que o Estado Nazista cerceou a liberdade de muitos de seus cidadãos, estabeleceu a perseguição aos judeus e instalou a guerra entre diversas nações. Não foi um estado democrático, entre outros motivos, porque estabeleceu distinções raciais e se impôs pela força. Entretanto, seu ordenamento jurídico visava ao desenvolvimento do país, à segurança a partir d e regras preestabelecidas, à justiça (sendo certo que esta era vista no interesse da raça ariana), tudo em prol do bem comum dos cidadãos alemães (conceituados com o tais de modo peculiar). 
As normas éticas se estruturam linguisticamente por meio de: Juízos de valor;
É considerada inst ituição fundamental da sociedade: A família
O direito pode ser inspirado na moral? Sim, algum as normas podem surgir da moral, algo que é muito complexo pois pra uns pode ser imoral e para outros pode ser considerado normal.
Caso Concreto:
Tema: Mecanismos de controle social - Religião e Direito. 
a) No caso em exame, a norma religiosa que impede a transfusão de sangue e a norma jurídica que impõe pena à omissão de socorro são normas de conduta? Justifique. Em que consiste a distinção entre ambas? As duas são normas de condutas, uma ética e a outra religiosa. A norma ética não sendo cumprida pelo médico ira lhe submeter a uma sanção. Já a norma religiosa, te m uma sanção não aqui na terra. Mas em alguma coisa que se acredita, tenha fé. 
b) Caso Mário estivesse consciente e desejasse descumprir a norma religiosa par a salvar -se, haveria alguma sanção a que necessariamente se devesse submeter? Justifique. Apenas a sanção daquilo que ele cria, depende da sua crença. Do que se julgar certo ou errado. 
c) Caso Mário viesse a falecer, por não ter havido a transfusão de sangue, e o médico, acusado de omissão de socorro, fosse condenado , haveria alguma sanção a que este últimonecessariamente se devesse submeter? Justifique. Se por parte dos familiares fosse assinado algum documento que se responsabilizassem pela não transfusão o medico estaria livre de sanção por parte do ordenamento jurídico. 
d) A norma jurídica depende da concordância do indivíduo para se fazer valer? E a norma religiosa? Por quê? Normalmente a norma não necessita de concordância do individuo para que se coloque- a em pratica, pois tem os a coerção para que faça a norma jurídica valer. Já na norma religiosa não temos a coerção.
Para que haja um fenômeno jurídico, é necessário existir fato,valor e norma.Com a criação da norma, o fato e o valor ficam interligados e entram no mundo jurídico como uma única coisa. O Direito ilumina o fato relevante. O disposto acima consagra o seguinte: Teoria Tridimensional do Direito;
O que é Jusnaturalismo?
É uma corrente de pensamento que reúne todas as ideias que surgiram, no decorrer da história, em torno do Direito natural, nele há a convicção de que, além do direito escrito, há uma outra ordem, superior aquela e que é a expressão do direito justo.
Positivismo Jurídico: Foi criado para combater ou controlar o Direito natural
Exemplos de Direito Positivo: Código Civil; Constituição Federal...
Explique a Teoria Tridimencional do Direito de Miguel Reale:
A teoria Tridimensional do Direito de Miguel Reale é uma teoria jurídica muito original e conhecida internacionalmente. Por essa teoria Reale teria superado o mero normativismo jurídico que prevalecia nos meios acadêmicos e jurisprudenciais de sua época, demonstrando que o fenômeno jurídico decorre de um fato social, recebe inevitavelmente uma carga de valoração humana, antes de tornar-se norma. Assim, Fato, Valor e Norma em seus diferentes momentos, mas interligados entre si, explicariam a essência do fenômeno jurídico. 
Miguel Reale entende que a experiência jurídica é formada por 3 elementos: Fato, Valor e Normas.
Para Miguel Reale o Direito se forma da seguinte maneira: Um valor incide sobre o fato e se desdobra em diferentes normas possíveis, competindo ao poder estatal escolher uma, capaz de alcançar os fins procurados.
Como pode ser representado o ordenamento jurídico?
Segundo Hans Kelsen , o ordenamento jurídico pode ser representado por um a pirâmide, onde a constituição, que é a lei maior encontra-se no topo,e o Código Civil seria uma norma infraconstitucional, ou seja, que esta abaixo da constituição, então neste caso há uma situação de hierarquia. Assim, já vimos que, segundo Kelsen, normas não estão todas num mesmo plano de análise. Existem normas superiores e inferiores. As inferiores são subordinadas às normas superiores, e este escalonamento garante unidade ao sistema.
Em sua Teoria Pura do Direito, Hans Kelsen concebe o Direito como uma "técnica social específica". Segundo o filósofo, na obra O que é justiça?, "esta técnica é caracterizada pelo fato de que a ordem social designada como 'Direito' tenta ocasionar certa conduta dos homens, considerada pelo legislador como desejável, provendo atos coercitivos como sanções no caso da conduta oposta". Tal concepção corresponde à definição kelseniana do Direito como: Uma ordem coercitiva. 
 
O que é um ordenamento Jurídico? O ordenamento jurídico é formado por diversas normas, que vigoram em um mesmo Estado, havendo entre elas uma interdependência, servindo uma de fundamento de validade para a outra.
A VALIDADE DO ORDENAMENTO JURÍDICO:
Os elementos do ordenamento jurídico brasileiro estão estruturados na forma de atenderem à obediência aos ditames da Constituição Federal. Todo o nosso direito positivo para ter validade deriva-se dos princípios constitucionais
RELAÇÃO DE PRODUÇÃO E EXECUÇÃO ENTRE AS NORMAS
A Teoria do Ordenamento Jurídico como um todo se organiza em torno de uma premissa de autoridade política estatal, que terá uma projeção formal na correlação hierarquizada entre as normas jurídicas, havendo normas de maior peso, situadas topograficamente nos estratos mais elevados da alegoria piramidal de Hans Kelsen, e outras a elas subordinadas, que se encontram mais próximas da base.
Cite as concepções de hierarquia das normas do ordenamento jurídico brasileiro:
1. Normas constitucionais: ocupam o grau mais elevado da hierarquia das normas jurídicas. Todas as demais devem subordinar-se às normas presentes na Constituição Federal, isto é, não podem contrariar os preceitos constitucionais. Quando contrariam, costuma-se dizer que a norma inferior é inconstitucional. 
2. Normas complementares: são as leis que complementam o texto constitucional. A lei complementar deve estar devidamente prevista na Constituição. Isso quer dizer que a Constituição declara, expressamente, que tal ou qual matéria será regulada por lei complementar.
3. Normas ordinárias: são as normas elaboradas pelo Poder Legislativo em sua função típica de legislar. Exemplo: Código Civil, Código Penal, Código Tributário etc. 
4. Normas regulamentares: são os regulamentos estabelecidos pelas autoridades administrativas em desenvolvimento da lei. Exemplo: decretos e portarias. 
5. Normas individuais: são as normas que representam a aplicação concreta das demais normas do Direito à conduta social das pessoas. Exemplo: sentenças, contratos etc.
A diferença marcante entre as regras e os princípios, portanto, reside no seguinte: A regra cuida de casos concretos. Ex.: o inquérito policial destina-se a apurar a infração penal e sua autoria – CPP, art. 4º. 
Os princípios norteiam uma multiplicidade de situações. O princípio da presunção de inocência, por exemplo, cuida da forma de tratamento do acusado bem como de uma série de regras probatórias (o ônus da prova cabe a quem faz a alegação, a responsabilidade do acusado só pode ser comprovada constitucional, legal e judicialmente etc.).
A completude do ordenamento jurídico tem como premissa a: Auto-suficiência normativa da ordem jurídica.
Sobre o ordenamento jurídico como um sistema normativo, é possível afirmar que: As normas se apresentam integradas.
A explicação acadêmica é simples:
Ex Tunc, que significa em latim "desde então", significa que determinada decisão, sobre fato no passado, possui efeitos "desde a data do fato no passado".
Já Ex Nunc, que significa em latim "a partir de agora", significa que os efeitos da decisão não valem desde a data de ocorrência do fato discutido, mas apenas a partir da data da decisão.
Ou seja, se o juiz decidir hoje que a venda de uma casa, que foi feita em 2000, deve ser considerada anulada, com efeitos ex tunc, significa que a venda deve ser considerada desfeita desde 2000. Mas se a sentença indicar efeitos ex nunc, a venda deve ser considerada feita em 2000, mas deve ser desfeita a partir da data da decisão. Isso afeta diretamente os juros que incidirem sobre uma indenização, por exemplo.
Os estudantes, quando começam a estudar algum assunto, já tendem a criar "fórmulas mnemônicas" (como diz o Prof. Dárcio Rodrigues) para facilitar a memorização. A mais interessante, na minha opinião, sobre ex tunc/ex nunc é a seguinte: associe "tunc" com testa e "nunc" com nuca (começam com a mesma letra). Se você levar um tapa na nuca, sua cabeça vai para frente => ex nunc tem efeitos daqui para frente. Mas se você levar um tapa na testa, sua cabeça vai para trás => ex tunc tem efeitos para trás, atingindo desde a época do fato discutido.
Leis extravagantes: são as editadas isoladamente para tratar de temas específicos.
Leis anacrônicas: leis ultrapassadas, quando surgem novas leis elas são consideradas mortas. 
Silosgismo: É uma dedução na qual duas premissas levam a uma terceira ou a uma conclusão 
Vigência : normas obrigatórias para uma sociedade que não se pode mudar

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