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ANATOMIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS I
IJUÍ- 2016
ANATOMIA COMPARADA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS I
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
CONCEITO
A anatomia é um ramo do conhecimento que estuda a forma, a disposição e a estrutura dos componentes dos seres vivos. O termo, de origem grega, literalmente significa “cortar fora”, por isso a dissecação do cadáver ser um meio tradicional de estudá-la, além de primordial. 
Divisão da anatomia: anatomia especial e anatomia comparada.
A anatomia especial é aquela que compreende o estudo de uma única espécie. A anatomia comparada compara uns indivíduos com outros de espécies diferentes e descobre as analogias e diferenças de organização existente entre eles.
A anatomia normal estuda os indivíduos que gozavam de bom estado de saúde, antes do abate ou eutanásia e está dividida em descritiva e microscópica ou histológica.
Anatomia descritiva: é a que estuda sucessivamente, os diferentes órgãos. Descrever um órgão é informar o seu nome, sua situação, sua forma, seu volume, peso, cor, consistência, relações e a disposição relativa de suas diferentes partes, quando subdividido. 
Anatomia microscópica ou histológica (geral): estuda as estruturas e seus detalhes invisíveis a olho nu com o uso da microscopia óptica e eletrônica. 
A anatomia apresenta as seguintes subdivisões:
1.2. OBJETO E OBJETIVOS DA ANATOMIA.
O objeto da anatomia veterinária - são as espécies utilizadas no estudo e na dissecção.
Exemplos: Animais domésticos.
Animais de pequeno porte:Felino (gato), canino (cão), gallus (galinha).
Animais de médio porte:Ovino (ovelha), suíno (porco).
Animais de grande porte:Eqüíno (cavalo), bovino (boi).
Dissecção/Dissecação – é o ato de cortar em partes por planos pré-estabelecidos.
O objetivo da anatomia é fornecer informações básicas que darão suporte e subsídios ao estudo e compreensão da histologia, fisiologia, cirurgia, patologia, clínica e etc...
Importância da Anatomia é que ela é a base para todos os outros conhecimentos dentro do curso de medicina veterinária.
1.3. HISTÓRICO
A história da anatomia engloba um lapso de tempo que supera o cálculo humano. Sua origem se perde na pré-história. Consideramos na história da anatomia cinco épocas: vulgar, Escola de Alexandria, de Galeno, de Vesálio e atual.
Época vulgar: caracterizou-se por um desconhecimento quase completo dos seres vivos. Conhecimentos elementares e incompletos integram a doutrina anatômica dessa época. O espírito observador de alguns, se consagrando por sacrificar e desarticular os animais empregados na alimentação humana gerou os conhecimentos da época.
Escola de Alexandria: no século III a.C., foi celebre a grandiosa biblioteca e o museu, existente na cidade de Alexandria, para onde convergiam homens eminentes, estudiosos de todas as ciências. Neste grande centro cultural estudou-se a anatomia em condições vantajosas, graças aos trabalhos de dissecações realizadas em animais de várias espécies.
Época de Galeno: Galeno nasceu em Bérgamo, que compartilhava com Alexandria o conhecimento da época, no ano 131 de nossa era. Foi um grande médico, porém o espírito religioso do período, o privou, de ensinamentos adquiridos em cadáveres humanos. Como viajante incansável percorreu extensos territórios, praticou dissecações em muitas espécies de animais descobrindo novos tipos de organizações, até conseguir formar a escola médica. É considerado o criador da anatomia comparada. Devido ao espirito religioso da época, tido como todo poderoso, nenhum descobrimento anatômico humano novo se incorporou aos de Galeno e assim passaram-se 14 séculos.
Época de Vesálio: em 1543, André Vesálio, publicou pela primeira vez seu memorável trabalho “De humani corporis fabrica” (sobre a estrutura do corpo humano), sendo caracterizado como o primeiro livro de anatomia humana realmente exato, pois, era dito popular da época “é melhor equivocar-se com Galeno do que acertar com outros”. Vesálio que lecionava na Universidade de Pádua, tinha apenas 29 anos quando apresentou uma anatomia sistemática baseada não na fé ou em analogias da anatomia animal de Galeno, mas 
em estudos de dissecações do cadáver humano. André Vesálio foi considerado o restaurador da obra de Galênica e o verdadeiro fundador da anatomia humana.
Época Atual: os descobrimentos, a partir daí se sucederam vertiginosamente. Com o descobrimento do microscópio, surgem investigações anatômicas de grande alcance. Em nossos dias são utilizados meios complementares, além do bisturi e pinças, como o uso do raio-X (anatomia radiológica), ultra-sonografia, microscopia de varredura, entre outros.
1.4. NOMENCLATURA ANATÔMICA
Como toda ciência, a anatomia tem sua linguagem própria. O conjunto de termos empregados para designação e descrição de um organismo ou suas partes denomina-se nomenclatura anatômica. Foi realizado em Paris, em 1955, um Congresso de Anatomia, visando uma uniformização internacional da nomenclatura anatômica. Foi escrita em latim com a permissão de cada nação traduzi-la para sua língua.
Em 1968, foi publicada em Viena, pela Comissão Internacional de Nomenclatura Veterinária, sob responsabilidade da Associação Mundial de Anatomistas Veterinários, a Nomina Anatômica Veterinária (NAV); essa nomina é periodicamente revista, sendo a quinta versão de 2012- FIFTH EDITION (revised version), e tentaremos usá-la de forma permanente neste trabalho. É escrita em latim e pode ser traduzida para a língua do profissional que a emprega, por exemplo, o latim hepar torna-se fígado em português, higado em espanhol, liver em inglês, foie em francês e leber em alemão.
Epônimos – é a desinência dada a estruturas por nomes de homens; foram preferencialmente eliminadas na edição de 2005 da NAV.
Exemplos: Trompa de Falópio, mudou para tuba uterina
Trompa de Eustáquio; mudou para tuba auditiva.
.
1.5. POSIÇÃO ANATÔMICA
Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas, considerando-se que a posição pode variar, convencionou-se uma posição padrão (posição anatômica). Para os animais quadrúpedes, a posição anatômica é aquela em que o animal está com os quatro membros em estação (de pé) e alerta (FIG 01). Esta posição é diferente da posição anatômica humana. Quando descrevemos um órgão, não interessando se o cadáver está sobre uma mesa, por exemplo, sempre temos em mente a posição anatômica.
 
Foto de um eqüino demonstrando a posição anatômica para os animais domésticos quadrúpedes. 
1.6. PLANOS PARA O CORPO DOS ANIMAIS QUADRÚPEDES
Plano é uma superfície, real ou imaginária, ao longo da qual dois pontos quaisquer podem ser unidos por uma linha reta. Na posição anatômica o corpo pode ser delimitado por planos tangentes à sua superfície, formando uma figura geométrica, um paralelepípedo. Assim, tem-se os seguintes planos de delimitação:
 dois planos verticais, um tangente a cabeça, plano cranial e outro tangente a cauda, plano caudal.
dois planos verticais tangentes de cada lado do corpo, planos laterais direito e esquerdo.
 dois planos horizontais, um tangente ao dorso, plano dorsal e outro à palma das mãos e planta dos pés o plano podálico. O tronco isolado é limitado inferiormente, pelo plano que tangencia o ventre denominado plano ventral.
PLANOS DE SECÇÃO
Plano mediano ou sagital mediano: divide o animal em dois ANTÍMEROS criando a simetria bilateral, o conceito de antimeria e os termos associados direito e esquerdo.
Plano sagital: são planos que cortam o animal paralelamente ao plano mediano, criando os termos medial e lateral.
Plano horizontal: divide o animal em dois PAQUÍMEROS originando o conceito de paquimeria e os termos dorsal e ventral.
Plano transversal: divide o animal em dois METÂMEROS criando o conceito de metameria e os termos cranial e caudal.
Representação dos planos anatômicos de secção para o corpo dos animais domésticos.
1.7. TERMOS ANATÔMICOS GERAISQUE INDICAM A POSIÇÃO (LOCAL) E DIREÇÃO DAS PARTES DO CORPO DOS ANIMAIS:
-Cranial e Caudal – expressões usadas para indicar na direção ou maior aproximação da cabeça ou da cauda.
-Dorsal e Ventral – na direção ou relativamente próximo ao dorso ou ao ventre (abdome) do animal respectivamente. O termo ventral nunca deve ser usado para membros.
-Lateral e Medial – estrutura distante ou afastada do plano mediano e na direção ou relativamente próximo ao plano mediano respectivamente.
-Rostral – na direção ou relativamente próximo ao focinho (rostro-nariz) do animal, usado somente para a cabeça.
-Proximal e Distal – proximal relativamente próximo à raiz ou origem principal e distal afastado da raiz, utilizado para membros e cauda.
-Axial e Abaxial – as estruturas que ficam próximas ao eixo central de um dedo central, ou próximo ao eixo do membro se passarem entre os dois dedos são ditas axiais e as que estão à distância do eixo de referência estão em posições abaxiais (ab, fora de). 
-Interno e Externo; Superficial e Profundo – têm o significado usual dos termos.
-Parietal e Visceral - parietal refere-se a face da estrutura que em direção a parede da cavidade e visceral quando na direção das outras vísceras.
-Cortical e Medular – o primeiro significa a camada externa e o segundo a interna de alguns órgãos como rins, adrenal, etc.
-Nos membros usamos para a mão – Dorsal e Palmar – e para o pé – Dorsal e Plantar - para designar características localizadas em cima ou abaixo dos mesmos.
 
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1.8. DIVISÃO DO CORPO DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS
Corpo divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. O esquema seguinte apresenta as principais partes do corpo:
	
	Cabeça
	
	
	
	
	Pescoço
	
	
	
	
	
	Tórax
	
	
	
	Tronco
	Abdome
	
	
	
	
	Pelve
	
	
	
	
	
	Raiz
	Ombro
	
	
	
	
	
	Divisão do Corpo
	
	Torácicos
	
	Braço
	
	Membros
	
	Parte Livre
	Antebraço
	
	
	
	
	Mão (palma e dorso
	
	
	
	
	
	
	
	
	Raiz
	Quadril
	
	
	
	
	
	
	
	Pélvicos ou
	
	Coxa
	
	
	Pelvinos
	Parte Livre
	Perna
	
	
	
	
	Pé (planta e dorso)
2. OSTEOLOGIA GERAL
Osteologia: é a ciência que estuda os ossos.
Esqueleto: é o conjunto de ossos, cartilagens e ligamentos que compõem o corpo de um animal. O esqueleto é composto de partes duras e resistentes que estrutura as formas dos animais. Desempenha várias funções vitais ao organismo animal, dentre elas podemos citar: proteção para órgãos moles, como o coração, pulmões, sistema nervoso central, etc. 
Sustentação e conformação do corpo; sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos permitem o deslocamento do corpo, no todo ou em parte; local de armazenamento de íons Ca e P (durante a gravidez a calcificação é feita, em grande parte pela reabsorção destes elementos armazenados no organismo materno) e, finalmente, local de produção de certas células do sangue.
2.1DIVISÃO DO ESQUELETO
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Esqueleto axial: compreende em ossos da raque ou coluna vertebral, costelas, esterno, cabeça.
Esqueleto apendicular: compreende em ossos dos membros torácicos e pélvicos.
Esqueleto esplâncnico ou visceral: compreende em vários ossos desenvolvidos no interior de algumas vísceras ou órgãos.
Ex: 	osso peniano dos canídeos e felídeos
	osso cardíaco dos bovinos
	osso rostral do focinho dos suídeos
	fabelas dos caninos ( dois ossos em forma de ervilha, situados caudal mente aos côndilos do fêmur no interior do músculo gastrocnêmio ou gêmeo).
 
2.2 NÚMERO DE OSSOS
O número de ossos em um esqueleto animal varia:
- segundo a idade deste animal devido à fusão que ocorre das partes ósseas desde a origem até o nascimento e daí até a idade adulta. Os elementos ósseos que se originam separados no feto vão se unindo à medida que o animal se desenvolve até a idade adulta.
- varia dentro de uma mesma espécie, principalmente no número de vértebras caudais.
- varia dentro do esqueleto de um mesmo animal entre os dois antímeros.
Ex: tarso do eqüino pode apresentar 6-7 ossos, e o carpo de 7-8 ossos.
	
	Eqüino
	Bovino
	Ovino
	Suíno
	Canino
	TOTAL
	199 - 209
	203 - 205
	200 - 206
	272 - 279
	302 - 305
2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS
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Ossos longos: caracterizam-se por apresentar uma forma longa e cilíndrica em que uma dimensão, o comprimento, predomina sobre as outras duas (largura e espessura). Apresentando, normalmente, extremidades dilatadas. Encontram-se nos membros com função de colunas de sustentação. Compostos de um corpo ou diáfise, a qual contém em seu interior uma cavidade medular que abriga a medula óssea. Suas extremidades ou epífises estão interligadas a diáfise nos animais em crescimento por um anel cartilagíneo chamado metáfise ou disco epifisário.
Ex: úmero, rádio – ulna, metacarpo, falange proximal (menor osso longo), fêmur, tíbia – fíbula, metatarso.
 
 Fêmur eqüino vista cranial
Osso Alongado 
O comprimento é maior que a largura e espessura e não apresentarem canal medular. Exemplo: costelas.
Ossos planos ou chatos: apresentam duas dimensões, comprimento e largura, predominante sobre a espessura. Apresentam grande área para inserções musculares, tendo ainda, a função de proteção de órgãos e vísceras.
Ex: ossos da abóboda craniana, escápula, ossos do coxal (ílio, ísquio, púbis).
 
Ossos curtos: não apresentam nenhuma dimensão predominante, sendo todas proporcionais entre si. Sua função consiste em amortizar os choques diminuindo os atritos e direcionando os tendões dos movimentos.
Ex: ossos do carpo e tarso, falange média, ossos sesamóides, patela.
 
 Carpo eqüino vista cranial
Ossos irregulares: ossos de aspecto disforme ou de forma complexa. Encontram-se, geralmente, na linha mediana e são ímpares. Tem várias funções e não são passíveis de classificação geral, e sim, especiais.
Ex: falange distal, vértebras, ossos da base do crânio.
 
 Vértebra lombar de eqüino.
Ossos pneumáticos: são ossos pertencentes à outra classe que apresentam, em seu interior, um espaço revestido de membrana mucosa, repleto de ar. Este espaço entra em contato com o meio exterior através do sistema respiratório e tuba auditiva nas aves ou pela cavidade nasal nos mamíferos.
Ex: 	mamíferos → seios paranasais
	aves → raque, esterno, úmero
 
2.4 ESTRUTURA DO OSSO LONGO
Periósteo: é uma membrana que reveste a superfície externa do osso, com exceção das extremidades articulares que são revestidas por tecido cartilagíneo. É composto, externamente, de uma membrana de tecido conjuntivo fibroso de proteção e internamente, de uma camada de células osteogênicas.
Substância compacta: forma a maior parte da diáfise. É rica em depósito de sais minerais, principalmente de cálcio. É extremamente dura e resistente.
Substância esponjosa: forma o interior das extremidades. Tem aspecto poroso e é formada por uma disposição especial de lâminas ósseas chamadas lamelas ósseas.
Endóstio: é uma fina membrana fibrosa que reveste a cavidade medular e o interior da substância esponjosa.
Medula óssea: é um tecido hematocitopoiético ou hematocitogênico, ou seja, que dá origem às células sangüíneas. Localiza-se nos ossos longos, dentro das cavidades medulares. Nas outras classes de ossos, no interior da substância esponjosa.
Nos jovens a medula óssea é sempre vermelha, nos mais idosos este tecido vai sendo substituído por tecido adiposo, formando a medula óssea amarela. A medula óssea do esterno permanece por toda a vida vermelha.
 
Desenho esquemático demonstrando as estruturas de um osso longo.
2.5 ESTRUTURA DO OSSO PLANO
São formados por duas lâminas de substânciacompacta, e preenchidas por substância esponjosa.
Os ossos planos da abóbada craniana apresentam uma lâmina externa de substância compacta e uma lâmina interna de osso muito denso, estando as duas interligadas por uma certa quantidade de substância esponjosa, sendo denominada esta formação de diploë.
A lâmina compacta interna não é mais espessa que a externa e sim mais resistente. A face interna da cavidade craniana não apresenta periósteo, não tendo capacidade regenerativa, em fraturas e lacerações tem que ser completadas com placa metálica. Se houvesse periósteo teríamos a formação de calo ósseo e compressão do tecido nervoso. A natureza revestiu a cavidade com uma membrana chamada dura – máter.
 
Esquema demonstrando as diferença entre as estruturas de um osso plano do esqueleto apendicular para um osso plano craniano.
2.6 VASOS E NERVOS
As artérias que nutrem os ossos são de dois tipos:
- periósticas
- medulares ou nutrícias
As artérias periósticas ramificam-se no periósteo e penetram pelos canais de Wolkmann indo nutrir o sistema Haversiano da substância compacta. As artérias nutrícias ou medulares penetram na diáfise através do forame nutrício indo irrigar a medula óssea. As veias principais abandonam o osso, geralmente, por forames localizados próximos ou nas epífises, nunca acompanhando as artérias. Os nervos acompanham as artérias sendo que as terminações nervosas do periósteo são sensoriais e estão relacionadas com o sentido muscular e o equilíbrio (cinestesia).
2.7 DESENVOLVIMENTO ÓSSEO
O primitivo esqueleto embrionário consiste de cartilagem e tecido fibroso, nos quais os ossos desenvolvem-se. O processo é designado de ossificação ou osteogênese e é elaborado essencialmente pelas células produtoras de osso, chamadas osteoblastos.
Os ossos são formados, a princípio, no desenvolvimento embrionário por matrizes cartilagíneas ou fibrosas.
São ditos ossos membranosos os formados por moldes de tecido conjuntivo fibroso. Os principais ossos são aqueles da abóboda e lados do crânio e muitos ossos da face.
Os ossos cartilagíneos são os que se desenvolvem de uma matriz de cartilagem. É a maior parte do esqueleto.
Daí derivam os nomes de ossificação intramembranosa e endocondral. Condros é cartilagem.
O processo de ossificação dá-se a partir de um centro de ossificação, irradiando-se até a periferia óssea. Os ossos apresentam vários centros de ossificação.
2.8 CRESCIMENTO DOS OSSOS
Os ossos longos crescem em comprimento através do disco epifisário da metáfise que é cartilagíneo. A cartilagem deste disco vai proliferando e ossificando até que o osso atinja o tamanho ideal, então todo o disco ossifica na idade adulta não podendo mais crescer. Normalmente o disco epifisário distal ossifica e se consolida bem antes que o proximal. O crescimento em espessura dos ossos longos é do tipo membranoso, feito pela proliferação da lâmina osteogênica do periósteo, que se multiplica em camadas e ossifica.
Os ossos membranosos crescem através do tecido conjuntivo fibroso que persiste nos bordos ósseos e que prolifera e vai ossificando em camadas.
2.9 ACIDENTES ÓSSEOS
São variações na superfície dos ossos, podendo ser saliência ou depressão do tipo articular ou não articular.
Saliências articulares: promovem articulação entre ossos.
Cabeça: ex: do fêmur, da costela, do úmero
Côndilo: ex: da mandíbula, do occipital, do temporal
Tróclea: ex: do tarso
Saliências não articulares: servem de ponto de apoio para músculos, tendões e ligamentos.
Processo ou apófise: ex: processo odontóide do axis, processo espinhoso das vértebras
Tuberosidade: ex: tuberosidade deltóide do úmero, protuberância occipital externa
Cristas: ex: parietal, facial, da tíbia
Tubérculo: ex: do úmero, da costela
Espinhas: ex: espinha da escápula
Linhas: ex: da tíbia, do coxal
Trocânter: ex: trocanter maio e menor do fêmur
Epicôndilo: ex: epicôndilo lateral dos côndilos
Depressões articulares
Cavidade Cotilóide: ex: nas vértebras torácicas, acetábulo que recebe a cabeça do fêmur (mais funda que a glenóide)
Cavidade Glenóide: ex: na escápula
Cavidade anular do atlas: ex: onde articula o axis
Cavidade troclear: ex: patela que articula com as trócleas do fêmur.
Depressões não articulares
Chanfradura: ex: da mandíbula
Hiato: ex: hiato rasgado
Forame: ex: forame magno do occipital
Fissura: ex: fissura palatina
Impressões digitais: ex: no temporal
Seios: ex: no frontal, maxilar
Goteiras: ex: da costela
Canais: ex: canal alar
Sulco: ex: na face medial da escápula, da costela
Fossa: ex: no temporal, no úmero, massetérica
Meato: ex: da tuba auditiva do temporal
Incisura: ex: falange distal
3. ESQUELETO AXIAL -CABEÇA ÓSSEA:
	É a porção elevada e anterior das espécies domésticas, estando em posição normal. Está dividida em crânio e face.
CRÂNIO: é a porção mais caudal, é formado por ossos planos e esses concorrem para a formação da cavidade craniana, que vai proteger parte do sistema nervoso central o encéfalo. Está dividido em porção basal e porção dorsal.
	Porção basal: lembra a continuação da coluna vertebral, estando formado pelos seguintes ossos:
 	1 - Occipital
 	1 - Esfenóide
 	1 - Etmóide
2 - Temporais
	Porção dorsal: forma o teto e parte das paredes laterais da cavidade craniana, compreendendo os ossos:
	 2 - Parietais
	 1 - Interparietal
	 2 - Frontais
A FACE forma a porção oral e restante da cabeça, é constituída pelos seguintes ossos:
	2 - Nasais
	2 - Zigomáticos
	2 - Lacrimais
	2 - Incisivos
	2 - Maxilares
	4 - Cornetos
	1 - Vômer
	2 - Palatinos
	2 - Pterigóides
	1 - Mandíbula
	1 - Hióide
	
	
	
3.1. OSSOS DO CRÂNIO
3.1.1. OCCIPITAL
	É o mais caudal dos ossos do crânio. Apresenta para descrição duas faces uma exocraniana (externa) e uma endocraniana (interna). A face exocraniana apresenta os seguintes acidentes ósseos:
Côndilos do occipital ( se articulam com o atlas (1ª vértebra cervical)
Forame magno ( localizado entre os côndilos serve de entrada para a medula espinhal. Importante local de coleta do líquido cérebro espinhal (líquor).
Protuberância occipital externa ( situada na linha média.
Crista nucal ( se estendem lateralmente para cada lado, a partir da protuberância.
Fossa condilar ventral ( depressão localizada próximo aos côndilos na porção basal do osso.
Canal do hipoglosso ( situado na fossa condilar, por onde emerge do crânio o nervo hipoglosso (XII par craniano)
Processos paracondilares (jugulares) ( projeções pares localizados próximos aos côndilos que servem para fixação de músculos.
Forame lácero (mais caudal) e forame jugular (mais rostral), situados na junção do occipital com os ossos temporal e esfenóide. Os referidos forames estão unidos no eqüino (forame jugulacerado ou hiato rasgado).
Base do occipital (porção basilar)( em contato com o esfenóide, apresenta pequenos Tubérculos musculares.
A face endocraniana apresenta:
Protuberância occipital interna – processo tentório
Impressões digitais
BOVINOS:
forma parte ventral somente da superfície caudal do crânio
crista occipital externa ( estende-se ventralmentre na protuberância occipital externa;
côndilos mais afastados, processos paracondilares curtos e largos;
na fossa condilar ventral encontramos 2 ou + forames o mais ventral é o canal do hipoglosso os demais forames são paras as veias do canal condíleo;
forame mastóide( de cada lado na junção do occipital e temporal 
a base do occipital é curta e apresenta 2 grandes tubérculos musculares localizados na junção com o esfenóide;
não tem forame lacero, somente o forame jugular;
não possui crista nucal no local uma linha nucal.
SUÍNOS: 
forma a superfície caudal do crânio, achatado e alongado;
processo paracondilar alongado;
canal do hipoglosso localiza-secaudal ao forame jugular;
apresenta linha temporal e linhas oblíquas;
presença de forame lacero e jugular;
- tubérculos nucais
CARNÍVOROS:
côndilos achados;
presença de forame mastoide;
processos paracondilares curtos;
parte basilar larga e se une a bula timpânica;
presença do forame jugular; 
canal do hipoglosso pequeno.
3.1.2 ESFENÓIDE
	Tem o formato semelhante a uma borboleta. Forma 2/3 rostrais do crânio entre o occipital caudalmente e etmoíde rostralmente. Encontra-se dividido em três partes: corpo, asas temporais e asas orbitais.
Corpo
O corpo é externamente liso. Internamente encontramos os seguintes acidentes ósseos:
Sela túrcica
Fossa hipofisária ( onde se acomoda a glândula hipófise.
Sulco óptico ou sulco do quiasma
Seio esfenoidal
Impressões digitais
Asas temporais
Externamente encontra-se o forame alar caudal e a crista pterigoide e internamente impressões digitais.
Asas orbitais
Externamente as asas orbitais encontra-se:
Forame etmoidal (na transição entre o osso frontal e esfenóide)
Forame óptico
Fissura orbitária ((espaço ósseo)
Forame redondo ( se abre dentro da fissura
Forame alar rostral
Forame alar parvo
Os forames dão passagem a vasos e nervos.
Internamente encontram-se impressões digitais.	
BOVINOS: 
crista pterigoide;
forame órbito-redondo (união da fissura orbitaria e o forame redondo)
forame oval;
não apresenta canal alar e nenhum dos forames alares.
SUÍNOS:
corpo mais triangular;
forame órbito-redondo semelhante aos ruminantes; 
crista pterigóide;
não apresenta forame alar.
CARNÍVOROS:
forame oval;
forame alar rostral e caudal;
forame etmoidal duplo
3.1.3 ETMÓIDE
	Está localizado no interior da cabeça no limite entre o crânio e a face. Está subdividido em três partes:
Lâmina perpendicular
Coloca-se medianamente entre as massa laterais e as lâminas crivadas. Na crista perpendicular localiza-se a crista galli.
Massas laterais (labirinto etmoidal)
Massas ósseas enroladas de forma espiralada envolvidas por uma lâmina óssea chamada lâmina papirácea.
Lâminas crivadas
São lâminas ósseas colocadas transversalmente e de cada lado da lâmina perpendicular.	
3.1.4 TEMPORAIS
	Localizados de cada lado da cavidade craniana. Está subdividido em porção escamosa e porção petrosa.
Porção escamosa
Externamente:
Processo zigomático do temporal: se une ao processo temporal do zigomático e forma o arco ou ponte zigomática. 
Tubérculo articular: articulam-se com os côndilos da mandíbula.
Fossa mandibular
Processo retroarticular situados caudalmente ao tubérculo articular
Forame retroarticular ( situado caudalmente ao processo retroarticular.
A face externa da porção escamosa contribui para formação da fossa temporal.
Internamente:
Impressões digitais
Porção petrosa
Tem a forma de uma pirâmide, esta dividida em quatro faces, uma base e um vértice.
Faces:
Externamente:
Processo acústico externo
Meato acústico externo
Processo mastóide
Internamente:
Meato acústico interno
Crista petrosa
A face caudal (aboral) relaciona-se diretamente com o occipital.
Base:
Processo muscular
Processo estilóide ( local onde se articula com o osso hióide.
Forame estilomastoide ( dá passagem ao nervo facial.
Bolha ou bula timpânica ( aloja a orelha interna.
Vértice:
Porção mais dorsal, está relacionada com a porção escamosa do temporal e com o osso occipital.
BOVINOS:
processo retroarticular menos proeminente;
processo muscular é grande;
não possui processo mastóide; 
meato temporal.
SUÍNOS: 
processo retroarticular reduzido;
bula timpânica alongada;
processo muscular;
processo mastóide de reduzido;
processo estiloide fundido à bula timpânica;
forame estilomastóide.
CARNÍVOROS:
não apresenta tubérculo articular;
processo retroarticular grande;
processo mastóide;
forame estilomastóide;
processo muscular;
processo estilóide.
3.1.5 PARIETAIS
	Os parietais formam as partes do teto da cavidade craniana, contorno rombóide fortemente curvo.
Externamente:
Crista parietal externa
A face externa do parietal, juntamente com a porção escamosa do temporal, contribui para a formação da fossa temporal.
Internamente:
Crista parietal interna
Impressões digitais
BOVINOS
não entram na formação do teto da cavidade craniana, constitui parte dorsal da parede caudal do crânio. É marcado pela crista sagital externa que se continua com a crista temporal;
SUÍNOS:
crista parietal mais lateral.
CARNÍVOROS:
fortemente curvo, crista sagital externa distinta.
3.1.6 FRONTAIS
	São ossos pares que formam a porção oral do teto da cavidade craniana. Estão no limite entre o crânio e a face.
Externamente:
Processo zigomático do frontal
Forame supra orbital
Internamente:
Impressões digitais
Seio do frontal
BOVINOS:
forma metade do comprimento total do crânio, as bordas formam com o parietal uma grande protuberância intercornual ponto mais alto do crânio;
processo cornual ( animais aspados);
processo zigomático curto e se une ao processo frontal do zigomático;
forame supraorbital apresenta o sulco supra-orbital.
SUÍNOS:
processo zigomático é incompleto naõ alcança o arco zigomático.
CARNÍVOROS:
processo zigomático curto;
não apresenta forame supraorbitário.
 
3.1.7 INTERPARIETAL
	Osso temporário que aparece durante o período fetal até os primeiros dias de vida. Posteriormente é reabsorvido pelo occipital e pelo parietal.
3.2. OSSOS DA FACE:
3.2.1. MAXILAR OU MAXILAS:
		Situam-se na porção lateral da face e se articulam com quase todos os ossos da face, bem como os temporais e frontais. Para sua descrição dividem-se em um corpo e dois processos: Alveolar e palatino. O corpo apresenta 4 faces:
Face facial: é convexa no animal jovem e côncava no animal adulto. Apresenta caudalmente uma crista horizontal denominada de crista facial. Aproximadamente 5 cm dorso-rostralmente a crista situa-se o forame infra-orbitário que é a abertura do canal infra-orbitário. 
Face nasal: forma a maior parte da parede lateral da cavidade nasal. Apresenta o raso sulco naso-lacrimal e ventralmente a este a crista conchal que suporta a concha nasal ventral.
Face pterigopalatina: apresenta uma proeminência denominada de tuberosidade maxilar. Medial a essa tuberosidade situa-se um profundo recesso (nicho pterigopalatino) onde localizam-se três orifícios que são dorsoventralmente:
1. Forame maxilar: que é o início do canal infra-orbitário.
2. Forame esfeno-palatino: que abre-se na cavidade nasal.
3. Forame palatino maior caudal: entrada do canal palatino maior.
Face orbital: forma uma pequena porção da parede ventral da órbita.
Processo alveolar: apresentam seis grandes cavidades ou alvéolos para os dentes pré-molares e molares superiores. Rostralmente ao primeiro grande molar freqüentemente existe um 
alvéolo para o primeiro pré-molar chamado de dente de lobo. Rostralmente aos alvéolos dentários na borda alveolar situa-se o espaço interalveolar ou interdental. Junto ao osso incisivo existe um alvéolo para o dente canino que só está presente nos machos adultos.
Processo palatino: projeta-se medialmente formando a maior parte do palato duro. Apresenta lateralmente o sulco palatino. Une-se ao processo palatino do lado oposto pela sutura palatina média, sobre a qual dorsalmente na cavidade nasal situa-se o osso vômer. A borda caudal junta-se com a porção horizontal do osso palatino na sutura palatina transversa.
Seios do maxilar: são espaços entre duas lâminas ósseas, cobertas por mucosa e preenchidos por ar.
BOVINOS:
- O maxilar é mais curto.
- O forame infra-orbitário pode ser duplo, principalmente na espécie ovina.
- Não apresenta crista facial, apresentando no seu lugar a tuberosidade facial.
- Foramemaxilar se transforma em fissura maxilar.
SUÍNOS:
- O maxilar é alongado.
- Forame infra-orbitário geralmente é duplo.
- Apresenta junto com os ossos lacrimal e zigomático na face facial a fossa muscular ou canina.
CANINOS:
- Não apresenta crista nem tuberosidade facial.
3.2.2 VÔMER
	Está localizado na cavidade nasal, fixado dorsalmente na sutura palatina média. É contituida por uma lâmina que forma rostralmente uma canaleta onde se encaixa a cartilagem do septo nasal. Caudalmente se expande lateralmente como se fossem orelhas de gato se articulando com os ossos palatino, esfenóide e pterigóide. Caudalmente divide as coanas em duas partes.
Comparada:
- Nos bovinos o sulco para o septo é bem mais alargado.
3.2.3 PALATINOS
	Estão situados em ambos os lados das coanas e formam a porção caudal do palato duro. Apresentam duas lâminas: horizontal e perpendicular.
Lâmina horizontal: é plana e forma a porção caudal do palato duro. Possui a forma de uma ferradura quando unida a lâmina do lado oposto. Une-se com o processo palatino do maxilar pela sutura palatina transversa e forma com este o forame palatino maior oral que é a saída do canal palatino.
Lâmina perpendicular: forma a parede lateral das coanas. São côncavas e lisas. Forma com o osso pterigóide o processo piramidal ou pterigoideo.
BOVINOS:
- A lâmina horizontal forma 1/3 do palato duro.
- O forame palatino maior oral está situado mais medialmente.
SUINOS:
- A lâmina horizontal tem formato de cunha.
- Os forames palatinos maior oral situam-se nos processos palatinos dos maxilares.
CANINOS:
- A lâmina horizontal forma 1/3 do palato duro.
3.2.4 PTERIGÓIDES
	É o menor osso da face. São lâminas ósseas encurvadas que articulam-se com os ossos palatino, esfenóide e vômer. Formam parte das paredes laterais das coanas. A extremidade ventral é livre e forma o processo ganchoso do pterigóide ou hâmulo do pterigóide.
Comparada:
- Nas demais espécies o processo ganchoso é menor.
- Nos suínos localiza-se caudal ao processo piramidal do osso palatino.
3.2.5 INCISIVOS
	São os ossos mais rostrais da face, se articulam com os ossos nasais, maxilares e vômer. É composto de um corpo e três processos: alveolar, palatino e nasal.
Corpo: A face labial é lisa e relaciona-se com o lábio superior e a face palatina é côncava. O corpo acha-se perfurado pelo canal inter-incisivo, onde penetram artéria, veia e nervo incisivo.
Processos alveolares: apresentam três alvéolos profundos para os dentes incisivos superiores.
Processos nasais: projetam-se caudal e dorsalmente formando parte da parede lateral da cavidade nasal. Formam juntamente com o osso nasal a incisura naso-incisiva. Ventralmente, na junção com o maxilar forma no macho adulto o alvéolo para o dente canino.
Processos palatinos: são duas lâminas ósseas que formam a porção rostral do palato duro. Está separada lateralmente do maxilar pela fissura palatina.
BOVINOS: 
- Não apresentam processos alveolares.
- O canal inter-incisivo se transforma numa incisura
SUÍNOS:
- Fissura palatina é alargada.
- O canal inter-incisivo se transforma em incisura
CANINOS:
- Não possui incisura naso-incisiva.
3.2.6 ZIGOMÁTICOS
	Articulam-se com os ossos lacrimal dorsalmente, com o maxilares rostral e ventralmente, e com o temporal caudalmente. 
	A face lateral (facial) é lisa e ligeiramente convexa. Apresenta na sua porção ventral a crista facial, que se prolonga rostralmente com a crista facial do maxilar e caudalmente com o processo temporal, que juntamente com o processo zigomático do temporal forma o arco zigomático. O processo frontal não existe no eqüino. 
	A face orbitaria é muito menor que a facial e forma parte da parede ventral e rostral da órbita.
	A face nasal é côncava e dirige-se para o seio maxilar.
BOVINOS:
- Apresenta o processo bifurcado em duas porções: uma é o processo frontal do zigomático que se articula com o processo zigomático do frontal e a outra é o processo temporal do zigomático.
SUINOS:
- Forma parte da fossa muscular ou canina.
- Não se articula com o frontal.
- Processo temporal bastante robusto e também é bifurcado.
CANINOS:
- O processo temporal é a maior parte do osso zigomático. É muito longo e fortemente curvo.
- Entre os processos temporal e zigomático existe uma pequena eminência denominada de processo frontal, no qual se insere o ligamento orbitario.
3.2.7 LACRIMAIS
	Estão localizados na porção rostral da órbita e se estendem rostralmente sobre a face até o maxilar. Articulam-se com os ossos frontal e nasal dorsalmente e com o zigomático e maxilar ventralmente. Apresenta 2 faces: orbitaria e facial.
	A face orbitaria é de contorno triangular, lisa e côncava. Próxima a margem orbitaria apresenta uma fossa afunilada que representa a entrada do canal lacrimal. Esta fossa é ocupada no animal vivo pelo saco lacrimal que é a origem do ducto naso-lacrimal.
	A face facial é mais extensa e lisa. Apresenta a uns 2 cm da margem orbital o pequeno processo lacrimal.
BOVINOS:
- Face facial extensa e côncava. Não apresenta o processo lacrimal.
- A fossa para o saco lacrimal é pequena e bem próxima do contorno da órbita.
- Ovino: a face facial apresenta uma fossa lacrimal externa ou infraorbitaria que é ocupada no animal vivo pela bolsa infra-orbitaria, onde se localizam grandes glândulas sebáceas.
SUÍNOS:
- Apresenta dois orifícios lacrimais no contorno da órbita.
- Forma junto com o maxilar e zigomático a fossa canina ou muscular.
CANINOS:
- É um osso muito pequeno, quase não existe porção facial.
3.2.8 NASAIS
	Formam a maior parte do teto da cavidade nasal. Articulam-se com os ossos incisivo, maxilar, lacrimal e frontal. Possui um contorno triangular alongado, com a extremidade caudal alargada e a extremidade rostral pontiaguda.
Face externa: é lisa e convexa transversalmente. 
Face interna (nasal): é lisa e côncava. Aproximadamente no seu centro apresenta a crista etmoidal que serve de sustentação da concha nasal dorsal.
	Forma juntamente com o processo nasal do osso incisivo a chanfradura naso-incisiva.
BOVINOS:
- É bem menor, não se funde com os ossos adjacentes mesmo na idade avançada.
- Extremidade caudal é pontiaguda.
- A extremidade rostral é alargada e apresenta uma chanfradura.
OVINOS:
- semelhante ao eqüino.
SUÍNOS:
- Nesta espécie na extremidade rostral da cartilagem do septo nasal entre os ossos nasal e incisivo apresenta o osso rostral (osso do focinho do porco).
CANINO:
- É mais largo rostralmente que caudalmente.
- Não formam com os processos nasais do osso incisivo a chanfradura naso-incisiva.
3.2.9 CONCHAS NASAIS
	São ossos em forma de cartuchos localizados no interior da cavidade nasal, são em número de 2 pares (ventral e dorsal) que estão separados pelo septo nasal. As conchas nasais dorsais estão fixadas nas cristas etmoidais dos ossos nasais e as ventrais nas cristas conchais dos maxilares.
	Meatos são os espaços existentes entre os cornetos e são:
Meato nasal dorsal: é o espaço entre a concha nasal dorsal e o teto da cavidade nasal.
Meato nasal médio: é o espaço entre as conchas nasais dorsal e ventral.
Meato nasal ventral: é o espaço entre a concha nasal ventral e o assoalho da cavidade nasal.
Meato comum: é o espaço entre as conchas e o septo nasal.
 
Corte transversal da cabeça de equino na altura do quarto dente pré molar superior. 38 – concha nasal dorsal, 39 – concha nasal ventral, 33 – meato nasal comum, 34 – meato nasal ventral, 35 – meato nasal médio, 36 – meato nasal dorsal.
 
-Corte mediano da cabeça de eqüino. 5 – concha nasal dorsal, 6 – concha nasal média, 8 – concha nasal ventral, 13 – meato nasal dorsal, 14 – meato nasal médio, 15 – meato nasal ventral
Caninos:
- Os cornetos apresentam formaarborizante com lâminas secundárias e terceiras que se espiralizam apresentando a extremidade livre.
3.2.10 MANDÍBULA
	É o maior osso da face e é ímpar pois as duas metades se fundem quando o animal apresenta ao redor de dois meses de idade. Para descrição consiste em um corpo e dois ramos verticais.
Corpo:
	É a porção horizontal espessa que apresenta os dentes. É composta de uma porção incisiva e outra porção molar.
	A porção incisiva apresenta duas faces e uma borda. A face lingual é lisa e côncava onde repousa a ponta da língua (superfície geniana). A face labial é convexa, e está marcada por um sulco mediano que corresponde a sínfise mandibular. A borda alveolar apresenta seis alvéolos para os dentes incisivos inferiores e um pouco mais caudal, dois alvéolos para os dentes caninos no macho.
	A porção molar (ramo horizontal) estende-se caudalmente da porção incisiva. Suporta os dentes molares (pré-molares e molares) inferiores. Apresenta duas faces e duas bordas. A face lateral (labial) é lisa e apresenta na junção com a porção incisiva o forame mental ou mentoniano que é a abertura rostral do canal mandibular. A face medial (lingual) é lisa e apresenta a frágil linha milohioidea onde se, insere o músculo milohioideo. A borda dorsal ou alveolar rostralmente forma o espaço interalveolar, que é delgado. Caudalmente é espessa e escavada por seis alvéolos pares para os dentes pré-molares e molares inferiores. Também existe no potro jovem o alvéolo para o dente de lobo (primeiro pré-molar). A borda ventral é 
arredondada no cavalo jovem, tornando-se estreita e cortante nos animais idosos. Na sua porção caudal existe pequena depressão denominada de incisura vasorum facialum (incisura dos vasos faciais) onde os vasos faciais e o ducto parotídeo contornam o osso e é local de tomada de pulso no eqüino.
Ramo:
	É a porção vertical do osso, alargada e onde se inserem músculos poderosos. A face lateral é côncava e apresenta linhas rugosas para inserção do músculo masseter. A face medial é côncava e apresenta linhas de inserção para o músculo pterigoideo medial. Apresenta o forame mandibular que é o forame de entrada do canal mandibular. A extremidade articular é composta pelo processo coronóide rostralmente, processo condilar caudalmente e entre estes a incisura mandibular. 
	O processo condilar se articula com a porção escamosa do temporal por meio de um disco ou menisco articular.
	A união da porção molar (ramo horizontal) com o ramo vertical é espessa é denominada de ângulo da mandíbula.
 Desenho da mandíbula de um equino demonstrando seus acidentes ósseos
BOVINOS:
- As duas metades não se fundem completamente mesmo na idade avançada, portando existe sínfise mandibular.
- O corpo é mais curto e mais largo, e apresenta 8 alvéolos para os dentes incisivos inferiores. Não há alvéolos para os dentes caninos. Apresenta 6 alvéolos para os dentes molares.
- O processo coronóide é mais extenso e se projeta caudalmente.
- O ramo é menor que o do eqüino.
SUÍNOS:
- Mandíbula bastante volumosa.
- Existe um par de forames mentonianos mediais. Na face lateral há vários forames mentonianos laterais.
- Apresenta alvéolos para os dentes caninos dirigidos lateralmente.
- O processo coronóide é pequeno e a chanfradura mandibular é larga.
CANINOS:
- Apresenta sínfise mandibular.
- Apresenta alvéolos para os dentes caninos.
- Existem dois ou três forames mentonianos.
- O processo coronóide é muito extenso.
- No ângulo entre o corpo e o ramo vertical da mandíbula existe o processo angular que se projeta caudalmente.
3.2.11 HIÓIDE
	É conhecido vulgarmente por osso da língua. Está situado entre os ramos da mandíbula caudalmente. É constituído por diversas peças ósseas que se articulam entre si. Está inserido no processo estilóide da parte petrosa do temporal através da cartilagem timpano-hióide. Projeta-se rostralmente através de uma lâmina óssea denominada de estilo-hióide, forma um ângulo de 90° e se continua com o cerato-hióide, este último se articula com uma peça transversal denominada de basi-hióide. As extremidades laterais do basi-hióide se projetam caudalmente constituindo os tiro-hióides. Medianamente projeta-se rostralmente em um longo processo lingual.
	Os ossos do hióide são pares, com exceção do basi-hióide e do processo lingual.
 
Osso hióide de eqüino: g – ângulo articular; f’ – ângulo muscular; f – estilóide (estiloióide); e – epióide (fundido no estilóide - vermelho); d – ceratoióide; a – basióide; b – processo lingual; c – processo tiroióide; c’ – catilagem de c.
BOVINOS:
- Entre o estilo-hióide e o cerato-hióide existe o epi-hióide.
- O processo lingual é curto e tuberoso.
 
-Osso hióide de bovino: 1 – ângulo articular; 2’ - ângulo muscular; 2 – estilóide; 3 – epióide; 4 – ceratoióide; 5 - processo tiroióide; 6 - catilagem de 5; 7 – basióide; 8 - processo lingual.
CANINOS:
- Apresenta epi-hióide bem desenvolvido.
- Não tem apófise lingual.
SUÍNOS
- Apresenta apófise lingual curta e pontiaguda.
- Apresenta epi-hióide.
3.2.12 SEIOS PARANASAIS 
	São cavidades dentro de alguns ossos da cabeça preenchidas por ar. Elas são revestidas internamente por uma membrana mucosa e se comunicam com a cavidade nasal. Os seios frontal e maxilar são os mais conhecidos, mas muitos outros estão presentes, incluindo o esfenóide, palatino, lacrimal e seios conchais.
1. Seios frontais: são os seios paranasais encontrados nos ossos frontais de todas as espécies domésticas.
2. Seios maxilares: são os seios paranasais dos ossos maxilares. Este se abre dentro da cavidade nasal através da abertura nasomaxilar.
Comparada:
BOVINOS: Divertículo cornual: Continuação direta do seio frontal para dentro do processo cornual em ruminantes aspados.
4. ARTROLOGIA (estudo das articulações)
	Uma articulação é formada pela união de dois ou mais ossos ou cartilagens por outro tecido. O osso é a parte fundamental da maioria das articulações, em alguns casos um osso e uma cartilagem ou duas cartilagens, formam uma articulação.
4. 1 CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES
As articulações podem ser classificadas quanto à dinâmica em três classes:
- articulações Sinoviais ou Diartroses
- articulações Cartilaginosas ou Anfiartroses 
- articulações Fibrosas ou Sinartroses
- articulação Muscular ou Sisarcose
4.1.1ARTICULAÇÕES FIBROSAS – SINARTROSE - neste tipo de articulação o elemento de união é o tecido fibroso que praticamente impede os movimentos, por isso são freqüentemente denominadas articulações fixas ou imóveis. Não apresentam cavidade articular. A maioria destas articulações é temporária em razão do meio de união ser invadido por processo de ossificação, resultando em uma sinostose.
Divide-se em:
4.1.1.1 Sutura: este termo aplica-se as articulações da cabeça, em que os ossos adjacentes encontram-se intimamente unidos por tecido fibroso - os ligamentos suturais. Classificam-se em:
sutura serrátil: as bordas dos ossos apresentam irregularidades que se engrenam. Ex: sutura fronto nasal.
sutura plana: as bordas dos ossos são lisas ou levemente enrugadas. Ex: sutura inter nasal.
sutura escamosa: as bordas dos ossos são biseladas e se superpõe. Ex: sutura parieto temporal.
4.1.1.2. Sindesmose: neste tipo o meio de união é o tecido fibroso branco ou tecido elástico ou uma mescla de ambos. Ex: corpos dos metacarpianos e metatarsianos do cavalo, inserções das cartilagens costais entre si, rádio e ulna, etc.
4.1.1.3. Gonfose: este termo é algumas vezes aplicado para a implantação dos dentes nos alvéolos. Não é corretamente uma articulação, visto que os dentes não fazem parte do esqueleto.
4.1.2 ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS – ANFIARTROSES – o meio de união é fibrocartilagem ou cartilagem hialina ou uma combinação de ambas. A flexibilidade depende do meio de união. São temporárias.Classificam-se em:
4.1.2.1. Sincondrose: o meio de união é a cartilagem hialina. Este tipo de articulação é temporário visto que a cartilagem se transforma em osso antes da idade adulta. A cartilagem hialina que une os ossos é uma porção persistente do esqueleto cartilaginoso do embrião. Ex: porção basilar do occipital com o corpo do esfenóide, sincondrose inter mandibular no eqüino, esternébras, etc.
4.1.2.2. Sínfise: nestas articulações o meio de união é constituído por fibrocartilagem em alguma fase de sua existência. Os movimentos nestas articulações são limitados e variáveis. Ex: sínfise pélvica, articulação entre os corpos vertebrais, sínfise mandibular, etc.
4.1.3 ARTICULAÇÕES SINOVIAIS – DIARTROSE – são denominadas articulações móveis ou verdadeiras. Caracterizam-se pela presença de:
4.1.3.1 Elementos constantes:
- Superfície articular: variam muito quanto à forma e são na maioria lisas. Em certos casos a superfície acha-se interrompida por fossas ou fóveas sinoviais. Ex: fóvea da cabeça do fêmur, fossa acetabular.
- Cartilagem articular: geralmente do tipo hialino, revestem as superfícies articulares dos ossos. São espessas naquelas articulações que são sujeitas a maior pressão ou atrito. Acentuam a curvatura dos ossos. As cartilagens não são vascularizadas, diminuem os efeitos dos abalos e reduzem grandemente a fricção.
- Cápsula articular: é um tubo cujas extremidades estão inseridas ao redor das superfícies articulares. Formada de duas camadas. Uma externa constituída de tecido fibroso e uma interna a membrana sinovial.
a) Membrana fibrosa: insere-se a margem da superfície articular. Sua espessura varia muito, em alguns pontos é extremamente espessa e em outros pontos está ausente, neste caso a cápsula articular consiste apenas de membrana sinovial.
b) Membrana sinovial: reveste a cavidade articular exceto sobre as cartilagens articulares. É uma membrana ricamente suprida por vasos e nervos. Pode apresentar pregas e vilosidades que se projetam no interior da cápsula articular, nas pregas encontramos coxins de gordura. A membrana sinovial secreta um líquido a sinóvia que lubrifica a articulação. Tem o aspecto de clara de ovo amarelada e também nutre a cartilagem hialina articular. A cavidade articular é virtual, apenas contém sinóvia suficiente para a lubrificação da juntura.
4.1.3.2Elementos inconstantes:
- Ligamento: são fortes cintas ou membranas constituídas de tecido fibroso que unem os ossos entre si. São praticamente inelásticos, com algumas exceções como o ligamento nucal. Divide-se em:
a) ligamentos extra capsulares: são freqüentemente fusionados com a membrana fibrosa ou fazendo parte dela e em outros casos são distintos. Ligamento colateral está localizado lateralmente a uma articulação.
b) ligamento intra capsulares: estão localizados dentro da cápsula articular, porém, não dentro da cavidade articular, porque estão revestidos pela membrana sinovial. Em alguns casos, músculos, tendões, espessamentos de fáscias podem funcionar como ligamentos.
- Discos e meniscos articulares: são placas de fibrocartilagem colocadas entre as cartilagens articulares. Dividem a cavidade articular parcial ou totalmente em dois compartimentos, permitem maior amplitude de movimento, diminuem o choque, tornam as superfícies 
articulares mais congruentes. Ex: disco - juntura temporo mandibular; menisco - juntura femoro tibial.
- Cartilagem marginal: é um anel de cartilagem que rodeia a borda de uma cartilagem articular, ampliando a cavidade e prevenindo fraturas na borda articular. Ex: articulaçõe coxo-femoral (lábio acetabular).
4.1.3.3 Movimentos articulares:
Angulares (flexão/extensão): nestes movimentos há uma diminuição ou aumento do ângulo existente entre o segmento que se desloca e aquele que permanece fixo. Flexão é a diminuição do ângulo, o aumento é extensão. Ex: aproximação do úmero + rádio e ulna.
Abdução e adução: abdução é sinônimo de abertura e significa o movimento de afastamento do osso do eixo mediano. Ex: movimento de afastamento do membro anterior. Adução é o retorno do membro à posição primitiva ou quando se aproxima do eixo principal do corpo.
Rotação: quando um elemento permanece fixo e outro gira em torno do eixo principal longitudinal. Ex: articulação atlanto-axial
Deslizamento: para que haja um movimento de deslizamento as superfícies devem ser planas. Ex.: vértebras pelos processos articulares.
Circundação: são movimentos em que o segmento descreve círculos em torno de um eixo. Ex. articulações na extremidade da coluna (pescoço e cauda). Nos quadrúpedes só é possível em grau limitado e como manifestação de enfermidade.
4.1.3.4 Tipos de Articulações Sinoviais:
- Articulação Plana: caracteriza-se por apresentar superfície articular plana ou quase plana que permite deslizamento de umas sobre as outras. Ex: articulações dos processos articulares das vértebras e articulação sacroilíaca (face ventral do ílio e asas do sacro).
- Articulação tipo Gínglimo: articulação típica de dobradiça realizando movimentos angulares. Caracteriza-se pela apresentação de uma superfície articular formato arredondado e outra escavada para recebê-la. Ex. articulação da tíbia e tálus, articulação do cotovelo (úmero-rádio-ulnar), atlanto-occipital.
- Articulação Condilar: são constituídas por 2 côndilos. Executam dois movimentos principais: extensão e flexão (angulares) e acessoriamente, lateralidade e deslizamento. Ex. art. têmporo mandibular e articulação do joelho (fêmuro-tíbio-patelar).
- Articulação tipo Trocóide: neste tipo de articulação o movimento se limita a rotação de um segmento ao redor do eixo longitudinal do outro. Ex. art. atlanto-axial.
- Articulação Esferoidal: caracteriza-se pela recepção de uma cabeça articular numa cavidade de forma apropriada. Permite a maior variedade de movimentos: flexão e extensão, 
abdução e adução e rotação em torno do eixo vertical. Ex. escapulo umeral(cavidade glenóide da escápula com a cabeça do úmero), articulação coxo femoral (cavidade cotilóide do coxal com a cabeça do fêmur).
4.1.4 ARTICULAÇÕES MUSCULARES OU SISARCOSES – nos mamíferos domésticos, desprovidos de clavícula, existe ainda a articulação tronco apendicular torácica, que é a união de ossos estabelecidas apenas por músculos. Ex. união da escápula ao tronco.
5. ARTICULAÇÕES DA CABEÇA
5.1. Articulação Temporo mandibular (ATM): tipo sinovial.
Superfícies articulares de formato e tamanho desiguais, o côndilo da mandíbula, côndilo do temporal e fossa mandibular. Apresenta um disco articular entre as superfícies, as quais a torna mais congruente dividindo a cavidade articular em superior e inferior. A cápsula articular é forte com ligamento lateral e caudal que vão do processo pós glenóideo ao colo da mandíbula. Movimentos de deslizamento. Com a boca fechada o côndilo da mandíbula está na cavidade glenóide (fossa mandibular) do temporal, com a boca aberta o côndilo da mandíbula está com o côndilo do temporal. Movimentos transversais (ruminantes) com rotação dos côndilos da mandíbula sobre um eixo vertical, o disco desliza rostralmente em um lado e caudalmente e outro lado.
5.2. Articulações fibrosas: tipo suturas. Ex: sutura fronto nasal, internasal, parieto temporal, etc.
5.3. Articulações cartilaginosas: tipo sincondrose. 
- Porção basilar do occipital com o corpo do osso esfenóide, sincondrose esfeno-occipital, ossifica com quatro anos.
- Sincondrose interesfenoidal, ossifica com três anos.
- Sincondrose interoccipital, dois anos.
- Sincondrose intermandibular, de um a seis meses.
5.4. Articulações Hióideas (osso hióide)
- art fibrosa tipo sindesmose: temporo-hióidea (estilóide com o processo estilóide do osso temporal).
- art cartilaginosa: estilóide com o ceratoióide e o epióide no meio (bovinos).
- art sinovial: ceratoióide com o corpo do basióide. Movimentos devido à mastigação e deglutição.
6. MIOLOGIA6.1 Generalidades sobre músculos
	
Miologia é o capítulo da anatomia que estuda os músculos. Músculos são órgãos que gozam da propriedade de contrair-se, isto é, diminuem de comprimento sob a influência de um estímulo, o qual é proveniente do sistema nervoso.
	
O aparelho locomotor é constituído pelos ossos, articulações e músculos, estes últimos são elementos ativos do movimento, enquanto que os ossos, são os elementos passivos, verdadeiras alavancas biológicas.
	A musculatura, não assegura só a dinâmica, mas também a estática do corpo. Realmente, a musculatura não apenas torna possível o movimento, como também, mantém unidas as peças ósseas, determinando a posição e postura do esqueleto.
6.2Variedade dos músculos
	Os músculos, são formados por tecido muscular estriado, liso e cardíaco. 
Os músculos de fibras estriadas de contratibilidade rápida, geralmente avermelhados, apresentam uma estriação dupla: longitudinal e transversal. São voluntários porque suas contrações estão sob influência da vontade do indivíduo. Revestem o esqueleto, o que lhes vale o nome de esquelético, da vida de relação e, ainda, de exteriores. Constituem os músculos motores do esqueleto.
Os músculos de fibras lisas, de contratibilidade lenta, possuem coloração vermelho pálido ou creme, são chamados involuntários, porque suas atividades não estão sob influência da vontade do indivíduo. Entram na constituição das paredes de muitas vísceras ou órgãos internos e, por isso, são também chamados de músculos viscerais da vida orgânica e de interiores.
O músculo cardíaco, embora, seja constituído de fibras estriadas, encontra-se em uma classificação aparte, pois não está sob o domínio da vontade do indivíduo.
6.3 Componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos
	
Um músculo esquelético típico possui uma porção média e 2 extremidades. A porção média é carnosa vermelha in vivo e recebe o nome de ventre muscular. Nele predominam as fibras musculares, sendo portanto a parte ativa do músculo, isto é, a parte contrátil.
	Quando as extremidades são cilíndricas ou então tem a forma de fita, chama-se tendões. Quando são laminares, recebem o nome de aponeuroses.
Tanto tendões quanto aponeuroses são esbranquiçadas e brilhantes, muito resistentes praticamente inextensíveis, constituídos por tecido fibroso denso. Tendões e aponeuroses servem para prender o músculo ao esqueleto. As definições acima referidas tem exceções: os tendões ou aponeuroses nem sempre se prendem ao esqueleto, podendo fazê-lo em outros elementos: cartilagem, cápsulas articulares, septos intermusculares, derme, tendão de outro músculo, etc.
Em um grande número de músculos, as fibras tem dimensões tão reduzidas que se tem a impressão de que o ventre muscular se prende diretamente ao osso.
Descrição dos componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos 
6.4 Considerações sobre o músculo esquelético
	O músculo isolado é composto de várias células unidas por tecido conjuntivo. Estas células são gigantes e visíveis a olho nu quando isoladas, sendo denominadas fibras musculares devido a sua dimensão e forma.
	O músculo esquelético é envolto como um todo por uma densa camada de fáscia denominada epimísio. Abaixo do epimísio, encontra-se uma camada mais frouxa que envolve os pequenos feixes (fascilados) nos quais as fibras estão agrupadas denominada de perimísio. A camada delicada de revestimento que envolve cada fibra muscular denomina-se endomísio. Estes componentes de tecido conjuntivo se funde em cada extremidade do “ventre” muscular formando os tendões e/ou aponeuroses pelas quais o músculo se fixa. 
6.5 Fáscia muscular
	È uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo de coloração branca brilhante. A espessura da fáscia muscular varia de músculo para músculo, dependendo de sua função. 
	As vezes a fáscia muscular, é muito espessa e pode contribuir para prender o músculo ao esqueleto. Para que os músculos possam exercer eficientemente um trabalho de tração ao se contrair, é necessário que eles estejam dentro de uma bainha elástica de contenção, papel executado pela fáscia dos músculos. Permitindo, inclusive, o fácil deslizamento dos músculos entre si. Em certos locais, a fáscia muscular pode apresentar-se espessada e dela partem prolongamentos que vão terminar se fixando ao osso, sendo denominados septos intermusculares. Estes separam grupos musculares em lojas ou compartimentos e ocorrem freqüentemente nos membros.
6.6Volume 
	O volume dos músculos é muito variável. É grande a diferença entre o músculo gêmeos e o músculo oblíquo externo do abdômen.
6.7 Peso
	O peso dos músculos varia de poucas gramas a quilogramas e o peso total da massa muscular corresponde a + 50% do peso total do corpo, mas é variável em função da espécie, raça, idade e sexo.
6.8 Número
	É variável o número de músculos porque também é variável o número de ossos nas diversas espécies animais. No eqüino, por exemplo, o número de músculos é de + 500.
6.9 Situação
	Quase todos os músculos são pares, isto é, encontram-se em ambos os lados do plano longitudinal médio. Poucos são os músculos ímpares, isto é, situados no plano mediano longitudinal, tais como o diafragma e o esfíncter anal.
	Quer os músculos pares, quer os músculos ímpares, são relativamente simétricos, com exceção do diafragma que apresenta notável assimetria. A linha mediana que assinala a união dos músculos pares correspondentes denomina-se rafe.
6.10Particularidades usadas para descrição de um músculo
	Nome: o nome dos músculos é mais variável ainda do que os usados para os osso. Sendo que o nome está determinado por várias considerações, com a ação, inserção, forma, posição, direção, etc. 
	Forma: os músculos podem ser longos, largos, curtos, triangulares, etc. Os músculos longos, principalmente nos membros são fusiformes. Em uma determinada região, os músculos superficiais são sempre mais longos que os profundos.
	Origem e inserção: por razões didáticas convencionou-se chamar origem à extremidade do músculo presa a peça óssea que não se desloca. Por contraposição, denomina-se inserção à extremidade do músculo presa a peça óssea que se desloca. Origem e inserção são também denominadas respectivamente de ponto fixo e ponto móvel. O músculo braquial prende-se na face anterior do úmero e da ulna, atravessando a articulação do cotovelo. Ao contrair-se, executa flexão do antebraço e consideramos sua extremidade umeral (proximal) como origem e sua extremidade ulnar (distal) como inserção.
	Nos membros, geralmente a origem de um músculo é proximal e a inserção é distal.
	Ação: pertence mais ao estudo da fisiologia, mas os pontos mais importantes se estudam geralmente nas descrições anatômicas. Em alguns casos a ação é simples, em outros complexa. 
	Relações: Constituem uma parte muito importante na anatomia topográfica.
 	Irrigação sangüínea e inervação: já vimos que a atividade muscular é controlada pelo sistema nervoso central. Nenhum músculo pode contrair-se se não receber estímulo através de um nervo. Se caso o nervo for seccionado, o músculo deixa de funcionar e por esta razão entra 
em atrofia. Para executar seu trabalho mecânico, os músculos necessitam de considerável quantidade de energia. Em vista disso, os músculos recebem eficientemente suprimento sangüíneo através de uma ou mais artérias, que neles penetram e se ramificam intensamente, formando um extenso leito capilar. Nervos e artérias penetram sempre pela face profunda do músculo pois assim são melhores protegidos.
6.1.1 Denominações quanto a ação
	Músculos agonistas: um músculo ou grupo de músculos que produzam um determinado movimento (ação).
	Músculos antagonistas: aqueles que se opõe ativamente a um determinado movimento produzido por outro músculo ou grupo de músculos.
	Músculos sinergistas: são aqueles que podem eliminar um efeito indesejável, modificando a ação de um agonistae não se opondo ou facilitando diretamente um determinado movimento.
	Músculo fixador: são músculos utilizados para estabilizar partes do corpo numa posição para permitir a atuação dos agonistas. 
	
6.12 Músculo esfíncter
	Quando as fibras se dispõem em círculos paralelos, formando verdadeiros anéis, como segmentos de tubos. Ex. esfíncter anal.
6.13 Músculo orbicular
	Neste caso as fibras também se distribuem formando círculos, porém, estes são concêntricos, resultando disso músculos grandes, porém planos. Os esfíncteres são anexos às vísceras e estão normalmente em contração, relaxando-se sob o estímulo da vontade, enquanto que os orbiculares apresentam o mesmo tônus que os outros, isto é, o seu estado normal é em relaxamento, entrando em contração sob a ação da vontade.
6.14 Músculo cutâneo
	O músculo cutâneo é uma delgada capa muscular desenvolvida na fáscia superficial. Está aderida a pele, e fixado ao restante do esqueleto de modo muito frouxo. Não cobre todo o corpo e pode ser dividido em quatro porções:
Porção facial: está representada pelo músculo cutâneo da face. Consiste numa delgada capa muscular, de um modo geral incompleta.
Porção cervical: está apresentada pelo músculo cutâneo do pescoço e encontra-se na região ventral do pescoço.
Porção braquial: está apresentada pelo músculo cutâneo omobraquial. Cobre a face externa do ombro e do braço.
Porção abdominal: está representada pelo músculo cutâneo do tronco (matambre).
6.15. Quanto ao ventre muscular
	Alguns músculos apresentam mais de um ventre muscular, com tendões intermediários situados entre eles. São digástricos os músculos que apresentam dois ventres (Ex. músculo digástrico) e poligástricos os que apresentam número maior como é o caso do músculo reto do abdome.
6.16 Quanto ao número de cabeças
	Quando os músculos se originam por mais de um tendão, diz-se que apresentam mais de uma cabeça de origem. São então classificados como músculos bíceps, tríceps ou quadríceps. Ex. bíceps braquial, tríceps do braço e quadríceps da coxa.
6.17. Membrana sinovial
	São bolsas de paredes delgadas, análogas as membranas sinoviais das articulações e desempenham a mesma função. Apresentam-se em duas formas:
Bolsa sinovial: é uma simples bolsa que se interpõe entre um ponto de bastante pressão, situando-se entre tendão e músculo ou músculo e esqueleto.
Bainha sinovial: está disposta ao redor do tendão, apresentando duas capas: interna, aderida ao tendão e externa, que reveste o canal onde se acha o tendão. 
 
Desenho representando as duas formas da membrana sinovial dos músculos
6.18 Linha branca
	
Também chamada de linha alba ou alva. É um cordão “fibroso”, que segue na linha mediana ventral desde a cartilagem xifóide até a extremidade cranial da sínfese pélvica (púbica). A linha branca serve de ponto de inserção para os músculos abdominais de ambos os lados.
6.19 Canal inguinal
	É uma fenda existente na parede abdominal na altura da virilha, entre a parte carnuda do músculo oblíquo interno do abdome de um lado e a porção lateral da aponeurose do músculo oblíquo externo do outro. As paredes são justapostas e unidas por tecido areolar, exceto por onde passam as estruturas. O anel inguinal profundo é a entrada abdominal do canal, situado na borda livre do músculo oblíquo interno; a saída do canal, o anel inguinal superficial, está contido entre os dois ramos da aponeurose do músculo oblíquo externo. Pelo canal passam no macho os componentes do funículo espermático e em ambos os sexos, conduz também, a artéria e veia (geralmente) pudendas externas, nervo genitofemural, vasos eferentes dos linfonodos inguinais superficiais (escrotais ou supramamários). A saída de órgãos para o canal e através dele, constitui a hérnia inguinal. 
DISSECAÇÃO
Para dissecar e identificar os músculos é necessário a remoção da pele que recobre a região em estudo. Entretanto a remoção deve ser feita gradativamente à medida em que os músculos vã sendo dissecados para evitar ressecamento das áreas ainda não preparadas. Alguns músculos possuem uma localização mais profunda (sob outros) e para a sua dissecação é necessário a secção (corte) dos músculos superficiais. Essa secção deve ser feita no terço médio (metade) do músculo.
7. MUSCULOS DA REGIÃO DA CABEÇA
Na cabeça há a musculatura mímica e a mastigatória que são inervadas por nervos provenientes do sistema nervoso central chamados nervos cranianos.
7.1 Musculatura mímica e superficial
- elevador naso labial – dorsal e caudal a narina 1
- elevador do lábio superior- 2
- canino- dilata as narinas 3
- orbicular do olho – ao redor dos olhos 4
-bucinador – músculo que forma a bochecha 5
- orbicular da boca – ao redor dos lábios 6
- zigomático – atravessa a face indo até a comussura labial 7
7.2 Musculatura Mastigatória
- masseter- maior de todos os músculos da face, tem a função de fechar a boca (aproxima a mandíbula do maxilar) 8
- temporal – função de fechar s boca 9
- pterigóideo medial – localizado medialmente no ramo da mandíbula
- digástrico – tem a função de abrir a boca
- milohioideo – fecha os ramos horizontais da mandíbula.
 
Desenho representando os músculos da região da face de um equino
7.3 Origem, inserção e ação dos principais músculos da face
M. masseter
Origem- crista facial (região maxilar) e arco zigomático. 
Inserção- superfície lateral do ramo da mandíbula (ramo).
Ação- promover a aproximação da mandíbula com o maxilar, só de um lado tracionar em direção ao lado ativo.
M. temporal
Origem- fossa temporal.
Inserção- processo coronóide da mandíbula.
Ação- levantar a mandíbula.
M. digástrico
É composto de dois ventres unidos por um tendão.
Origem- processo jugular (paracondilar) do occipital.
Inserção- medialmente na borda ventral da parte molar da mandíbula.
Ação- auxilia na depressão da mandíbula e abertura da boca.
M. bucinador
Origem- porção bucal ( osso maxilar e porção molar ( porção molar da mandíbula. 
Inserção- porção bucal e porção ( músculo orbicular junto ao ângulo da boca.
Ação- movimento medial da bochecha; pressionando desta forma o alimento entre os dentes.
8. OSTEOLOGIA DA COLUNA VERTEBRAL (RAQUE)
É uma cadeia de ossos irregulares, denominados vértebras, que se estendem desde a cabeça até a extremidade da cauda. A coluna vertebral forma o eixo principal do corpo, apresentando-se dividida em regiões denominadas: região cervical, torácica, lombar, sacral e caudal.
8.1 FÓRMULA VERTEBRAL
 É a maneira de se expressar graficamente o número de vértebras das diversas regiões. O número é constante dentro de uma espécie, variando apenas a região caudal. Toma-se a letra inicial da região seguida pelo número de vértebras desta. 
 Cervical Torácica Lombar Sacral Caudal
	Eqüino
	C 7
	T 18
	L 6
	S 5
	Ca 15-21
	Bovino
	C 7
	T 13
	L6
	S 5
	Ca 18-20
	Ovino
	C 7
	T 13
	L 6
	S 4
	Ca 16-18
	Canino
	C 7
	T 13
	L 7
	S 3
	Ca 20-23
	Suíno
	C 7
	T 14-15
	L 6-7
	S 4
	Ca 20-23
8.2 VÉRTEBRAS
São ossos ímpares, irregulares e que apresentam características particulares para cada região e na mesma região. Os caracteres gerais são encontrados em todas as vértebras e servem como meio de diferenciação destas com os demais ossos do esqueleto. As vértebras em geral apresentam: 
-.Corpo: é cilíndrico e ventral. Apresenta uma extremidade cranial, geralmente convexa e uma extremidade caudal, normalmente côncava. A face dorsal do corpo forma o assoalho do canal vertebral e é plana, enquanto sua face ventral é convexa transversalmente podendo apresentar na linha mediana uma crista ventral.
-.Arco: é dorsal e formado embriologicamente de duaslâminas, assim esse conjunto cria um espaço chamado forame vertebral. Os forames vertebrais em sequência originam o canal vertebral que abriga a medula espinhal. O arco apresenta incisuras na junção com o corpo, incisuras craniais e caudais, que juntamente com a vértebra precedente ou com a seguinte formam forames intervertebrais, por onde emergem os nervos espinhais. Do arco surgem expansões ósseas chamadas processos.
-.Processos (espinhosos, articulares, transversos)
O processo espinhoso é mediano e projeta-se dorsalmente do arco da vértebra.
Os processos articulares, 2 craniais e 2 caudais, projetam-se cranial e caudalmente do arco, com a função de articular a vértebra com a precedente e a subseqüente.
Os processos transversos emergem do arco lateralmente, próximo a fusão com o corpo.
Os processos mamilares são projeções crânio-dorsal, do processo articular cranial de uma vértebra, aparecendo nas 4 últimas vértebras torácicas, porém sendo típico das vértebras lombares.
8.3 REGIÃO CERVICAL (7 vértebras)
Apresenta sete vértebras em todas as espécies domésticas. A 1ª e 2ª são modificadas devido à função especial de sustentar e movimentar a cabeça, a 6ª e 7ª também possuem algumas modificações. As características desta região são o corpo, o arco e cabeça articular desenvolvidas.
 
 ATLAS (1ª vértebra)
 Articula-se cranialmente com o occipital e caudalmente com o axis. O corpo e o processo espinhoso estão atrofiados. Os processos transversos transformaram-se em asas, com uma fossa atlantal (ventralmente). Assim restaram dois arcos, o dorsal com um tubérculo dorsal na linha mediana e um arco ventral com um tubérculo ventral, também na linha mediana.
 A extremidade cranial sofreu uma modificação nos processos articulares originando duas cavidades glenóides, as quais recebem os côndilos do occipital. Essa articulação permite o movimento de afirmação da cabeça.
 A extremidade caudal no arco modificou-se e a superfície articular caudal formou uma cavidade chamada de fossa odontóide (cavidade anular) que serve para articulação com o processo odontóide do áxis, que permite o movimento de negação da cabeça.
As asas (processo transverso modificado) são vazadas cranialmente pelos forames, vertebral lateral e alar, e caudalmente pelo forame transverso. O forame vertebral lateral é mais medial e abre-se no canal vertebral, enquanto o forame alar é mais lateral, abrindo-se na fossa atlantal.
RUMINANTES: asas menos encurvadas. Não apresenta forame transverso.
SUÍNOS: tubérculo dorsal grande, asas achatadas, o forame transverso passa atrás da borda caudal da asa e não é visível dorsalmente, às vezes está ausente.
CARNÍVOROS: arco ventral estreito, superfície dorsal é convexa. As asas são largas e quase horizontais, apresenta chanfradura alar ao invés de forame alar. Forame transverso presente.
ÁXIS (2° vértebra)
É a mais longa de todas as vértebras e caracteriza-se por apresentar um grande processo espinhoso bífido e um processo odontóide (dente).
A extremidade cranial modificada articula-se com a cavidade anular do Atlas pela superfície ventral convexa do dente e por áreas articulares laterais a este. Na fusão do arco dorsal com o corpo, nos animais jovens, encontramos uma incisura, que no adulto fecha-se com uma ponte óssea formando o forame vertebral lateral.
Na extremidade caudal temos uma cavidade cotilóide que recebe a cabeça da terceira vértebra cervical. 
Os processos transversos são pouco desenvolvidos, voltados caudalmente e vazados por um pequeno forame transverso. 
O processo espinhoso é muito desenvolvido, bifurcado caudalmente, terminando cada ponta em um grande processo articular caudal.
BOVINOS: o axis é curto, o processo espinhoso se projeta um pouco cranialmente. Processo odontóide é largo sua face dorsal é profunda e côncava. Forame vertebral lateral é circular e não tão junto à borda do arco. Processos transversos mais espessos, forame transverso às vezes incompleto.
SUÍNOS: processo espinhoso desenvolvido direcionado dorsal e caudalmente. Processo odontóide cilíndrico, processo transverso pequeno e às vezes não está presente.
CARNÍVOROS: processo odontóide arredondado e longo chega atingir o occipital. Processo transverso pontiagudo, forames transversos relativamente grandes, processo espinhoso fino e de altura moderada se prolonga cranialmente de modo a se sobrepor ao arco dorsal do atlas. Não apresenta forame vertebral lateral, possui incisura vertebral cranial.
VÉRTEBRAS TÍPICAS (3°, 4° e 5° vértebras cervicais - bicúspides)
As vértebras cervicais típicas são C3, C4 e C5, pois apresentam uma forma alongada, com processos articulares muito bem desenvolvidos, processos espinhosos atrofiados e processos transversos bicúspides e amplos, vazados na base por um forame transverso e com uma crista ventral acentuada. O conjunto dos forames transverso forma o canal transversal, por onde passa a artéria vertebral e o nervo vertebral do Sistema Nervoso Autônomo.
O longo corpo apresenta uma extremidade cranial, com uma superfície articular convexa chamada cabeça e na extremidade caudal, a superfície articular é côncava e chamada de cavidade cotilóide.
6° VÉRTEBRA - tricúspide
É mais curta que o padrão (C3, C4 e C5), tem um processo transverso com 3 pontas (cúspide), vazado por um imenso forame transverso. O processo espinhoso começa a aparecer.
7° VÉRTEBRA – unicúspide
É a mais curta das vértebras cervicais. Tem o processo transverso com apenas uma cúspide, que não é vazado na base, pela ausência de forame transverso. O processo espinhoso já é desenvolvido e, na extremidade caudal do corpo, lateralmente, surge uma faceta articular caudal, que recebe juntamente com a faceta cranial da 1ª vértebra torácica, a cabeça da 1ª costela. Ausência de crista ventral com exceção dos cães.
8.4 REGIÃO TORÁCICA (18 vértebras)
 São comumente em nº de 18 no cavalo, 13 no bovino, 14/15 no suíno e 13 nos carnívoros. Como características principais observamos faces para articulação com a costela, tamanho e forma dos processos espinhosos (desenvolvidos).
Uma vértebra torácica em geral caracteriza-se, por apresentar um corpo muito curto, com facetas articulares, duas craniais e duas caudais, para receber a cabeça da costela. O arco é pequeno, o processo espinhoso muito desenvolvido, com processos articulares pequenos e 
ovais. O processo transverso é curto com uma superfície (faceta) articular que recebe o tubérculo da costela. 
As facetas articulares do corpo de uma vértebra torácica, juntamente com a faceta da vértebra precedente ou da vértebra seguinte, formam uma cavidade articular chamada fóvea costal, que recebe a cabeça da costela.
Na união do arco com o corpo encontramos grandes incisuras, sendo que as caudais são mais profundas que as craniais, e formam com as incisuras da vértebra precedente e da subseqüente, forames intervertebrais. Através deles saem os nervos espinhais.
A última vértebra (T18) não possui faceta articular caudal. E se observarmos as vértebras torácicas, quanto mais próximo da última, mais às facetas craniais ficam próximas da superfície articular do processo transverso, até fundirem-se. A cabeça da costela torna-se menor e funde-se com a superfície articular do tubérculo.
Nas 4 ou 5 últimas vértebras torácicas encontramos processos mamilares.
De um modo geral os processos transversos diminuem de tamanho e estão dispostos cada vez mais ventral. Os processos espinhosos aumentam em comprimento até a terceira ou quarta vértebra e então diminuem até a 15ª as espinhas mais longas são as mais espessas e apresentam seus ápices engrossados.
BOVINOS: corpo mais largo
SUÍNO: o arco é perfurado de cada lado por um forame (do arco). Processo transverso apresenta processo mamilar a partir da 3ª vértebra.
CARNÍVOROS: apresentam o processo mamilar em todas as vértebras, as três últimas apresentam o processo acessório,

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