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Microeconomia Eficiência e equidade: Remetendo aos conceitos de Excedente do produtor e do consumidor, segue que: Excedente do consumidor é a diferença entre o que o consumidor está disposto a pagar e quanto ele de fato paga. Excedente do produtor é a diferença entre o preço que o vendedor de um bem recebe e o seu custo. A soma dos excedentes dos excedentes do produtor e do consumidor; o excedente total; mede o ganho do comércio: Os benefícios totais para compradores e vendedores de participarem do mercado. A fim de tentar aumentar o excedente total, pode-se verificar as implicações de 3 medidas, por exemplo: Realocando consumo: Necessariamente, os consumidores estariam à esquerda do ponto de equilíbrio na curva de demanda, ao tentar mudar o nível de consumo, haveria uma menor quantidade de consumo que implicaria em um menor excedente tanto do produtor como do consumidor e, portanto, um menor excedente total. Realocando a produção: De maneira análoga à tentativa de realocar o consumo, conclui-se que o excedente total ainda será menor do que na situação de equilíbrio. Mudando o nível de produção: No ponto de equilíbrio, a disposição de pagar do último comprador é igual ao custo do último vendedor, qualquer produção diferente disso implicaria em produzir um livro que custa mais do que o consumidor está disposto a pagar ou não produzir um livro que vale mais do que seu custo. Seja qual for a situação, ainda haverá um menor excedente total. Conclusão: Em equilíbrio, um mercado perfeitamente competitivo é eficiente. Funcionamento dos mercados: Os mercados funcionam bem, principalmente por dois motivos: Direitos de propriedade e o papel dos preços como sinais econômicos. O direito de propriedade garante, à medida do possível que haja a possibilidade de uma negociação benéfica para ambos os lados, dessa maneira, quando desejado, uma pessoa poderia vender algo que não lhe tem mais tanta utilidade. A idéia de que preços podem funcionar como sinais econômicos, podem ser exemplificados através da seguinte situação: O preço das caixas de papelão aumentou recentemente, logo, espera-se que a produção das indústrias aumentará num futuro próximo. Falhas de mercado: De maneira geral, os mercados falham quando o direito de propriedade não é bem exercido, ou seja, quando um dos parceiros, na tentativa de captar mais recursos, impede que ocorram transações mutuamente benéficas. Eficiência: Os mercados de uma economia são todos inter-relacionados de duas maneiras: Do lado do consumo, a demanda de cada bem é afetada pelos preços dos outros bens. Do lado da produção, os produtores de diferentes bens competem entre si pelos mesmos fatores de produção. Em cada mercado, tanto as curvas de ofertas e de demandas são afetadas pelos outros mercados. Quando todos os mercados atingiram o equilíbrio, dizemos que a economia está em equilíbrio geral. Para verificar a eficiência da economia como um todo, analisar a economia como um mercado através de excedente de produtor e de consumidor, passa a não ser mais tão razoável. Para isso, são utilizados três critérios, baseados no conceito de “ótimo de pareto”: Eficiência no consumo: Uma economia é eficiente no consumo se não há maneira de redistribuir bens entre os consumidores que torne melhor a situação de alguns consumidores sem piorar a de outros (idéia SEMELHANTE, porém diferente de um tradeoff). Caso seja possível melhorar a situação de alguns, sem piorar a situação de alguns, quer dizer que a economia não está utilizando de todos os seus recursos. Eficiência na produção: Uma economia é eficiente na produção se não puder produzir mais de um produto sem produzir menos de outro, ou seja, se tiver uma alocação eficiente de recursos. Eficiência nos níveis de produto: Os produtos devem ser produzidos de maneira que correspondam às demandas dos mercados. Por outro lado, em um mercado competitivo onde os preços agem como sinais econômicos, os níveis de produtos se adaptam à essas demandas. Relação entre falhas de mercado e ineficiência de uma economia Os mesmo fatores que levam a falhas de mercado levam a ineficiência na economia em seu conjunto, quando os preços deixam de funcionar adequadamente como sinais econômicos e transações mutuamente benéficas deixam de ser aproveitadas. Equidade: Uma economia ditatorial onde as pessoas só têm acesso ao mínimo de recursos necessários poderia sobreviver, apesar de ser uma economia eficiente (baseado nas premissas já definidas) não significa que ela é justa, nesse contexto, entra em contexto a noção de equidade. Uma fronteira das possibilidades de utilidade, que mostra o bem-estar total que cada grupo poderia ter, dados os recursos totais da economia e a utilidade total do outro grupo. Qualquer ponto na fronteira das possibilidades de utilidade e eficiente, isto e, uma vez estando nessa fronteira, a unica maneira de melhorar a situação de algumas pessoas e piorar a situação de outras. Qualquer ponto dentro da fronteira e ineficiente. Às vezes é mais razoável possuir uma economia menos eficiente, de maneira que seja mais justa. A economia não deve ser pautada na busca de uma alta eficiência, mas sim um bom termo entre eficiência e equidade, como exposto no exemplo abaixo, onde é utilizado o conceito de fronteira das possibilidades de utilidade:
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