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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I, em word

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I
Anotações da aula do Prof. Adriano
O Link para DOWNLOAD deste arquivo em formato WORD está no final do texto.
PARTE 1
1	Aula 02/03/2016	3
Juiz de Direito (JD)	3
Justiça federal (JF)	4
Poderes e a independência do Juiz	4
2	Aula 09/03/2016	5
Competência	5
SUMULAS:	7
3	Aula 16/03/2016	8
4	Aula 23/03/2016	10
Assistência (Art. 50 do CPC antigo)	10
Modelo Kelsen-Borja	11
Ministério Público	11
Defensoria Pública	12
5	Aula 06/04/2016	12
Atos Processuais	12
PARTE 2
6	Aula 27/04/2016	15
Classificação dos Prazos	15
7	Aula 04/05/2016	16
Citação, notificação, intimação.	16
8	Aula 11/05/2016	18
Citação por edital (editalícia)	18
Intimações	18
Nulidades Processuais	19
9	Aula 18/05/2016	20
Estabilização do Processo	20
Petição Inicial ou Exordial	21
10	Aula 25/05/2106	22
Do Pedido	22
11	Aula 01/06/2016 (trabalho)	24
Ata Notarial	24
12	Aula 08/06/2016	24
Peças da defesa	24
13	Aula 15/06/2016	25
Da Prova	25
14	Aula 22/06/2016	27
Audiência de Instrução e Julgamento	27
PARTE 1
Aula 02/03/2016
Prova: 20/04/2016		Texto marcado sobre o conteúdo que caiu na prova (5 questões).
Bibliografia: o CPC e sumulas do STJ.
STF
STJ
TRF
TJE
TR
TR
JD
JF
STF (ministros)
STJ (juízes) => composto por membros do MP (estadual e federal), da advocacia, etc...
Não existe hierarquia jurisdicional entre STF e STJ, pois não há vinculação direta. Mas administrativamente há uma hierarquia.
É o tribunal da federação (de recurso – de apelação): interpreta a lei federal de maneira definitiva; unifica as diferentes interpretações encontradas no Brasil.
TJE (justiça estadual) e TRF (justiça federal) => são justiças comuns, com várias especializações.
Serão estudadas nesta disciplina.
Juiz de Direito (JD)
Concurso público. Três anos de prática jurídica (pelo menos 5 processos por ano).
Inicia com o nome de Juiz Substituto, apesar de ser titular na sua jurisdição.
Competência residuária: Julga tudo que não estiver na competência das justiças especializadas, nem na justiça federal comum.
Comarcas: divisão estadual. Entrâncias finais (antes de virar desembargador). Entrância intermediária e Entrância inicial (cidades onde o juiz começa).
Depois da Entrância Final, é promovido para o TJE (Tribunal de Justiça do Estado), com o nome de Desembargador (julga recursos das decisões dos juízes de direito, ou mono ou em colegiado).
TR (Turmas Recursais) => julga recursos das decisões de juízes de direito que trabalham nos juizados especiais (hoje, é metade da justiça federal). É composto por três juízes.
É diferente da TR da justiça federal!!!
Justiça federal (JF)
Não existe entrâncias. É composto por dois juízes, o titular e o substituto. Não há diferença jurisdicional entre eles (possuem independência funcional para julgar).
Juiz Federal: julga as causas do artigo 109 da CF.
Tribunal Regional Federal (TRF). Existem 5 no Brasil. Julgam os recursos das decisões dos juízes federais.
Poderes e a independência do Juiz
No novo CPC, os poderes são elencados, basicamente nos artigos 139 à 142 (VER).
Art. 139. Permite ao juiz dilatar o prazo, pode aumentá-lo na medida que seja adequado.
Quando entrarem muitas ações individuais, o juiz pode oficiar o MP ou órgãos oficiais que promovam uma ação coletiva (posteriormente as execuções são individuais).
Art. 140. Consagra o princípio de que o juiz não pode se negar a julgar, alegando que não existe lei específica.
Art. 141. O juiz terá que decidir a LIDE posta pelas partes (está restrito às causas de pedir, etc.).
Poder inerente (está na Lei orgânica Federal). O juiz pode requisitar a força policial para garantir o cumprimento de suas decisões (desobstrução de via pública, entrega de materiais, prisão civil).
A independência pode ser externa e interna. Deve ser vista teleologicamente, por finalidade.
Todas as declarações/normativos internacionais mencionam que os tribunais precisam ser independentes na sua atividade fim (julgar) – independência perante o executivo e o legislativo.
Independência interna em relação aos próprios órgão administrativos do judiciário (privação de água, de luz, de limpeza, de assessoria, etc.).
Impedimento e suspeição: imparcialidade e impedimento (ver Art.s 144 e 145 – são, na verdade, uma coisa só). No artigo 147 (ver art. 128), há incompatibilidade quando há, na mesma turma, parentes em linha reta e colaterais em terceiro grau.
A imparcialidade é um requisito, antes de conhecer o processo (na eminência da sentença o juiz já tem sua parcialidade). Isso não se confunde com neutralidade, que é impossível.
Art. 144-145. Impedimento do juiz quando ele for parte; quando for mandatário (recebeu o mandato) de uma das partes; se atuou como perito ou órgão do MP; ou se foi testemunha.
Art. 145. Suspeição: se o juiz é amigo íntimo ou inimigo capital de uma das partes ou advogado. Quando uma das partes for credora ou devedora do juiz ou cônjuge. Se recebeu presente ou homenagem de uma das partes.
Aula 09/03/2016
Competência
Art. 42 Parcela da jurisdição de um juiz para decidir certo e determinado litígio; divisão do poder do estado de julgar; área ou limite dentro do qual um juiz ou tribunal pode dizer o direito.
SABER DECOR (não é lógico ou intuitivo)... Súmulas do STJ
Abaixo do STJ estão os tribunais de justiça (TJ) do estado e os tribunais regionais federais (TRT, por exemplo).
O STJ dirá de quem é a competência sobre cada assunto.
Art. 105 da CF, o STJ decide os conflitos de competência entre os tribunais não superiores (TRT's).
Se juízes desses tribunais entrarem em conflito, também será o STJ.
...Processo do Trabalho: A partir de 2005, é o TST (Tribunal Superior do Trabalho) que decide conflitos entre TRT's.
Critérios de competências relativas: territorial (limites geográficos, ex. diferentes municípios) e em razão do valor (trata de limites em razão do valor da causa, ex. diferentes varas de juizados de pequenas causas – juizados especiais cíveis, federais, etc.).
Lei COJERGS (código de administração judiciária do ESTADO): Divisão judiciária em COMARCAS, jamais será menor que um município (não há município com mais de uma comarca). O Tribunal de Justiça (TJ) é único por estado e DF.
TRE é único por estado, mas TRT pode abranger mais de um estado.
Subseções (subscrições) da JUSTIÇA FEDERAL: cada estado e o DF corresponde a uma seção judiciária, que são divididas em subseções (não possuem relação de delimitação geográfica com as comarcas). O RS possui muitas subseções.
Seção judiciária é o estado (tem subseções, maiores que as comarcas). Região é outra coisa...
Competências Absolutas
Em razão da matéria: conforme o objeto do litígio, ex. pedido de naturalização, opções de naturalidade, são de competência federal (Art. 109 da CF). Acidente do trabalho é de competência estadual (Art. 109 da CF).
Cada causa (ex. acidente do trabalho), pode gerar diferentes pretensões (na justiça estadual pedir INSS – benefício previdenciário –, na justiça do trabalho pedir uma indenização).
Em razão da hierarquia (funcional): na função exercida pela pessoa (em razão de um ministro do STF, é julgado pelo próprio STF). TCU => STF. Câmara de vereadores => Juiz de Direito.
Em razão da pessoa: pessoa jurídica (união federal, empresas públicas de direito privado – autarquia, fundação, etc.). Entidades despersonalizada (Tribunal de Contas, mesa do senado, mesa da câmara legislativa).
Personalidade judiciária: massa falida, condomínio.
Art. 43 do CPC. Tempo em que se fixa a competência. No momento do registro ou da petição judicial (momento em que se propõe/ajuíza a ação).
O juiz distribuidor distribui os processos entre os juízes de uma vara, quando houver mais de um juizado.
Perpetuatio Jurisdictiones (perpetuação da jurisdição): é um princípio implícito, aplicado nos casos de competência relativa, que agora está na segunda parte do art. 43. Após o ajuizamento em São Leopoldo o réu se muda para São Paulo, então terá problemas... (terá que se defenderem São Leopoldo), salvo se for suprimido órgão judiciário ou alterarem competência absoluta. Se for criada uma vara do trabalho no local, então se alteram as competências dos processos de matéria de trabalho para esta vara. No caso de supressão de órgão, determinada comarca ou subseção tem sua especialização inadequada ao longo do tempo, então os processos são redistribuídos para as outras varas remanescentes.
Competência Internacional (Art. 22 e 23 do CPC): Jurisdição concorrente e Jurisdição exclusiva.
Ver Art. 93.
Art. 45 CPC e Art. 109 da CF: Na CF, tem-se as competências da justiça federal (trata da competência comum, não especializada – serve como parâmetro de exclusão para a justiça comum estadual, não especializada).
CF: Compete a Justiça Federal, causas em que estejam as pessoas: União Federal, empresas públicas federais (caixa e correios), autarquias federais (INSS). Mas o CPC complementa: União, empresas públicas, entidades autárquicas, fundações (UFPel) e conselhos profissionais (OAB).
STF: Agências Federais (ANAC), também serão julgadas na justiça federal.
Excluídos (matéria da justiça estadual): Acidente de trabalho (está indo para federal), matéria eleitoral, falência.
Competência em razão da pessoa: estado estrangeiro ou organismo internacional estiver litigando contra uma município => justiça federal; contra um estado => STF; contra pessoa física (pedido de extradição) => há um processo administrativo e um judicial federal.
Em razão da matéria: tratado internacional (exportação, importação), o STF diz que só há competência federal se há consequência direta na União, senão é na justiça estadual.
MP para um caso em Carajás (razão de direitos humanos), a justiça do estado do Pará não teve condições de julgar adequadamente, então o Procurador Geral da República pode fazer um pedido ao STJ para trazer à justiça federal.
Mandado de Segurança contra autoridade federal: justiça federal.
Execução de carta rogatória (pedido de justiça estrangeira): quem concorda é federal, mas quem cumpre é justiça de primeiro grau.
Questões indígenas (não é envolvendo a pessoa do indivíduo índio, mas territorial, etc.): justiça federal.
Súmulas X do STF: um processo está tramitando na justiça estadual (usucapião, tem que intimar todos que fazem divisa ao terreno – confinantes), mas se acha uma fronteira com terreno federal, caso haja interesse da justiça federal (e pergunta para o órgão federal em questão), então se remetem os autos para a justiça federal.
Regime jurídico: celetista e estatutário. O juiz deve extinguir os pedidos que não são de sua competência, ex. processo com competências distintas, extingue o processo (remete para a justiça correta cópia dos autos) da matéria celetista e julga a matéria que for estatutária.
Foro comum (domicílio do réu, Art. 46): regra geral. Como regra especial (para alimentos, para inventário, para separação).
Art. 51, cria um foro comum para as ações em que a União é autora, move-se a ação também no domicílio do réu. Pode ser no domicílio do autor nas ações contra a União (não vale para agências, autarquias, etc. se o fato não ocorreu no local específico – deve demandar no local da sede da empresa, ou sucursal da empresa).
Art. 52, o estado ajuizará no domicilio do réu as ações, se for réu, será como o Art. 51.
Domicilio do idoso (ações relacionadas ao estatuto do idoso); domicilio da mulher (não é mais, é no domicilio do cônjuge que ficar com um filho incapaz, ou X, ou no domicilio do réu em último caso; ou no da mulher se união estável).
Art. 48: herança, partilha, arrecadação...
Regra da perpetuação da jurisdição (exceções vistas acima). Nos casos de conexão e continência (Art. 56) têm a capacidade de deslocar a competência de uma causa relativa.
Causas conexas: pedido comum (fato e fundamento do pedir são os mesmo) ou causa do pedir comum (diferentes partes). A regra de competência territorial é relativa, podendo ser negligenciada (é no domicilio do primeiro que ajuizou a ação). A conexão só é possível até que haja sentença.
Continência entre duas ou mais ações (Art. 56): uma ação cujo objeto é conteúdo, e uma outra ação que abrangente esse conteúdo (o objeto está contido na outra demanda). Para isso, precisa-se ter as mesmas partes.
Art. 57. Se a ação continente for a primeira, extingue-se a ação contida. Se for a segunda, então se reúne as ações.
A incompetência relativa e absoluta passam a ser alegadas em preliminar de contestação, ou a qualquer momento por simples petição.
Um juiz do trabalho determina uma união estável => isso nunca será convalidado (é nulo).
SUMULAS:
No caso de professor substituto celetista, ou regido por cargo em comissão, as questões judiciais são tratadas na justiça comum.
Movimentação do FGTS e discussão sobre o PIS/PASEP: justiça federal (pessoa viva), justiça estadual se a pessoa estiver morta, mesmo se houver lide e questionamentos.
Competência estadual delegada (juiz travestido de juiz federal): pode ser ajuizado na justiça estadual, para ser julgada ação de benefício previdenciário em comarca que não for cede de justiça federal.
A União pode ir na justiça estadual para cobrar uma execução fiscal de um réu.
Os recursos vão para o tribunal regional federal, mesmo sendo julgado por um juiz de direito travestido de juiz federal.
Sociedade de economia mista é julgado na justiça estadual.
224: foi posta no novo CPC. Justiça federal que diz se há interesse federal, o juiz estadual não pode decidir sobre isso.
A decisão do juiz federal sobre o interesse federal não pode ser reexaminada pelo juiz estadual.
363: compete a justiça estadual ação de cobrança do profissional liberal contra clientes. Também a discussão de honorários sucumbenciais (aqueles em que mais de um profissional atuou).
428: STF, corrige a súmula 348, conflito de competência envolvendo juízes de juizado e de vara comum, ainda que vinculados ao mesmo tribunal, devem ser levados ao TRF (art. 108 da CF). Turma recursal não é tribunal, como estavam acolhendo.
Aula 16/03/2016
Conceitos de PARTE: é uma das pessoas que fazem o processo, ou seja, sujeito da LIDE ou do negócio jurídico material (na maior parte das vezes, pois pode haver uma diferença entre sujeito da LIDE e sujeito do processo – autor e o demandado).
Parte Processual: pode ser o sindicato dos professores contra a instituição de ensino; o MP em uma ação civil pública.
Parte Material (substancial): são os professores.
Parte processuais são aqueles que pedem e aquelas contra quem se pede a tutela jurisdicional.
Representação e Substituição processual. A coisa julgada torna imutável o que foi decidido, para as partes de direito material.
A parte processual não precisa ser pessoa (dir. público ou privado). Inventário, condomínio, herança jacente, espólio – entidades despersonalizadas.
=> pode existir um processo sem autor, no caso de um inventário iniciado pelo juiz, de ofício (encaminha para o MP, para atuação como autor).
=> pode existir processo sem réu (ação direta de inconstitucionalidade, por exemplo; no CPC, quando o réu não é citado – indeferimento da petição inicial ou extinção do processo pelo juiz, por exemplo).
Distinção de partes e terceiros: implicância nos deveres e atos processuais.
O juiz deve ouvir as partes antes de decidir em qualquer grau de jurisdição, ainda que a decisão seja de ofício (a menos que seja um caso de urgência). Isso serve para evitar que o juiz inove no processo, surpreendendo a tanto a parte autora quanto o réu (declarar decadência do processo, por exemplo). O juiz não pode criar obstáculo à efetivação do processo.
Na tutela antecipatória, se for urgente (com risco de ineficácia da medida), poderá não ouvir o réu. Ex. uma cirurgia que se não realizada em 24h o paciente virá a óbito.
São deveres das partes e de seus procuradores (advogados), e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo, devem expor os fatos em juízo conforme a verdade.
Dado o caráter dialético, há luta entre as partes, mas sendo o processo civilum instrumento que o Estado dispõe as partes, os litigantes não dever utilizar artifícios para com a justiça. O litigante de má fé deve ter a sua conduta sumariamente repelida.
São Tomás de Aquino: a verdade é uma adequação do intelecto ao fato.
O advogado não pode formular pretensão caso saiba que é mentira.
Inovar no processo é crime (ex. mudar a data do documento).
Se houver uma multa processual ela é posta como dívida ativa. Há um parágrafo que protege o advogado ou o membro do MP, mas deve ser, na verdade, sem prejuízo civil corporativo qualquer.
Alterações procedimentais (Art. 190): as partes poderão alterar ônus, deveres, prazos. Pode haver uma fixação de calendário, desde que o juiz concorde, não sendo necessário a intimação das partes. Porém, é difícil, para um juiz, dar um atendimento personalíssimo, contanto que seja uma grande ação coletiva, que não sejam do cotidiano.
Representação processual: a parte é sempre o ‘representado’. O representante jamais será a parte. A coisa julgada se aplicará à parte.
Incapazes, será sempre por representação.
Substituto processual (Art. 18 – aquele que pleiteia em nome próprio, direito alheio – por lei, o MP pode ser a parte): o substituto é a parte no processo, mas no direito material será o substituído.
A OAB é autorizada por lei a ser substituto processual, para pleitear direitos dos advogados.
Sucessão de Parte: pode ser voluntária (gestor de um objeto alheio – o autor concorda com a extromissão de um e a intromissão de outro) ou compulsória (um sujeito morre, então o novo sujeito da LIDE será trazido ao processo). Se troca a parte processual, pois pode ter ocorrido uma alteração da parte substancial (da própria LIDE – tanto no polo ativo quanto passivo).
Terceiro: pode auxiliar uma parte ou ser separado das partes.
Embargos de terceiro: contra a penhora de um bem, pois não pertencia ao executado.
Oposição (Art. 682-686, procedimentos especiais): ação autônoma, que entra no processo, contra o autor e contra o réu.
“O bem em questão não é nem do réu nem do autor, é meu!”. => cria conexão objetiva, não faz parte (é uma intervenção de terceiro), mas a decisão do juiz valerá para os três.
O processo têm duas ações => há duas etapas, em que os vencidos pagam honorários advocatícios para o vencedor. A lógica é julgar a ação de oposição em primeiro, prejudicando a ação originária.
Por outra forma, sem oposição, a coisa julgada vale apenas entre as partes, então, nada impede, posteriormente, que o terceiro ingresse contra quem venceu a ação.
Intervenção: correção da ilegitimidade passiva (Art. 338-339), beneficia o andamento do processo (antes se suspendia o processo principal para decidir uma certa incorreição no polo passivo).
Simplifica a mudança no polo passivo. O autor pode não concordar com a extromissão de um réu para a intromissão de outro, com o risco de ilegitimidade do polo passivo. Caso substituir o réu, deverá arcar com as custas do réu anterior.
O réu deve indicar quem seria “o réu mais apropriado...”.
Chamamento ao Processo (Art. 130-132): o réu diz para chamarem os devedores solidários.
Fiadores, devedores solidários, consórcio passivo, etc.
Executar a sentença: o fiador que foi cobrado, pode mover a mesma sentença contra os outros fiadores, para cobrança.
Amigo da cúria (Art. 138, do direito constitucional): tem sido utilizado pelo STF.
Passa a ser aplicado aos processos individuais, indicado pelo autor e pelo réu. Cabe ao juiz querer ou não (decisão irrecorrível). O juiz pode requerer de ofício, ou admitir um terceiro que queira participar.
Chamar órgão de defesa do consumidor, do meio ambiente, ou até um especialista de matéria jurídica.
Incidente de desconsideração da personalidade jurídica (art. 133-137): caso do direito civil, trazido para o novo CPC.
Os juízes de execução fiscal não devem proceder com um mero redirecionamento (desconsiderar a empresa, redirecionando a execução para o patrimônio do proprietário).
Agora, prescinde da desconsideração da personalidade jurídica. Não precisa mais parar a execução, mas nada impedia uma tutela antecipatória.
Denunciação da LIDE (Art. 125-129): forma de intervenção de terceiros, por meio da qual, a parte ré objetiva pode garantir um direito regressivo sem que precise mover uma ação regressiva.
A parte autora objetiva uma maior garantia do adimplemento do seu direito.
O réu do processo denuncia a LIDE aquele que o alienou (há devolução do bem sem que precise mover outra ação).
“Alienou algo que não lhe pertencia. Houve alienações sucessivas”. Só é possível denunciar o imediato alienante. E também pode haver somente mais uma denunciação sucessiva. O primeiro que começou a situação sairá ileso nesse processo. Em uma nova ação regressiva o primeiro poderá responder pelo segundo que alienou.
Pode denunciar a seguradora.
Aula 23/03/2016
Assistência (Art. 50 do CPC antigo)
Assistente é um terceiro que tenha um interesse jurídico (relação jurídica formal, por lei ou por contrato) que o legitima a intervir numa relação jurídica da qual originalmente não faz parte, com a finalidade de auxiliar uma das partes.
Materialmente, é uma relação entre autor e réu (relação jurídica originária).
Têm o intuito de obter algum benefício, seja afetivo ou econômico.
A discussão se dá sobre o interesse jurídico do terceiro.
Dá-se sua exclusão nos juizados especiais ou processos de execução, devido à celeridade.
Assistência simples ou adesiva
O assistente (sublocatário) tem condição de assistir o réu (locatário; o autor, locador, ingressa com uma ação contra o locatário - se dirige ao juiz). A relação de direito material (relação substancial) é entre locador e locatário.
A relação processual é distinta da relação de direito material => teoria da triangulação, e depois a da angulação: juiz.
Sublocar sem contrato não causa relação jurídica!
Assistência litisconsorcial ou qualificada
O assistente não tem relação jurídica com o assistido, mas tem relação jurídica com o adversário do assistido. O condômino ingressa no processo para assistir outro condômino, em uma disputa com o condomínio.
O assistente poderia ter ingressado como parte, de início, mas escolheu entrar depois, como assistente (não pode discutir depois sobre a justiça da decisão - fatos que desencadearam a decisão, a parte da fundamentação produzirá efeitos sobre o assistente).
Procedimento da assistência => o que quer intervir, pede para ingressar no processo (petição), como terceiro, na modalidade assistencial (nos autos do processo principal). Então as partes serão intimadas em 5 dias para concordarem ou impugnarem o pedido do terceiro.
Art. 120: se não houver impugnação dentro de 15 dias, o pedido será deferido, desde que não haja rejeição liminar (o juiz nem intima as partes, pois o interesse não era jurídico).
Se pelo menos uma das partes não quiser, o juiz deverá decidir sobre o esse incidente. O recurso a isso será Agravo de Instrumento.
Art. 123: efeitos da assistência lidiceconssorcial (não se aplica ao assistente simples - não tem relação jurídica material com o adversário), depois de transitado em julgado, o assistente somente poderá alegar revisão caso tenha sido impedido de participar no processo de provas...
Modelo Kelsen-Borja
Ler o capítulo que trata do processo. “O julgamento somente poderá atribuir culpa a um sujeito depois da utilização das perícias técnicas pertinentes, além de garantir o devido processo legal”.
Disponível em: <https://plus.google.com/105193352569699409491/posts/co5F38SEMrY>
Ministério Público
Princípio da unicidade (não é bem verdade), os mesmos benefícios e ônus deveriam recair sobre todos os membros.
MP da União => abrange 4 ramos definidos em lei: MP federal; MP do Trabalho; MP do DF; e MP Militar... e MP Eleitoral.
MP dos estados => cada estado tem uma lei complementar estadual, regulando o MP naquilo que a lei nacional não regulou.
MP junto ao Tribunal de Contas => da União e dos estados.
O Procurador Geral da República, é o chefe do MP Federal,da União, é o procurador regional eleitoral. Não é cargo de carreira, é aprovado pelo Senado (pode haver uma recondução, depois volta a ser Subprocurador Geral da República).
O Procurador Regional Eleitoral também é um membro do MP Federal.
Nos estados o procurador eleitoral é membro do MPE.
O membro do MP pode ser Autor ou Fiscal da Ordem Jurídica.
O MP não tem personalidade jurídica, não pode ser réu (somente em uma ação rescisória - ação civil pública de uma pessoa civil, depois transitado em julgado o processo com análise de mérito).
Na função de Autor, o MP não deve ser imparcial (então outro promotor dará o parecer contrário ou a favor). Mas quando atua como fiscal da lei, deve ser imparcial (se declarar impedido caso pertinente...).
Ação Civil Pública (Lei 77/85): o MP é legitimado para propor ações relativas a interesses difusos, interesses coletivos estrito senso, e interesses individuais (incapaz - é obrigado a atuar em separação civil quando há incapaz envolvido) que vão além de um único indivíduo.
O MP será intimado, para em 30 dias (úteis), atuar como fiscal da ordem jurídica: interesse público (primário - execução tributária é secundário) ou social (textura aberta); não pode atuar em matéria tributária (contra a isenção de uma taxa...); interesse de incapaz (quando o MP puder emitir um parecer como fiscal da ordem jurídica - se o MP não for intimado é caso de nulidade caso o MP decida que foi prejudicado); litígios coletivos por uma posse (ações de quilombola).
O MP pode recorrer em causas em que não atuou.
Estrutura do MPF
Concurso para Procurador da República (todas as capitais e principais cidades). Não há condição de substituto.
Atuam em denúncias criminais e em matéria cível (interesse indígena, de menores).
Na progressão: Procurador Regional da República (se movimenta nacionalmente, começa fora dos estados principais). Atua junto ao Tribunal Regional Federal.
Subprocurador Geral da República: atua perante os tribunais superiores (STJ e STF).
Chefe do MP estadual: Promotor Geral de Justiça (um procurador geral de justiça pode ser eleito para tal).
Procurador Geral, é um cargo administrativo, eleito.
Procurador de justiça e Promotor de Justiça podem ser eleitos Desembargadores
1/5 dos integrantes dos tribunais de justiça regionais (para Desembargadores) e tribunais de justiça estaduais, são membros do MP e advocacia.
Defensoria Pública
Defendem o necessitado (3 salários mínimos).
Legitimados à propor ação civil pública.
Defensoria Pública entra com uma Ação Civil Pública contra um Plano de Saúde, por vulneráveis em razão de suas idades (idosos). O STF decidiu que isso era possível.
Prevê ação regressiva caso o Defensor Público haja com dolo no exercício da função.
Defensoria Geral do Estado; Advogado da União (tem carreira com três níveis); Procurador da Fazenda Nacional (defende a União em matéria tributária); Procurador Federal (defende as autarquias e fundações, administração pública descentralizada).
Aula 06/04/2016
Atos Processuais
Liberdade de Forma em relação ao ato processual (Art. 188): o ato é valido independentemente da forma processual pela qual ele se reveste (ato processual é uma espécie de ato jurídico realizado dentro do processo). 
O processo é um procedimento que garante a tutela jurisdicional, o ato está dentro do procedimento (é uma sequência ordenada de atos processuais).
Ato jurídico: ato da vontade humana que produz efeitos jurídicos capaz de criar, modificar ou extinguir uma situação jurídica.
Ato processual (e termos processuais): todo o ato capaz de criar, modificar ou extinguir uma situação jurídica dentro do processo. São escritos, senão, são reduzidos à termo (atermação, uma pessoa que não precisa de advogado - juizados especiais - vai a um setor do foro que dá forma à petição inicial; a mesma coisa no relatório de testemunhas que não foi gravado).
Princípio da Publicidade: Os atos e o processo são públicos, salvo exceções - defesa da intimidade e interesse social restrito (Art. 189, LX). Ex. adoção, reconhecimento de paternidade, lesão física comprometedora; o interesse social pode ser o caso da Samarco. Sigilo de atos processuais dentro do processo: bloqueio de valores em uma conta, para não ser retirado antes. O processo não é secreto, mas sigiloso para terceiros ou para as partes em casos de execução fiscal (aparece as iniciais dos nomes dos réus). Interesse público (ação de falência, mas os dados fiscais são sigilosos) ou privado (união estável, casamento, etc.).
Pode haver permissão ao acesso de processos sigilosos, mas deverá alegar interesse pertinente (pesquisa sobre dados de falência, etc.).
Negócios Jurídicos Processuais (Art. 190): quando se tratar de direito disponível (direito substancial), as partes poderão combinar um rito diferente do previsto em lei (podem definir que não haverá recursos, pela celeridade, mas as alterações de rito dão margem para posteriores declarações de nulidade, etc.). O juiz verificará se a há inserção abusiva, etc.
O Brasil não tem a cultura da conciliação nem da arbitragem. Por isso, o Art. 190 não será significante diante de uma “cultura litigante” dos brasileiros.
Sistema de Calendarização: pode ser definido entre as partes e o juiz, não haverá mais intimações (o advogado terá o temor de não perder prazos).
O juiz tenderá a não aceitar, pois há uma quantidade imensa de processos e as reuniões gastarão muito tempo. Para grandes casos, como o da Samarco, seria interessante.
As decisões devem ser em língua portuguesa (uso do vernáculo), poderão ser usados algumas expressões, mas não o texto inteiro.
O documento redigido em língua estrangeira pode ser juntado aos autos se acompanhado por via brasileira emitido por embaixada ou autoridade central do país.
Art. 193-199, atos realizados no processo eletrônico.
Processo virtual (decisões eletrônicas desde o início) ou Digitalizado (documentos escaneados). Audiências gravadas.
Atos processuais podem ser produzidos pelas partes e pelo juiz (atos principais - produzem efeitos imediatos a partir da ajuntada ao processo), e depois por peritos, terceiros, etc.
A desistência da ação valerá a partir da homologação pelo juiz. Então, poderá entrar com nova ação (senão haverá litispendência).
As partes podem pedir o recibo dos documentos (físicos) entregues. Senão é um ato de improbidade administrativa. No direito administrativo, para emitir uma certidão o prazo é de 15 dias...
É proibido escrever à mão entre as linhas e nas marginais do processo. O juiz pode.
Se a petição for da própria parte, poderá fazer alguma rasura.
Despacho de mero expediente: Ato revestido de conteúdo corrente, sem conteúdo valorativo. Ex, remetam-se os autos, cite-se o réu, preceda-se a degravação. Não causam gravames às partes.
Se conter um gravame à uma das partes, não será mais um despacho (apesar de conter o nome de ‘despacho’). Tutelas antecipatórias pedidas pelo autor podem ser feitas sem ouvir a parte contrária (causa gravame/encargo). Pode se tornar uma decisão interlocutória, sentença, acórdão, ou decisão monocrática, se tiver algum gravame.
Se o juiz não analisa alguma parte do pedido, cabe o embargos de declaração.
Decisão Interlocutória (decisões proferidas ao longo do processo, entre a petição inicial e a sentença - ex. inverte a ordem de provas, indefere testemunhas - possui conteúdo valorativo e causa gravame às partes): todo o pronunciamento judicial de conteúdo decisório (capaz de causar um gravame). As decisões monocráticas (relatores e turmas recursais) não geram sentença e por isso não se enquadram em decisão interlocutória.
O Acórdão não é sentença nem decisão interlocutória.
Sentença: o juiz extingue a execução ou põe fim à fase cognitiva. Não requer análise de mérito.
Decisão monocrática (decisão do Relator da turma recursal): pode ou não extinguir o processo. Ex. manda realizar uma degravação, manda recolher um documento.
Acórdão é uma decisão de um colegiado, proferido por um tribunal.
Turma Recursal não é tribunal,por isso a decisão é inominada...
Atos formais: não se aplica a generalidade da liberdade de forma. Ex. citação e penhora.
Ordinariamente, os atos devem ser realizados na cede do tribunal e em juízo (nos dias úteis das 6:00 às 20:00h, salvo processos virtuais, Sábado é dia inútil). A citação, a penhora, etc. são realizados fora do fórum.
A penhora, citação, etc. pode ser realizada em dias inúteis ou fora do horário estipulado, desde que respeite a inviolabilidade do domicílio.
Prazo: é o período temporal compreendido entre um termo inicial (dies a quo) e um termo final (dies ad quem).
PARTE 2
Aula 27/04/2016
Início do prazo (Art. 231, citação, intimação, etc.).
Consulta ao sistema eletrônico: Inicia no dia útil seguinte à consulta eletrônica da citação (se abriu a consulta no sábado - recebida intimação no sábado -, o começo do prazo é segunda e o início da contagem é na terça).
A consulta eletrônica deve ser feita em até dez dias em que foi realizada a intimação. Se não for realizada em dez dias, considera-se o décimo dia desta contagem como intimado. Então o início do prazo será o dia 11º e a contagem no 12º.
Lei 11.419/06: a consulta é 10 dias úteis (não mais corridos), contados da data do envio da notificação (o Sistema Informático está considerando, de modo errado, o início dos dez dias no dia útil posterior ao envio).
Se por diário eletrônico, considera-se publicado no primeiro dia útil seguinte (início do prazo) ao da disponibilização.
O início do prazo é a data de publicação, quando a intimação se der por diário da justiça (diário de papel).
=> Como a contagem, agora, é considera dias úteis, então não há mais prorrogação.
Início da contagem do prazo (Art. 224, “correr/fluir o prazo”): jamais terá início em dia não útil.
Na contagem do prazo, exclui-se o dia de início do prazo.
O prazo (de 15 dias, por exemplo) só conta dia útil e vai até o último dia da contagem.
Classificação dos Prazos
Dilatórios: podem ser alterados para mais ou para menos. Ex. Juntada de um documento, designação de uma audiência, prazo para uma perícia.
Acordo de Calandarização: as normas processuais podem ser alteradas, incluindo as normas cogentes (regras que devem ser cumpridas, mesmo tendo argumentos contrários).
Peremptórios: não permite, salvo motivo de força maior, sua alteração. Ex. Prazo da contestação, prazo do recurso, exceções.
O juiz está proibido de reduzir prazos peremptórios, apenas podendo reduzi-los com uma calendarização.
Próprios: O não cumprimento do prazo próprio, acarreta um ônus processual. Ex. para contestar, para recorrer, para contestar o rol de testemunhas. Normalmente o ônus é a perda da possibilidade de realizar o ato.
Preclusão (“perda do prazo” pelo advogado): perda da faculdade de realizar uma ato processual.
Preclusão temporal: O motivo pode ser o escoamento do lapso temporal (perda do prazo).
Preclusão consumativa: perda da faculdade de realizar o ato processual porque já foi realizado.
Preclusão lógica: perda da faculdade de realizar o ato processual porque a sua realização acarretaria em fato ilógico. Ex. o réu paga os valor da dívida e depois contesta. Chamar, pelo tempo decorrido, uma pessoa que estava contestando o chamamento em um concurso e o particular continua recorrendo.
Preclusão pró-judicato: perda da possibilidade do juiz modificar a sua decisão, porque ela foi confirmada pelo tribunal. Ex. pode voltar atrás no indeferimento de uma testemunha (se houver fato novo - “agora a testemunha está no Brasil”), ou numa data designada para uma audiência. Mas não pode remediar uma decisão intermediária, se o Tribunal mantém a decisão do juiz, e sem que tenha havido algum fato novo, então não poderá alterar.
Impróprios: se não cumprido, não acarreta nenhum ônus. Está relacionado ao juiz. Ex. prazo para cumprir a diligência. Poderá ter alguma consequência administrativa, mas sem consequência processual para as partes.
Art. 226: prazos para o juiz, mas o juiz irá proferir sempre, no prazo que for possível.
Prazos particulares: prazo dado somente a uma das partes. Ex. prazo para contestar (réu).
Prazos comuns: prazo para ambas as partes. Ex. entregar o rol de testemunhas, juntar documentos.
Prazo mínimo para comparecimento (Art. 218): 48h (antes era 24h, e prazos superiores a 24h eram contados em dias). Ex. Ministério Público, partes, etc.
Quando não há prazo (quando o juiz não menciona um prazo, nem há na lei), o prazo padrão é de 5 dias.
Agora, se pode praticar o ato antes do início do prazo, sendo considerado tempestivo.
De 20/12 à 20/01 os prazos são suspensos. Mas o judiciário não para, então há muitas publicações no dia 21/01.
Art. 229. Os Litisconsortes que tiverem advogados distintos, de escritórios diferentes, terão prazos dobrados. Ex. Alguém empresta o carro e o motorista bate o carro. O atingido processará o motorista e o dono do carro, que poderão ter, cada um, seus próprios advogados.
Art. 231, §1º. Se forem intimados, na citação, em prazos distintos, valerá o maior prazo para os dois (ver isso).
Carta de ordem é de um tribunal superior para um inferior.
Carta rogatória (“pedir por favor”; ver Aula 2 - competência internacional) é entre autoridades judiciárias de países diferentes.
Carta precatória (não é “precatórios” - dívida dos Estados e municípios), solicitação de igual hierarquia, para que realizem atos processuais em base de competência diversa (outro Estado). Ex. se não existir justiça militar ou justiça federal numa cidade, poderá solicitar que um JD realize um ato.
Aula 04/05/2016
Citação, notificação, intimação.
Citação (Art. 238): é o ato pelo qual se dá ciência ao réu, ao executado, ao interessado, de que há um processo contra ele, e se ele quiser poderá realizar atos processuais em relação a esse processo (se manifestar - dever-, e se defender - ônus processual para o réu, pode não querer se defender, acarreta revelia).
Em compor audiência, irá “se manifestar” e não “se defender”. Art. 334: obrigatoriedade de audiência de mediação (se tiver um direito indisponível em jogo) anteriormente ao prazo de defesa.
Se houver um comparecimento espontâneo, então a citação pode ser desprezada (o processo não é nulo - Art. 239 -, sendo validado).
No caso de uma decisão com base em diversa jurisprudência (decisões reiteradas), o pedido pode ser decidido “no começo”, dispensando a citação do réu. O réu fica então sabendo que ganhou a ação posteriormente a sentença.
A citação tem efeito mesmo se o juiz for incompetente (chance ao autor).
Art. 240. A citação induz à litispendência (existência de um processo ainda não julgado). A lide não pode estar pendente em outro processo (impede que nova demanda seja novamente demandada).
Mesmo se for citado, a pessoa (réu) poderá vender o objeto litigado. Direito de sequela, quem compra pode pagar menos (sabendo do processo), mas será executado caso o réu perca a ação. Deve ser dito que há um processo, senão a venda é de má fé, dando direito à indenização por perdas e danos (pode ser feito um contrato em que o réu tenha que pagar o prejuízo para a pessoa que comprou).
Constitui em mora o devedor, a partir da citação. No cód. civil tem exceções (quando bate um carro, o juros corre desde o momento da batida).
IPSO JURE (pelo direito em si): mora no caso de inadimplemento, ou desde o momento do conhecimento de ato ilícito (batida de carro).
Se o prazo de decadência e prescrição termina quando o foro está fechado (não se usa dias úteis na contagem), deve ser ajuizado em um dia útil antes. Se for no último dia, haverá risco de perecimento de direito, então poderá ser feito no PLANTÃO de qualquer comarca (senão vale qualquer justiça - mesmo juiz incompetente vale para citação).
Prescrição: perda do direito de ação.
Decadência: perda de direito material.
Art. 240 situação de endereço equivocado do réu (diligência exclusiva do autor).
Art. 241 sentença favorável ao réu (improcedência do pedido do autor - senão é uma violação ao contraditório e a ampla defesa) antes de ser citado,segundo o escrivão - justiça estadual -, e ao diretor de secretaria - justiça federal (não é “chefe de secretaria”).
Para os incapazes, a citação deve ser feita no nome de seu representante legal; o advogado, normalmente, não coloca “poderes para receber citação”; pessoas jurídicas têm um representante legal.
Citação por Oficial de justiça:
Elemento objetivo: comparecer duas vezes.
Elemento subjetivo: fundar a recusa do réu em receber a citação.
Citação com hora certa.
Se presumir verdadeiros os fatos da petição inicial, o réu sofrerá o revéu (será julgado à revelia).
Art. 248: Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou o chefe de secretaria remeterá ao citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz e comunicará o prazo para resposta.
Nos condomínios com porteiro, será válida a entrega do mandado, entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar que o destinatário da correspondência está ausente.
Curador à Lide (curatela especial ou ad liten): qualquer juiz pode nomear um curador para atuar exclusivamente no processo (pode nomear um advogado, mas não tem a curatela do patrimônio do incapaz). Não pode nomear um curador à enfermos (mas pode nomear um simplificado - apenas parte processual -, o “mais capaz” da família), nem curador civil (interdição, poder para todos os atos).
Ação de estado: nacionalidade, paternidade, estado civil, interditado.
O Diretor de Secretaria tem os poderes legais para determinar a citação sem que passe pelo juiz.
Região metropolitana de Porto Alegre; Região metropolitana de Caxias do Sul.
Aula 11/05/2016
Citação por edital (editalícia)
Quando se desconhece quem citar. Ex. Ação de desapropriação (o citando é incerto). Em casos urgentes, o oficial de justiça pode citar quem parecer o líder em uma ocupação (não é por edital).
Art. 256: casos em que deve ocorrer a citação por edital.
Citação da Essência do Ato: ação de usucapião (citação por edital de pessoas desconhecidas - citação ao portador). A citação é uma regra essencial do ato. Deverá aparecer em um jornal.
Citação Formal: 
Inacessibilidade jurídica: países em que não há acordo de comunicação de atos processuais.
Inacessibilidade física: uma pessoa ilhada (a citação pode ser por rádio).
Jornal local: jornal que circula na localidade do citando.
Intimações
Art. 269: Notificação (ato passado - sentença proferida, etc.), Intimação (ato futuro - para juntar um documento, etc.). Hoje, é INTIMAÇÃO para tudo. Se dá predominantemente por via eletrônica, na pessoa do advogado das partes.
O advogado pode pedir as intimações na sociedade de advogados, ou na pessoa de um advogado específico.
Quando não é eletrônica (feita em cartório): Chefe de Secretaria realiza as intimações. A mera retirada dos autos do cartório já significa uma intimação, ainda que pendente de publicação.
Quando não menciona o prazo é de 5 dias úteis (PRAZO RESIDUAL - quando não mencionado em lei).
Caráter itinerante (iter = caminho) da Carta Precatória: a testemunha se mudou de Caxias para Bento, então o juiz pode mandar para um destino diferente do que foi endereçada inicialmente.
Juiz itinerante => Juiz itinerado. Juízes de mesma hierarquia.
Carta de Ordem (órgão superior para um órgão inferior)/ Carta Rogatória (pedir para uma autoridade de outro país).
Nulidades Processuais
Doutrina majoritária: Nulidade/Invalidade (é mais amplo que nulidade).
Inexistência Fática, Inexistência Jurídica;
Nulidade Absoluta, Nulidade Relativa;
Anulabilidade; Regularidade.
No processo civil não há distinção entre Nulidade Relativa e 
Para que um ato processual seja considerado inválido, deve conter um defeito (deficiência, ineficiência dentro do ato). Para ser inválido, o ato deve ser defeituoso E causar prejuízo. Um ato inválido pode ser convalidado (ato nulo que é validado).
Irregularidade é uma falha sem maiores repercussões dentro do processo. Ex. o escrivão pode falhar em rubricar todas as folhas do processo (é uma irregularidade, mas que não causa prejuízo).
Inexistência fática: ato que não existe na realidade (minuta de sentença - a sentença não existe; assinado e não publicado). Inexistência jurídica (não foi o juiz que assinou).
Teoria das nulidades (Art. 276-283): associada com a formalidade do processo (existe como garantia). Um regime totalitário pode dar muito mais formalidade dos atos. A isonomia não pressupõe que exista democracia.
Valoriza-se a forma por um princípio de igualdade (tratamento igualitário).
Não se deve decretar a nulidade quando não houve prejuízo, nem quando a nulidade resultará em prejuízo a parte que venceria a demanda se o juiz puder proferir a sentença de mérito a seu favor.
O réu não foi ouvido e foi anulada. Erro da secretaria de não ter ouvido uma das partes (prejuízo). A questão é de direito e de fato. A nulidade não é decretada, se o réu é favorecido pela sentença (mais ainda assim, em uma apelação, poderá ser anulado caso se ache importante o testemunho).
Não pode se beneficiar do decreto de invalidade, aquele que deu causa ao mesmo. Ex. a parte pede para ouvir a testemunha antes da parte acusadora (mente que ela iria viajar). Se o réu perder, não poderá alegar que houve inversão da ordem (primeiro das testemunhas do autor depois as de defesa).
Nulidade cominada: não deve ser escrito em outro idioma senão o português.
Nulidade não cominada: deve ser escrito em português.
Princípio Teleológico: se o ato atingiu o seu fim (telos), então não será decretada nenhuma nulidade (mesmo se o ato for decretado de outro modo, mas atinja a finalidade do processo, sem nenhum prejuízo).
Por mais absurdo que seja o ato, ele é válido/eficaz enquanto não for decretada a sua nulidade. Ex. Uma tutela antecipatória concedida por um juiz incompetente.
O juiz deve dizer claramente quais atos são inválidos e quais atos são atingidos por aquela invalidade.
Nulidade Relativa: alegada em preliminar de contestação (continua válido, - se não falar CONVALIDA, o ato passa a valer). Na nulidade absoluta, contamina totalmente o ato, por isso pode ser alegada a qualquer tempo (até transitar em julgado - algumas nulidades ainda podem ser alegadas em até dois anos depois, pela ação rescisória. Ex. ocorreu um testemunho forçado. Ver Art. 966 e Art. 525).
Em caso de invalidade de citação cujo processo correu à revelia, poderá haver uma decretação de nulidade, caso pedido pelo réu na fase de execução (querela nulitatis).
Norma cogente: pode ser conhecida pelo juiz a qualquer tempo (por ofício).
Norma dispositiva: pode ser acordado entre as partes. Eleição de um foro para as disputas judiciais.
Exemplos de nulidade absoluta
Não houve intimação. O MP entende que não houve prejuízo e não junta parecer. Não há nulidade.
O MP entende que não houve prejuízo e junta parecer, portanto não é preciso declarar nulidade dos atos anteriores.
O MP entende que houve prejuízo e não junta parecer. Mas deve-se anular tudo. Ex. pode ter havido a concatenação.
A oitiva de uma testemunha pode ser considerada inválida, mas a audiência em si é válida.
Subprincípio da eventualidade do aproveitamento do ato nulo.
Art. 283: defesa, no sentido amplo, é um ato produzido tanto pela parte ré quanto pela parte autora.
Art. 337: preliminar de contestação => incompetência relativa e absoluta (pode ser alegada em qualquer momento). Ex. Dissolução de um casamento, se apela para um tribunal competente para rever os atos de um juiz federal (é um Tribunal Regional Federal que deve rever os atos e rescindir a sentença do juiz de primeiro grau, e remete ao juiz de primeiro grau ou qualquer outro da vara).
Aula 18/05/2016
Estabilização do Processo
Negócio jurídico (DIREITO CIVIL) => credor (C) e devedor (D) - de direitos materiais -.
Relação de direito material, substancial: Prestação (C=>D) e Contraprestação (D=>C).
Para o PROCESSO CIVIL: autor e réu; exequente e executado. Triangulação, pois a relação dos dois é feita pelo juiz.
Formação do processo (“primeiro ângulo da relação processual”): o processose forma com o protocolo da petição inicial, de maneira física (setor de protocolo do foro). Ou quando se envia o processo eletrônico.
Estabilização do processo (“segundo ângulo da relação processual”): ocorre com a citação.
Os efeitos da citação retroagem à sua data (prescrição a partir dessa data). Antes da citação, o autor ainda pode desistir do processo sem a concordância do réu, então a prescrição ainda corre. A propositura da ação só produz efeitos no réu depois que ele é citado.
Suspensão do processo (Art. 313) - questões prejudiciais.
Capacidade postulatória (já visto).
Capacidade processual (INCAPAZ: <18 assistido; <16 representado). Curador do DIREITO PROCESSUAL é o Curador à LIDE. Pode na Justiça Federal ou do Trabalho, etc.
No DIREITO CIVIL (apenas o JD, estadual, pode determinar) é Curador (se maior de idade e incapaz) ou Tutor (se menor de idade). Estes é que são citados. Curador de enfermos: para atos restritos (se locomover a um banco).
Se ocorre falecimento da parte ativa ou passiva, o juiz intima o(s) sucessor(es) para ver se continuam a ação ou a ação caduca. O ônus é do AUTOR!
Se o advogado falece, há 15 dias de prazo para a constituição de novo advogado. Processo extinto (ausência de capacidade postulatória), ou o réu é revez (a ação corre à revelia). O ônus é do autor ou do réu.
Em convenção das partes, o processo pode ser suspenso por seis meses (sem motivo - busca de um acordo). Para retomar o curso anteriormente ao prazo, necessita de uma decisão judicial.
Suspeição, impedimento (autor ou réu pedem) ou incompetência (réu pede). PEDE impedimento = “arguição de impedimento”. O juiz remete os autos para o Tribunal, ou Recursal, julgar o arguimento.
O processo fica suspenso até o julgamento.
Suspeição pode ser do perito, do escrivão, do membro do MP, do juiz, etc.
IRDR = Incidente de repetição de demandas repetitivas. Quando há muitas demandas sobre um mesmo tema (Ex. índice de ajustes de servidores - as partes, o próprio juiz, o MP..., podem suscitar perante o Tribunal o IRDR, que poderá ser admitido pelo Relator, então suspende-se TODOS os processos). Ocorre na Alemanha, não se teve nenhum caso no Brasil.
Questões Preliminares (já foi visto).
Questão Prejudicial: Ex. receptação de um produto oriundo de roubo (para que haja a “receptação”, deve ter tido “desapropriação” antecedente). Aceitar a questão prejudicial causa a não análise do mérito. Ex. Ação de pensão alimentícia (a questão prejudicial é o parentesco - ser o pai). Ex. decadência ou prescrição são sempre questões prejudiciais de mérito.
Prejudicial homônima: é da mesma área do direito em face do mérito da lide.
Prejudicial heterônoma: é de outro ramo do direito. Ex. sonegação tributária (direito penal), impostos devidos (direito tributário).
Pode ser feito o pedido para que se faça coisa julgada a Questão Prejudicial (Ex. reconhecimento de paternidade) quando for julgada a questão principal - sentença de mérito (o juiz deve ser competente para as duas coisas). Algumas vezes não vale para outras LIDES (união estável para fins de pensão junto ao INSS - nova lide!), pois a nova parte não teve a oportunidade de produzir provas, contraditório, etc. Ex. A união estável vem como “prova emprestada” (é um fato), mas não vale (deve ser provada novamente)!
Petição Inicial ou Exordial
Competência: para que se vai endereçar a petição (endereçamento). Qual a justiça, qual o grau de jurisdição e qual especialização de matéria. [Em capitais, uma comarca pode ter vários foros regionais. Então deverá se indicar esse adicional. Há uma competência funcional entre eles e o central, para que se ajuíze no foro regional correto].
Autor, Réu, CPF...
Prenome = “nome”.		Nome (patronímico) = “sobrenome”.
Pronome de tratamento: excelentíssimo senhor (para todos).
Causa de pedir (remota, ofensa a algum direito; e próxima, fundamentos jurídicos - não é dispositivo legal).
Valor da causa => serve para o pagamento das custas judiciais.
O juiz pode impugnar (mudar o valor da causa de ofício, conforme achar justo). Se houver recurso quem decide é o Tribunal.
Valor da condenação => serve para honorários.
Fato jurídico => causa de pedir remota (Ex. batida de carro).
Fundamentos jurídicos => causa de pedir próxima (Ex. ação para dano material).
As causas de pedir devem ser as mesmas (devem ter identificação entre si).
Aula 25/05/2106
Do Pedido
Deve ser certo (dizer claramente o que quer), mas podendo conter pedidos implícitos (juros de mora, correção monetária, verbas de sucumbência - honorários advocatícios, reembolso dos gastos advocatícios da parte adversa). O índice oficial para juros é a taxa selic, em que a correção monetária está embutida (juros de mora + correção monetária).
Pedido imediato: de prestação jurisdicional (pedido de tutela jurisdicional para o juiz dar uma condenação).
Pedido mediato: indenização material (“bem da vida”).
Se não tiver um pedido, ou for genérico (“me dê justiça!”), deverá ser solicitada emenda à petição inicial.
O pedido pode ser genérico quando não for possível indicar (Ex. 1/3 da herança, não é possível indicar os bens; em falência).
Se o pedido for indeterminado (é um pedido inepto => ofertada a possibilidade de emenda), poderá ser indeferida a petição.
Danos que ainda estão ocorrendo (Samarco - dano ambiental; pessoa incapacitada, que poderá voltar a andar e trabalhar): a sentença pode ser genérica, nestes casos (pagamento dos dias em que o trabalhador não estiver apto para trabalhar).
Pedido alternativo. Ex. consumidor poderá ter abatimento no preço ou troca por um novo objeto (há claramente uma preferência por um dos pedidos - principal e subsidiário).
Cumulação de pedidos em um mesmo processo (economia de advogados e do aparato judiciário), contra um mesmo réu. Não há limites, somente em razão da competência absoluta (da relativa não há problema), e em função da compatibilidade de ritos (será usado o processo mais solene - processo comum, mas ainda não será indicado se houver muitas especificações em um rito que cause a incompatibilidade, determinada pelo juiz).
Se o juiz não for absolutamente competente para analisar mais de uma causa de pedir, deve extinguir parcialmente o processo, julgando o que está apto.
Valor da causa (será visto adiante);
As provas com que o autor pretende mostrar a verdade dos fatos. Na petição inicial pode ser indispensável algumas provas (Ex. O contrato que está sendo debatido).
É possível pedir a produção de provas (Ex. “Protesto pela produção de provas: documental específica, testemunhal, de perícia, um incidente de falsidade - para verificar uma assinatura -, etc.”).
Na petição inicial, o autor DEVE dizer se requer a audiência de conciliação inicial. Caso o autor não mencione, deverá ser intimado para reformar a petição inicial.
O ideal seria que a conciliação fosse uma etapa pré-processual, pois à medida que o Autor já está em fase de processo, normalmente não irá querer uma conciliação.
Documentos indispensáveis
Procuração = “materialização/formalização do mandato” (Registro na OAB). Não é um documento obrigatório para se fazer a petição inicial. Caso o advogado não tenha a procuração, posteriormente, terá que arcar com as custas judiciais.
O advogado alega que tem um mandato (oral), no entanto, pede/protesta pela juntada posterior à apelação ao processo.
O advogado pode pedir que o autor ou o réu designe o advogado (constitua como procurador) na frente do juiz, em uma audiência.
Ação demarcatória (registro imobiliário).
Habilitação em herança (certidão de nascimento do herdeiro; de óbito do genitor).
Emenda da petição inicial
Antes o autor poderia modificar algumas coisas, mas sem dizer o que faltava, ou o que era defeituoso. Agora o autor deve indicar com precisão o que falta, com prazo de 15 dias (o juiz pode prorrogar o prazo após pedir uma emenda ao Autor, mas não dar um novo prazo para um mesmo defeito - o advogado deve realizar a diligência CORRETAMENTE, pois caso entregue ainda com defeito não poderá ter NOVOprazo!).
Ausência de condição da ação não há conserto! O juiz indefere a petição inicial (extinção do processo por sentença - sem análise do mérito, sem coisa julgada).
Art. 329. Até a citação o Autor pode modificar o que quiser na petição inicial. Depois só com a concordância do Réu, até o saneamento (etapa em que já se acabou a possibilidade de calendarização).
O juiz deveria, na audiência, tentar a conciliação e, ao mesmo tempo sanear o processo (consertar os defeitos do processo). O saneamento poderia ser feito até momentos antes os autos estiverem proferidos para a sentença! Agora o CPC diz “até o saneamento do processo”, indicando que haveria um momento “X” (Despacho Saneador - é difícil o juiz determinar isto), mas isto não ocorre na prática!
Aula 01/06/2016 (trabalho)
Ata Notarial
Art. 384: É inerente à natureza dos notários e tabeliães a fé pública (art. 3º da mesma lei). Nessa medida, o novo CPC, com a previsão expressa da ata notarial como meio de prova, visa a conferir maior notoriedade ao instituto.
A ata notarial, assim, descreve fatos (ou o modo de ser de determinados fatos) ocorridos na presença do oficial, sem que este faça qualquer juízo de valor sobre os fatos cuja ocorrência é descrita.
Diferentemente da escritura pública, a ata notarial não declara atos ou negócios, mediante sua constituição e criação de efeitos jurídicos.
A descrição de algo na ata notarial não faz prova da sua ocorrência, mas tão somente de que o tabelião esteve diante das informações descritas na ata. Pode o tabelião atestar que vislumbrou determinada informação em um sítio eletrônico, mas isso não faz com que as informações expostas no sítio sejam verdadeiras. Na prática, a ata notarial tem sido muito utilizada para demonstrar a ocorrência de fatos no mundo virtual, documentando-os, permitindo que sejam valorados pelo juízo a partir da premissa de que são autênticos.
Aula 08/06/2016
Peças da defesa
Contestação (se defende da petição inicial). => Réplica (se houver alegação de prescrição, etc. será remetido para o autor fazer a réplica). Cuidado com as alegações feitas por uma das partes, pois elas não podem ser desfeitas!
Se pede um rol de provas (contrárias à petição inicial) - oitiva de testemunhas, etc.
Reconvenção (contra ataca).
Exceção de incompetência (relação ao órgão judicial/juízo) não é preliminar 
Exceção de suspeição e Exceção de impedimento (em relação ao juiz).
Impugnação (Ex. não concorda com o valor da causa; AJG).
O Código Civil de 2015 permitiu que as exceções de competência Absoluta e Relativa pudessem ser apresentadas, conjuntamente, na preliminar de contestação (antes da defesa entrar no mérito).
A Reconvenção agora está junta na peça de contestação.
Hoje, a Contestação é peça chave para toda a defesa (também se questiona o mérito).
Princípio da eventualidade (ou concentração): deve ofertar, ainda que contraditória, toda a sua defesa, ainda na contestação. Deve ser suscitada toda a matéria de defesa (“não devo”; “se devo, já prescreveu”; “se devo e não prescreveu, já caducou”; “se... já paguei”; se... quero compensar” - neste caso, se o autor também tem dívidas com o réu).
Ônus da impugnação especificada dos fatos: fato incontroverso (não se pode fazer prova depois - somente fatos controvertidos podem ser provados). Se não impugnar especificamente, a consequência é que “se presume ou verdade que o sinal estava vermelho”.
Torna os fatos incontroversos. Diferente dos efeitos da Revelia (os fatos alegados tornam-se presumidos - ver Art. 344-346: quando não ocorre os efeitos da revelia).
Contestação
Art. 336. O Réu e o Autor não são obrigados a citar a lei ou jurisprudência, mas devem elencar fatos jurídicos. A citação da lei auxilia bastante o julgamento.
Se o réu não alega a existência de convenção de arbitragem (em tempo oportuno - preliminar de contestação), então esta se torna ineficaz.
Incompetência Relativa, se não alegada em preliminar de contestação (antes de discutir o mérito), os efeitos se tornam válidos.
Incompetência Absoluta pode ser alegada a qualquer tempo, mesmo depois de dada a sentença (daí se torna nula).
Reconvenção
Dentro do expediente da contestação: reconvinte (réu da ação principal) e reconvindo (autor da ação principal).
Ex. acidente automobilístico: O autor entra contra o réu dizendo que é o culpado. Então o réu diz que o culpado, na verdade, é o autor.
Usa os fatos narrados na própria contestação, podendo usar os ocorridos na petição inicial.
O autor é intimado para se defender/apresentar resposta (não há citação). Se houver o proprietário e o motorista, poderá se formar um litisconsórcio passivo, mesmo não estando na ação principal.
Se o réu entra com uma outra ação, se dá Conexão (por causa do pedir).
Aula 15/06/2016
Da Prova
=> não há hierarquia entre provas: uma perícia e uma prova testemunhal, por exemplo (mas poderão ser valoradas com intensidades diferentes - uma perna quebrada, um exame médico é mais contundente que uma prova testemunhal).
A lei pode dizer que determinado fato somente poderá ser provado de determinado modo. Outros casos da lei, diz que não pode apenas um tipo de prova (trabalho no campo - testemunho. Deve ter indício de prova documental, podendo-se agregar outros tipos inclusive a testemunhal).
=> todo o meio de prova é admitido, desde que não seja ilícito (códigos binários - documentos digitais -, não está no CPC).
Prova furtada não pode (entrou na casa do fulano e pegou). Gravações: o sujeito que grava deve ser partícipe da conversa.
O destinatário da prova é o juiz. Uma vez produzida a prova ela passa a integrar o processo.
Não pode ser compartimentada para se ajuntar ao processo (pegar somente uma parte favorável para o autor, de uma gravação).
Fatos notórios não é necessário a prova.
Provar que uma data é feriado (15 de setembro). Estava em São Paulo, por isso não precisa provar que não é possível que chegue em Porto Alegre em 1h (se o crime ocorreu em 1h, em poa).
Consciência de obrigatoriedade: direito consuetudinário (formar fila).
Presunção absoluta: não é necessário provar: um oficial de justiça diz que entregou.
Não se admite prova em contrário, mas é possível provar uma fraude, um crime.
Prova emprestada: foi utilizada em um processo (testemunho prestado) e quero utilizar em outro processo. Essa “prova” ingressará no processo não como prova, mas como fato (sujeito a novamente a ampla defesa - ao crivo do contraditório).
Ônus da prova: o autor e o réu não são obrigados a provar, mas há uma consequência (não a sentença seja improcedente).
O juiz pode fundamentar a inversão do ônus da prova. Mas no CDC diz “sempre ocorrerá a inversão do ônus da prova”.
Indício é a ilação de um fato conhecido para a razoável suposição de um fato não conhecido.
Presunção relativa: efeitos da revelia - se presumem os fatos verdadeiros.
Espécies de Prova
Depoimento pessoal: presumidas as verdades do silêncio da parte que se recusa a participar do interrogatório. Não são admitidas reperguntas. Somente são admitidas perguntas sobre o objeto do processo. A própria parte não pode exigir ser interrogada (somente a parte adversa pode). A parte não é obrigada a responder sobre fatos que possam comprometê-la em maior sucumbência que o próprio processo. É lícito resguardar depoimentos de padre sobre confissão; secretárias não são obrigadas; médicos não tem o dever de contar; um pai ou um filho a falar contra o outro.
=> se o autor arrolou a testemunha, ele pergunta antes do réu, e vice-versa. A inversão da ordem poderá ser pedida. “O réu fala por último”, caso a ordem seja prejudicada poderá desencadear um recurso.
Se há má fé do réu, que indicou um preposto a ser intimado para testemunhar que não tenha os conhecimentos pertinentes a atividade, o juiz pode presumir verdadeiros os fatos apresentados pelo autor.
=> o preposto de uma parte fala por ela. Não é testemunha.
A capacidade para ser testemunha não se confunde com a responsabilidade civil. Pessoas em suspeição não podem testemunhar.Menores, suspeitos ou impedidos podem ser ouvidos na condição de informante (não há crime de falso testemunho - o valor probatório é menor).
Confissão: a parte admite a verdade dos fatos (favorável ao seu adversário). Pode ser provocada, mas não forçada, melhor se for espontânea.
Colusão: as partes se unem para fraudar o processo (processo trabalhista para o trabalhador ganhar auxílio). Atropela alguém, com culpa, e calcula que terá de pagar indenização para o resto da vida, então, chama amigos para mentir que se deve dinheiro para eles e confessa isso com a intenção de se desfazer dos bens e causar a impressão que não dispõe de recursos para suportar a indenização.
A testemunha não pode mentir, e a parte somente pode calar a verdade (senão é fraude processual).
Não é possível dividir a confissão. “Eu devo mas é porque tal e tal...”, não é possível o que se quer colher da confissão “Eu devo”.
A confissão é irretratável/irrevogável (desdizer). É possível esclarecer, mas não desdizer.
Se um mandatário tiver poderes específicos, pode confessar em nome do mandante.
Quando se exige instrumento público quando da essência do ato, a confissão não tem valor.
A confissão não pode prejudicar um litisconsorte, nem ao próprio confessante (se o objeto for indivisível).
Direitos indisponíveis (direito a vida, a liberdade, ao nome): não se aceita a confissão.
O juiz pode não aceitar a confissão sobre fatos inverossímeis (somente pela fama).
Prova Documental: mídia eletrônica, etc. Trás uma reprodução de um fato que ocorreu.
Documento: prova a existência de determinada situação, não o seu conteúdo. A certidão do oficial de justiça prova o conteúdo.
Aula 22/06/2016
Audiência de Instrução e Julgamento
Em matéria de direito disponível, é preferível uma conciliação (acordo).
Na “transação” (não é conciliação) as duas partes abrem uma parcela de sua pretensão.
Art. 369: instaurada a audiência (tem um caráter solene), o juiz tentará conciliar as partes.
Nas audiências criminais, principalmente, a imagem do Foro (fórum) deve ser imponente, para que o criminoso seja intimidado e respeite as autoridades.
A audiência é um ato solene e respeitoso: não admite chiliques, ofensas ou bate-bocas.
O fórum (palavra romana) ideal é aquele imponente, com escadaria na entrada e colunas. A sala não deve ter luzes queimadas e problemas de infraestrutura. O juiz e as partes devem estar com trajes adequados (para um júri criminal, que é muito solene, o ideal é a toga).
Apregoadas as partes: são convidadas a se dirigir a uma sala de audiência.
Na audiência, há uma colheita de provas orais. Dúvidas que os advogados tenham a respeito de alguma perícia (o perito deve estar presente).
A prova documental, eventualmente é juntada nesse instante. É possível juntar um documento no momento da seção da sentença (o ideal é que fosse feito antes, para o juiz dar vistas ao processo).
Art. 361: Ordem “preferencial” (pode não ser seguida) para a colheita de provas orais (audiência). A ordem pode ser alterada caso alguém chegue atrasado.
O Perito tem o dever de dizer a verdade (primeiro ouvido, para esclarecimentos).
Depois, o Autor e o Réu. Testemunhas do Autor, do Réu e do juiz (caso tenha alguma dúvida - pode pedir testemunhas).
O Assistente é como o Advogado, os dois não tem o dever de dizer a verdade.
Terminada a instrução, é concedido às partes para as alegações finais.
Os memoriais são documentos que resumem a audiência, de acordo com o advogado de alguma parte. Normalmente os juízes nem leem, pois apresenta uma versão de alguma parte (se o juiz quiser rever uma alegação basta rever as gravações).
Julgamento antecipado do mérito (Art. 355 - na verdade é julgamento no tempo devido do mérito - “o autor tem direito ao menor tempo possível e o réu tem direito a ser importunado pelo menor tempo”).
Poderá haver Sentença total de mérito, ou Decisão parcial.
Se o réu for revel. Mas se a alegação não for verossímil (Ex. pedido de paternidade por alguém mais velho que o réu), o juiz pode extinguir a ação sem análise de mérito, mesmo sem a defesa do réu.
Julgamento conforme estado do Processo: nos casos de decadência, prescrição ou sem análise de mérito.
Segue o LINK para baixar o presente arquivo:
https://drive.google.com/open?id=0B_vwGsXdCzWXMzQ5b2dEaHlWTEk

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